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Resumo 2 - laboratorio clinico

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CONCEITOS BÁSICOS DE BOAS PRÁTICAS APLICADAS A LABORATÓRIOS CLÍNICOS
· Instalações físicas: Sala para coleta de material (3,6m²); Área para classificação e distribuição de amostras (3m²); Laboratório de hematologia, parasitologia, urinálise, imunologia, bacteriologia, microbiologia, micologia, virologia, bioquímica ou biologia molecular (14m²); Antecâmara de paramentação exclusiva (2,8m²); Área para registro de pacientes (24m²); Laboratório de suporte à UTI (8m²).
· Condições ambientais do laboratório: ✓ Organização, limpeza, estado de conservação/manutenção da área física e das instalações: lavatórios, sanitários, depósito de materiais/almoxarifados, copa, área externa. ✓ Identificação dos ambientes ✓ Iluminação ✓ Uso de EPI e EPC – Funcionários e profissionais (NR 32) ✓ Ar-condicionado central – contrato de manutenção com empresa especializada; registros; AC parede - registros de limpeza e troca do filtro
· Conduta em laboratório: A identificação correta é uma forma importante de prevenir a manipulação inadequada de agentes infecciosos, substâncias químicas perigosas e organismos geneticamente modificados. Normas bem estabelecidas de rótulo, transporte, armazenamento para todas as substâncias químicas, medicamentos, agentes infecciosos e materiais biológicos, assim como para as fontes potenciais de contaminação. A necessidade e o hábito de ler o rótulo de todo material de trabalho, assim como a constante utilização de equipamento de proteção individual e coletiva, adequado para cada procedimento, são as principais formas de prevenir acidentes e de se proteger. O correto armazenamento dos solventes, reagentes e vidrarias, utilizando locais bem definidos e adequadamente identificados com simbologia preconizada, minimiza os riscos de acidentes de trabalho. • O controle de descarte de produtos considerados agressores do meio ambiente deve ser cuidadosamente monitorado, para preservar o meio ambiente em que se vive, assim como evitar o descarte inadequado de materiais passíveis de reciclagem, adotando a coleta seletiva destes, o que possibilita uma economia e a proteção ambiental para o bem-estar da população.
Requisitos de funcionamento de serviços de saúde (RDC Nº 63/2011)
· O serviço de saúde deve desenvolver ações no sentido de estabelecer uma política de qualidade envolvendo estrutura, processo e resultado na sua gestão dos serviços.
· O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade como ferramenta de gerenciamento.
· As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componentes da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados
· A direção e o responsável técnico do serviço de saúde têm a responsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualidade dos processos.
Contenção - Barreiras primárias
· EPIs: dispositivos ou produtos, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Como exemplos: jaleco/avental, óculos de proteção, máscaras, luvas, protetor auricular e sapatos fechados.
· EPCs: são utilizados para proteção coletiva dos colaboradores expostos a risco. Como exemplos: Autoclave, Forno Pasteur, Chuveiro de emergência, Lava olhos, extintor de incêndio, Cabines de segurança química (capela de exaustão) e biológica (capela de fluxo laminar).
Contenção - Barreiras secundárias
· 1. NB1: adequado ao trabalho que envolva agente com menor grau de risco (Classe de Risco I) para profissionais do laboratório e para o meio ambiente. 
· 2. NB2: adequado ao trabalho que envolva agentes de risco moderado para os profissionais e para o meio ambiente, em geral agentes causadores de doenças infecciosas (Classe de Risco II).
· 3. NB3: adequado ao trabalho com micro-organismos de elevado risco infeccioso (Classe de Risco III) podendo causar doenças sistêmicas sérias e potencialmente letais como Mycobacterium tuberculosis, Coxiella burnetti e Brucella spp., entre outros.
· 4. NB4: representa o nível máximo de segurança, adequado ao trabalho com OGM e microorganismos com alto potencial de infecção, como vírus Ebola
Nível 1 de Biossegurança (NB1)
· É necessária a aplicação das boas práticas laboratoriais e utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 
· O trabalho geralmente é conduzido em bancadas abertas, não exigindo equipamentos especiais de contenção. Os profissionais devem ter treinamento específico nos procedimentos realizados e trabalhar sob supervisão.
· O acesso ao laboratório é limitado ou restrito de acordo com definição do responsável e não será permitida a entrada de animais e crianças. 
· O laboratório não fica separado das demais dependências do edifício e deve possuir uma pia específica para lavar as mãos
Nível 2 de Biossegurança (NB2)
· Autoclave para descontaminação, no interior ou próxima ao laboratório, de modo a permitir a descontaminação de todo o material antes do seu descarte. A autoclave é um equipamento utilizado na esterilização por calor úmido de materiais contaminados, tornando-os seguros para serem descartados ou reutilizados.
· Cabine de Segurança Biológica Classe I ou II e centrífuga com caçapa protegida sempre que houver manipulação de materiais em que possa existir a formação de aerossóis. A cabine de segurança biológica é o principal equipamento de contenção física para agentes infecciosos. Protegem o material e o profissional, na manipulação de materiais biológicos altamente infectantes, substâncias tóxicas e cultura de células. Devem estar em local de pouco trânsito e distantes de portas. 
· Os profissionais devem receber treinamento específico no manejo de agentes patogênicos, ser orientados sobre os possíveis riscos e trabalhar sob supervisão.
· O acesso ao laboratório é limitado durante os procedimentos operacionais.
Nível 3 de Biossegurança (NB3)
· Devem ser utilizadas barreiras de proteção individual e toda manipulação realizada em cabine de segurança biológica classe II ou III, com filtro HEPA. O filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) é um tipo de filtro de ar com alta eficiência na separação de partículas. É composto por uma malha de fibras de vidro dispostas aleatoriamente, com diâmetros entre 0,5 e 2 µm. É utilizado para evitar a propagação de micro-organismos através do ar.
· deve-se oferecer treinamento específico aos funcionários no manejo de agentes patogênicos e potencialmente letais, assim como orientar sobre os possíveis riscos e trabalhar sob supervisão. 
· Quando não houver condições específicas para o NB-3 as atividades de rotina e operações repetitivas podem ser realizadas em laboratório com instalação NB-2, acrescidas de equipamentos de contenção e das práticas recomendadas para NB-3.
· • O acesso ao laboratório é controlado. Menores de idade não serão permitidos dentro do laboratório.
Nível 4 de Biossegurança (NB4)
· É adequado ao manuseio de agentes infecciosos que possuem alto risco de infecção individual e de transmissão pelo ar sempre que o trabalho envolver OGM resultante de organismo receptor ou parenteral classificado como classe de risco NB-4. 
· Representa uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho, equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança. 
· Recomenda-se que os laboratórios de nível de Biossegurança 4, ou de contenção máxima, só funcionem sob o controle direto das autoridades sanitárias.
Qualidade da água reagente em laboratório clínico
· A água é um reagente utilizado na maioria dos testes laboratoriais e por isso deve seguir um padrão de controle de qualidade rigoroso. 
· O fornecimento urbano de água apresenta moléculas orgânicas, íons inorgânicos, partículas, coloides, gases, bactérias e seus produtos, que podem alterar os resultados dos exames laboratoriais e causar eventuais erros e falhas mecânicas em equipamentos analíticos. 
· Para removeressas impurezas, é necessário recorrer a uma combinação de tecnologias de purificação. 
· O monitoramento da qualidade é realizado pela determinação de resistividade, condutividade, carbono orgânico total (TOC), controle microbiológico e endotoxinas
Sistema de purificação da água: O sistema deverá conter filtros de pré tratamento (multimídia, leito misto, carvão ativado, abrandador) e osmose reversa. O ideal é ter um sistema de recirculação constante, evitando que a água fique parada, além de lâmpadas UV no retorno do tanque
1. Água de Alimentação 
2. Água sem ferro e desmineralizada 
3. Água destilada 
4. Água ultrafiltrada (WFI)
Água sem ferro e desmineralizada
· Processo que visa a remoção de íons pela passagem da água por pequenas esferas de resina eletricamente carregadas, o que permite a troca seletiva de íons dissolvidos – são trocados íons de hidrogênio (H+) pelos contaminantes catiônicos presentes, bem como íons de hidroxila (OH-) pelos contaminantes aniônicos. 
· Após determinado tempo ou vazão o conjunto precisa ser trocado, ou as esferas regeneradas com aplicação de ácidos e bases, pois as esferas de resina perdem seus íons de hidrogênio e hidroxila, ficando em seu lugar os íons removidos.
Água destilada
· Processo que busca remover substâncias presentes num meio com base na diferença do ponto de ebulição entre elas. Para tanto, a água é aquecida até seu ponto de ebulição, o vapor resultante é direcionado para um recipiente, onde fica armazenado após a condensação, assim, gases dissolvidos que apresentem um ponto de ebulição maior do que o da água e partículas ficarão retidos no recipiente inicial, não sendo transportados com o vapor, da mesma forma que gases que apresentem ponto de ebulição inferior ao da água podem ser eliminados antes que a água atinja seu ponto de ebulição.
Água ultrafiltrada (WFI)
· Utilizada como excipiente na preparação de produtos farmacêuticos parenterais de pequeno e grande volume, na fabricação de produtos ativos de uso parenteral (como vacinas, diluentes e soluções). 
· Recomenda-se que preferencialmente seja obtida por destilação ou processo equivalente que garanta a adequada remoção dos contaminantes químicos e microorganismos
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS EM LABORATÓRIOS
· Perigo é algo que tem potencial de causar danos e o Risco é a probabilidade que o perigo ocorra 
· Riscos presentes em laboratórios: Físicos (verde), Químicos (vermelho), Biológicos (marrom), Ergonômicos (amarelo) e acidentais (Azul)
1. Riscos físicos: São riscos ambientais que se apresentam em forma de energia= Ruído; temperaturas extremas; Radiações não ionizantes; Radiações ionizantes; Pressões anormais; Vibrações.
2. Riscos químicos: Os agentes químicos são substâncias compostas ou produtos que podem penetrar no organismo humano pela via respiratória, por contato com o organismo humano ou ser absorvido por ele através da pele ou por ingestão. Os agentes químicos podem ser classificados em: Poeiras; Fumos; Névoas; Neblinas; Gases; Vapores; Substâncias, compostos e produtos químicos em geral.
3. Riscos ergonômicos: São os que ocorrem por falta de equipamentos adequados, gerando postura incorreta, jornadas de trabalho excessivas e repetitividade. Esses agentes podem produzir alterações no organismo e no estado emocional, comprometendo sua saúde, segurança e produtividade.
4. Riscos acidentais ou mecânicos: Acontecem pelo contato físico direto com a vítima, manifestando sua nocividade; Esses agentes são responsáveis por uma série de lesões, como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras, etc
5. Riscos biológicos: Gerados por organismos como vírus, bactérias, fungos e outros, capazes de desencadear doenças devido à contaminação 
Cuidados na rotina laboratorial
· 1) Lavar as mãos antes de depois de cada procedimento com água e sabão; 
· 2) Utilizar jaleco, luvas e mascara; 
· 3) Antes de iniciar experimentos, limpar bancadas com hipoclorito e álcool, fazendo movimentos verticais para a retirada da sujeira; 
· 4) Realizar procedimento acompanhando o Procedimento Operacional Padrão (POP) 
· 5) Identificar todas as amostras de forma adequada, com NOME, DATA, TIPO. 
· 6) Separar todo o material necessário para o experimento antes de inicia-lo; 
· 7) Após o uso, descartar materiais da forma adequada. Materiais contaminados devem ser autoclavados e descartados como material infectante devidamente identificado (RISCO BIOLÓGICO);
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS
· Limpeza Técnica: processo de remoção de sujidades, mediante a aplicação de agentes químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado período de tempo. Consiste na limpeza de todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) e equipamentos permanentes, das diversas áreas do recinto. 
· Assepsia: Conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de microrganismos (contaminação) em local que não os contenha. Processo que permite afastar os germes patogênicos de um local ou objeto.
· Antissepsia: desinfecção da pele, mucosas ou tecidos.
· Fatores que influenciam o crescimento microbiano: Temperatura, Tipo de microrganismo, Fase de crescimento, Ambiente
Mecanismos de ação de desinfecção:
· Alterações nos ácidos nucleicos 
· Desnaturação das proteínas 
· Inibição do metabolismo 
· Ruptura da membrana celular
Desinfecção por agentes químicos:
· Desinfecção: destruição ou remoção de patógenos (forma vegetativa).
· Esterilização: destruição ou remoção total dos microrganismos.
· Produtos testados e aprovados 
· Produtos que possuam registro no Ministério da Saúde para desinfecção de artigos
· Produtos com dados de sua atividade antimicrobiana publicados na literatura científica
· Atentar-se ao princípio ativo e a compatibilidade com os materiais a que se destinam
Sanitizantes e desinfetantes
· Desinfetante: É um produto que mata todos os microrganismos patogênicos, mas não necessariamente todas as formas microbianas esporuladas em objetos e superfícies inanimadas. 
· Sanitizante: É um agente/produto que reduz o número de bactérias a níveis seguros de acordo com as normas de saúde
Principais produtos utilizados
· Óxido de etileno • Aldeídos • Agentes oxidantes • Halogênios • Compostos fenólicos • Compostos quaternários de amônia • Álcoois • Gliconato de clorexidina a 4%, em solução alcoólica
Métodos físicos de desinfecção
· Calor= Calor húmido: Fervura (100ºC, 10min): não inativa endósporos e alguns vírus. • Autoclave (121ºC, 15min, 15psi): desnaturação de proteínas, quebra de ponte de H./ Calor seco: Oxidação • Esterilização por ar quente (170ºC, 2h): vidraria • Incineração: descontaminação em grande escala • Chama: descontaminação em pequena escala
· Filtração: Filtros desde 0,01 a 0,3 μm: meios de cultura, vacinas, antibióticos, enzimas. • Filtros HEPA: ar ambiente
· Radiação= Radiação ionizante: Raios g, raios X e raios catódicos • Empregado em material médico, soro, vacina, IFA. / Radiação não ionizante: UV (260 nm) e microondas • Empregada para esterilização do ar em ambientes fechados, alimentos e objetos de uso comum
Método de desinfecção ideal
· Rápido • Eficaz contra todos os microrganismos • Não tóxico • De fácil penetração • Estável • Aplicável a vários materiais e tecido humano • Sem odor e cor • Custo reduzido
Resíduos de saúde: gerenciamento
· O gerenciamento de resíduos deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos resíduos. 
· Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), com base nas características dos resíduos gerados e na classificação dos mesmos, estabelecendo as diretrizes de manejo dos resíduos. 
· O PGRSS deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por tais etapas. 
· CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentarrisco de infecção. GRUPO B: Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente. GRUPO C: Qualquer material que contenha radionuclídeo. GRUPO D: Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. GRUPO E: Materiais perfurocortantes ou escarificantes.
Procedimentos para descarte de resíduos gerados em laboratório:
· Segregação por tipos de resíduos:
· A. Material biológico
· B. Químico 
· C. Radioativo 
· D. Resíduo comum 
· E. Perfurocortante 
· Acondicionamento e identificação.
Resíduos de saúde: coleta e transporte interno
· Translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento com a finalidade de apresentação para a coleta. 
· O transporte interno de resíduos deve ser realizado em horários não coincidentes com a períodos de maior fluxo de pessoas ou de atividades. 
· Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos. 
· Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável, impermeável, resistente ao processo de descontaminação, cantos e bordas arredondados, e identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles contidos. 
· Devem ser providos de rodas de material que reduza o ruído. Os recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. 
· O uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
Resíduos de saúde: armazenamento
· Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração. 
· O piso deve, ainda, ser resistente ao tráfego dos carros coletores. Deve possuir ponto de iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois carros coletores, para translado posterior até a área de armazenamento externo. 
· Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “Sala de Resíduos”. 
· Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não for possível, serem submetidos a outro método de conservação. 
· O armazenamento de resíduos químicos deve atender à NBR 12235 da ABNT
Resíduos de saúde: destinação final
· Tratamento preliminar: descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente. • O processo de esterilização por vapor úmido, ou seja, autoclavação, não precisa de licenciamento ambiental. A eficácia do processo deve ser feita através de controles químicos e biológicos, periódicos, e devem ser registrados. • Armazenamento Externo: guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT. • Disposição Final: disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.
Conceitos de Biossegurança
· Biossegurança: condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente. 
· BPL: Boas Práticas de Laboratório descrevem o trabalho laboratorial executado de forma adequada e bem planejada a fim de prevenir a exposição indevida a agentes considerados de risco à saúde. 
· Práticas de biossegurança: proteção do operador, de seus auxiliares, da comunidade local e do meio ambiente, contra riscos que possam prejudicar a saúde. 
· A manipulação com biossegurança dos organismos considerados contaminantes é regida por leis federais, estaduais e municipais
Produção e comercialização de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs)
· Benefícios dos OGMs: 1. Desenvolvimento de novos medicamentos; 2. Incremento da produtividade agrícola; 3. Possibilidade de minimizar a contaminação do meio ambiente.
· Riscos dos OGMs: 1. Saúde humana: intoxicação, aumento da resistência a antibióticos, produção de novas reações alérgica; 2. Meio ambiente: alteração dos ecossistemas, redução da biodiversidade, transferência indesejada de genes a outros organismos, favorecimento de insetos resistentes a inseticidas, maior utilização de herbicidas; 3. Economia: oportunidades de mercado para quem deles se aproveitam e mecanismos de exclusão daqueles que os suportam
Organismo Geneticamente Modificado (OGM)
· Organismo cujo material genético foi manipulado de modo a favorecer alguma característica desejada. 
· Um OGM não é obrigatoriamente um transgênico! 
· Organismos transgênicos possuem um ou mais genes (uma porção de DNA que codifica uma ou mais proteínas) de outro organismo no seu material genético (DNA/RNA). 
· A polêmica sobre o uso de espécies vegetais transgênicas é mundial, se os benefícios dos OMGs, são superiores aos riscos a saúde humana e ao meio ambiente causados por seu cultivo ou consumo
OGM x Mutações naturais
· Na natureza, as alterações ou mutações naturais ocorrem com frequência, no caso de um OGM, essa alteração é controlada.
· OGMs são respostas da ciência para problemas que afetam a humanidade, como: doenças, fome, problemas no clima. A biotecnologia oferece muitas possibilidades para melhorar a qualidade de vida da população. 
· Um dos principais objetivos é desenvolver plantas resistentes a doenças e pragas agrícolas para tornar a agricultura menos dependente da aplicação de produtos químicos, melhorando a qualidade do alimento que chega à mesa dos consumidores. 
· Alguns organismos têm a capacidade natural para transferir características genéticas, como é o caso, por exemplo, de uma bactéria do solo, chamada Agrobacterium tumefasciens, que há milênios transfere genes naturalmente, utiliza-se essa bactéria para transformar plantas em laboratório em prol de uma agricultura mais saudável.
Utilização de células-tronco para fins de pesquisa
· São tipos de células que podem se diferenciar em células com funções muito especializadas, constituindo diferentes tipos de tecidos do corpo. 
· Potencial de recompor tecidos danificados e, assim, auxiliar no tratamento de doenças como câncer, leucemia, doenças cardíacas e doenças hematológicas, diabetes, doenças genéticas, lesões de medula espinhal, demências, doenças auto-imunes, mal de Parkinson, mal de Alzheimer e doenças degenerativas. 
· Existem dois tipos de células-tronco: 1. Extraídas de tecidos maduros, como o cordão umbilical ou a medula óssea: são mais especializados e dão origem a apenas alguns tipos de tecidos do corpo. 2. Células-tronco embrionárias: apresentam a capacidade de formar qualquer tecido do corpo.
PROCEDIMENTO DE COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS E IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERENTES:
· Erros nos processos de coleta de amostra biológica: pré-analítica= jejum, postura, anticoagulante, tempo de transporte, centrifugação, estocagem
· Biológica: resposta metabólica do indivíduo aos fluxos hormonais
· Análitica: metrologia, instrumento, reagente, interferente, calibração e manutenção dos equipamentos 
Procedimentos básicos para minimizar ocorrência de erros
· 1.Utilizar os materiais adequados no manuseio das amostras biológicas 2. Realizar a devida identificação das amostras. 3.Padronizar processos. 4.Estar atento às variações cronobiológicas. 5.Implementar uma sorotecaeficiente. 6.Realizar a acreditação laboratorial
Procedimento de coleta de materiais biológicos
· SANGUE VENOSO: • Agulha e seringa estéreis e descartáveis • Coleta a vácuo: agulha estéril e adaptador • Locais de punção: Basílica menor desenvolvimento de hematoma. • Arterial (90°) e capilar (gota de sangue)
· FEZES: Parasitológico de Fezes • O coletor contém conservante para manter a amostra durante vários dias; • Colocar 01 medida de fezes com a “pazinha” no interior do tubo; • Deixar em local fresco e não precisa guardar na geladeira; • Se tiver 2 ou 3 amostras, fazer as próximas coletas da mesma forma, respeitando os intervalos de dias; • Quando completar as coletas, entregar os coletores no laboratório. • Sangue oculto, Coprocultura, PH Fecal, Gordura Fecal, Leucócitos Fecais, Substâncias Redutoras nas Fezes e demais exames realizados em amostra de fezes seca • Colete as fezes no frasco fornecido pelo laboratório ou apropriado (comercializado em farmácias); • Coletar a amostra em superfície seca, ou seja, sem contato com água; • Amostra diarreica ou pastosa: colher, preferencialmente porção líquida, purulenta ou sanguinolenta da amostra; • Amostra bem formada: colher volume referente a uma colher de café; • Levar ao laboratório no mesmo dia da coleta, mantendo a amostra refrigerada até seu envio; • Não colher durante ou após 3 dias do período menstrual ou se apresentar sangramento hemorroidário;
· URINA: “Ultrafiltrado do plasma” • Rotina: sem preparação • 24 horas: misturar a amostra, medir e registrar o volume, reservar uma alíquota para testes. • Jato médio: Antissepsia e descarte inicial • Urina cateterizada: Diferenciar infecção nos rins e na bexiga • Pediátrica: Coletor plástica com adesivo • Aspiração supra púbica: Agulha diretamente na bexiga
· AMOSTRAS DO TRATO RESPIRATÓRIO: Trato respiratório inferior: Aspirado traqueal, lavado brônquico escovado bronco alveolar. • Escarro: Amostra diária em jejum • Secreção nasal e de orofaringe: Swab em salina estéril
REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA GESTÃO DE QUALIDADE EM LABORATÓRIOS
· Ferramentas da Qualidade: São utilizadas para facilitar e organizar o processo de coleta e registro de dados, de forma a contribuir para otimizar a análise posterior dos dados obtidos. • Folha de Verificação; • Estratificação; • Diagrama de Causa e Efeito; • Diagrama de Pareto; • Histograma; • Diagrama de Dispersão; • Gráfico de Controle.
· Ciclo PDCA: Planejar, (DO) executar, (check) verificar e ação
Certificação X Acreditação
· Certificação: procedimento por meio do qual um organismo imparcial de notório reconhecimento público atesta por escrito que os produtos, processos ou sistemas de qualidade de uma instituição estão de acordo com requisitos especificados (Exemplo: normas de certificação NBR ISO 9001). 
· Acreditação: reconhecimento formal (por uma autoridade acreditada) acerca da competência de um hospital para desenvolver tarefas específicas, de acordo com critério pré-definidos (Exemplo: ONA).
· Certificação: a empresa que define o escopo do que será mensurado (quais processos serão submetidos à valoração).
· Acreditação: o escopo é definido pela Norma de Acreditação
Manejo de equipamentos
· Qualificação: Requisito para a gestão da qualidade, emissão de certificado com análise.
· Manutenção: Frequência conforme recomendado pelo fabricante ou determinado conforme a rotina. 
· Calibração: Garante o comportamento analítico. 
· Validação: Todo o laboratório deve VALIDAR seu sistema analítico antes de inseri-lo em sua rotina e VERIFICAR de forma periódica a fim de identificar mudanças significativas em seus processos
REQUISITOS DE COMPETÊNCIA TÉCNICA DE LABORATÓRIOS DE ENSAIOS E CALIBRAÇÃO
Utilizações das cores: Vermelho: Distinguir equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. 
• Amarelo: Indica cuidado, sinaliza locais onde as pessoas possam bater contra tropeçar, etc. Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. 
• Branco: Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação. 
• Preto: Empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível).
 • Verde: Cor da segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio. 
• Laranja: Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos. 
• Púrpura: Usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. 
• Cinza: Claro – usado para identificar canalizações em vácuo; Euro – usado para identificar eletrodutos.
PARA QUE SERVEM, COMO FUNCIONAM E COMO DEVEM SER UTILIZADOS OS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PRESENTES EM LABORATÓRIO CLÍNICO
· Autoclave: Parede dupla: Gravitacional= vapor injetado não recomendado para a capacidade superior a 100L / Alto Vácuo= possui bomba de vácuo com alta capacidade, introduz vapor sob alta pressão em vácuo: permite que o processo de esterilização seja realizado por meio de alta pressão e vapor, que matam microrganismos, incluindo vírus e bactérias perigosos e todas as suas formas de esporos.
· Centrífuga: Geralmente se utiliza a técnica da centrifugação para separar partículas biológicas em suspensão. O motor do equipamento possui alta velocidade de rotação e faz com que os materiais com densidades diferentes se separem. A centrifugação é especificada pela aceleração aplicada à amostra, medida em rotações por minuto (RPM) ou força g.
· Estufa: Refrigerada • CO2 • Controle automático de temperatura • portátil: Utilizada para eliminar os microrganismos presentes nos instrumentos laboratoriais
· Banho – maria: Sua função é aquecer as amostras de forma gradual e segura para sua composição.
· Balança eletrônica de precisão; pHmetro; Agitadores; Espectrofotômetro; ELISA
VIDRARIAS LABORATORIAIS, SUAS CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES
Vidrarias de maior precisão: Balão volumétrico, Bureta, Pipeta graduada e volumétrica
Vidrarias de menor precisão: Proveta, Erlenmeyer, Béquer
Outras vidrarias importantes: Funil (analítico, de separação, Buchner), Kitassato, Balão de fundo redondo e de fundo chato 
Limpeza adequada das vidrarias laboratoriais
· Para limpeza de soluções solúveis, como cloreto de sódio ou sacarose, é preciso limpar de três a quatro vezes com água deionizada. Em seguida, é necessário deixar o vidro secando antes de guardá-lo; 
· Ao limpar vidrarias que acabaram de ser utilizadas com soluções insolúveis, como hexano ou clorofórmio, deve-se lavar com água deionizada e também deixar descansar na sequência. Repita o processo de três a quatro vezes e, se necessário, utilize solventes; 
· Em vidrarias utilizadas para análises de HCI concentrado e outros ácidos fortes, a indicação é realizar a limpeza (de três a quatro vezes) sob um exaustor, lavando a vidraria em água corrente abundante; 
· Bases fortes também exigem a limpeza sob exaustor e em uma fonte abundante de água corrente, como uma torneira. A vidraria, neste caso, também precisa secar naturalmente; 
· Já no caso de bases e ácidos fracos, é preciso utilizar água deionizada e repetir a limpeza de três a quatro vezes antes de colocar o vidro para secar. 
· Quando utilizadas em química orgânica: deve-se lavar a vidraria com o solvente adequado e indicado pelo fabricante. Além disso, faça todo o processo com água deionizada (para solúveis em água) e etanol (solúveis em etanol). Caso precise esfregar a vidraria, utilize uma escova própria para vidro, com água quente e sabão, enxaguando abundantemente em água corrente; 
· Para limpar buretas de laboratório, é preciso utilizar sabão e água quente, enxaguando a vidraria em água corrente e repetindo o processo de três a quatro vezes. Lembre-se: uma bureta precisa estar sempre 100% limpa; 
· Balões volumétricos e pipetas laboratoriais: dependendo do produto químico utilizado,é preciso deixar tais vidrarias em molho de um dia para o outro em água morna com sabão. Após este período também é recomendável esfregar com escova adequada e enxaguar com água corrente

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