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ETICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL

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Ética Profissional do Assistente Social
Nesta aula iremos estudar questões relacionadas a Ética Profissional no Serviço Social. Em aulas anteriores aprendemos que o Código de Ética do Assistente Social, aprovado em 1993 é um documento norteador para a prática dos profissionais e aqui conheceremos um pouco mais sobre ele.
Para o filósofo escocês Alasdair Macintyre, o ser humano é parte que integra um contexto social e nele realiza diversos tipos de ações (interligadas entre si) A ação realizada traz resultada para o sujeito que está exercendo-a e também para toda a comunidade que este sujeito vive (ROSA, 2016).
Somos seres sociais que inseridos em determinada realidade social agimos em conformidade com alguns valores e normas existentes na sociedade. Nossas ações são parte desta sociedade e geram impactos e mudanças em nós mesmos e em todo o contexto que estamos.
Profissionalmente, quando estamos realizando um determinado ofício, também acontece esta interferência e, em especial, alterando questões da sociedade. Vamos tomar por exemplo, um Assistente Social que realiza visitas domiciliares para confecção de um relatório socioeconômico para inclusão de uma família em um determinado programa habitacional, pode na realização daquela ação atuar na alteração do contexto social em que vive uma determinada família.
Este exemplo nos dá condição de imaginar o processo que vai, desde a chegada deste profissional na residência desta família, a abordagem, as questões levantadas, os diálogos estabelecidos onde o profissional tem condições de explicar os objetivos da visita, do programa habitacional e reconhecer a realidade e as questões enfrentadas por esta família.
O perfil familiar e as impressões coletadas a respeito de questões não apenas econômicas, mas de histórico de moradias, história de vida das pessoas que residem no domicílio e o cuidado nas descrição objetiva da visita são elementos que vão compor um relatório socioeconômico e, que pode incluir essa família ou definir critérios socioeconômicos para a política de habitação.
A imagem que o profissional deixa após realizar suas visitas, ou nos conteúdos apresentados em seus relatórios, os encaminhamentos realizados, a relação deste profissional com sua equipe e suas chefias, está relacionado com compromisso ético adotado por este profissional.
Uma postura ética comprometida com os valores profissionais é parte importante para realização de ações – práticas profissionais -, responsáveis e preocupadas com a sociedade.
Mas o que é a Ética?
A ética está presente em todos os campos das ciências e em todas as culturas como valor norteador da vida social e, por este motivo o termo é dotado de complexidade. Utilizaremos a compreensão de Valls (1994, p.7) para entender a ética como:
[...] um estudo ou uma reflexão, cientifica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumes considerados corretos. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento.
 
Para Herkenhoff (2001), o mundo ético é o mundo do “deve ser” (mundo dos juízos de valor), em contraposição ao mundo do “ser” (mundo dos juízos de realidade). Todavia, “a moral é a parte subjetiva da ética”.
Aplicada às relações profissionais, ou seja, inserida no campo das atividades profissionais a ética é chamada de Ética Profissional:
A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão (OLIVEIRA, 2012, p. 50):
Neste sentido, compreende-se que a ética é componente essencial nas profissões e, no Serviço Social torna-se um tema com grande importância e centralidade pois é parte do Projeto Ético-Político da profissão e, demonstra o compromisso profissional da profissão com a classe trabalhadora e na atuação pela defesa intransigente dos direitos humanos, lutando com todas as formas de opressão, discriminação e violência existente em nossa sociedade.
 
Ao longo de sua história, o Serviço Social teve 5 Códigos de Ética, sendo eles:
· Código de ética profissional dos assistentes sociais de 1947;
· Código de ética profissional dos assistentes sociais de 1965;
· Código de ética profissional dos assistentes sociais de 1975;
· Código de ética profissional dos assistentes sociais de 1986; e,
· Código de ética profissional dos assistentes sociais de 1993.
Este último e em vigência atualmente, de 1993, é resultado de um grande amadurecimento da categoria profissional. Ele irá ampliar questões que estavam colocadas no Código de Ética de 1986. A construção deste código se deu com a realização de Seminários, Congressos e Encontros de profissionais e estudantes (CFESS).
O Código de Ética de 1993 é um instrumento normativo do Serviço Social e tem compromisso ético-político com valores universais que proporcionam a emancipação do cidadão e para tanto, ele estabelece 11 (onze) princípios fundamentais do exercício profissional. Na Aula 01 você teve a possibilidade de estudar um pouco sobre os princípios do Código de Ética, convidamos você para retomar a leitura dos princípios.
Além dos princípios fundamentais, o Código de 1993 também irá tratar das atribuições do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) atribuição principal do CFESS e do CRESS que são relacionadas a fiscalização do exercício profissional do assistente social. Mas estes Conselhos não são constituídos apenas de ações e instrumentos punitivos e fiscalizatórios, pois eles tem se voltado para discussões quanto as condições de trabalho e a necessidade de articular o Serviço Social com outros sujeitos coletivos.
O Código de 1993 irá tratar também dos direitos e responsabilidades da e do Assistente Social (direitos, deveres, vedações) e irá tratar de disposições sobre as relações profissionais com profissionais da área, de outras áreas e com as instituições empregadoras; disposições sobre as relações profissionais com Entidades da Categoria e demais organizações da sociedade civil; do sigilo profissional; da relação dos profissionais com a Justiça.
Deste modo, por meio de suas legislações e regulamentações, em particular o Código de Ética, os assistentes sociais devem orientar a sua prática e sua atuação profissional. Ao apropriar-se das regulamentações profissionais e processo de formação profissional com qualidade o profissional tem um direcionamento para uma atuação comprometida com seu Projeto Ético-Político.
Os CRESS, frequentemente recebem denúncias contra práticas de profissionais, das quais são compreendidas como inadequadas e contrárias ao Código de Ética do Assistente Social de 1993. Este Código também irá tratar da observância, penalidades, aplicação e do cumprimento do código; quer dizer que, o Código prevê a punição ao profissional que porventura venha infringi-lo.
No que se refere às violações é importante destacar que, o Código de 1993, irá apresentar a necessidade do cumprimento de requisitos constitucionais para que um processo ético, possa gerar algum tipo de punição. Ou seja, por meio de uma denúncia efetuada no CRESS é que se poderá ser feita a instauração de um Processo Ético.
Durante o andamento de um processo deve ser garantida a realização de todos os atos processuais, garantido o amplo direito de defesa aos acusados por todos os meios e recursos que lhe são essenciais, conforme o disposto no inciso LV do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, deve ser assegurado o princípio do contraditório, o que significa que ao acusado deve ser permitido contradizer e se defender de todas as acusações, observadas as regras processuais.
Como vimos em aulas anteriores, as penalidades aplicáveis são:
a) multa;
b) advertência reservada;
c) advertência pública;
d) suspensão do exercício profissional;e) cassação do registro profissional.
É de competência do CFESS julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelo CRESS, conforme a Lei n.º 8.662/93.
Retomando o nosso exemplo do início desta rota: aquele assistente social, que no exercício de sua prática profissional utilizada de instrumentos profissionais (a exemplo da a visita social e relatório social) para intervir em determinada realidade (questão social) atua em consonância com a sociedade e deve zelar pelos princípios éticos dispostos para sua profissão.
Conclusão do Tema
Um dos significados que se dá para profissão, atualmente, é trabalho. Este que se pratica com habitualidade a serviço de terceiros. É a prática constante de um ofício, que do latim “offíciu” deriva de oficina, loja, fábrica, laboratório e escola, isto é, uma profissão.
A profissão de Assistente Social tem, como vimos nas aulas anteriores um compromisso com os trabalhadores e atuando na defesa e garantia de direitos e lutando com todas as formas de opressão, discriminação e violência.
Ao concluir uma tarefa profissional são refletidos os valores que atribuídos a essa prática, pela história do profissional e por suas responsabilidades jurídicas a ela imposta. Deste modo a prática profissional do Assistente Social está orientada pelos valores éticos que são agregados a ela ou podem estar refletindo omissão profissional, e que pode acarretar punições quanto ao não cumprimento do Projeto Ético-Político da profissão.
A nuvem de palavras é uma ferramenta muito didática para compreensão de alguns temas: ela leva o leitor a identificar as palavras centrais em um texto instigando a reflexão sobre os conceitos tratados acima.
O Código de Ética Profissional do Assistente Social apresenta artigos que são relacionados aos direitos, deveres e vedações postas aos profissionais no exercício profissional. O descumprimento pode implicar em sanções e punições aos infratores. Em relação as alternativas corretas, destacamos que estão corretas as afirmativas I e IV, pois tratam, respectivamente, da vedação aos profissionais quanto a compactuarem com o exercício ilegal da profissão e com o dever da e do Assistente Social desempenhar suas atividades de modo eficiente e responsável, com observação às legislações. As demais afirmativas são erradas, pois o Assistente Social: II - não deve assumir responsabilidade por atividades aos quais não esteja capacitado; III - não deve, sob nenhuma hipótese, adulterar resultados e tampouco fazer declarações com teor falso; e, V – não tem como direito utilizar o seu número de inscrição, mas sim, tem o dever de utilizar o número de sua inscrição, ou seja, do seu registro no Conselho Regional de Serviço Social, quando estiver atuando.

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