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Crise Financeira de 2008

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Contexto histórico e geopolítico:
Ocorreu em 2008, uma verdadeira ruptura que deixa para trás uma longa fase de expansão da economia capitalista mundial e que essa ruptura marcou o início de um processo de crise com
 características que são comparáveis com a crise de 1929, ainda que venha a se desenvolver em um contexto muito distinto. Da mesma forma que em 1929, os bancos estiveram no
 epicentro da crise, e no início do ano parecia que muitos deles poderiam falir como o Lehman Brothers ou serem estatizados, como de fato ocorreu com alguns deles.
O ano de 2010 foi um ano com taxas de desemprego ainda altas na economia global e com volatilidade acima do normal no mercado financeiro mundial. Com o PIB mundial crescendo abaixo do potencial, a geração de empregos foi insuficiente para absorver todos os desempregados e os novos ingressantes no mercado de trabalho. As dúvidas sobre a saúde financeira das empresas, em especial dos bancos, e, crescentemente, das contas públicas ainda são muitas. O alto desemprego persistente em todo o mundo e um baixo crescimento da economia mundial poderão até mesmo ameaçar a própria globalização.
Fatores responsáveis pela crise:
Desde 1993 uma bolha imobiliária vinha se formando, com o aumento contínuo dos preços dos imóveis. Com a grande oferta de crédito nos EUA e o crescimento do papel da internet na economia.
Aumento da prática da Hipoteca*.   
* Dar o imovel como garantia para conseguir um  empréstimo, caso a pessoa não pague o banco toma o imóvel.
Crédito Hipotecário
Prime: Empréstimos para clientes que preenchem todos requisitos, comprovando a capacidade de pagar futuramente. Baixo risco
Subprime: Clientes que não cumprem esses requisitos, sendo mais difícil pagar futuramente. Risco muito maior.
Bancos juntavam grande números de hipotecas e vendiam como garantia para um investidor financeiro.
Bancos ofereciam mais empréstimos para atrair mais clientes, mesmo que não tivessem meios de pagar esses créditos no futuro, para obter mais hipotecas, assim o Subprime cresceu.
Os bancos passaram a misturar os subprimes com primes e montar os pacotes de CDO - Obrigações de Dívidas Colaterizadas, quando os empréstimos fossem pagos , o dinheiro dos investidores iria ser devolvido com juros. 
Os CDOs eram então vendidos para os investidores em todo o mundo, principalmente no continente europeu.
Esses créditos aumentaram o número de compradores de casas, causando valorização nos imóveis.
Com o aumento da procura pelo crédito, os juros subiram, desvalorizando os imóveis
O valor da dívida passava a ser maior que a dos imóveis.
Bancos emitem títulos, comprados por outras instituições financeiras,, embasados, nas hipotecas, com esperança que os empréstimos seriam pagos.
  Clientes não tinham como pagar pelos créditos, bancos só tinham títulos de dívidas das hipotecas, que valiam menos do que a dívida.
Bancos ficaram descapitalizados, fazendo empréstimos uns dos outros.
Consequências:
A grande recessão:
Dezenas de bancos faliram, como o Lehman Brothers, um dos maiores bancos dos EUA.
 Essas falências somadas a perda na confiança que os empréstimos seriam pagos,   causaram pânico nos mercados e desencadeou um movimento massivo de vendas de ações. 
Nos EUA, 
em apenas 1 ano o pib encolheu 2,5%
O índice S&P 500, formado pelos ativos das 500 maiores empresas dos EUA, caiu cerca de 45%
No âmbito social as consequências também foram graves, agravadas por menos investimentos do Estado em bem estar social, e mais gastos militares.
a população vivendo na pobreza passou de 12% para 15%, aumentando mais de 10 milhões de pessoas.
O índice de desemprego passou de 4,4% para 9,9%
renda coletiva das famílias norte-americanas teve uma queda de mais de 25% entre 2007 e 2008
Quase 1 milhão de pessoas viraram sem teto.
Em geral, os países emergentes, como o Brasil,  sentiram menos os efeitos da crise. Porém houve uma alta no dólar, queda no índice bovespa e menor investimento externo. Contornados por ações do governo.
Em grande parte dos países afetados o partido que estava no poder durante a crise, perdeu as próximas eleições, independente do espectro político.
Ações do estado:
O sistema capitalista  mundial só não entrou em completa depressão após a crise de  2008 por conta das intervenções governamentais realizadas no mundo todo. Diferente da crise de 1929, a esfera pública reagiu de forma rápida com a queda na demanda e no crédito, expandindo suas atividades com pacotes de gastos, isenções tributárias e grande oferta de crédito, até pelos  dos bancos centrais, como nos Estados Unidos, área do euro e Reino Unido. Junto com o Japão.
Os Eua botaram em prática o programa TARP, comprando 700 bilhões de dólares em "ativos problemáticos", também comprou fatias de diversas empresas, a fim de evitar que decretassem falência.
O governo, tendo Lula como chefe de Estado, baixou a taxa SELIC, de 13,75% para 8,75% ao ano em 2009, diminuindo os juros pagos para empréstimos tanto de pessoas físicas quanto de empresas, para aumentar o dinheiro circulando .
Também, diminuiu a alíquota de impostos (principalmente IPI) para produtos da linha branca, materiais de construção e automóveis.
 liberou bilhões de reais em depósitos compulsórios para os bancos, para estimular a produção das indústrias e aumentar o dinheiro em circulação para que o consumo fosse maior.

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