Projeto UNIP 1.1

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
DESCOBRINDO A MATEMÁTICA
Karen Cristina da Silva – RA 1985415 – Polo Ferraz de Vasconcelos/SP
Brasil
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
DESCOBRINDO A MATEMÁTICA
Brasil
2020
Sumário
1.	TEMA	1
2.	INTRODUÇÃO	1
3.	SITUAÇÃO PROBLEMA	2
4.	JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO	3
5.	PÚBLICO ALVO	4
6. OBJETIVOS	4
6.1 OBJETIVO GERAL:	4
6.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:	4
7. PERCURSO METODOLÓGICO	5
8. RECURSOS	8
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES	9
10. AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL	10
REFERÊNCIAS	12
	
1. TEMA
O ensino da matemática na educação infantil.
2. INTRODUÇÃO
Quem trabalha com educação sabe que o caminho utilizado para o ensino aprendizado, não é único e muito menos fácil. Ele é cheio de nuances e desafios durante o percurso, exigindo do professor, o conhecimento máximo possível de possibilidades e maneiras de ensinar seus alunos a atingir os objetivos pré-estabelecidos.
Com a matemática o caminho se torna mais desafiador ainda. Atualmente o conhecimento matemático oferecido pela maioria das escolas, é praticado com o foco no conteúdo e uma metodologia tratada como obsoleta. Com métodos e práticas de ensino que induzem a aprendizagem ligada à memorização arbitrária, não desenvolvendo o raciocínio lógico que a ciência exige, culminando em grande parte nos fracassos na aprendizagem dos alunos. 
Piaget (1896-1980) aponta que o estádio pré-operatório (por volta dos dois aos seis anos) a criança vai construindo a capacidade de efetuar operações lógico-matemáticas (seriação, classificação). Ela aprende, por exemplo, a colocar objetos do menor para o maior, a separá-los por tamanho, cor, forma, etc. Embora a inteligência já seja capaz de empregar símbolos e signos, ainda lhe falta à reversibilidade, ou seja, a capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação efetuada sobre os objetos.
Assim, um dos grandes desafios do educador é possibilitar diferentes estratégias de aprendizagem que auxiliem o aluno na construção do seu conhecimento. Ai que o trabalho em sala de aula com jogos e a ludicidade como instrumento pedagógico se torna uma maneira diferente e divertida de se aprender. Pois abordagem da matemática na educação infantil tem como finalidade proporcionar oportunidade para que as crianças desenvolvam a capacidade de estabelecer aproximações e noções matemáticas presentes no seu cotidiano e auxiliar a resolver pequenos problemas, e as situações de jogos representam uma boa situação problema, ficando a cargo do professor desenvolver a proposta com os alunos, potencializando suas capacidades para compreender e exercitar os conceitos da matemática.
Desta forma, inserir o lúdico e principalmente a brincadeira na sala de aula significa proporcionar ao aluno diferentes maneiras de se chegar a um aprendizado, desenvolvendo sua capacidade mental, permitindo que trabalhem a matemática descobrindo que esta não é uma ciência pronta, fechada e inalterável, e que possivelmente a partir da manipulação, alguns conteúdos e regras, antes não entendidos, passam ser encarados de maneira positiva.
Portanto com este trabalho buscamos apresentar, jogos e atividades que resultem na criação e desenvolvimento das bases matemáticas, para que no futuro a criança esteja apta para desenvolver melhor esta ciência e compreende-la de forma mais absoluta e menos complicada, podendo refletir em uma melhor vida acadêmica ou profissional.
3. SITUAÇÃO PROBLEMA
A situação problema observada, está em como melhor ensinar a matemática na educação infantil, de uma forma mais significativa para que as crianças não conheçam a matemática nesse seu início; como algo meramente visual e sequencial, mas sim consigam entender mais a fundo a verdadeira razão da matemática, para poderem assimilar, onde ela pode ser utilizada.
Foi observado a importância de elas aprenderem a associar a razão dos números até mesmo no dia-a-dia. Elas necessitam fazer a associação do que estão aprendendo com situações em que a matemática é necessária para resolver o que está sendo observado ou apresentado. Assim é interessante que ela perceba que a matemática está intrínseca em muitas situações.
Outro fator importante é conseguir com que a criança possa tornar-se capaz de resolver situações-problema, com mais facilidade e autonomia.
4. JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO
A principal motivação para sustentar o presente projeto, reside na importância que o tema possui atualmente dentro do cenário da educação infantil. 
Observando as salas de aula de educação infantil atualmente, percebemos que o foco dos professores ou auxiliares é voltado mais para a linguagem escrita e a prática oral, tendo como o objetivo principal a alfabetização. Mas e a matemática?
A matemática por sua vez, apesar de também ser bastante trabalhada com as crianças, fica relegada a um plano mais superficial à medida que é atribuído um enfoque sobre a grafia dos números e a sequência numérica. Nesse sentido as crianças aprendem a escrever todos os números e os decoram, mas por outro lado, observa-se que o rico mundo dos conceitos matemáticos e seu vasto universo não são trabalhados de uma forma diferenciada, com didáticas mais práticas e próximas da realidade dos alunos.
Nesse contexto, o trabalho abordará práticas de ensino na área da matemática para alunos da educação infantil. Onde será trabalhada a participação do aluno em atividades lúdicas e criativas, com temas dentro do cenário de vida e experiência das crianças, promovendo o raciocínio lógico de cada criança e os conceitos matemáticos básicos.
Por fim, estima-se que este projeto poderá auxiliar ou nortear qualquer profissional na área da educação infantil, que busca lecionar a matemática aos seus alunos de uma maneira diferenciada e possivelmente até divertida, derrubando barreiras e paradigmas de dificuldades criadas pelas próprias crianças.
5. PÚBLICO ALVO
Crianças na fase da educação infantil com idades entre 3 e 5 anos, matriculados em instituições de ensino público ou privado.
6. OBJETIVOS
6.1 Objetivo Geral:
O presente trabalho tem como objetivo geral desenvolver e aplicar atividades e abordagens onde as crianças possam exercitar de forma lúdica toda sua criatividade e raciocínio lógico, estabelecendo relações entre os conceitos matemáticos, vivenciando situações problema e participando de jogos didáticos, estabelecendo ao mesmo tempo a troca da experiência e conhecimentos de cada um com os demais colegas.
6.2. Objetivos Específicos:
• Aprimorar o raciocínio lógico, inserindo os alunos em situações lúdicas na resolução de problemas, desenvolvendo sua capacidade e habilidades operatórias e raciocínio lógico-matemático, já que segundo Piaget (1896-1980), é durante a idade dos 2 aos 7 anos que ocorre o desenvolvimento pré operatório da criança.
• Praticar as quatro principais operações matemáticas, através de atividades e jogos simples, exercitando sua dinâmica e resultados.
• Desenvolver as noções ligadas às grandezas e medidas, noções de espaço e forma, com atividades e jogos voltados para classificação, seriação, sequência, espaço e medidas, aprimorando suas percepções e conceitos matemáticos, diminuindo bloqueios apresentados pelos alunos.
• Exercitar a troca de experiência e conhecimentos matemáticos das crianças entre si, através de situações e atividades lúdicas presentes no seu dia a dia ou cotidiano próximo, com estrutura lógica e matemática, onde uma criança mais desenvolvida em um determinado assunto, possa auxiliar a outra. 
7. PERCURSO METODOLÓGICO
	O projeto é interdisciplinar, explorando a matemática de forma lúdica no dia a dia das crianças, a matemática está presente em todas as áreas:
•Em artes, trabalhando cores, formas, volume e massa.
•Nas histórias, aprendendo sequência e tempo.
•Na música com movimento, localização, lugar, posição.
•Em jogos e brincadeiras como por exemplo: 
Gincanas
Dividir a turma em 2 (dois) ou 3 (três) equipes, sendocada equipe de uma cor e distribuir tarefas como:
•Trazer 4 (quatro) canetas azuis, 6 (seis) pedras pequenas, 1 (um) caderno grande e 1 (um) pequeno, etc.
•Realizar contagem de pontos por tarefas cumpridas
•Montar equipes de 5 (cinco) crianças cada
•Tempo da atividade: de 30 a 40 minutos
•Pode-se fazer várias gincanas durante o ano, variando a temática
· Quando estivermos trabalhando meio ambiente, porexemplo, os itens coletados podem ser objetos recicláveis. 
Caça ao tesouro com pistas
As pistas devem conter conceitos matemáticos como: ao lado, atrás, entre, embaixo, em cima, dentro, fora e ser numeradas. Não vale achar a pista quatro antes de achar a dois. (Seguir a sequência numérica) 
•A próxima pista está embaixo do local que usamos para tomar lanche
•Se a turma for muito numerosa, dividir em 2 (duas) equipes
•Tempo da atividade: 40 minutos
Calendário 
Calendário diário com observações do dia, do tempo, de quanto falta para alguma data importante marcada no calendário. Cada criança pode ter o seu ou podemos trabalhar com um calendário coletivo fixado na parede.
Quadro de presença
•Quantos alunos tem a sala?
•Quantos faltaram hoje?
•Quantos vieram?
•Quadro feito com os nomes dos alunos. 
•Com os menores pode-se usar a foto da criança e o nome.
•Marcar presença com um X ou colando algum adesivo.
Uso social dos números
Através de atividades que envolvem a idade das crianças, pesquisa do número da casa onde moram e outros.
Tabela de medidas e pesos
Fazer uma pesquisa com os pais sobre:
•Peso e altura de quando a criança nasceu
•Peso e altura atual
•Montar um gráfico com essas informações e comparar:
· Quem nasceu maior?
· Quem nasceu mais pesado?
· E hoje?
· Pesos e medidas iguais.
Projeto horta
Vamos plantar feijões.
• Escolher o local
• O que será necessário?
• Preparar a terra.
• Quantos grãos vamos plantar?
• Qual a melhor distância entre os grãos?
• Confecção de plaquinhas de identificação da horta.
• Tabela para molhar a horta. Cada dia uma criança será responsável por molhar e cuidar.
• Tabela de registros sobre a horta:
· Dia do plantio
· Quanto tempo demorou para brotar?
· Quanto tempo demorou até a colheita?
· Problemas:
· Pragas: como resolver?
· Tempo: muita chuva, ou muita seca.
• Tempo estimado do projeto horta: de 1 (um) a 3 (três) meses, dependendo do período de germinação.
• No final, cada criança terá o seu livro do projeto horta, contendo todos os registros, diálogos entre as crianças, fotos e ilustrações.
• Finalização do projeto com colheita e culinária “Sopa de feijão”.
8. RECURSOS
PLANILHA DE ORÇAMENTO
* Os pesquisadores arcarão com todas as despesas da pesquisa.
9. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
	
10. AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL
A avaliação deverá permear todos os processos, sendo uma prática constante durante todo o projeto, e não acontecer somente nos momentos finais.
Essa avaliação constante, nos mostra o que mudar, o que manter, como desenvolver e nos permite perceber a assimilação dos conteúdos trabalhados, sempre se levando em consideração que cada criança apresenta seu próprio ritmo e maneiras diferentes de interagir e vivenciar situações
Os principais instrumentos avaliativos são a observação e o registro, através dos quais o professor pode fazer a abordagem contextualizada dos processos de aprendizagem das crianças e das qualidades de interações.
Segundo Melo (2009) “acompanhar o desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos é a tônica do fazer avaliativo na educação infantil”.
Na última semana de aula do ano letivo, será organizada juntamente com as crianças a finalização do nosso projeto de matemática.
As crianças confeccionarão convites, que serão enviados às famílias, com data e horário pré-determinado.
A escola será decorada com cartazes e plaquinhas de boas-vindas feitas pelas crianças.
No dia do encontro, os professores esclarecerão o projeto desenvolvido e convidarão a todos para apreciarem as produções das crianças que estarão expostas de forma clara e criativa.
Essas produções envolvem os trabalhos artísticos, calendários, gráficos de tamanhos e medidas, com fotos das crianças e ilustrações.
As famílias poderão também apreciar nossa horta:
- Local físico da horta
- Todos os gráficos e tabelas que construímos durante o projeto, expostos de forma divertida.
- Murais de fotos de todas as etapas do projeto (preparação do local, plantio, cuidados, colheita, culinária)
- Painel com frases ditas pelas crianças durante o projeto (curiosidades, questionamentos, percepções)
Cada família receberá ao final da visita, um potinho decorado por seu filho (a) com um feijão plantado para levar para casa e a receita da nossa sopa de feijão.
AULA INTERATIVA
O professor de educação física convidará as famílias para participarem de uma aula interativa que será dividida por idades.
- turma de 3 anos
- turma de 4 anos
- turma de 5 anos
Com cada turminha o professor, adequando à cada idade, fará um circuito, orientando os movimentos que deverão ser realizados.
Esses movimentos serão embasados nos conceitos matemáticos trabalhados durante todo o ano por exemplo: passar por cima, rastejar por baixo, pular ao lado e outros)
Importante que esses circuitos já tenham sido realizados com as crianças durante as aulas, para que nesse encontro, as próprias crianças também orientem os pais na execução dos movimentos.
TEATRO
Apresentar às famílias um teatro preparado previamente, onde as crianças serão os personagens da história “João e o pé de feijão”
As Fantasias e o cenário serão confeccionados com as crianças durante as aulas de arte.
REFERÊNCIAS
CÓRIA SABINI, M. A; DE LUCENA, R. F. Jogos e brincadeiras na educação infantil. 1. ed. Campinas: Papirus, 2015.
GUEDES DOS REIS, S. M. A matemática no cotidiano infantil: jogos e atividades com crianças de 3 a 6 anos para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático. 2. ed. Campinas: Papirus, 2009.
KAMII, Constance. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação com escolares de 4 a 6 anos, 11° ed.-Campinas -SP, papirus, 1990
LORENZATO, Sérgio. Educação infantil e percepção matemática, 1° edição, Campinas -SP, autores associados, 2017 (coleção formação de professores)
MELO, Glória Maria Leitão de S. Melo. Avaliação na educação infantil: os registros descritivos no acompanhamento ao desenvolvimento infantil. IN: MELO, Glória M.L de Souza; BRANDÂO, Soraya Maria B. de Almeida; MOTA, Marinalva da Silva. Ser criança: representando o lugar da criança na educação infantil. Campina Grande: EDUEPB, 2009.
SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ,Maria Ignez; CANDIDO, Patrícia. Coleção Matemática: Brincadeiras infantis nas aulas de matemática- vol.1. Editora artmed. 88 p.
TOZONI-REIS, M.F. Metodologia da pesquisa. 2. ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2010.