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Bombas 1 Bombas Introdução O objetivo desta apresentação é prestar informações mínimas, a nível técnico, sobre bombas utilizadas nas indústrias. Serão abordados os seguintes tópicos principais: 2 Bombas Propriedades dos fluídos Escoamentos Histórico Definição Classificação das bombas Bomba centrífuga Cavitação 3 Bombas Perda de carga Altura manométrica Curvas características das bombas NPSH Alinhamento do conjunto Instalação Bombas Alternativas Associação de bombas Manutenção 4 Bombas • Propriedades dos fluídos A seguir serão definidas algumas propriedades dos fluidos que são importantes para o estudo do escoamento em Máquinas Hidráulicas. • Massa Específica ( ρ) [kg/m³] É a quantidade de massa de fluido por unidade de volume. ρ=m/v A seguir estão relacionadas as massas específicas de algumas substâncias. Água – 1000 kg/m³ Etanol – 790 kg/m³ Mercúrio – 13600 kg/m³ • Volume Específico ( υ) [m³/kg] É o volume ocupado por unidade de massa. É igual ao inverso da massa específica e tem particular importância no estudo de escoamento de fluidos compressíveis. υ=1/ ρ 5 Bombas • Peso Específico ( γ) [N/m³] É a razão entre o "peso" e o volume do fluido, ou mais corretamente: a força, por unidade de volume, exercida sobre uma massa específica submetida a uma aceleração gravitacional. Água=10000 N/m³ • Pressão (P) [N/m², kgf/cm²] É definida como a razão entre a componente normal de uma força e a área sobre a qual ela atua. A pressão exercida em um elemento de área de um fluido é igual em todas as direções (Lei de Pascal). Para que ocorra o escoamento de um fluido de um ponto até o outro é necessário que haja uma diferença de pressão. 6 Bombas • Podem ser do tipo: • Pressão Absoluta (Pabs): medida com relação a pressão zero absoluto. • Pressão Relativa ou Manométrica (Prel): medida com relação a pressão atmosférica local. • Pressão Atmosférica Padrão (Patm): é a pressão média ao nível do mar. Relação de Pressões: Pabs = Prel + Patm Os aparelhos destinados a medir a pressão relativa são o manômetro e também o piezômetro. O instrumento que mede a pressão atmosférica é o barômetro 7 Bombas 8 Bombas • Viscosidade É a medida da resistência interna ou fricção interna de uma substância ao fluxo quando submetida a uma tensão. Quanto mais viscosa a massa, mais difícil de escoar e maior o seu coeficiente de viscosidade. Para os gases, a viscosidade está relacionada com a transferência de impulso devido à agitação molecular. Já a viscosidade dos líquidos relaciona- se mais com as forças de coesão entre as moléculas • Viscosidade - Absoluta ( µ) [kg/ms] É a medida da resistência ao escoamento do fluido, ou seja, a razão entre a tensão de cisalhamento (ou força de coesão entre as camadas adjacentes de fluidos) e a razão de mudança da velocidade perpendicular a direção do escoamento. - Cinemática ( ν) [m²/s] É a razão da viscosidade absoluta pela massa específica do fluido 9 Bombas 10 Bombas Vazão (volumétrica) É o volume de líquido que escoa através da seção de um duto, em um determinado intervalo de tempo. Q= v/t Existe ainda outra forma comumente utilizada para se expressar vazão. Note que V = S × l , onde S é área da seção transversal por onde ocorre o escoamento e l é a distância percorrida pelo líquido. Logo: Q=S.l/t Mas, l/t =v (velocidade) Logo, Q = S × v Unidades usuais: m3/s, m3/h, l/s e GPM Sistema Internacional: m3/s 11 Bombas • Pressão de Vapor: Pressão de vapor de um fluido a uma determinada temperatura é aquela na qual coexistem as fases líquido e vapor. Nessa mesma temperatura, quando tivermos uma pressão maior que a pressão de vapor, haverá somente a fase líquida e quando tivermos uma pressão menor que a pressão de vapor haverá somente a fase vapor. Nota -se também que, à medida que se aumenta a temperatura, a pressão de vapor aumenta. Assim, caso a temperatura seja elevada até um ponto em que a pressão de vapor iguale, por exemplo, a pressão atmosférica, o líquido se vaporiza, ocorrendo o fenômeno de ebulição. A pressão de vapor tem importância fundamental no estudo das bombas, principalmente no NPSH, como veremos mais à frente. 12 Bombas 13 Bombas • Temperatura (T) [ºC] Pode ser definida, a grosso modo, como a propriedade que mede o grau de aquecimento ou resfriamento de um sistema. A temperatura aponta o sentido de transferência de energia na forma de calor, que flui dos corpos de alta temperatura para os de sentido de transferência de energia na forma de calor, que flui dos corpos de alta temperatura para os de baixa temperatura. • Tensão superficial ( σ) [N/m] A força que existe na superfície de líquidos em repouso é denominada tensão superficial. Esta tensão superficial é devidas às fortes ligações intermoleculares, as quais dependem das diferenças elétricas entre as moléculas, e pode ser definida como a força por unidade de comprimento que duas camadas superficiais exercem uma sobre a outra. 14 Bombas Teorema de Bernoulli A equação de Bernoulli e a equação de continuidade também nos diz que se reduzimos a área transversal de uma tubulação para que aumente a velocidade do fluido que passa por ela, se reduzirá a pressão. 15 Bombas • Escoamentos Os escoamentos podem ser: Laminar Turbulentos 16 Escoamento Laminar Ocorre quando as partículas de um fluido movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, apresentando lâminas ou camadas (daí o nome laminar) cada uma delas preservando sua característica. No escoamento laminar a viscosidade age no fluido no sentido de amortecer a tendência de surgimento da turbulência. Este escoamento ocorre geralmente a baixas velocidades e fluídos que apresentem grande viscosidade 17 Escoamento Turbulento Ocorre quando as partículas de um fluido não movem-se ao longo de trajetórias bem definidas, ou seja as partículas descrevem trajetórias irregulares, com movimento aleatório, produzindo uma transferência de quantidade de movimento entre regiões de massa líquida. Este escoamento é comum na água, cuja a viscosidade e relativamente baixa. 18 Bombas • Número de Reynolds O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. 19 Bombas Re<2000 – Escoamento Laminar. 2000<Re<2400 – Escoamento de Transição. Re>2400 – Escoamento Turbulento. ρ = massa específica do fluido µ = viscosidade dinâmica do fluido v = velocidade do escoamento D = diâmetro da tubulação 20 Experimento de Reynolds 21 Bombas • Para finalizar devemos ter em mente que no estudo das Máquinas Hidráulicas, devemos considerar que o fluído, no caso da água, como líquido perfeito e ideal 22 Bombas Histórico das bombas 23 Bombas A primeira razão para o ser humano necessitar de uma bomba foi a agricultura. Embora a agricultura esteja em prática há mais de 10000 anos, os primeiros registros que temos de irrigação são devidos aos egípcios. Inicialmente transportavam a água em potes, mas cerca de 1500 a.C. apareceu a primeira máquina de elevação de água, a picota. 24 Bombas Um dos tipos mais antigos de bomba foi o Parafuso de Arquimedes.O Parafuso de Arquimedes ou bomba de parafuso é uma máquina utilizada para transferir líquidos entre dois pontos com elevações diferentes 25 Bombas • Definição Podemos definir as bombas como sendo máquinas operatrizes hidráulicas que entregam energia a uma massa líquida com a finalidade de transportá-la de um ponto a outro atendendo a certas condições de processo. As bombas recebem energia em seu eixo de uma fonte externa e entregam parte desta energia ao líquido que circula em seu interior sob forma de energia cinética, energia de pressão ou ambas. A relação entre a energia entregue a bomba e a energia cedida ao fluído recebe o nome de rendimento da bomba. 26 Bombas • Classificação das bombas A bomba e classificada pela sua aplicação ou pela forma com que a energia e cedida ao fluido. Normalmente existe uma relação estreita entre a aplicação e a característica da bomba que, por sua vez, esta intimamente ligada a forma de ceder energia ao fluido. O esquema a seguir apresenta um quadro de classificação dos principais tipos de bombas. A classificação foi feita pela forma como a energia e fornecida ao fluido a ser transportado. 27 Bombas 28 Bombas Turbo Bomba 29 Bombas • Turbo bomba ou bomba dinâmica (centrifuga) Na turbo bomba ou bomba dinâmica, a movimentação do liquido ocorre pela ação de forcas que se desenvolvem na massa do liquido, em conseqüência da rotação de um eixo no qual e acoplado um disco (rotor ou impulsor) dotado de pás (palhetas, hélice) que recebe o liquido pelo seu centro e o expulsa pela periferia, devido a ação da forca centrifuga. Dai vem o seu nome mais usual, ou seja, bomba centrífuga. 30 Bombas Uma bomba centrífuga é geralmente acionada por um motor elétrico ou em alguns casos por motores estacionários a diesel. O eixo da bomba acopla com o eixo do motor que faz com que o rotor gire. O giro do rotor provoca uma queda de pressão (vácuo) na linha de sucção, fazendo com que essa pressão seja menor do que a pressão atmosférica. A pressão atmosférica, agora maior do que a pressão na tubulação de sucção, “empurra” o fluido para dentro da bomba. O fluido agora dentro da bomba é forçado a sair pela ação da força centrífuga imposta pelo giro do rotor. 31 Bombas • Vantagens Das Bombas Centrífugas a) Maior flexibilidade de operação Uma única bomba pode abranger uma grande faixa de trabalho (variando a rotação e o diâmetro do rotor). b) Pressão máxima Não existe perigo de se ultrapassar, em uma instalação qualquer , a pressão máxima(Shutt- off) da bomba quando em operação . c) Pressão Uniforme Se não houver alteração de vazão a pressão se mantém praticamente constante. d) Baixo custo São bombas que apresentam bom rendimento e construção relativamente simples. 32 Bombas 33 Bombas De modo geral, classificamos as bombas centrifugas em: • radial; • de fluxo misto; e • de fluxo axial. 34 Bombas • Bomba centrifuga radial A movimentação do liquido se da do centro para a periferia do rotor, no sentido perpendicular ao eixo de rotação. O liquido penetra no rotor paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia, segundo trajetórias contidas em planos normais ao eixo. 35 Bombas A Figura ao lado mostra esquematicamente, em corte transversal, um rotor de bomba centrifuga radial pura. Como se pode observar na ilustração, as trajetórias são curvas contidas num plano radial. 36 Bombas A Figura 2 apresenta o desenho de uma bomba centrifuga radial pura em corte longitudinal. 37 Bombas • Bomba centrifuga de fluxo misto ou helicocentrifuga Nas bombas centrifugas de fluxo misto, o movimento do liquido ocorre na direção inclinada (diagonal) em relação ao eixo de rotação. Nas bombas desse tipo, o liquido penetra no rotor em sentido paralelo ao eixo de rotação; sai do rotor, numa trajetória ligeiramente inclinada, seguindo um plano perpendicular ao eixo de rotação. A pressão e comunicada pela forca centrifuga e pela ação de sustentação ou propulsão das pás 38 Bombas A Figura ao lado apresenta esquematicamente a trajetória de um liquido em uma bomba centrifuga de fluxo misto ou helicocentrifuga em corte transversal. Nas bombas centrifugas de fluxo axial ou helicoaxial o movimento do liquido ocorre paralelo ao eixo de rotação. O rotor normalmente possui apenas uma base de fixação das pás com a forma de um cone ou ogiva. 39 Bombas 40 Bombas Fluxo axial: A água sai do rotor com a direção aproximadamente axial com relação ao eixo. Neste tipo de bomba o rotor é também chamado de hélice. A potência consumida, ao contrário da centrífuga é maior quando a sua saída se acha bloqueada. É indicada para grandes vazões e baixas alturas manométricas 41 Bombas • Nas bombas centrífugas, a movimentação do líquido é produzida por forças desenvolvidas na massa líquida pela rotação de um rotor. Este rotor é essencialmente um conjunto de palhetas ou de pás que impulsionam o líquido. • O rotor pode ser aberto, fechado ou semi aberto. A escolha do tipo de rotor depende das características do bombeamento. Para fluidos muito viscosos ou sujos usam-se, preferencialmente, os rotores abertos ou semi abertos. Nestes casos, os rotores fechados não são recomendados devido ao risco de obstrução. 42 Bombas • Para uma bomba centrífuga funcionar é preciso que a carcaça esteja completamente cheia de líquido que, recebendo através das pás o movimento de rotação do impelidor, fica sujeito à força centrífuga que faz com que o líquido se desloque para a periferia do rotor causando uma baixa pressão no centro o que faz com que mais líquido seja admitido na bomba. O fluido a alta velocidade (energia cinética elevada) é lançado para a periferia do impelidor onde o aumento progressivo da área de escoamento faz com que a velocidade diminua, transformando energia cinética em energia de pressão. • As bombas centrífugas caracterizam-se por operarem com vazões elevadas, pressões moderadas e fluxo contínuo. 43 Bombas Os principais requisitos para que uma bomba centrífuga tenha um desempenho satisfatório, sem apresentar nenhum problema,são: • Instalação correta, • Operação com os devidos cuidados e, • Manutenção adequada 44 Bombas Mesmo tomando todos os cuidados com a operação e manutenção, os operadores freqüentemente enfrentam problemas de falhas no sistema de bombeamento. Uma das condições mais comuns que obrigam a substituição de uma bomba no processo, é a inabilidade para produzir a vazão ou a carga desejada. Existem muitas outras condições nas quais uma bomba, apesar de não sofrer nenhuma perda de fluxo, ou carga, é considerada defeituosa e deve ser retirada de operação o mais cedo possível. As causas mais comuns, são: 45 Bombas • Problemas de vedação (vazamentos, perda de jato, refrigeração deficiente, etc.) • Problemas relacionados a partes da bomba ou do motor • Perda de lubrificação • Refrigeração • Contaminação por óleo • Ruído anormal, etc. • Vazamentos na carcaça da bomba • Níveis de ruído e vibração muito altos • Problemas relacionados ao mecanismo motriz (turbina ou motor) 46 Bombas Qualquer operador que deseje proteger suas bombas de falhas freqüentes, além de um bom entendimento do processo, também deverá ter um bom conhecimento da mecânica das bombas. A prevenção efetiva requer a habilidade para observar mudanças no desempenho, com o passar do tempo, e no caso de uma falha, a capacidade para investigar a sua causa e adotar medidas para impedir que o problema volte a acontecer. 47 Bombas Princípios de Funcionamento Uma bomba centrífuga é, na maioria das vezes, o equipamento mais simples em qualquer planta de processo. Seu propósito, é converter a energia de uma fonte motriz principal (um motor elétrico ou turbina), a princípio, em velocidade ou energia cinética, e então, em energia de pressão do fluido que está sendo bombeado. As transformações de energia acontecemem virtude de duas partes principais da bomba: o impulsor e a voluta, ou difusor. 48 Bombas O impulsor é a parte giratória que converte a energia do motor em energia cinética. A voluta ou difusor, é a parte estacionária que converte a energia cinética em energia de pressão. Observação: Todas as formas de energia envolvidas em um sistema de fluxo de líquido, são expressas em termos de altura de coluna do líquido, isto é, carga. 49 Bombas Geração da Força Centrífuga O líquido entra no bocal de sucção e, logo em seguida, no centro de um dispositivo rotativo conhecido como impulsor. Quando o impulsor gira, ele imprime uma rotação ao líquido situado nas cavidades entre as palhetas externas, proporcionando-lhe uma aceleração centrífuga. Cria-se uma área de baixa-pressão no olho do impulsor causando mais fluxo de líquido através da entrada, como folhas líquidas. Como as lâminas do impulsor são curvas, o fluido é impulsionado nas direções radial e tangencial pela força centrífuga. 50 Bombas 51 Bombas Conversão da Energia Cinética em Energia de Pressão A energia criada pela força centrífuga, é energia cinética. A quantidade de energia fornecida ao líquido é proporcional à velocidade na extremidade, ou periferia, da hélice do impulsor. Quanto mais rápido o impulsor move-se, ou quanto maior é o impulsor, maior será a velocidade do líquido na hélice, e tanto maior será a energia fornecida ao líquido. 52 Bombas • Esta energia cinética do líquido, ganha no impulsor, tende a diminuir pelas resistências que se opõem ao fluxo. A primeira resistência é criada pela carcaça da bomba, que reduz a velocidade do líquido. No bocal de descarga, o líquido sofre desaceleração e sua velocidade é convertida a pressão, de acordo com o princípio de Bernoulli. Então, a carga desenvolvida (pressão, em termos de altura de líquido) é aproximadamente igual à energia de velocidade na periferia do impulsor. 53 Bombas • Esta carga pode ser calculada por leitura nos medidores de pressão, presos às linhas de sucção e de descarga. As curvas das bombas relacionam a vazão e a pressão (carga) desenvolvida pela bomba, para diferentes tamanhos de impulsor e velocidades de rotação. A operação da bomba centrífuga deveria estar sempre em conformidade com a curva da bomba fornecida pelo fabricante. 54 Bombas 55 Bombas Partes integrantes 56 Bombas Partes de uma Bomba Centrífuga As bombas industriais são compostos de três grandes grupos de partes que se subdividem em estacionários, rotativos e auxiliares que são o mostrados na Ilustração 2 e detalhados a seguir. 57 Bombas Componentes de uma bomba centrífuga: Os principais componentes de uma bomba centrífuga são: - rotor - corpo espiral - difusor (em bombas mult-estágio) - eixo - luva protetora do eixo - anel cadeado - anel centrifugador - anéis de desgaste - caixa de selagem (gaxetas ou selos mecânicos) - suporte do mancal - mancais. 58 Bombas Componentes Estacionários Carcaça As Carcaças geralmente são de dois tipos: em voluta e circular. Os impulsores estão contidos dentro das carcaças. Carcaças em voluta proporcionam uma carga mais alta; carcaças circulares são usadas para baixa carga e capacidade alta. 59 Bombas A voluta é tipo um funil encurvado que aumenta a área no ponto de descarga, como mostrado na Ilustração 3. Como a área da seção transversal aumenta, a voluta reduz a velocidade do líquido e aumenta a sua pressão. 60 Bombas A voluta é tipo um funil encurvado que aumenta a área no ponto de descarga, como mostrado na Ilustração 3. Como a área da seção transversal aumenta, a voluta reduz a velocidade do líquido e aumenta a sua pressão. Um dos principais propósitos de uma carcaça em voluta é ajudar a equilibrar a pressão hidráulica no eixo da bomba. Porém, isto acontece melhor quando se opera à capacidade recomendada pelo fabricante. Bombas do tipo em voluta funcionando a uma capacidade mais baixa que o fabricante recomenda, pode imprimir uma tensão lateral no eixo da bomba, aumentar o desgaste e provocar gotejamento nos lacres, mancais, e no próprio eixo. Carcaças em dupla voluta são usadas quando as estocadas radiais ficam significantes a vazões reduzidas. 61 Bombas Câmara de vedação e Caixa de Enchimento Os termos câmara de lacre e caixa de enchimento, referem-se ambos a uma câmara acoplada ou separada da carcaça da bomba, que forma a região entre o eixo e a carcaça onde o meio de vedação é instalado. Quando o lacre é feito por meio de um selo mecânico, a câmara normalmente é chamada câmara de selo. Quando o lacre é obtido por empacotamento, a câmara é chamada caixa de recheio 62 Bombas 63 Bombas Glândula A glândula é uma parte muito importante da câmara de selo ou da caixa de recheio. Ela dá o empacotamento ou o ajuste desejado do selo mecânico na manga do eixo. Pode ser ajustada facilmente na direção axial. A glândula consiste do selo, refrigeração, dreno, e portas da conexão do suspiro conforme os códigos de padronização 64 Bombas Bucha O fundo, ou extremo interno da câmara, é provido com um dispositivo estacionário chamado bucha da garganta que forma uma liberação íntima restritiva ao redor da manga (ou eixo) entre o selo e o impulsor. Bucha do regulador de pressão é um dispositivo que restringe a liberação ao redor da manga (ou eixo), na extremidade externa de uma glândula do selo mecânico. 65 Bombas O objetivo desta apresentação é prestar informações mínimas, a nível técnico, sobre bombas utilizadas nas indústrias. Serão abordados os seguintes tópicos principais: 66 Bombas Componentes Rotativos Impulsor O impulsor é a parte giratória principal, que fornece a aceleração centrífuga para o fluido, ver Ilustração 67 Bombas • Eles são classificados em muitas formas: • Baseado na direção principal do fluxo em relação ao eixo de rotação – Fluxo radial – Fluxo axial – Fluxo misto • Baseado no tipo de sucção – Sucção simples: entrada do líquido em um lado. – Dupla-sucção: entrada do líquido simetricamente ao impulsor, de ambos os lados. • Baseado na construção mecânica -- Fechado: coberturas ou paredes laterais que protegem as palhetas. -- Aberto: nenhuma cobertura ou parede para enclausurar as palhetas. -- Semi-aberto ou do tipo em vórtice. 68 Bombas O número de impulsores determina o número de estágios da bomba: uma bomba de um único estágio só tem um impulsor e é melhor para serviços de baixa carga. Uma bomba de dois estágios tem dois impulsores em série, para serviços de carga média. Uma bomba de multi-estágios tem três ou mais impulsoras em série, para serviços de carga alta. 69 Bombas Eixo: Tem a função de transmitir o torque do motor para o rotor. 70 Bombas Luva protetora do eixo: Tem a função de proteger o eixo contra a corrosão, erosão e desgaste do líquido bombeado. Recomenda-se trocar a luva quando esta perder 1 milímetro em seu diâmetro devido ao desgaste 71 Bombas Anel cadeado: Tem a função de lubrificar e refrigerar as gaxetas. Cria um anel líquido de vedação que impede a entrada de ar. Pode ser bi- partido 72 Bombas Anel centrifugador: Tem a função de impedir a entrada de umidade do fluido bombeado para os mancais e rolamentos 73 Bombas Anéis de desgaste e placas de desgaste: São peças montadas na carcaça do rotor que mediante pequena folga, fazem a vedação entre as regiões de sucção e descarga. Seu baixo custo evita a substituição de peças mais caras como rotores e carcaça. Em geral são montados os anéis de desgaste para rotores fechados e placas de desgaste para rotores abertos 74 Bombas Selo Mecânico Quando o líquido bombeado não pode vazar para o meio externo da bomba, por um motivo qualquer (líquido inflamável, tóxico, corrosivo, mau cheiroso ou quando não se deseja vazamentos) utiliza-se um outro sistema de selagem chamado de selo mecânico. Embora os selos mecânicos possam diferir em vários aspectosfísicos, todos têm o mesmo princípio de funcionamento. As superfícies de selagem são localizadas em um plano perpendicular ao eixo e usualmente consistem em duas partes adjacentes e altamente polidas; uma superfície ligada ao eixo e a outra à parte estacionária da bomba. 75 Bombas Estas superfícies altamente polidas são mantidas em contato contínuo por molas, formando um filme líquido entre as partes rotativas e estacionárias com muito pequena perdas por atrito. O vazamento é praticamente nulo quando o selo é novo. Com o uso prolongado, algum vazamento pode ocorrer, obrigando a substituição dos selos. 76 Bombas 77 Bombas Mancais / Rolamentos: Suportam os esforços axiais e radiais resultantes da ação da força centrífuga do equipamento. Qualquer desalinhamento, por menor que seja, reflete na operação e vida útil deste componente. 78 Bombas Mancal de deslizamento Embora os mancais de rolamento tenham ampliado bastante o seu campo de aplicação, ainda encontramos uma serie de situações em que a preferência e pelo mancal de deslizamento, também conhecido como mancal de escorregamento. O mancal de deslizamento tem diversas aplicações, tais como: • bombas usadas para executar serviços severos; • bombas de alta pressão e de múltiplos estágios; • bombas grandes, com eixo de grande diâmetro e que trabalham por períodos longos em alta rotação. 79 Bombas Por economia, em certos casos, o mancal de deslizamento e usado, por exemplo, em bomba centrifuga radial pura operando com líquido limpos, uma vez que o custo de um mancal de deslizamento e menor do que o do mancal de rolamento. 80 Bombas Cavitação 81 Bombas Cavitação é um fenômeno de ocorrência limitada a líquidos, com conseqüências danosas para o escoamento e para as regiões sólidas onde a mesma ocorre. O estudo da cavitação pode ser dividido em duas partes: o fenomenológico, que corresponde à identificação e combate à cavitação e seus efeitos; e o teórico, onde interessa o equacionamento do fenômeno, visando a sua quantificação no que se refere às condições de equilíbrio, desenvolvimento e colapso das bolhas. Para o perfeito entendimento da cavitação, torna-se necessário abordar o conceito de pressão de vapor. 82 Bombas Pressão de vapor de um líquido a uma determinada temperatura é aquela na qual o fluido coexiste em suas fases líquido e vapor 83 Bombas Nessa mesma temperatura, quando tivermos uma pressão maior que a pressão de vapor, haverá somente a fase líquida e quando tivermos uma pressão menor, haverá somente a fase vapor. Observa-se, que a pressão de vapor de um líquido cresce com o aumento da temperatura. Analisando a curva de pressão de vapor, verificamos que podemos passar de uma fase para outra, de varias maneiras, por exemplo: mantendo a pressão constante e variando a temperatura. mantendo a temperatura constante e variando a pressão. variando pressão e temperatura. Assim, mantendo-se a pressão de um líquido constante, (por ex. pressão atmosférica) e aumentando-se a temperatura, chegaremos até um ponto em que a temperatura corresponde à pressão de vapor e passamos a ter a ebulição. 84 Bombas Conceito de Cavitação Pelo conceito de pressão de vapor, vimos que mantendo-se um fluido a uma temperatura constante e diminuindo-se a pressão, o mesmo ao alcançar a pressão de vapor, começará a vaporizar. Este fenômeno ocorre nas bombas centrifugas, pois o fluido perde pressão ao longo do escoamento na tubulação de sucção. 85 Bombas Se a pressão absoluta do líquido, em qualquer ponto do sistema de bombeamento, for reduzida (ou igualada) abaixo da pressão de vapor, na temperatura de bombeamento; parte deste líquido se vaporizará, formando “cavidades” no interior da massa líquida. Estará aí iniciado o processo de cavitação. As bolhas de vapor assim formadas são conduzidas pelo fluxo do líquido até atingirem pressões mais elevadas que a pressão de vapor ( normalmente na região do rotor), onde então ocorre a implosão (colapso) destas bolhas, com a condensação do vapor e o retorno à fase líquida. Tal fenômeno é conhecido como CAVITAÇÃO. 86 Bombas Normalmente a cavitação é acompanhada por ruídos, vibrações e com possível erosão das superfícies sólidas (pitting). Deve-se salientar, que a erosão por cavitação não ocorre no local onde as bolhas se formam, mas sim onde as mesmas implodem. Os efeitos da cavitação dependem do tempo de sua duração, da sua intensidade, das propriedades do líquido e da resistência do material à erosão por cavitação. A cavitação, naturalmente, apresenta um barulho característico, acompanhado de redução na altura manométrica e no rendimento. Se de grande intensidade, aparecerá vibração, que comprometerá o comportamento mecânico da bomba. Em resumo, são os seguintes, os inconvenientes da cavitação: a) Barulho e vibração. b) Alteração das curvas características. c) Erosão - remoção de partículas metálicas - pitting. 87 Bombas Região Principal de Cavitação Pelo que foi exposto, concluímos que a região que está susceptível à cavitação é a sucção da bomba, pois é onde o sistema de bombeamento apresenta a menor pressão absoluta. Portanto o ponto crítico para a cavitação é a entrada do rotor. Nesta região a quantidade de energia é mínima, pois o líquido ainda não recebeu nenhuma energia por parte do rotor. Assim, a cavitação, normalmente, inicia-se nesse ponto, em seguida, as cavidades são conduzidas pela corrente líquida provocada pelo movimento do rotor, alcançando regiões de pressão superior à de vapor do fluído, onde se processa a implosão das cavidades (bolhas). 88 Bombas Soluções para evitar a cavitação Para evitar a cavitação de uma bomba, deve-se adotar uma, ou todas, das seguintes providencias, conforme a situação: • reduzir a altura de sucção (Hgeos) e o comprimento da tubulação, aproximando o Maximo possível a bomba da captação; • reduzir as perdas de carga na sucção (ΔPS), com o aumento do diâmetro dos tubos e conexões. 89 Bombas 90 Bombas Perda de carga 91 Bombas Definição Perda de carga (hf) é a energia cedida pelo fluido para vencer as resistências que se oferecem ao seu escoamento, ou seja, é a perda de energia que o fluido sofre ao escoar. As resistências são causadas pela interação entre as moléculas do fluido no momento do escoamento. No estudo dos sistemas hidráulicos, verificamos que a perda de carga pode ser desmembrada em duas formas: · Perda de carga normal: Aquela que ocorre em trechos retos de tubulação, e · Perda de carga localizada: Aquela que ocorre nos acessórios da tubulação (válvulas, conexões, etc.). Fazendo-se um estudo teórico-prático da perda de carga, pode-se concluir que a perda de carga é função de características da tubulação (diâmetro, comprimento e rugosidade), de características do fluido (viscosidade e massa específica) e da velocidade do escoamento. 92 Bombas ALTURA TOTAL DO SISTEMA HIDRÁULICO 93 Bombas Quando observar uma instalação hidráulica, repare a altura que existe entre o nível do reservatório de sucção e o nível do reservatório de descarga, para onde o liquido esta sendo levado, conhecida como altura geométrica do sistema ou altura real. Será que a bomba que estamos utilizando deve somente vencer a altura geométrica do sistema para transportar uma determinada vazão volumétrica (Q)? Como já foi visto, para uma bomba conseguir transportar uma determinada vazão volumétrica de água, ela deve, alem de vencer a altura geométrica do sistema, superar todas as perdas de carga causadas pela água ao se movimentar dentro da tubulação do sistema. 94 Bombas Altura do sistema Para que uma bomba apresente a maior eficiência possível, ao escolhe-la para um sistema hidráulico, não se deve simplesmente verificar se ela ira manter a vazão determinada e se vai elevar a água ate uma altura de bombeamento que se deseja atingir. 95 Bombas Para definir corretamente as características que a bomba deve ter para ser eficiente, comum desempenho eficaz, e assim propiciar menor consumo de energia elétrica, e necessário calcular de forma precisa a altura total do sistema hidráulico (H) para uma determinada vazão(Q). Para calcular a altura do sistema hidráulico, e necessário saber qual e a vazão(Q) e qual e a altura geométrica (Hgeo) de elevação da água a ser bombeada e sua relação com o restante do sistema hidráulico (tubulações, válvulas, registros, entre outros). 96 Bombas Elementos básicos de um sistema hidráulico O sistema de bombeamento e composto por diversos elementos, tais como: bombas, tubulações, válvulas e acessórios, que são necessários para se obter a transferência do fluido de um ponto para outro. A Figura 62 mostra um desenho esquemático de uma instalação típica de bombeamento de água e a descrição de seus componentes. 97 Bombas • 1 Casa da bomba • 2 Reservatório de sucção • 3 Tubulação de Sucção • 4 Tubulação de Recalque • 5 Reservatório de descarga • M Motor de acionamento • B Bomba • VCP Válvula de pé com crivo • RE Redução excêntrica • CL Curva 900 • VR Válvula de Retenção • R Registro • C Joelho 98 Bombas A tubulação e seus acessórios ou singularidades causam uma perda de carga (ΔP) no sistema hidráulico, conforme já foi visto. A perda de carga influencia diretamente no calculo da altura do sistema e a altura e de vital importância para determinar qual a melhor bomba centrifuga radial pura, dentre as muitas produzidas, que deve ser recomendada para vencer a altura com uma determinada vazão volumétrica. 99 Bombas Altura geométrica de sucção (Hgeos) Altura geométrica de sucção e a diferença de altura entre o nível do reservatório de sucção e a linha de centro do rotor da bomba, que e obtida por meio de uma medição das distancias efetuada com uma trena. A Figura 63 mostra o desenho esquemático que representa a altura geométrica de sucção de uma bomba. 100 Bombas Altura geométrica de descarga (Hgeod) Altura geométrica de descarga e a diferença entre a altura a partir do centro do rotor da bomba, a altura que a água deve ser elevada. As próximas figuras mostram um desenho esquemático, representando, numa a altura geométrica de descarga, quando a saída do tubo de descarga esta acima do nível do reservatório e, na outra, a altura geométrica de descarga quando a saída do tubo de descarga esta abaixo do nível do reservatório. 101 Bombas Altura geométrica de descarga com o tubo de descarga acima do reservatório Altura geométrica de descarga com o tubo de descarga abaixo do reservatório 102 Bombas Altura geométrica do sistema (Hgeo) A altura geométrica do sistema e a diferença de altura entre o nível do reservatório de sucção e o reservatório de descarga. As próximas figuras mostram um desenho esquemático, representando, numa a altura geométrica de descarga, quando a saída do tubo de descarga esta abaixo do nível do reservatório e, na outra, a altura geométrica de descarga quando a saída do tubo de descarga esta acima do nível do reservatório. 103 Bombas 104 Bombas Podemos concluir que a altura geométrica do sistema (Hgeo) e a soma da altura geométrica de sucção (Hgeos) com a altura geométrica de descarga (Hgeod), como representada na igualdade, a seguir: Hgeo = Hgeos + Hgeod Onde: Hgeo e a altura geométrica do sistema em metro. Hgeos e altura geométrica de sucção em metro. Hgeod e a altura geométrica de descarga em metro. 105 Bombas CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS 106 Bombas Você sabe que em um sistema hidráulico pode existir uma bomba que constantemente apresenta problemas, entre outros, a quebra da bomba, o desgaste excessivo de seus componentes e ate provocar um alto consumo de energia elétrica. Esses problemas acontecem apesar de os processos de manutenção preventiva e corretiva estarem de acordo com as recomendações do fabricante. Os problemas na bomba decorrem de ela não ter sido corretamente dimensionada para o sistema hidráulico em que esta instalada. 107 Bombas Ao estudar os capítulos anteriores, você aprendeu qual deve ser o diâmetro de uma tubulação em função de uma determinada vazão de água. Viu que esta vazão provocara uma perda de carga no sistema e, ainda, como calcular a altura total do sistema hidráulico. A partir dessas informações você pode estudar agora a curva característica da bomba e, com essa curva, determinar se aquela bomba problemática esta de acordo com as necessidades do sistema hidráulico da qual faz parte. 108 Bombas As curvas características das bombas são determinadas pelo fabricante. Uma vez conhecidas essas curvas, e possível saber quais são as principais características que uma bomba apresenta durante o seu funcionamento em relação a sua vazão, altura manométrica, potencia consumida pelo motor elétrico que a aciona e NPSH (Net Positive Suction Head). 109 Bombas As curvas características das bombas são experimentações realizadas pelo fabricante da bomba e transcritas em seu manual técnico, por intermédio de gráficos. Nesses gráficos estão representadas as características de funcionamento da bomba, a saber: • Altura manométrica que a bomba deve vencer com relação a sua vazão (QxH). • Potencia consumida pelo motor elétrico que aciona a bomba (PC). • Rendimento a ser apresentado pela bomba . • NPSH. 110 Bombas Curva da vazão (Q) em relação à altura manométrica (H) Essa curva mostra a relação existente entre a vazão (Q) e a altura manométrica(H). A partir dessa relação (Q x H), o catalogo do fabricante traz as curvas das bombas que atendem as necessidades do sistema, no sentido de obter maior eficiência no bombeamento de água e eficácia com relação ao consumo de energia 111 Bombas Curva de Potência X Vazão ( NB X Q ) Esta curva representa a potência total necessária no eixo da bomba nas condições de operação. 112 Bombas Esta potência é a soma da potência útil com a potência dissipada em perdas, inerente a todo processo de transferência de energia. As perdas nas bombas incluem perdas hidráulicas, mecânicas, pelo atrito hidráulico, e por vazamentos. Diante disto, nem toda a potência é utilizada para gerar pressão e fluxo. Uma parte da energia é transformada em calor (devido ao atrito) dentro da bomba. A energia pode também ser perdida em virtude da recirculação de fluido entre o rotor e a voluta. 113 Bombas Curva de Rendimento X Vazão ( B X Q) O rendimento da bomba é definido como a relação entre a potência fornecida ao fluido e aquela fornecida pelo motor elétrico à bomba. É fornecida pelo fabricante, conforme curva abaixo, ou calculada conforme formula: 114 Bombas A Curva B X Q representa a variação da potência necessária no eixo de uma bomba centrifuga em função da vazão, para uma rotação constante. A curva de eficiência (x) vazão é a indicação da energia perdida na bomba. Quanto menores as perdas, mais elevada será a eficiência. Esta curva permite ao operador observar a vazão em que a bomba melhor opera. As bombas devem ser operadas eficientemente para se controlar o custo da energia consumida e para se utilizar as bombas adequadamente. A curva (H x Q) não indica as perdas internas na bomba, as quais são consideradas na curva de eficiência. A eficiência, para cada ponto na curva, relaciona a energia transmitida para o líquido, com a energia suprida pelo eixo da bomba, conforme fórmula anterior. 115 Bombas Curva de NPSHREQ X Vazão (NPSHREQ X Q) O NPSH requerido (NPSHreq) representa a energia absoluta necessária no flange de sucção das bombas, de tal forma que haja a garantia de que não ocorrerá cavitação na bomba 116 Bombas É função das características de projeto e construtivas da bomba, do tamanho da bomba, do diâmetro e largura do rotor, diâmetro da sucção, rotação, vazão, etc.. O valor do NPSH requerido é normalmente obtido pelos fabricantes de bombas através de testes de cavitação em laboratórios e fornecido pelos mesmos, para cada uma das bombas desua linha de produção, através de curvas NPSHreq X Q. 117 Bombas Ex de curva característica do fabricante 118 Bombas NPSH 119 Bombas Deve-se Ter sempre em mente que, em operações de bombeamento, a pressão em qualquer ponto da linha de sucção nunca deve ser menor que a pressão de vapor Pv do líquido bombeado na temperatura de trabalho, caso contrário haveria vaporização do líquido, com conseqüente redução da eficiência de bombeio. Neste caso, ocorreria cavitação no rotor da bomba pela implosão das bolhas de vapor. Este processo é acompanhado por elevado nível de ruído e vibração, e violenta corrosão das partes internas da bomba. 120 Bombas Deste modo, para evitar estes efeitos negativos, a energia disponível para levar o fluido do reservatório até o bocal de sucção da bomba deverá ser a altura estática de sucção hs menos a pressão de vapor (expressa como coluna líquida) do líquido na temperatura de bombeio. Esta energia disponível é chamada Saldo de Carga de Sucção (em inglês, Net Positive Suction Head - NPSH). 121 Bombas É necessário estabelecer uma diferença entre NPSH disponível (NPSHd) e NPSH requerido (NPSHr); o primeiro é característica do sistema no qual a bomba opera, enquanto que o NPSH requerido é função da bomba em si, representando a energia mínima que deve existir entre a carga de sucção e a pressão de vapor do líquido para que a bomba possa operar satisfatoriamente. 122 Bombas NPSH Requerido (NPSHREQ) Cada bomba, em função de seu tamanho, características construtivas, etc..., necessita de uma determinada energia absoluta (acima da pressão de vapor) em seu flange de sucção, de tal modo que a perda de carga que ocorrerá até à entrada do rotor não seja suficiente para acarretar cavitação, quando operada naquelas condições de vazão. A esta energia denominamos NPSH REQUERIDO. Os fabricantes de bombas fornecem o NPSH requerido, através de uma curva NPSHreq x VAZÃO, para cada bomba de sua linha de fabricação, conforme padrão abaixo 123 Bombas Esta curva é uma característica própria da bomba, sendo obtida experimentalmente, através de testes de cavitação em bancadas do fabricante, com água fria a 20o C. Assim, em resumo, o NPSH requerido, representa a energia absoluta do líquido, acima de sua pressão de vapor, necessária no flange de sucção da bomba, de tal forma que garante a não ocorrência de cavitação na mesma. Para definição do NPSHREQ de uma bomba, é utilizado como critério, a ocorrência de uma queda de 3% na altura manométrica para uma determinada vazão. Este critério é adotado pelo Hydraulic Institute Standards e American Petroleum Institute (API- 610). 124 Bombas NPSH Disponível (NPSHDISP) O NPSH disponível é uma característica do sistema e representa, ou define, a quantidade de energia absoluta disponível no flange de sucção da bomba, acima da pressão de vapor do fluído naquela temperatura. O NPSH disponível pode ser calculado de duas formas: fase de projeto fase de operação 125 Bombas Tanto o NPSH disponível quanto o requerido variam com a vazão do líquido; o NPSH disponível é reduzido com o aumento de vazão, devido ao aumento da perda de carga por atrito. O NPSH requerido, sendo função da velocidade do fluido no interior da bomba, aumenta com a vazão. Pelo que foi dito acerca do NPSH disponível e requerido, ficou claro que a bomba opera satisfatoriamente se: NPSHd NPSHr 126 Bombas A NPSH disponível deve sempre ser maior que a NPSH requerida, para a bomba operar corretamente. É prática normal ter pelo menos 2 a 3 pés extras de NPSH disponível no flange de sucção, para evitar qualquer problema no ponto de interesse 127 Bombas Para não ocorrer cavitação, devemos ter: NPSHDISP ≥ NPSHREQ Na prática utilizamos: NPSHDISP ≥ 1,20 NPSHREQ No mínimo: NPSHDISP ≥ (NPSHREQ + 1,0) m 128 Bombas Potência e Eficiência Potência de Freio (BHP = break horse power) : É o trabalho executado por uma bomba; é função da carga total e do peso do líquido bombeado, em um determinado período de tempo. Potência de Entrada da Bomba ou potência de freio (BHP) é a potência real entregue ao eixo da bomba. A BHP também pode ser lida das curvas da bomba a qualquer taxa de fluxo. As curvas de bombas são baseadas em uma massa específica de 1.0. Para outros líquidos, a massa específica deve ser corrigida Produção da Bomba, ou Potência Hidráulica, ou Potência de água (WHP) é a potência do líquido entregue pela bomba. 129 Bombas BEP – Ponto de Melhor Eficiência: O Ponto de Melhor Eficiência (BEP) é a capacidade, com o impulsor de diâmetro máximo na qual a eficiência é mais alta. Todos os pontos à direita ou à esquerda de BEP têm eficiência mais baixa. H, NPSHr, a eficiência, e a potência BHP, todos variam com a taxa de fluxo, Q. No dimensionamento e seleção de bombas centrífugas para uma determinada aplicação, a eficiência da bomba deveria ser levada em conta no projeto. A eficiência de bombas centrífugas é tomada como uma porcentagem e representa uma unidade de medida que descreve a conversão da força centrífuga (expressa como a velocidade do fluido) em energia de pressão. O B.E.P. (ponto de melhor eficiência) é a área na curva onde a conversão de energia de velocidade em energia de pressão a uma determinada vazão, é ótima; em essência, é o ponto onde a bomba é mais eficiente. 130 Bombas Alinhamento do conjunto 131 Bombas O alinhamento é o processo pelo qual posicionamos dois eixos de forma que suas linhas de centro fiquem colineares quando em operação. 132 Bombas A vida útil do conjunto girante e o funcionamento do equipamento dependem do correto alinhamento. O alinhamento executado no fabricante deve ser verificado, uma vez que pode ser afetado durante o transporte e o manuseio do conjunto Somente após a cura da argamassa deve ser executado o alinhamento e com as tubulações de sucção e recalque desconectadas. O alinhamento deve ser efetuado com o auxílio de relógios comparadores, para o controle do deslocamento radial e axial. Após conectar as tubulações checar o alinhamento se por ventura tiver alteração, corrigir a tubulação. 133 Bombas 134 Bombas Tipos de desalinhamentos 135 Bombas Desalinhamento paralelo puro: Quando suas linhas de centro estão paralelas entre si, porém não coincidentes 136 Bombas Desalinhamento angular puro: Também chamado de desalinhamento axial. Ocorre quando as linhas de centro dos eixos formam um ângulo entre si, mas os centros dos cubos estão na mesma linha de centro. 137 Bombas Desalinhamento combinado: Quando existe a associação dos dois desalinhamentos anteriores, ou seja, as linhas de centro dos eixos não estão co-planares e formam um ângulo entre si. É o desalinhamento mais encontrado na prática 138 Bombas Separação Axial: É a distância entre eixos/cubos de acoplamentos recomendada pelo fabricante das luvas de acoplamento, que deverá ser mantida no processo de montagem e de alinhamento. 139 Bombas • Porque alinhar? Eixos mal alinhados são os responsáveis de muitos problemas nas máquinas: Os testes mostram que um alinhamento incorreto é a causa de cerca de 50% de avarias nas máquinas. Alinhamento pobre ou desalinhamento é a designação utilizada para definir que dois eixos não rodam co-linearmente, ou seja, o eixo de rotação não é o mesmo. Um mau alinhamento ocasiona: - aumento de vibrações - maior consumo de energia - maior desgaste dos rolamentos -desgaste excessivo dos acoplamentos. 140 Bombas Métodos de alinhamento: 141 Bombas Controle Radial: Fixar a base magnética do instrumento no diâmetro externo de uma das metades do acoplamento. Ajustar o relógio, posicionando o apalpador no diâmetro externo da outra metade do acoplamento. Zerar o relógio e movimentar manualmente as duas luvas do acoplamento, completando um giro de 360º. 142 Bombas Controle Axial: Adotar o mesmo procedimento anterior, mas agora com o apalpador do relógio comparador colocadona face lateral do acoplamento. 143 Bombas Método Alternativo: Na impossibilidade de usarmos o relógio comparador, podemos fazer o alinhamento utilizando-se de uma régua metálica e o calibre de lâminas: Apoiar a régua no sentido longitudinal em uma das partes do acoplamento, efetuando o controle no plano horizontal e vertical em relação a outra. Utilizar o calibre para o controle do alinhamento no sentido axial. Observar a folga recomendada pelo fabricante do acoplamento. 144 Bombas 145 Bombas Instalação 146 Bombas A instalação da bomba deve ser feita por pessoas habilitadas. Quando esse serviço é executado incorretamente, traz como conseqüência transtornos na operação, desgastes prematuros e danos irreparáveis. Dimensionar corretamente o bloco de fundação para que o equipamento funcione sem vibração. Não devemos instalar a bomba diretamente sobre o bloco de fundação. seguir dimensões básicas do desenho dimensional do conjunto 147 Bombas Verificar se a base apóia igualmente em todos os calços. Apertar as porcas dos chumbadores uniformemente. Verificar o nivelamento da base no sentido transversal e longitudinal, com o auxílio de um nível com precisão de 0,1 mm/m. Se ocorrer desnivelamento, soltar as porcas dos chumbadores e introduzir entre o calço metálico e a base, onde for necessário, chapinhas para corrigir o nivelamento. 148 Bombas 149 Bombas Enchimento da base: Para a sólida fixação da base e um funcionamento sem vibrações, devemos preencher o interior da base com argamassa 150 Bombas Normalmente, todas as instruções referentes a instalação de uma bomba estão contidas em um manual técnico fornecido pelo fabricante, que apresenta detalhes de operação e manutenção da bomba. Um dos fatores que influenciam o bom desempenho de uma bomba e a sua correta instalação. Bomba instalada corretamente permanece alinhada por mais tempo, e menos sujeita aos vazamentos, vibra menos e requer menos manutenção corretiva, o que aumenta sua vida util. 151 Bombas Tubulações de sucção e recalque: 152 Bombas • Tubulações de sucção e recalque: Instalação da sucção: A montagem da tubulação de sucção deve obedecer às seguintes considerações: - Somente após a cura da argamassa de enchimento da base, do trilho ou da sapata de fundação, é que a tubulação deve ser conectada ao flange da bomba. - A tubulação de sucção, tanto quanto possível, deve ser curta e reta, evitando perdas de cargas, e totalmente estanque, impedindo a entrada de ar. - Para que fique livre de bolsas de ar, o trecho horizontal da tubulação de sucção, quando negativa, deve ser instalado com ligeiro declive no sentido bomba-tanque de sucção. Quando positiva, o trecho horizontal da tubulação deve ser instalado com ligeiro aclive no sentido bomba-tanque de sucção. 153 Bombas Sucção Negativa Sucção Positiva 154 Bombas Instalação incorreta da redução excêntrica: 155 Bombas O diâmetro nominal do flange de sucção da bomba não determina o diâmetro nominal da tubulação de sucção. Para fins de cálculo do diâmetro ideal, como referencial, a velocidade do fluxo pode ser estabelecida entre 1,0 e 2,0 m/s. - Quando houver necessidade de uso de redução, esta deverá ser excêntrica, montada com o cone para baixo, de tal maneira que a geratriz superior da redução fique em posição horizontal e coincidente com a da bomba, isto é para impedir a formação de bolsas de ar 156 Bombas Curvas e acessórios, quando necessários, deverão ser projetados e instalados de modo a propiciar menores perdas de cargas. Por exemplo, dê preferência a curvas de raio longo ou médio. - O flange da tubulação deve justapor-se ao de sucção da bomba, totalmente livre de tensões, sem transmitir quaisquer esforços à sua carcaça. A bomba nunca deve ser ponto de apoio para a tubulação. Se isto não for observado poderá ocorrer desalinhamento e suas conseqüências: trincas e quebras de peças e outras graves avarias. - Em sucção positiva é recomendável a instalação de um registro para que o afluxo à bomba possa ser fechado quando necessário. Durante o funcionamento da bomba o mesmo deverá permanecer totalmente aberto 157 Bombas • Tubulação de recalque: - A ligação da tubulação de recalque ao flange da bomba deverá ser executada com uma redução concêntrica, quando seus diâmetros forem diferentes. - Prever registro, instalado preferencialmente logo após a boca de recalque da bomba, de modo a possibilitar a regulagem da vazão e pressão do bombeamento, ou prevenir sobrecarga do acionador 158 Bombas Escorva As bombas não conseguem recalcar água se existir ar no seu interior. O ar fica preso entre a carcaça da bomba e o rotor. Escorva um processo de preparação da bomba para funcionamento, no qual o ar ou gases contidos no seu interior e na tubulação de sucção e carcaça são extraídos e substituídos pelo fluido a ser bombeado. 159 Bombas Antes de dar inicio ao funcionamento e necessário que a tubulação de sucção e a bomba estejam completamente cheias de liquido. As bombas centrifugas comuns, embora possam bombear fluidos de um nível inferior ao do seu bocal de sucção, necessitam ser inicialmente escovadas, ou seja, ter o ar substituído pelo líquido bombeado. Portanto, antes de começar a operar a bomba, tanto esta quanto a tubulação de sucção devem estar cheias de liquido. Para cumprir esta finalidade, são usados os seguintes métodos: 160 Bombas Bombas Alternativas 161 Bombas • Bomba alternativa A bomba alternativa e assim chamada devido a forma que funciona seu pistão dentro do cilindro que o faz em movimento alternativo, ou de vai-e-vem. A vazão do liquido e conseqüência da relação existente entre o volume de liquido movimentado pelo pistão no cilindro e o numero de golpes do pistão por unidade do tempo. 162 Bombas Classificação das Bombas Alternativas 163 Bombas • Quanto ao tipo de acionador: • Bombas de ação direta: quando o acionador é uma máquina a vapor atuando diretamente no pistão do cilindro • Bombas de força: quando o acionador é um motor elétrico ou de combustão interna atuando através de um sistema biela / manivela. 164 Bombas • Quanto ao número de cilindros: - Simplex – um cilindro. - Duplex – dois cilindros. - Triplex – três cilindros. - Quintuplex – cinco cilindros 165 Bombas • Quanto à posição do cilindro: - Horizontal - Vertical • · Quanto ao tipo da peça propulsora do líquido: - Êmbolo - Pistão - Diafragma 166 Bombas • · Quanto à extensão do curso do pistão: - De curso fixo. - De curso variável (bombas dosadoras) • · Quanto à ação de bombeamento: - Simples efeito: aspiração e descarga de um só lado do pistão. Para cada rotação da árvore de manivela, há uma admissão e uma descarga. - Duplo efeito: há aspiração de um lado e descarga de outro lado simultaneamente. Para cada rotação da árvore de manivela tem-se duas sucções e duas descargas 167 Bombas Pistão 168 Bombas Bomba alternativa de pistão Nesse tipo de bomba o dispositivo que produz o movimento do liquido e um pistão que se desloca, com movimentos alternativos, dentro do cilindro. 169 Bombas 170 • a) No curso da aspiração (3), o movimento do pistão tende a produzir vácuo. A pressão do líquido no lado da aspiração (maior que a pressão interna) faz com que a válvula de descarga (2) se feche e que a de admissão (1) se abra e o cilindro encha de líquido • b) No curso de recalque (4), o pistão força o líquido a sair do cilindro, através da válvula de recalque (2), enquanto que a válvula de admissão (1) permanece fechada devido à diferença de pressão. Bombas • Elementos Mecânicos Básicos • · Pistão e êmbolo: - São os órgãos principais de uma bomba alternativa juntamente com o cilindro e as válvulas. O pistão ou êmbolo, impulsionado por um acionador ou pelo sistema biela / manivela, se movimenta no interior do cilindro transmitindo energia ao líquido. O pistão é curto e dotado de ranhuras parainstalação dos elementos de vedação. O êmbolo é alongado (comprimento maior do que o curso) e não possui ranhuras. O elemento de vedação é instalado na extremidade do cilindro. Os êmbolos são mais empregados em serviços de alta pressão e em bombas verticais. 171 Bombas • Válvulas: - Controlam a entrada e saída de líquido no cilindro, ou seja, têm a função de impedir ou dar passagem ao líquido. As válvulas de sucção são aquelas que permitem a passagem do líquido para dentro do cilindro e impedem sua saída. As válvulas de descarga permitem a saída do líquido para fora da bomba e impedem sua passagem para o cilindro. 172 Bombas • Aplicação das Bombas Alternativas - Líquidos muito viscosos (> 500cP). - Altura de sucção superior a 6 metros. - Líquidos com alto teor de sólidos em suspensão. - Onde o escoamento pulsátil seja tolerado. 173 Bombas • Vantagens e desvantagens das bombas alternativas: • · Vantagens: - Aspirações mais fáceis. - Não há necessidade de escorva. - Mais adequada para altas pressões e baixas vazões 174 Bombas • · Desvantagens: - Vazão pulsátil. - Ocupam grande espaço. - Funcionam a baixa velocidade. - Requerem fundações mais rígidas. - Apresentam grandes vibrações - Exigência de válvula de alívio na descarga. - Custo de manutenção elevado. 175 Bombas Bomba alternativa de êmbolo 176 Bombas • Esse tipo de bomba tem o funcionamento idêntico ao da bomba alternativa de pistão. O que as diferencia e o aspecto geométrico do pistão. • As bombas alternativas de embolo apresentam as seguintes características: • baixa vazão e alta pressão; • vazão por impulso; • vazão media independente das características do sistema; • rotação variável em função da viscosidade; • necessidade de válvula de alivio na linha de descarga que deve estar junto a bomba e antes de qualquer outra válvula. 177 Bombas 178 Bombas Bomba alternativa de diafragma 179 Bombas Nesse tipo de bomba, o dispositivo mecânico de impulsão que movimenta o liquido e um diafragma, ou seja, uma membrana, acionada por movimentos alternativos de uma haste. 180 Bombas Rotativas 181 Bombas • A denominação genérica de bomba rotativa designa uma serie de bombas volumétricas comandadas por um movimento de rotação de seu dispositivo mecânico de impulsão, dai a origem do nome. • A bomba rotativa pode ser classificada, entre outros tipos, como: • de engrenagens; • de lóbulos; • de parafusos; • de palhetas. • O funcionamento volumétrico de todas elas consiste no preenchimento com o liquido bombeado dos espaços entre rotor e a carcaça. Nessas bombas, quando a velocidade e constante, a descarga e a pressão são praticamente constantes. 182 Bombas Bomba rotativa de engrenagens A bomba rotativa de engrenagens e um dos tipos mais simples de bomba rotativa. Consiste de duas rodas dentadas, as engrenagens, trabalhando dentro de uma caixa com folgas muito pequenas em volta e dos lados das rodas. 183 Bomba de engrenagem Bombas Bomba rotativa de lóbulos A bomba rotativa de lóbulos e similar a bomba de engrenagem, tendo como dispositivo mecânico de movimento lóbulos no lugar das engrenagens. 184 Bomba de Lóbulos Bombas Bomba rotativa de parafusos A bomba rotativa de parafuso e composta por dois parafusos que tem seus movimentos sincronizados por intermédio de engrenagens. 185 Bombas Bomba rotativa de palhetas deslizantes A bomba rotativa de palhetas deslizantes tem entre seus componentes um rotor cilíndrico, cujo eixo de rotação e excêntrico em relação ao eixo da carcaça, o que provoca internamente uma variação volumétrica na bomba. As palhetas deslizantes do rotor são rígidas e fixadas internamente em ranhuras radiais do rotor. 186 Bombas Associação de bombas 187 Bombas Associação de bombas As bombas são associadas em série e paralelo. A associação de bombas em série é uma opção quando, para dada vazão desejada, a altura manométrica do sistema é muito elevada, acima dos limites alcançados por uma única bomba. Já a associação em paralelo é fundamentalmente utilizada quando a vazão desejada excede os limites de capacidade das bombas adaptáveis a um determinado sistema. 188 Bombas 189 Bombas Manutenção 190 Bombas Para qualquer equipamento ter uma longa durabilidade, e necessário estabelecer rotinas de manutenção para a sua conservação. Essas rotinas são conhecidas como planos de manutenção. As bombas também devem ter um plano de manutenção para garantir o seu perfeito funcionamento. Uma manutenção bem feita pode prolongar a vida da bomba com menores custos de operação e menor possibilidade de quebra, o que diminui o risco de interromper um determinado processo industrial. Alem disso, uma manutenção bem feita fará com que o equipamento trabalhe de acordo com as suas condições normais de projeto, o que proporcionara menor consumo de energia. 191 Bombas Manutenção preventiva Manutenções preventivas são bem realizadas quando seguem planos e períodos recomendados para a realização de operações de lubrificação, limpeza, verificação/ inspeção e medição. Essas intervenções são realizadas a intervalos regulares e conseguem detectar pequenos desvios no funcionamento da bomba que, se corrigidos de imediato, impedem que isso se transforme em grandes defeitos, assim, será necessário realizar apenas a lubrificação, limpeza e testes que poderão indicar ou não a necessidade de troca de algum componente. 192 Bombas Registro da manutenção Cada equipamento deve possuir um registro de manutenção e isto inclui a bomba, com um histórico de todos os serviços e operações de manutenção que são realizadas nela. 193 Bombas Nesse registro de manutenção devem estar anotadas todas as medições realizadas durante as inspeções, tais como: tensão e corrente elétrica de funcionamento, pressão de sucção e descarga. Devem constar, também, todos os serviços realizados, a descrição do aspecto externo de conservação. Isso e feito para que se registre e programe a limpeza externa, com a retirada de pontos de corrosão e realização de uma nova pintura. 194 Bombas Alem disso, esse registro deve conter as programações e a realização da substituição de óleo lubrificante, gaxetas, anel de desgaste do rotor, luva protetora do eixo e rolamentos, entre outras pecas, cuja troca e recomendada pelo manual técnico do fabricante da bomba. 195 Bombas Segurança da manutenção Antes de realizar qualquer serviço de manutenção, e conveniente observar alguns detalhes de segurança que devem ser seguidos com todo o cuidado. Confira-os a seguir: 196 Bombas a alimentação elétrica devera estar sempre isolada, com a chave elétrica do quadro elétrico da bomba desligada e travada com cadeado, para que ninguém, inadvertidamente, ligue a bomba durante uma operação de desmontagem para substituição de qualquer componente da bomba; 197 Bombas a bomba deve estar isolada do sistema e a pressão precisa ser aliviada antes da desmontagem, da remoção dos botões, ou da desconexão da tubulação da canalização; no caso de necessidade de remover a bomba do local, deve-se utilizar equipamentos adequados de içamento e apoio, para evitar ferimentos graves; caso a bomba trabalhe com algum produto tóxico ou nocivo a saúde, os procedimentos adequados de descontaminação devem ser observados; 198 Bombas as regras de segurança da empresa devem ser conhecidas e obedecidas a risca; todas as precauções e advertências em destaque no manual de instruções da bomba devem ser rigorosamente seguidas. 199 Bombas Informações da placa de identificação da bomba Todas as bombas possuem duas placas de características que fornecem informações sobre a bomba. As etiquetas estão localizadas na carcaça e na estrutura do mancal. Ao fazer o pedido de pecas sobressalentes, e necessário identificar o modelo, o tamanho, o numero de serie e o numero do item das pecas necessárias. Esses são dados obtidos no manual técnicoda bomba. Observe, a seguir, um modelo de placa de identificação de um fabricante de bomba, onde são especificados os detalhes das características da bomba. 200 Bombas A etiqueta da carcaça da bomba, alem de identificar o modelo da bomba e seu numero de serie, fornece, também, informações sobre as caracteristicas hidráulicas da bomba, como vazão (Q) em m3/h (metro cúbico por hora), altura manométrica (H) em mca (metros de coluna de água), entre outras informações, tais como: • rotação em RPM (rotação por minuto); • diâmetro do rotor em mm (milímetro); • potencia em CV ou HP. 201 Bombas Rotinas de manutenção Um bom plano de manutenção prevê verificações mensais, trimestrais, semestrais e anuais, das quais pode-se destacar: • lubrificação do mancal; • monitoração do selo; • analise de vibração; • pressão de descarga; • monitoração da temperatura. 202 Bombas Inspeções de rotina As inspeções a serem feitas rotineiramente devem incluir os itens a seguir: • verificação do nível e da condição do óleo, por meio do visor no alojamento do mancal; • verificação da presença de ruído, vibração e temperaturas anormais do mancal. • inspeção da bomba e das tubulações quanto a presença de vazamentos • verificação de vazamento da caixa de gaxetas: • engavetamento: a existência de vazamento excessivo requer ajustagem ou possível troca do engavetamento. • verificação de vazamento no selo mecânico: não deve haver nenhum; • medições de corrente e tensão elétrica do motor elétrico. 203 Bombas A manutenção e responsável pelo perfeito funcionamento do equipamento, de acordo com os critérios nos quais a bomba foi escolhida para atuar em um determinado sistema hidráulico. A falta de procedimentos de manutenção preventiva, tais como, lubrificação, limpeza, verificação/ inspeção e medição, pode levar a bomba a operar abaixo da eficiência que foi inicialmente proposta no projeto deste equipamento. E equipamentos com baixa eficiência, alem de afetarem negativamente o processo produtivo em que a bomba esta operando, necessitam de um consumo maior de energia para seu funcionamento. 204 Bombas FIM 205
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