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Análise de Posições Engenharia Mecânica Projeto de Mecanismo Prof. MSc. José Fábio Abreu de Andrade jose.andrade@unifacs.br 2Projeto de Mecanismo Cinemática e Dinâmica dos Mecanismos, 2011. Robert L. Norton Bibl iograf ia 3Projeto de Mecanismo Introdução: Anál ise de Pos ições ➢ O principal objetivo de uma análise cinemática é determinar as acelerações de todas as partes móveis do conjunto; ➢ Para calcular as acelerações devemos, primeiro, encontrar a posição de todos os elos ou elementos no mecanismo para cada movimento de entrada; ➢ Depois, derivar as equações de posição em relação ao tempo a fim de encontrarmos as velocidades; ➢ E, em seguida, derivar novamente e obter as equações para a aceleração; ➢ Para determinar a posição iremos usar análise gráfica de posição. 4Projeto de Mecanismo Sistemas de Coordenadas: Anál ise de Pos ições ➢ Os sistemas de coordenadas e de referência existem por conveniência do engenheiro que os define; ➢ Iremos definir um deles como um sistema de coordenadas global ou absoluto, e os outros serão os sistemas de coordenadas local ligados ao sistema global; ➢ O termo sistema de referência inercial é usado para denotar um sistema que não tem aceleração; ➢ Todos os ângulos serão medidos de acordo com a regra da mão direita. Ou seja, ângulos anti-horários são positivos para velocidade e aceleração angular; ➢ Sistemas de coordenadas locais são normalmente anexados a um elo ou a algum ponto de interesse, que deve ser uma junta pinada, o centro de gravidade ou as linhas de centro de um elo. 5Projeto de Mecanismo Posição e Deslocamento: Anál ise de Pos ições ➢ A posição de um ponto no plano pode ser definida por meio de um vetor de posição; ➢ A escolha dos eixos de referência é arbitrária, selecionada para satisfazer o observador; ➢ Um vetor de duas dimensões tem dois atributos, que podem ser expressos tanto na forma polar quanto em coordenadas cartesianas; ➢ A forma polar fornece o módulo e o ângulo do vetor; ➢ A forma cartesiana fornece os componentes X e Y do vetor. 6Projeto de Mecanismo Posição e Deslocamento: ➢ Análise de Posições: Um vetor de posição no plano, expresso em ambos os sistemas global e local. 𝑻𝒆𝒐𝒓𝒆𝒎𝒂 𝒅𝒆 𝑷𝒊𝒕á𝒈𝒐𝒓𝒂𝒔 → 𝑹𝑨 = 𝑹𝑿 𝟐 +𝑹𝒀 𝟐 ; 𝒆 𝒏𝒂 𝑻𝒓𝒊𝒈𝒐𝒏𝒐𝒎𝒆𝒕𝒓𝒊𝒂 → 𝜽 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏 𝑹𝒀 𝑹𝑿 Anál ise de Pos ições 7Projeto de Mecanismo Transformações de Coordenadas : ➢ Muitas vezes, é necessário transformar as coordenadas de um ponto definido em um sistema para coordenadas em outro ponto; ➢ Se os sistemas tiverem origem coincidentes, como mostrado na figura anterior (b), e a transformação desejada for uma rotação, isso pode ser expresso pela coordenada original e o ângulo com sinal entre os sistemas coordenados; ➢ Se a posição do ponto A figura anterior (b) for expressa no sistema local como Rx, Ry, e deseja-se transformar as coordenadas para RX, RY no sistema global XY, as equações serão: 𝑹𝑿 = 𝑹𝒙. 𝒄𝒐𝒔 𝜹 − 𝑹𝒚. 𝒔𝒆𝒏 𝜹 Anál ise de Pos ições 𝑹𝒀 = 𝑹𝒙. 𝒔𝒆𝒏 𝜹 − 𝑹𝒚. 𝒄𝒐𝒔 𝜹 8Projeto de Mecanismo Deslocamentos: ➢ Deslocamento de um ponto é a mudança da sua posição e pode ser definido como a distância em linha reta entre a posição inicial e a final do ponto que se moveu no sistema de referência; ➢ O deslocamento não é necessariamente o mesmo comprimento do caminho que o ponto pode ter percorrido para sair da posição inicial até a posição final; Anál ise de Pos ições 9Projeto de Mecanismo Deslocamentos: Diferença de posição e posição relativa. Anál ise de Pos ições ➢A figura (a) mostra o ponto nas duas posições, A e B; ➢A linha curva descreve a trajetória que o ponto percorreu; ➢O vetor de posição RBA define o deslocamento do ponto B relativo ao ponto A; ➢A figura (b) define a situação mais rigorosamente e a relaciona com os eixos de referência XY; ➢A notação R será́ usada para denotar o vetor de posição. 10Projeto de Mecanismo Deslocamentos: ➢ Os vetores RA e RB definem, respectivamente, a posição absoluta dos pontos A e B no sistema global de referência XY. O vetor RBA descreve a diferença na posição, ou no deslocamento, entre A e B. Ele pode ser expresso como equação de diferença de posição: ➢ Essa expressão é lida: a posição de B em consideração a A é igual a posição (absoluta) de B menos a posição (absoluta) de A, em que absoluta significa a relação com a origem do sistema de referência global. Com o segundo O subscrito denotando a origem do sistema de referência XY, essa expressão poderia também ser escrita como: 𝑹𝑩𝑨 = 𝑹𝑩 − 𝑹𝑨 Anál ise de Pos ições 𝑹𝑩𝑨 = 𝑹𝑩𝑶 − 𝑹𝑨𝑶 11Projeto de Mecanismo Deslocamentos: ➢ Quando o vetor de posição estiver ligado à origem do sistema de referência, costuma-se omitir o segundo subscrito. Fica subentendido, em caso de sua ausência, como sendo a origem. ➢ Também, um vetor referido a origem, como RA, é frequentemente chamado de vetor absoluto. Isso significa que será considerado como um sistema de referência assumido como estacionário, por exemplo, a Terra. De qualquer modo, é importante perceber que a Terra está geralmente em movimento em relação a algum outro sistema de referência maior. A figura (c) mostra a solução gráfica para a equação: Anál ise de Pos ições 𝑹𝑩𝑨 = 𝑹𝑩 + −𝑹𝑨 = 𝑹𝑩 − 𝑹𝑨 12Projeto de Mecanismo ➢ No exemplo anterior, tacitamente assumimos, até este ponto, como o A em sua primeira posição e depois se deslocando até B, é, de fato, a mesma partícula movimentando-se no sistema de referência. Isso poderia ser, por exemplo, um automóvel percorrendo uma estrada de A até B. Com essa hipótese, é convencional se referir ao vetor RBA como diferença de posição; • Caso 1: Um corpo em duas posições sucessivas → diferença de posição ➢ Assuma agora que os pontos A e B na figura (b) não representam a mesma partícula, mas duas partículas independentes que se movem no mesmo sistema de referência, como talvez dois automóveis viajando pela mesma estrada. A equação vetorial anterior e o diagrama da figura (b) ainda serão válidos, mas nós agora nos referimos ao vetor RBA como posição relativa, ou posição aparente; • Caso 2: Dois corpos simultaneamente em posições separadas → posição relativa Deslocamentos: Anál ise de Pos ições 13Projeto de Mecanismo Translação, Rotação e Movimento Complexo : Anál ise de Pos ições 14Projeto de Mecanismo Translação, Rotação e Movimento Complexo : ➢ Considerar agora o movimento de um corpo rígido, ou elo, que envolve tanto a posição do ponto no mecanismo quanto a orientação de linha no mecanismo, às vezes chamado de Posição do mecanismo. Na figura (a) vemos o elo AB descrito pela posição do vetor de posição RBA. Um sistema de eixos foi fixado à raiz do vetor, no ponto A, por conveniência; ➢ Translação: A figura (b) mostra o elo AB movido para uma nova posição A’B’ por meio da translação e dos deslocamentos A’A e B’B que são iguais, ou seja, RB’A = RB’B ; • Uma definição de translação é: Todos os pontos do corpo têm o mesmo deslocamento; • Não existe a rotação do elo se os percursos forem paralelos. Se o percurso for retilíneo, então teremos o caso especial da translação retilínea, e o percurso terá o mesmo valor do deslocamento. Anál ise de Pos ições 15Projeto de Mecanismo Translação, Rotação e Movimento Complexo : Anál ise de Pos ições 16Projeto de Mecanismo Translação, Rotação e Movimento Complexo : ➢ Rotação: A figura (c) mostra o mesmo elo AB movido da origem de sua posição original por um ângulo de rotação. O ponto A permanece na origem, mas B move-se pelo vetor posição RB’B = RB’A – RBA ; • Uma definição de rotação é: Diferentes pontos do corpo suportam diferentes deslocamentos, portanto, há uma diferença de deslocamento entre quaisquer dois pontos escolhidos; • O elo agora mudou a orientação angular no sistema de referência, e todos os pontos tiveram deslocamentos diferentes. Anál ise de Pos ições 17Projeto de Mecanismo Translação, Rotação e MovimentoComplexo : ➢ Movimento Complexo: O caso geral de movimento complexo é a soma dos componentes da translação com os da rotação. A figura (d) mostra o mesmo elo com movimentos tanto de translação quanto de rotação; • Note que a ordem em que os dois componentes são adicionados não importa. O deslocamento complexo resultante será o mesmo se você̂ primeiro rotacionar e depois transladar ou vice-versa. Isso porque os dois fatores são independentes. O deslocamento complexo total do ponto B é definido pela seguinte expressão: Deslocamento total = componente da translação + componente da rotação • A nova posição absoluta do ponto B referida à origem em A é: Anál ise de Pos ições 𝑹𝑩′′𝑩 = 𝑹𝑩′𝑩 + 𝑹𝑩′′𝑩′ 𝑹𝑩′′𝑨 = 𝑹𝑨′𝑨 + 𝑹𝑩′′𝑨′ 18Projeto de Mecanismo Teoremas: ➢ Teorema de Euler: O deslocamento geral de um corpo rígido com um ponto fixo é a rotação relacionada a algum eixo; ➢ Teorema de Chasles: Qualquer deslocamento de um corpo rígido é equivalente à soma da translação de qualquer ponto naquele corpo com rotação sobre um eixo por meio desse ponto. Anál ise de Pos ições 19Projeto de Mecanismo Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : Anál ise de Pos ições Medidas dos ângulos no mecanismo de quatro barras. 20Projeto de Mecanismo ➢ Para qualquer mecanismo com um GDL (grau de liberdade), como um de quatro barras, somente um parâmetro é necessário para definir a posição de todos os elos. O parâmetro usualmente escolhido é o ângulo do elo de entrada. Esse é mostrado como θ2 na figura anterior. Queremos encontrar θ3 e θ4. Os comprimentos dos elos são conhecidos. Iremos numerar o elo terra como 1 e a manivela como 2 nesses exemplos; ➢ A análise gráfica desse problema é trivial e pode ser feita usando apenas a trigonometria; ➢ Todos os ângulos dos elos são medidos do eixo X no sentido anti-horário. Na figura, um sistema local de eixos xy, paralelo ao sistema global XY, deve ser criado no ponto A para medir o θ3. Uma solução aproximada bem rápida pode ser encontrada para qualquer posição. Anál ise de Pos ições Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : 21Projeto de Mecanismo Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : Anál ise de Pos ições Solução gráfica da posição das configurações aberta e cruzada do mecanismo de quatro barras. 22Projeto de Mecanismo Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : Anál ise de Pos ições Exemplo da Análise Gráfica da Posição do Mecanismo de Quatro Barras - SolidWorks a = 20 θ2 = 60° b = 35 c = 30 d = 50 23Projeto de Mecanismo Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : Anál ise de Pos ições Exemplo da Análise Gráfica da Posição do Mecanismo de Quatro Barras - Sketchup a = 20 θ2 = 60° b = 35 c = 30 d = 50 24Projeto de Mecanismo ➢ A figura mostra a construção de uma solução gráfica da posição. Os quatro elos com comprimentos a, b, c, d e o ângulo θ2 do elo de entrada são dados; ➢ Primeiro, o elo terra (1) e o elo de entrada (2) são desenhados em uma escala conveniente, de forma que se cruzem na origem O2 do sistema de coordenada global XY com o elo 2 estabelecido com o ângulo de entrada θ2. O elo 1 é desenhado ao longo do eixo X por conveniência; ➢ Um compasso é ajustado em escala para o comprimento do elo 3, e se traça um arco com esse raio do final do elo 2 (ponto A). Então, se ajusta o compasso com a medida em escala do elo 4, e um segundo arco deve ser traçado do final do elo 1 (ponto O4). Esse dois arcos terão dois pontos de interseção em B e B’ que definem as duas soluções para a posição do mecanismo de quatro barras que poderá ser montado nessas duas configurações, denominadas de circuito aberto e cruzado na figura. Anál ise de Pos ições Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : 25Projeto de Mecanismo ➢ Uma solução gráfica só será válida para um valor particular de ângulo de entrada da manivela. Para cada análise de posição adicional, devemos redesenhar todo o mecanismo; ➢ Isso pode se tornar incômodo se precisarmos de análises completas a cada 1 ou 2 graus de incremento em θ2. Nesse caso, ficará melhor derivar a solução analítica para θ3 e θ4, que podem ser resolvidas por computador. Anál ise de Pos ições Análise Gráfica da Posição de Mecanismos : 26Projeto de Mecanismo ➢ O mesmo procedimento usado na figura anterior para resolver geometricamente pelas interseções B e B’ e ângulos dos elos 3 e 4 pode ser codificado para um algoritmo algébrico. As coordenadas do ponto A são obtidas de: 𝑨𝒙 = 𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) → 𝑨𝒚 = 𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) ➢ As coordenadas do ponto B são obtidas usando as equações dos círculos sobre A e O4: 𝒃𝟐 = (𝑩𝒙 − 𝑨𝒙) 𝟐+(𝑩𝒚 − 𝑨𝒚) 𝟐 𝒄𝟐 = (𝑩𝒙 − 𝒅) 𝟐+𝑩𝒚 𝟐 ➢ Que fornecem um par de equações simultâneas em Bx e By. Anál ise de Pos ições Análise Algébrica da Posição de Mecanismos : 27Projeto de Mecanismo ➢ Resolvendo o sistema das equações dos círculos anteriores, subtraindo a segunda da primeira e isolando Bx : 𝑩𝒙 = 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝒅𝟐 𝟐. (𝑨𝒙 − 𝒅) − 𝟐. 𝑨𝒚. 𝑩𝒚 𝟐. (𝑨𝒙 − 𝒅) ➢ Considerando: 𝑺 = 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝒅𝟐 𝟐. (𝑨𝒙 − 𝒅) → 𝑩𝒙 = 𝑺 − 𝑨𝒚. 𝑩𝒚 (𝑨𝒙 − 𝒅) ➢ Substituindo Bx na segunda equação dos círculos, fica uma equação quadrática de By, que tem duas soluções correspondentes: 𝑩𝒚 𝟐 + 𝑺 − 𝑨𝒚. 𝑩𝒚 𝑨𝒙 − 𝒅 − 𝒅 𝟐 − 𝒄𝟐 = 𝟎 Anál ise de Pos ições Análise Algébrica da Posição de Mecanismos : 28Projeto de Mecanismo ➢ Sendo uma equação do segundo grau teremos para as raízes da equação quadrática: 𝑩𝒚 = −𝑸± 𝑸𝟐 − 𝟒.𝑷. 𝑹 𝟐. 𝑷 ➢ em que: 𝑺 = 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝒅𝟐 𝟐. (𝑨𝒙 − 𝒅) → 𝑸 = 𝟐. 𝑨𝒚. (𝒅 − 𝑺) (𝑨𝒙 − 𝒅) 𝑷 = 𝑨𝒚 𝟐 𝑨𝒙 − 𝒅 𝟐 + 𝟏 → 𝑹 = 𝒅 − 𝑺 𝟐 − 𝒄𝟐 Anál ise de Pos ições Análise Algébrica da Posição de Mecanismos : 29Projeto de Mecanismo ➢ Note que as soluções para essa equação podem ser reais ou imaginárias. No último caso, indicará que os elos não se conectam com o dado ângulo de entrada ou com nenhum outro ângulo. Quando os dois valores de By forem encontrados (se reais), eles podem ser substituídos na equação de Bx para obter os seus valores. Os ângulos dos elos para essa posição podem então ser obtidos de: 𝜽𝟑 = tan −𝟏 𝑩𝒚 − 𝑨𝒚 𝑩𝒙 − 𝑨𝒙 𝜽𝟒 = tan −𝟏 𝑩𝒚 𝑩𝒙 − 𝒅 Anál ise de Pos ições Análise Algébrica da Posição de Mecanismos : 30Projeto de Mecanismo ➢ Uma função arco tangente com dois argumentos deve ser usada para resolver as equações de θ3 e θ4, uma vez que os ângulos podem estar em qualquer quadrante; ➢ Todas a equações analíticas podem ser transcritas para qualquer linguagem de computador ou software que solucione equações, e variando o valor de θ2, dentro do alcance do mecanismo, encontram-se todos os valores correspondentes aos ângulos dos outros dois elos. Anál ise de Pos ições Análise Algébrica da Posição de Mecanismos : 31Projeto de Mecanismo Anál ise de Pos ições Representação do Laço de Vetores nos Mecanismos: Laço de vetores de posição para um mecanismo de quatro barras. 32Projeto de Mecanismo ➢ A alternativa de aproximar a analise de posição dos mecanismos, criando um laço ou uma malha fechada (ou laços) de vetores ao redor deles, foi primeiramente proposta por Raven; ➢ Os elos são representados por vetores de posição. A figura mostra o mesmo mecanismo de quatro barras da figura do slide 19, mas os elos agora foram redesenhados como vetores de posição formando um laço de vetores; Anál ise de Pos ições Representação do Laço de Vetores nos Mecanismos: 33Projeto de Mecanismo ➢ Existem muitas formas de representar vetores. Eles podem ser definidos por coordenadas polares, tendo seu módulo e ângulo, ou por coordenadas cartesianas, com componentes x e y; ➢Essas formas são certamente conversíveis entre si usando as equações do slide 06. Os vetores de posição da figura do slide 31 podem ser representados por quaisquer dessas expressões: 𝑭𝒐𝒓𝒎𝒂 𝑷𝒐𝒍𝒂𝒓: 𝑹@∠𝜽 → 𝑵𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝒗𝒆𝒓𝒔𝒐𝒓 𝒓. 𝒆𝒋.𝜽 → 𝑵𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝒏ú𝒎. 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒍𝒆𝒙𝒐𝒔 𝑭𝒐𝒓𝒎𝒂𝑪𝒂𝒓𝒕𝒆𝒔𝒊𝒂𝒏𝒂: 𝒓. cos(𝜽) . Ƹ𝒊 + 𝒓. sen(𝜽) . Ƹ𝒋 → 𝑵𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝒗𝒆𝒓𝒔𝒐𝒓 𝒓. cos 𝜽 + 𝒋. 𝒓. sen 𝜽 → 𝑵𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝒏ú𝒎. 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒍𝒆𝒙𝒐𝒔 Anál ise de Pos ições Vetores como Números Complexos: 34Projeto de Mecanismo ➢ Notação de versor para vetor de posição; ➢ A notação de números complexos, na qual a componente da direção X é chamada de parte real e a componente da direção Y é chamada de parte imaginária; ➢ O operador do número imaginário é a letra j que representa a raiz quadrada de -1. Anál ise de Pos ições Vetores como Números Complexos: 35Projeto de Mecanismo Anál ise de Pos ições Representação dos vetores no plano em números complexos. Vetores como Números Complexos: 36Projeto de Mecanismo ➢ Note na figura (b) que cada multiplicação do vetor RA pelo operador j resulta em uma rotação anti-horária de 90 graus do vetor; ➢ O vetor RB = j.RA está direcionado para o imaginário positivo ou eixo j; ➢ O vetor RC = j 2.RA está direcionado para o eixo real negativo porque j 2 = –1 e dessa forma RC = – RA; ➢ De modo similar, RD = j 3.RA = –j.RA e esse componente está direcionado para o eixo j negativo; ➢ Uma vantagem de usar a notação dos números complexos para representar vetores planos é obter a Identidade de Euler: Anál ise de Pos ições Vetores como Números Complexos: 𝒆±𝒋.𝜽 = 𝒄𝒐𝒔 𝜽 ± 𝒋. 𝒔𝒆𝒏 𝜽 → 𝒅𝒆𝒋.𝜽 𝒅𝜽 = 𝒋. 𝒆𝒋.𝜽 37Projeto de Mecanismo ➢ Usaremos essa notação de número complexo nos vetores para desenvolver e derivar as equações para posição, velocidade e aceleração dos mecanismos; ➢ As direções dos vetores de posição na figura do slide 31 foram escolhidas dessa forma para definir os ângulos que queremos medir; ➢ Por definição, o ângulo de um vetor é sempre medido de sua origem, e não do seu vértice (seta); ➢ Desejamos medir o ângulo θ4 fixo em seu pivô O4, pois assim o vetor R4 fica arranjado de forma que sua origem seja naquele ponto; ➢ Desejamos medir o ângulo θ3 da junção do elo 2 com o elo 3, porque o vetor R3 estará originado ali; Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 38Projeto de Mecanismo ➢Uma lógica similar dita o arranjo dos vetores R1 e R2. Note que o eixo X (real) é construído por conveniência sobre o elo 1 e a origem do sistema de coordenada global é tomada no ponto O2, a origem do vetor do elo de entrada, R2; ➢ Essas escolhas de vetores direção e sentidos, como indicados por seus vértices em flechas, levam a essa equação do laço de vetores: ➢ Uma notação alternativa para esses vetores de posição é a de usar o nome dos pontos nos quais estão a extremidade do vetor e a sua origem (nessa ordem) como subscritos. O segundo subscrito é convencionalmente omitido se for a origem do sistema de coordenada global (ponto O2): Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 − 𝑹𝟒 − 𝑹𝟏 = 𝟎 𝑹𝑨 + 𝑹𝑩𝑨 − 𝑹𝑩𝑶𝟒 − 𝑹𝑶𝟒 = 𝟎 39Projeto de Mecanismo ➢ Em seguida, substituímos a notação de número complexo para cada vetor de posição. Para simplificar a notação e minimizar o uso de subscritos, chamaremos os comprimentos escalares dos quatro elos de a, b, c e d. Eles estão assim nomeados na figura do slide 31. Então, a equação torna-se: ➢ Essas são as três formas para a mesma equação dos vetores, e cada uma pode ser resolvida para duas variáveis. Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝒂. 𝒆𝒋.𝜽𝟐 + 𝒃. 𝒆𝒋.𝜽𝟑 − 𝒄. 𝒆𝒋.𝜽𝟒 − 𝒅. 𝒆𝒋.𝜽𝟏 = 𝟎 40Projeto de Mecanismo ➢ Existem quatro variáveis na equação; elas são os ângulos de cada um dos quatro elos. Nesse mecanismo, particularmente, o comprimento dos elos são constantes; ➢ Além disso, o valor do ângulo do elo 1 é fixado (em zero), já que esse é o elo terra; ➢A variável independente é θ2 que controlamos com um motor ou outro dispositivo; ➢Assim, restam os ângulos θ3 e θ4 para serem encontrados. Precisamos de expressões algébricas que definam θ3 e θ4 como funções somente do comprimento constante dos elos e de um ângulo de entrada, θ2. Essas expressões terão as seguintes formas: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝜽𝟑 = 𝒇 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅, 𝜽𝟐 𝜽𝟒 = 𝒈 𝒂, 𝒃, 𝒄, 𝒅, 𝜽𝟐 41Projeto de Mecanismo ➢ Para resolver a forma polar, equação do slide 39 dos vetores, devemos substituir as equivalências de Euler (slide 36) para os termos e j.θ, e então separar o resultado da equação do vetor na forma cartesiana em duas equações escalares que podem ser resolvidas simultaneamente para θ3 e θ4. Substituindo a equação do slide 36 na equação do slide 39: ➢ Esta equação pode agora ser separada em partes real e imaginária e cada uma igualada a zero. Parte real (componente x) e considerando que θ1 = 0; ➢ Parte imaginária (componente y) e considerando que θ1 = 0; ➢ Simplificando os operadores j: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝒂. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐)) + 𝒃. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑)) − 𝒄. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒)) − 𝒅. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟏) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟏)) = 𝟎 𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝒅 = 𝟎 𝒋. 𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) + 𝒋. 𝒃. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) − 𝒋. 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) = 𝟎 𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) + 𝒃. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) = 𝟎 42Projeto de Mecanismo ➢ As duas equações escalares das partes real e imaginária podem agora ser resolvidas simultaneamente para θ3 e θ4. A solução para esse sistema de duas equações trigonométricas simultâneas é direta, mas tediosa; ➢ Algumas substituições de identidades trigonométricas simplificarão as expressões; ➢ O primeiro passo é reescrever as equações para assim isolar uma das duas variáveis desconhecidas no lado esquerdo. Isolaremos θ3 e resolveremos θ4 nesse exemplo: ➢ Agora, eleve os dois lados das equações ao quadrado e some-os: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) = −𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒅 𝒃. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) = −𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) + 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) 𝒃𝟐. 𝒔𝒆𝒏𝟐(𝜽𝟑) + 𝒄𝒐𝒔 𝟐(𝜽𝟑) = (−𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) + 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒)) 𝟐+(−𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒅) 𝟐 43Projeto de Mecanismo ➢ Note que o valor entre parênteses no lado esquerdo é igual a 1, eliminando θ3 da equação, deixando somente θ4 que pode agora ser resolvido por: ➢ O lado direito dessa expressão deve agora expandir os termos coletados: ➢ Para futuramente simplificar essa expressão, as constantes K1, K2 e K3 foram definidas em termos do comprimento constante dos elos na equação anterior: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝒃𝟐 = (−𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) + 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒)) 𝟐+(−𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒅) 𝟐 𝒃𝟐 = 𝒂𝟐 + 𝒄𝟐 + 𝒅𝟐 − 𝟐.𝒂. 𝒅. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝟐. 𝒄. 𝒅. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝟐. 𝒂. 𝒄. (𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐). 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) + 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐). 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒)) 𝑲𝟏 = 𝒅 𝒂 → 𝑲𝟐 = 𝒅 𝒄 → 𝑲𝟑 = 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 + 𝒅𝟐 𝟐. 𝒂. 𝒄 → 𝑲𝟏. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝑲𝟐. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝑲𝟑 = 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐). 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐). 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) → 𝑲𝟏. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝑲𝟐. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝑲𝟑 = 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐−𝜽𝟒) → 44Projeto de Mecanismo ➢ Para reduzir a equação abaixo a uma solução de forma mais amigável, será útil substituir a meia identidade dos ângulos que serão convertidos em termos de senθ4 e cosθ4 para termos de tanθ4: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o sd e Q u a t r o B a r r a s : 𝒔𝒆𝒏(θ𝟒) = 𝟐. 𝒕𝒂𝒏 θ𝟒 𝟐 𝟏 + 𝒕𝒂𝒏𝟐 θ𝟒 𝟐 → 𝒄𝒐𝒔(θ𝟒) = 𝟏 − 𝒕𝒂𝒏𝟐 θ𝟒 𝟐 𝟏 + 𝒕𝒂𝒏𝟐 θ𝟒 𝟐 𝑲𝟏. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝑲𝟐. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝑲𝟑 = 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐). 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐). 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) → 45Projeto de Mecanismo ➢ Isso resulta, na próxima forma simplificada, em que os comprimentos dos elos e a entrada conhecida (θ2) foram agrupadas como as constantes A, B e C. em que: ➢ Note que a equação anterior é quadrática, e a solução é: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝑨. 𝒕𝒂𝒏𝟐 θ𝟒 𝟐 + 𝑩. 𝒕𝒂𝒏 θ𝟒 𝟐 + 𝑪 = 𝟎 → 𝑨 = 𝒄𝒐𝒔 θ𝟐 −𝑲𝟏 −𝑲𝟐. 𝒄𝒐𝒔 θ𝟐 +𝑲𝟑 𝑩 = −𝟐. 𝒔𝒆𝒏(θ𝟐) 𝑪 = 𝑲𝟏 − 𝑲𝟐 + 𝟏 . 𝒄𝒐𝒔 θ𝟐 +𝑲𝟑 𝒕𝒂𝒏 θ𝟒 𝟐 = −𝑩 ± 𝑩𝟐 − 𝟒.𝑨. 𝑪 𝟐. 𝑨 → θ𝟒𝟏,𝟐 = 𝟐. 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏 −𝑩 ± 𝑩𝟐 − 𝟒.𝑨. 𝑪 𝟐. 𝑨 46Projeto de Mecanismo ➢ A equação anterior tem duas soluções, obtidas por meio das soluções positiva e negativa da raiz quadrada. Essas duas soluções, assim como as soluções de qualquer equação quadrática, podem ser de três tipos: reais e iguais, reais e diferentes, complexas e conjugadas; ➢ Se o discriminante da equação (for negativo, então as soluções serão números complexos conjugados, o que significa simplesmente que o comprimento escolhido para os elos não possibilita uma conexão de forma a respeitar o valor escolhido para o ângulo de entrada θ2; ➢ Isso pode acontecer quando os comprimentos dos elos são completamente incapazes de se conectarem em qualquer posição ou, em um mecanismo não Grashof, quando o ângulo de entrada está localizado abaixo da posição limite das singularidades; ➢Não existe, portanto, nenhuma solução real para este valor de ângulo de entrada θ2; Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 47Projeto de Mecanismo ➢ Com exceção dessa situação, as soluções geralmente serão reais e diferentes, o que significa que existem dois valores de θ4 correspondentes a cada valor de θ2; ➢ Eles se referem às configurações cruzada e aberta do mecanismo e também aos seus dois circuitos. No mecanismo de quatro barras, a solução negativa fornece θ4 para a configuração aberta, enquanto a solução positiva fornece θ4 para a configuração cruzada; ➢ A figura do slide 21 mostra ambas as soluções, cruzada e aberta, para um mecanismo Grashof manivela seguidor. Os termos cruzado e aberto são baseados na suposição de que o elo 2, para o qual θ2 é definido, está localizado no primeiro quadrante (isto é, 0 < θ2 < π/2). Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 48Projeto de Mecanismo ➢ Um mecanismo Grashof é então definido como cruzado se os dois elos adjacentes ao menor elo cruzam um ao outro, e é definido como aberto se eles não se cruzam nesta posição; ➢Note que a configuração do mecanismo, cruzado ou aberto, é unicamente dependente do modo que os elos estão conectados. Não se pode predizer, baseando-se apenas no comprimento dos elos, qual das soluções será a desejada. Em outras palavras, pode-se obter outra solução, com um mesmo mecanismo, simplesmente tirando a junta que conecta os elos 3 e 4 na figura do slide 21, e movendo estes elos para as outras únicas posições nas quais a junta irá conectá-los novamente. Dessa forma, você̂ terá mudado de uma possível posição, ou circuito, para outra. Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 49Projeto de Mecanismo ➢ A solução para o ângulo θ3 é essencialmente similar à solução para θ4. Retornando às equações do slide 42, podemos rearranjá-las de forma a isolar θ4 no lado direito; ➢ Elevando ao quadrado e somando essas equações, θ4 será eliminado. A equação resultante pode ser resolvida para θ3, como foi feito anteriormente para θ4, resultando nesta expressão: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) = 𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) + 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) − 𝒅 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) = 𝒂. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐) + 𝒃. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) 𝑲𝟏. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) + 𝑲𝟒. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 +𝑲𝟓 = 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 . 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) + 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 . 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) 𝑲𝟏 = 𝒅 𝒂 → 𝑲𝟒 = 𝒅 𝒃 → 𝑲𝟓 = 𝒄𝟐 − 𝒅𝟐 − 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 𝟐. 𝒂. 𝒃 → 50Projeto de Mecanismo ➢ Isso também reduz à forma quadrática: em que: ➢ E a solução é: Anál ise de Pos ições E q u a ç ã o V e t o r i a l e m M a l h a F e c h a d a n o s M e c a n i s m o s d e Q u a t r o B a r r a s : 𝑫. 𝒕𝒂𝒏𝟐 θ𝟑 𝟐 + 𝑬. 𝒕𝒂𝒏 θ𝟑 𝟐 + 𝑭 = 𝟎 → 𝑫 = 𝒄𝒐𝒔 θ𝟐 −𝑲𝟏 +𝑲𝟒. 𝒄𝒐𝒔 θ𝟐 +𝑲𝟓 𝑬 = −𝟐. 𝒔𝒆𝒏(θ𝟐) 𝑭 = 𝑲𝟏 + 𝑲𝟒 − 𝟏 . 𝒄𝒐𝒔 θ𝟐 +𝑲𝟓 𝒕𝒂𝒏 θ𝟑 𝟐 = −𝑬 ± 𝑬𝟐 − 𝟒.𝑫. 𝑭 𝟐.𝑫 → θ𝟑𝟏,𝟐 = 𝟐. 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏 −𝑬 ± 𝑬𝟐 − 𝟒.𝑫. 𝑭 𝟐.𝑫 51Projeto de Mecanismo Anál ise de Pos ições Solução para Anál ise de Pos ições no Mecanismo Bie la Manivela : Posição do vetor laço para um mecanismo biela-manivela de quatro barras. θ𝟏 = 𝟎° θ𝟒 = 𝟗𝟎° 52Projeto de Mecanismo ➢ Seguindo a mesma análise do mecanismo de quatro barras: ➢ A função arco seno possui duas soluções: Anál ise de Pos ições Solução para Anál ise de Pos ições no Mecanismo Bie la Manivela : 𝑹𝟐 − 𝑹𝟑 − 𝑹𝟒 − 𝑹𝟏 = 𝟎 → 𝒂. 𝒆 𝒋.𝜽𝟐 − 𝒃. 𝒆𝒋.𝜽𝟑 − 𝒄. 𝒆𝒋.𝜽𝟒 − 𝒅. 𝒆𝒋.𝜽𝟏 = 𝟎 𝒂. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒃. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑)) − 𝒄. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒)) − 𝒅. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟏) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟏)) = 𝟎 𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) − 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝒅 = 𝟎 → 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒃. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) = 𝟎 θ𝟑𝟏 = 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒄 𝒃 → 𝒅 = 𝒂. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 − 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) θ𝟑𝟐 = 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 − 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒄 𝒃 + 𝝅 → 𝒅 = 𝒂. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 − 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) 53Projeto de Mecanismo Anál ise de Pos ições S o l u ç ã o p a r a A n á l i s e d e P o s i ç õ e s n o M e c a n i s m o B i e l a M a n i v e l a I n v e r t i d o : Inversão 3 do mecanismo biela-manivela de quatro barras. 𝑹𝑩 = 𝑹𝟐 − 𝑹𝟑 θ𝟏 = 𝟎° θ𝟑 = θ𝟒 ± 𝜸 54Projeto de Mecanismo ➢ Seguindo a mesma análise do mecanismo de quatro barras: ➢ Após algumas multiplicações algébricas: Anál ise de Pos ições 𝑹𝟐 − 𝑹𝟑 − 𝑹𝟒 − 𝑹𝟏 = 𝟎 → 𝒂. 𝒆 𝒋.𝜽𝟐 − 𝒃. 𝒆𝒋.𝜽𝟑 − 𝒄. 𝒆𝒋.𝜽𝟒 − 𝒅. 𝒆𝒋.𝜽𝟏 = 𝟎 𝒂. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒃. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑)) − 𝒄. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒)) − 𝒅. (𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟏) + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟏)) = 𝟎 𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) − 𝒃. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝒅 = 𝟎 → 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒃. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) = 𝟎 𝒃 = 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) → 𝒂. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟐) − 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 − 𝒄. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒) 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑) . 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟑) − 𝒄. 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝟒) − 𝒅 = 𝟎 𝑷. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟒 + 𝑸. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟒 + 𝑹 = 𝟎 S o l u ç ã o p a r a A n á l i s e d e P o s i ç õ e s n o M e c a n i s m o B i e l a M a n i v e l a I n v e r t i d o : 𝑷 = 𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 . 𝒔𝒆𝒏 𝜸 + 𝒂. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 − 𝒅 . 𝒄𝒐𝒔 𝜸 𝑸 = −𝒂. 𝒔𝒆𝒏 𝜽𝟐 . 𝒄𝒐𝒔 𝜸 + 𝒂. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 − 𝒅 . 𝒔𝒆𝒏 𝜸 𝑹 = −𝒄. 𝒔𝒆𝒏 𝜸 55Projeto de Mecanismo ➢ Note que os fatores P, Q, R são constantes para qualquer valor de entrada θ2: ➢ Isso reduz a: Anál ise de Pos ições S o l u ç ã o p a r a A n á l i s e d e P o s i ç õ e s n o M e c a n i s m o B i e l a M a n i v e l a I n v e r t i d o : 𝑷. 𝟐. 𝒕𝒂𝒏 𝜽𝟒 𝟐 𝟏 + 𝒕𝒂𝒏𝟐 𝜽𝟒 𝟐 + 𝑸. 𝟏 − 𝒕𝒂𝒏𝟐 𝜽𝟒 𝟐 𝟏 + 𝒕𝒂𝒏𝟐 𝜽𝟒 𝟐 + 𝑹 = 𝟎 𝑹 − 𝑸 . 𝒕𝒂𝒏𝟐 𝜽𝟒 𝟐 + 𝟐.𝑷. 𝒕𝒂𝒏 𝜽𝟒 𝟐 + (𝑸 + 𝑹) = 𝟎 𝑺 = 𝑹 − 𝑸 𝑻 = 𝟐.𝑷 → 𝑼 = 𝑸 + 𝑹 𝑺. 𝒕𝒂𝒏𝟐 𝜽𝟒 𝟐 + 𝑻. 𝒕𝒂𝒏 𝜽𝟒 𝟐 +𝑼 = 𝟎 → θ𝟒𝟏,𝟐 = 𝟐. 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒂𝒏 −𝑻 ± 𝑻𝟐 −𝟒. 𝑺. 𝑼 𝟐. 𝑺 56Projeto de Mecanismo Anál ise de Pos ições S o l u ç ã o p a r a A n á l i s e d e P o s i ç õ e s n o M e c a n i s m o d e c i n c o b a r r a s e n g r e n a d o : O mecanismo engrenado de cinco barras e sua representação vetorial em malha fechada. 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 − 𝑹𝟒 − 𝑹𝟓 − 𝑹𝟏 = 𝟎 θ𝟏 = 𝟎° θ𝟓 = λ. θ𝟐+ϕ Solução ver Livro de Referência. 57Projeto de MecanismoMecanismo de seis barras de Watt e seu vetor laço. Anál ise de Pos ições S o l u ç ã o p a r a A n á l i s e d e P o s i ç õ e s n o M e c a n i s m o d e s e i s b a r r a s : O mecanismo de seis barras de Watt consiste essencialmente em dois mecanismos de quatro barras em série, como mostra a figura (a), e pode ser analisado como tal. Dois vetores laço são desenhados, como mostra a figura (b). A equação desses vetores laço pode ser resolvida com base nos resultados do primeiro laço, como dados de entrada do segundo laço. Note que existe uma relação angular constante entre os vetores R4 e R5 por causa do elo 4. 58Projeto de MecanismoMecanismo de Stephenson de seis barras e os vetores laço. Anál ise de Pos ições S o l u ç ã o p a r a A n á l i s e d e P o s i ç õ e s n o M e c a n i s m o d e s e i s b a r r a s : O mecanismo de seis barras de Stephenson é um mecanismo de análise mais complexo. Podem ser desenhados dois vetores laço, porém, dependendo da inversão analisada, um ou ambos os laços terão cinco elos e, por consequência, três ângulos desconhecidos, como mostra a figura (a) e (b). Contudo, os laços terão pelo menos um elo não aterrado em comum e, portanto, pode-se encontrar uma solução. 59Projeto de MecanismoPosição dos pontos nos elos. Anál ise de Pos ições Posição de Qualquer Ponto de um Mecanismo: 60Projeto de Mecanismo ➢ Uma vez encontrados os ângulos de todos os elos, a determinação e o cálculo da posição de qualquer ponto, em qualquer elo, para qualquer posição de entrada do mecanismo, são simples e diretos; ➢A figura mostra um mecanismo de quatro barras cujo acoplador, o elo 3, foi ampliado de forma a conter o ponto P. A manivela e o seguidor também foram alargados com o objetivo de mostrar os pontos S e U, os quais podem representar o centro de gravidade desses elos. O intuito é desenvolver expressões algébricas para a posição destes (ou de quaisquer) pontos pertencentes aos elos; ➢Para achar a posição do ponto S, desenhe um vetor de posição do polo O2 ao ponto S. Esse vetor RSO2 forma um ângulo δ2 com o vetor RAO2. Esse ângulo δ2 é definido pela geometria do elo 2 e é constante. O vetor de posição para o ponto S é, então: Anál ise de Pos ições Posição de Qualquer Ponto de um Mecanismo: 𝑹𝑺𝑶𝟐 = 𝑹𝑺 = 𝒔. 𝒆 𝒋.(𝜽𝟐+𝜹𝟐) = 𝒔. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟐 + 𝜹𝟐 + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟐 + 𝜹𝟐) 61Projeto de Mecanismo ➢ A posição do ponto U no elo 4 é encontrada da mesma forma, usando o ângulo δ4 que possui uma distância angular constante dentro do elo. A expressão é: ➢ A posição do ponto P no elo 3 pode ser encontrada por meio da soma de dois vetores de posição: RA e RPA. O vetor RA foi anteriormente definido após análise dos ângulos dos elos na equação do slide 38. RPA é a posição relativa do ponto P em relação ao ponto A. O vetor RPA é definido do mesmo modo que RS ou RU, utilizando o ângulo deslocado interno do elo δ3 e o ângulo posição do elo 3, θ3: Anál ise de Pos ições Posição de Qualquer Ponto de um Mecanismo: 𝑹𝑼𝑶𝟒 = 𝑹𝑼 = 𝒖. 𝒆 𝒋.(𝜽𝟒+𝜹𝟒) = 𝒖. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟒 + 𝜹𝟒 + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟒 + 𝜹𝟒) 𝑹𝑷𝑨 = 𝒑. 𝒆 𝒋.(𝜽𝟑+𝜹𝟑) = 𝒑. 𝒄𝒐𝒔 𝜽𝟑 + 𝜹𝟑 + 𝒋. 𝒔𝒆𝒏(𝜽𝟑 + 𝜹𝟑) 𝑹𝑷 = 𝑹𝑨 + 𝑹𝑷𝑨 62Projeto de MecanismoÂngulo de transmissão no mecanismo de quatro barras. Anál ise de Pos ições Ângulos de Transmissão: 63Projeto de Mecanismo ➢ O ângulo de transmissão µ definido na figura (a) para um mecanismo de quatro barras. ➢ É definido como o ângulo entre o elo de saída e o acoplador. É normalmente tomado como o valor absoluto do ângulo agudo do par de ângulos na interseção dos dois elos e varia continuamente de um mínimo a um máximo valor, assim que o mecanismo alcança o extremo de seu movimento. É uma medida de qualidade de força e velocidade de transmissão da conexão; ➢ Iremos expandir essa definição para representar o ângulo entre quaisquer elos em um mecanismo, já que um mecanismo pode ter vários ângulos de transmissão. O ângulo entre qualquer elo de saída e o acoplador que o movimenta é um ângulo de transmissão. Anál ise de Pos ições Ângulos de Transmissão: 64Projeto de Mecanismo ➢ Agora que desenvolvemos as expressões analíticas para os ângulos de todos os elos do mecanismo, fica fácil determinar algebricamente o ângulo de transmissão; ➢ Ele é apenas a diferença entre os ângulos dos dois elos, unidos conforme desejamos passar alguma força ou velocidade; ➢ Para o exemplo de mecanismo de quatro barras, ele será a diferença entre θ3 e θ4. Por convenção, tomamos o valor absoluto da diferença e o forçamos a ser um ângulo agudo: ➢ Se 𝜽𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔 > Τ𝝅 𝟐 então 𝝁 = 𝝅 − 𝜽𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔 caso contrário 𝝁 = 𝜽𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔 ➢ Esse cálculo pode ser feito para qualquer junta de um mecanismo, utilizando os ângulos dos elos apropriados. Anál ise de Pos ições Ângulos de Transmissão: 𝜽𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔 = 𝜽𝟑 − 𝜽𝟒
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