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Palestra de manejo e estresse de felinos

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Relatório e pareceres 
Saída de campo para aula prática ao Capril Una Capri
Ana Burger
Eduardo Dourado
Gabriela Pereira
Gabriel Serafim
Lorena Silva 
Wanderson 
Saída de campo ao Capril Una Capri, realizada no dia 06/05, para realização de aula prática. 
Uma experiencia única, que nós alunos do primeiro semestre tivemos a oportunidade de vivenciar. Já de inicio, fomos muito bem recebidos no Capril pelo proprietário do local, local esse muito agradável e cheio de aprendizados para as pessoas que lá visitam. Primeiramente fomos todos conduzidos ao galpão onde se abrigam os bodes, lá podemos conhecer suas peculiaridades, as formas e cuidados que são conduzidas as reproduções e etc. Quanto a reprodução, acontecessem uma serie de cuidados para que sejam bem sucedidas, a separação dos machos é essencial, pois caso contrario se permanecerem juntos, os animais podem desenvolver um domínio sobre o outro, fazendo com que o macho passivo perca a libido. Não pode haver também a reprodução com o macho fora do seu ambiente, pois pode fazer com que o animal não tenha bom êxito no momento do cruzamento com a fêmea, sendo assim as fêmeas são levadas ate os machos quando estão prontas para reprodução. Para atrair as fêmeas os machos exalam um odor especifico, além de urinar a si próprios e se ejacularem, para intensificar esse odor fazendo com que a fêmea se sinta ainda mais atraída. As fêmeas entram naturalmente no estro no mês de janeiro aqui no Brasil, porém existem algumas formas para indução do estro em outras épocas. Uma delas é chamado “efeito macho” onde as fêmeas entram em cio quase todas na mesma época, com pequena diferença de dias, outra forma possível de sincronização é a utilização de hormônios.
Na prática, o que precisa ser feito é o seguinte: separar as fêmeas do contato com machos (não podem ver, ouvir nem sentir o cheiro deles), por um período de 60 dias (existem trabalhos que demonstram que menos tempo também tem seu efeito). Numa pequena propriedade, isso nem sempre é possível. Depois dessa “separação”, ao colocar o bode em contato com as cabras ou o carneiro com as ovelhas, a tendência é que as fêmeas sincronizem o cio. Ao invés delas entrarem em cio aos poucos, como seria normal (as ovelhas ao longo +- 16 e as cabras +- 21 dias), a maioria entrará em cio em questão de poucos dias. Se forem cobertas com poucos dias de diferença, essa concentração também terá efeito na parição (cerca de 70 – 80% das fêmeas podem a parir num intervalo de dez dias). Esse manejo funciona para fêmeas que estejam ciclando (entrando em cio normalmente) ou para aquelas que já estão próximas de voltar a apresentar cio. Para ovelhas e cabras que estejam no meio do período de anestro (regiões/raças que param de entrar em cio numa determinada época do ano), não vai funcionar. Dependendo do manejo e da propriedade, pode ser interessante para ter um melhor controle na época da parição, por exemplo. Pois ao invés de ter partos espalhados ao longo de várias semanas, teremos um grande volume de partos em poucos dias, podendo facilitar os cuidados.
Outro método mais utilizado, combinam o uso de esponjas intravaginais impregnadas com progestágenos com injeção de gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) e um análogo da prostaglandina PGF2α (cloprostenol) aplicado até 48 horas antes da remoção das esponjas. Esses tipos de reproduções programadas podem maximizar tanto a produção de leite quanto a eficiência reprodutiva do rebanho.
Além das técnicas de reprodução, o proprietário do local nos apresentou um ultimo bode dos que restaram de uma importação vinda da França, pelo qual foi chamado carinhosamente de “gladiador”. Porém, nos últimos 15 anos, a importação desses animais foi proibida, pois junto com a importação veio também uma doença chamada “CAE”, Artrite Encefalite Caprina, doença imunossupressora dos caprinos, mesma família de algumas doenças imunossupressoras como o HIV que acomete 
nos seres humanos. A falta de cuidado ao não pedir a sorologia dos animais, ocasionou a importação da doença juntamente com os animais. A CAE pode ser transmitida através de diversas formas, por secreções, da mãe para o filhote no momento do aleitamento materno, através da contaminação de seringas, linha de ordenhas e ate mesmo no momento do acasalamento.
Outro assunto abordado foi a técnica utilizada por alguns produtores desses animas, chamada de ‘’amochamento’’ que consiste em um processo cirúrgico, em que o veterinário expõe a base do chifre com o auxílio de um bisturi, e utiliza ferramentas para a serrar e retirar o corno, realizando sutura e curativos posteriormente. Essa técnica é utilizada para evitar conflitos entre os animais que levem a machucados e graves ferimentos, ou também pelo ‘’perigo’’ de algum animal ferir o tratador na hora do manejo, porém isso depende muito da forma em que esse animal é criado. 
Após isso fomos ao galpão onde ficam as cabras, e foi abordado sobre o controle leiteiro (CLO) que seria a pesagem quantitativa do leite de fêmeas previamente inscritas, definindo-se a produção diária da fêmea com a quantidade de leite produzida no intervalo de 24 horas, delimitada por 2 ou 3 ordenhas, considerando-se a primeira como de esgotamento. Uma lactação inicia-se no dia subsequente ao parto e encerra-se com a secagem da fêmea. Existem diversas vantagens na utilização desse método para o criador, e uma delas seria a avaliação qualitativa e quantitativa do leite. Tivemos também, a oportunidade de fazermos aferições de temperatura das cabras, e dos batimentos cardíacos das mesmas. Após isso, fomos conhecer o criadouro de coelhos, que são ali criados para venda da carne para restaurantes mais refinados aqui no Distrito Federal. Após conhecermos os animais, fomos levados para experimentar as iguarias que são fabricadas no próprio local, tudo a base do leite das cabras. Podemos experimentar queijos, bolos, doces, além de uma pequena explicação de como são produzidos os queijos da fazenda, e das visitas que podem ser feitas nos finais de semana, não somente pelos alunos, mas também da população de uma forma geral. Em resumo, foi uma experiencia única para todos nós, desde a forma em que fomos recebidos e durante toda a nossa estadia no local, e principalmente em relação a forma excepcional pela qual os animais que ali residem são tratados. Saímos de lá cheios de informações e conhecimentos para colocarmos em pratica ao longo de toda a nossa jornada acadêmica.

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