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BOMBAS. aula

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Prévia do material em texto

1.1 GENERALIDADES SOBRE BOMBAS 
BOMBAS 
 Nesta unidade, você vai
 
 
 
 
 
 
 
 Aprender as generalidades sobre bombas. 
 Identificar as bombas alternativas e seus componentes. 
 Aprender o princípio de funcionamento das bombas alternativas. 
 Identificar as bombas centrífugas e seus componentes. 
 Conhecer o princípio de funcionamento das bombas centrífugas. 
 Identificar as bombas de engrenagens e seus componentes. 
 Aprender o princípio de funcionamento das bombas de 
engrenagens. 
 Identificar as bombas de palhetas e seus componentes. 
 Aprender o princípio de funcionamento das bombas de palhetas. 
 Ver as recomendações da convenção SOLAS sobre bombas. 
 
 
 
 
Para deslocar um fluido ou mantê-lo em escoamento é necessário adicionarmos energia; o 
equipamento capaz de fornecer essa energia ao escoamento do fluido denominamos de bomba. 
Assim podemos dizer que: 
BOMBAS são máquinas hidráulicas operatrizes, isto é, máquinas que recebem energia potencial 
(força motriz de um motor ou turbina), e transformam parte desta potência em energia cinética 
(movimento) e energia de pressão (força), cedendo estas duas energias ao fluido bombeado, de 
forma a recirculá-lo ou transportá-lo de um ponto a outro. 
 
Portanto, o uso de bombas hidráulicas ocorre sempre que há a necessidade de aumentar-se a 
pressão de trabalho de uma substância líquida contida em um sistema, a velocidade de 
escoamento, ou ambas. 
As bombas são avaliadas em função de quatro características: 
Capacidade: quantidade de fluido descarregado por unidade de tempo, vazão- Q; 
Pressão: frequentemente expressa em altura (H =  P/ g ); 
Potência: energia consumida por unidade de tempo,  ; 
Eficiência:  = energia suprida ao fluido / energia absorvida pela bomba. 
As bombas são utilizadas nos circuitos hidráulicos, para converter energia mecânica em energia 
hidráulica. 
A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba, o que permite que 
a pressão atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a penetrar 
na bomba. 
A bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do 
sistema hidráulico. 
 
Termos hidráulicos mais usados em bombeamento 
1. ALTURA DE SUCÇÃO (AS) - Desnível geométrico (altura em metros), entre o 
nível dinâmico da captação e o bocal de sucção da bomba. 
OBS.: Em bombas centrífugas normais, instaladas ao nível do mar e com fluído 
bombeado à temperatura ambiente, esta altura não pode exceder 8 metros de coluna 
d’agua (8 mca). 
2. ALTURA DE RECALQUE (AR) - Desnível geométrico (altura em metros), 
entre o bocal de sucção da bomba e o ponto de maior elevação do fluído até o destino 
final da instalação (reservatório etc.). 
3. ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL (AMT) - Altura total exigida pelo sistema, a 
qual a bomba deverá ceder energia suficiente ao fluído para vencê-la. Leva-se em 
consideração os desníveis geométricos de sucção e recalque e as perdas de carga por 
atrito em conexões e tubulações. 
AMT = Altura Sucção + Altura Recalque + Perdas de Carga Totais 
(Tubulações/Conexões e Acessórios) 
Unidades mais comuns: mca, Kgf/cm² , Lbs/Pol² 
Onde: 1 Kgf/cm² = 10 mca = 14,22 Lbs/Pol² 
4. PERDA DE CARGA NAS TUBULAÇÕES - Atrito exercido na parede interna 
do tubo quando da passagem do fluido pelo seu interior. É mensurada obtendo-se, 
através de coeficientes, um valor percentual sobre o comprimento total da tubulação, 
em função do diâmetro interno da tubulação e da vazão desejada. 
5. PERDA DE CARGA LOCALIZADA NAS CONEXÕES - Atrito exercido na 
parede interna das conexões, registros, válvulas, dentre outros, quando da passagem 
do fluido. É mensurada obtendo-se, através de coeficientes, um comprimento 
equivalente em metros de tubulação, definido em função do diâmetro nominal e do 
material da conexão. 
6. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO - Extensão linear em 
metros de tubo utilizados na instalação, desde o injector ou válvula de pé até o bocal 
de entrada da bomba. 
7. COMPRIMENTO DA TUBULAÇÃO DE RECALQUE - Extensão linear em 
metros de tubo utilizados na instalação, desde a saída da bomba até o ponto final da 
instalação. 
8. GOLPE DE ARÍETE – Impacto sobre todo o sistema hidráulico causado pelo 
retorno da água existente na tubulação de recalque, quando da parada da bomba. Este 
impacto, quando não amortecido por válvula(s) de retenção, danifica tubos, conexões e os 
componentes da bomba. 
9. NÍVEL ESTÁTICO - Distância vertical em metros, entre a borda do 
reservatório de sucção e o nível (lâmina) da água, antes do início do bombeamento. 
10. NIVEL DINÂMICO - Distância vertical em metros, entre a borda do 
reservatório de sucção e o nível (lâmina) mínimo da água, durante o bombeamento da 
vazão desejada. 
11. SUBMERGÊNCIA - Distância vertical em metros, entre o nível dinâmico e o 
injector (Bombas Injectoras), a válvula de pé (Bombas Centrifugas Normais), ou filtro da 
sucção (Bombas Submersas). 
12. ESCORVA DA BOMBA - Eliminação do ar existente no interior da bomba e 
da tubulação de sucção. Esta operação consiste em preencher com o fluido a ser 
bombeado todo o interior da bomba e da tubulação de sucção, antes do accionamento 
da mesma. Nas bombas auto aspirantes basta eliminar o ar do interior da mesma. Até 
8 mca de sucção a bomba eliminará o ar da tubulação automaticamente. 
13. AUTOASPIRANTE - O mesmo que Autoescorvante, isto é, bomba 
centrífuga que elimina o ar da tubulação de sucção, não sendo necessário o uso de 
válvula de pé na sucção da mesma, desde que a altura de sucção não exceda 8 mca. 
14. CAVITAÇÃO - Fenómeno físico que ocorre em bombas centrífugas no 
momento em que o fluido succionado pela mesma tem sua pressão reduzida, atingindo 
valores iguais ou inferiores a sua pressão de vapor (líquido ↔ vapor). 
Com isso, formam-se bolhas que são conduzidas pelo deslocamento do fluido 
até o rotor onde implodem ao atingirem novamente pressões elevadas (vapor ↔ 
líquido). 
Este fenómeno ocorre no interior da bomba quando o NPSHd (sistema) é menor 
que o NPSHr (bomba). A cavitação causa ruídos, danos e queda no desempenho 
hidráulico das bombas. 
 15. NPSH - Sigla da expressão inglesa -Net Positive Suction Head a qual divide- se 
em: 
• NPSH disponível - Pressão absoluta por unidade de peso existente na sucção 
da bomba (entrada do rotor), a qual deve ser superior à pressão de vapor do fluido 
bombeado, e cujo valor depende das características do sistema e do fluido; 
• NPSH requerido - Pressão absoluta mínima por unidade de peso, a qual 
deverá ser superior a pressão de vapor do fluído bombeado na sucção da bomba 
(entrada de rotor) para que não haja cavitação. Este valor depende das características 
da bomba e deve ser fornecido pelo fabricante da mesma; 
O NPSHdisp deve ser sempre maior que o NSPHreq (NPSHd > NPSHr) 
16. VÁLVULA DE PÉ OU DE FUNDO DE POÇO — Válvula de retenção 
colocada na extremidade inferior da tubulação de sucção para impedir que a água 
succionada retorne à fonte quando da parada do funcionamento da bomba, evitando 
que esta trabalhe a seco (perda da escorva). 
17. CRIVO - Grade ou filtro de sucção, normalmente acoplado a válvula de pé, 
que impede a entrada de partículas de diâmetro superior ao seu espaçamento. 
18. VÁLVULA DE RETENÇÃO - Válvula(s) de sentido único colocada(s) na 
tubulação de recalque para evitar o golpe de aríete. Utilizar uma válvula de retenção a 
cada 20 mca de AMT. 
19. PRESSÃO ATMOSFÉRICA - Peso da massa de ar que envolve a superfície 
da terra até uma altura de ± 80 Km e que age sobre todos os corpos. Ao nível do mar, 
a pressão atmosférica é de 10,33 mca ou 1,033 Kgf/cm² (760 mm/Hg). 
20. REGISTRO - Dispositivo para controle da vazão de um sistema hidráulico. 
21. MANÔMETRO - Instrumento que mede a pressão relativa positiva do 
sistema. 
22. VAZÃO – Quantidade de fluído que a bomba deverá fornecer ao sistema. 
Unidades mais comuns: m3 /h, l/h, l/m,l/s 
Onde: 1 m3 /h = 1000 l/h = 16.67 l/m = 0.278 l/s 
 
 
 
 
 
 
 
Propriedades dos fluídos 
1. CONCEITO. Sendo a hidráulica o ramo da física que estuda o comportamento 
dos fluídos, tanto em repouso como em movimento, é necessário conhecer-se algumas 
definições básicas destes comportamentos, assim como a Mecânica dos Fluídos. 
Temos que todas as bombas têm como finalidade básica o transporte de fluídos 
incompressíveis com viscosidade baixa, ou nula, dos quais o mais conhecido e 
bombeado é a água. A água, em seu estado líquido, possui propriedades físico- 
químicas diversas, cujas principais são: 
A. Peso específico (γ)- é o peso da substância pelo volume ocupado pela mesma, cuja 
expressão é definida por 
 
O peso específico da água é igual a 1.000 Kgf/m³ ou 1,0 gf/cm³. 
B. Volume específico (Ve)- é o volume ocupado por 1 Kg do produto. Este 
volume varia de acordo com a temperatura. 
Para água a: 4ºC, Ve = 0,001 m³/Kg 
28ºC, Ve = 0,001005 m³/Kg 
 
C. Massa específica (ρ)- é a massa por unidade de volume, cuja expressão é: 
 
 
D. Densidade (d)- A densidade é a comparação entre o peso do líquido e o 
peso de igual volume de água destilada, à temperatura padrão de 4ºC. Por 
tratar-se de uma relação entre pesos, constitui-se em um número adimensional. 
A água possui densidade = 1,0; 
E. Pressão (P)- Define-se como a força necessária para deslocar-se o fluído por 
unidade de área, expressa por: 
Unidades: kg/cm², Lb/pol² (PSI), Atmosfera, Pascal; 
E.1. Pressão Absoluta (Pabs) é a pressão medida em relação ao vácuo total ou zero absoluto; 
 E.2. Pressão Atmosférica (Patm) é o peso da massa de ar que envolve a terra até uma altura de 
± 80 km sobre o nível do mar. A este nível, a Patm = 10,33 mca ou 1,033 kgf/cm²; 
 E.3. Pressão Manométrica (Pman) é a pressão medida adoptando-se como referência a pressão 
atmosférica, denominada também pressão relativa ou efectiva. Mede-se com auxílio de manómetros, 
cuja escala em zero (0) está referida à pressão atmosférica local. Quando o valor da pressão medida no 
manómetro é menor que a pressão atmosférica local, teremos pressão relativa negativa, ou vácuo 
parcial; 
 E.4. Pressão de Vapor (Po) é a situação do fluido onde, a uma determinada temperatura, 
coexistem as fases do estado líquido e de vapor. Para água à temperatura ambiente de 20º C, a pressão 
de vapor é de 0,239 metros ou 0,0239 kgf/cm². Quanto maior a temperatura, maior a pressão de vapor. 
Ex: 100º C = ponto de ebulição da água = 10,33 metros ou 1,033 kgf/cm² de pressão 
de vapor; 
 
F. Vazão (Q): é a relação entre o volume do fluido que atravessa uma determinada 
seção de um conduto, e o tempo gasto para tal, sendo: 
Unidades: m³/h, l/s, GPM; 
a. Vazão Mássica (QM)- é a relação entre a massa do fluído que atravessa 
uma determinada seção de um conduto e o tempo gasto para tal, sendo: 
 
Unidades: kg/h, kg/s, lb/h 
G. Velocidade (Ve)- é a relação entre a vazão do fluido escoado e a área de 
seção por onde escoa, sendo: 
Unidades: m/s, pés/s, m/min; 
H. Viscosidade (µ)- é uma característica intrínseca do fluído. Com o movimento 
do mesmo, dependendo da velocidade, ocorrerá um maior ou menor atrito das 
partículas com as paredes da tubulação; é a resistência imposta pelas camadas do 
fluido ao escoamento recíproco das mesmas; 
H.1. Viscosidade Cinemática (ν): é a relação entre a viscosidade absoluta (µ) e a massa 
específica (ρ) sendo: 
Unidades: m²/s, pés/s, centistokes (cst); 
onde: 1 m²/s = 106 centistokes. 
 
I. Potencial de hidrogénio (pH)- é a representação quantitativa da relativa 
acidez ou alcalinidade de uma substância. É calculado pela concentração de ions H+ 
em oposição aos ions H - existentes na solução, sendo: 
Quanto menor o pH, maior é a acidez da solução. 
Exemplos: pH = 7 = solução neutra = água em condições normais; 
pH = 2 = solução ácida = refrigerantes; 
pH = 12 = solução Alcalina = carbonato de cálcio. 
As bombas são classificadas, basicamente, em dois tipos: hidrodinâmicas e 
hidrostáticas. 
Figura 1 Bombas hidrostática e hidrodinâmica – ―Parker training‖ 
 
Bombas hidrodinâmicas 
São bombas de deslocamento não-positivo, usadas para transferir fluidos e 
cuja única resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito. 
Essas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos, porque seu 
poder de deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistência e também 
porque é possível bloquear-se completamente seu pórtico de saída em pleno regime de 
funcionamento da bomba. 
 
 
Bombas hidrostáticas 
São bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada quantidade 
de fluido a cada rotação ou ciclo. 
Como nas bombas hidrostáticas a saída do fluido independe da pressão, com 
excepção de perdas e vazamentos, praticamente todas as bombas necessárias para 
transmitir força hidráulica em equipamento industrial, em maquinaria de construção e 
em aviação são do tipo hidrostático. 
As bombas hidrostáticas produzem fluxos de forma pulsativa, porém sem 
variação de pressão no sistema. 
Figura 2 Bombas hidrodinâmicas - ―Parker training‖. 
 
 
Especificação de bombas 
As bombas são, geralmente, especificadas pela capacidade de pressão máxima 
de operação e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada 
rotação por minuto. 
 
 
Relações de pressão 
A faixa de pressão de uma bomba é determinada pelo fabricante, baseada na 
vida útil da bomba. 
 
Observação 
Se uma bomba for operada com pressões superiores às estipuladas pelo 
fabricante, sua vida útil será reduzida. 
 
Deslocamento 
É o volume de líquido transferido durante uma rotação e é equivalente ao 
volume de uma câmara multiplicado pelo número de câmaras que passam pelo pórtico 
de saída da bomba, durante uma rotação da mesma. 
O deslocamento é expresso em centímetros cúbicos por rotação e a bomba é 
caracterizada pela sua capacidade nominal, em litros por minuto. 
 
Capacidade de fluxo 
A capacidade de fluxo pode ser expressa pelo deslocamento ou pela saída, em 
litros por minuto. 
 
Eficiência volumétrica 
Teoricamente, uma bomba desloca uma quantidade de fluido igual a seu 
deslocamento em cada ciclo ou revolução. Na prática, o deslocamento é menor, devido 
a vazamentos internos. Quanto maior a pressão, maior será o vazamento da saída 
para a entrada da bomba ou para o dreno, o que reduzirá a eficiência volumétrica. 
A eficiência volumétrica é igual ao deslocamento real dividido pelo deslocamento 
teórico, dada em percentagem. 
Fórmula 
 
Se, por exemplo, uma bomba a 70kgf/cm2 de pressão deve deslocar, 
teoricamente, 40 litros de fluido por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto, sua 
eficiência volumétrica, nessa pressão, é de 90%, como se observa aplicando os valores 
na fórmula: 
 
Um fato deve ser sempre lembrado: uma bomba não cria pressão, ela só fornece 
fluxo. A pressão é justamente uma indicação da quantidade de resistência ao 
escoamento. 
As bombas hidráulicas actualmente em uso são, em sua maioria, do tipo rotativo, 
ou seja, um conjunto rotativo transporta o fluido da abertura de entrada para a saída. 
De acordo com o tipo de elemento que produz a transferência do fluido, as bombas 
rotativas podem ser de engrenagens, de palhetas ou de pistões. 
 
 
Figura 3 Linha de sucção - ―Parker training‖ 
 
 
 
 
 1.2 BOMBAS ALTERNATIVAS
Bombas alternativas 
- Envolvem um movimento de vai-e-vem de um pistão num cilindro. Resulta num 
escoamento intermitente; 
- Para cada golpe do pistão, um volume fixo do líquido é descarregado na 
bomba; 
- A taxa de fornecimento do líquido é função do volume varrido pelo pistão no 
cilindro e o número de golpes do pistão por unidade do tempo. 
 
Ex: bombas pistão e êmbolo (alta pressão). 
 
 
Figura 4 Bombas alternativas – ―www.grofe.com.br‖ 
 
Eficiência volumétrica (v): 
v = volume deslocado 
volume total do cilindro 
Eficiência mecânica (m): 
m = Energiasuprida ao fluido 
 Energia suprida à bomba 
 
 
Volume real < volume total ⇒ devido a vazamentos ou enchimento 
incompleto do cilindro. 
v > 95% para bombas bem ajustadas. 
m  100% devido a perdas por atrito mecânico e atrito ao fluido. 
http://www.grofe.com.br/
 
As bombas alternativas podem ser: 
- simplex, duplex, triplex etc, dependendo do número de cilindros; 
- simples ou duplo efeito, quando utiliza um ou dois lados de seu volume para 
impelir o fluido. 
 
Aplicações: 
- bombeamento de água de alimentação de caldeiras, óleos, esgoto e de lamas. 
 
Características: 
- imprimem as pressões mais elevadas dentre as bombas; 
- pequena capacidade; 
- podem ser usadas para vazões moderadas. 
 
Vantagens: 
- podem operar com líquidos voláteis e muito viscosos; 
- capaz de produzir pressão muito alta. 
 
Desvantagens: 
- produz fluxo pulsante; 
- capacidade: intervalo limitado; 
- opera com baixa velocidade; 
- precisa de mais manutenção. 
 
Princípio de funcionamento 
• São bombas volumógenas e de deslocamento positivo: o líquido enche os 
espaços existentes no corpo da bomba (câmaras ou cilindros) e, em seguida, é expulso 
pela acção do movimento do pistão. 
• A aspiração do líquido ocorre devido ao vácuo produzido no interior da bomba. A 
diferença de pressão provoca a abertura da válvula de recalque. 
• São autoescorvantes e podem funcionar como bombas de ar. 
• O accionamento pode ser manual ou empregando uma máquina motriz. 
 
Classificação – Hydraulic Institute Standards (1983) 
• Bombas accionadas por vapor (steam pumps): possuem uma haste com 
pistão em cada extremidade. Um dos pistões recebe vapor e o outro se desloca no 
interior do cilindro da bomba, atuando sobre o líquido. 
 
 
Figura 5 Representação de uma bomba de acção directa (Macyntire, 1997) 
 
Características: 
– Deslocamento horizontal 
– Deslocamento vertical 
– Propulsão por êmbolo 
– Propulsão por pistão 
– Simplex: um cilindro 
– Duplex: dois cilindros 
 
• Bombas de potência ou bombas de força (power pumps): são accionadas 
por motores eléctricos ou de combustão interna. O movimento é transmitido por 
sistema eixo-manivela-biela-cruzeta-pistão. 
• 
Figura 6 Bomba de êmbolo, de potência, simples efeito, simplex. (a) horizontal e, (b) vertical 
(Macyntire, 1997). 
 
 
Figura 7 Bomba de pistão, de potência, horizontal, duplo efeito, simplex (Macyntire, 
1997) 
 
• Bombas de descarga controlada (bombas dosadoras): deslocam com 
precisão um volume predeterminado de líquido em um tempo preestabelecido. São 
accionadas por motores e utilizam o mecanismo eixo de manivela-biela. 
Características: 
– Bomba dosadora de êmbolo 
– Bomba dosadora de pistão 
– Bomba dosadora de diafragma 
– Acoplamento mecânico directo 
– Acoplamento hidráulico 
– Controle da vazão manual 
– Controle automático 
 
Figura 8 Bomba de diafragma, actuação por óleo pela ação de êmbolo horizontal 
(Macyntire, 1997). 
 
Funcionamento: o êmbolo atua sobre o óleo na câmara 1, o qual desloca a 
membrana elástica (diafragma). O líquido passa pela câmara 2. O tipo simplex exige 
um amortecedor de pulsações no início da linha de recalque. 
 
Câmara-de-ar 
• O objectivo da câmara-de-ar é manter a descarga da bomba de êmbolo 
praticamente constante. 
• Deve ser aplicada preferencialmente na tubulação de aspiração. 
• Quando a bomba pára, a pressão do ar na câmara de recalque deve ser 
correspondente à da coluna do líquido, representada pela diferença de cotas entre a 
extremidade superior do tubo de recalque e o nível do líquido na câmara. 
• O ar da câmara de aspiração, quando a bomba está parada encontra-se sob 
depressão equivalente a coluna de líquido representada pela diferença entre as cotas 
do nível livre de líquido na câmara e no reservatório inferior. 
• Quando a bomba opera com vazão superior à média, o líquido penetra na 
câmara-de-ar, aumentando sua pressão. Quando ocorre deficiência de descarga, a 
câmara ―libera‖ o líquido excedente para compensação. 
• Na câmara de aspiração, quando a bomba solicita maior volume de líquido, 
este é fornecido pela câmara-de-ar, a qual se expande, reduzindo a pressão e 
proporcionando a aspiração do líquido no reservatório inferior. 
 
• O volume de ar nas câmaras pode ser adotado: 
– 22 vezes a descarga aspirada em cada ciclo do êmbolo, nas de 1 cilindro 
(simplex), de simples efeito; 
– 10 vezes a referida descarga nas bombas simplex de duplo efeito; 
– 5 vezes a descarga nas bombas duplex de duplo efeito; e 
– 2 vezes a descarga nas bombas triplex de duplo efeito. 
• Entre as bombas de êmbolo dotadas de câmaras de ar são comuns: 
– Bombas de duplo efeito – câmaras-de-ar na aspiração e no recalque; 
– Bombas de simples efeito com êmbolo diferencial. 
 
Bombas de êmbolo com câmara de ar 
 
Figura 9 Bombas de êmbolo com câmaras-de-ar. (a) duplo efeito; (b) êmbolo 
diferencial de simples efeito (Macyntire, 1997). 
 
 
Figura 10 Esquema de bombas alternativas: (a) de êmbolo, (b) de diafragma. – 
www.grofe.com.br. 
 
 
 
http://www.grofe.com.br/
http://www.grofe.com.br/
1.3 BOMBAS CENTRÍFUGAS 
 
 
 
Bombas centrífugas 
 
Figura 11 Bomba centrífuga – ―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
 
Introdução 
Os principais requisitos para que uma bomba centrífuga tenha um desempenho 
satisfatório, sem apresentar nenhum problema, são: 
 instalação correta; 
 operação com os devidos cuidados; e 
 manutenção adequada. 
 
 
Mesmo tomando todos os cuidados com a operação e manutenção, os 
engenheiros frequentemente enfrentam problemas de falhas no sistema de 
bombeamento. Uma das condições mais comuns que obrigam a substituição de uma 
bomba no processo é a inabilidade para produzir a vazão ou a carga desejada. 
Existem muitas outras condições nas quais uma bomba, apesar de não sofrer 
nenhuma perda de fluxo, ou carga, é considerada defeituosa e deve ser retirada de 
operação o mais cedo possível. As causas mais comuns são: 
 problemas de vedação (vazamentos, perda de jato, refrigeração deficiente 
etc.); 
http://www.ufrnet.ufrn.br/
 problemas relacionados a partes da bomba ou do motor: 
- perda de lubrificação; 
- refrigeração ; 
-contaminação por óleo; 
- ruído anormal etc. 
 vazamentos na carcaça da bomba; 
 níveis de ruído e vibração muito altos; 
 problemas relacionados ao mecanismo motriz (turbina ou motor). 
Obviamente, nem a lista de condições de falhas mostrada acima é completa, 
nem as condições são mutuamente excludentes. Frequentemente a causa raiz da falha 
é a mesma, mas os sintomas são diferentes. 
Um pouco de cuidado, quando os primeiros sintomas de um problema 
aparecem, pode prevenir a bomba de defeitos permanentes. Em tais situações, a tarefa 
mais importante é descobrir se houve falha mecânica da bomba, se a deficiência é do 
processo, ou ambos. 
Muitas vezes, quando uma bomba é enviada à oficina, os encarregados da 
manutenção não acham nada de errado ao desmontá-la. Assim, a decisão de retirar 
uma bomba de operação e enviá-la para manutenção/conserto, só deve ser tomada 
depois de uma análise detalhada dos sintomas e causas do defeito. No caso de 
qualquer falha mecânica ou dano físico interno na bomba, o engenheiro de operação 
deverá informar com detalhes à unidade de manutenção. 
Em geral, há principalmente três tipos de problemas com as bombas 
centrífugas: 
1. erros de projecto; 
2. má operação; 
3. práticas de manutenção ineficientes. 
 
Mecanismo de funcionamento de uma bomba centrífuga 
Uma bomba centrífuga é, na maioria das vezes, o equipamento mais simples em 
qualquer planta de processo. Seu propósito é converter a energia de uma fonte motriz 
principal (um motor eléctrico ou turbina), a princípio, em velocidade ou energia cinética, 
e então, em energia de pressão do fluido que está sendo bombeado. As 
transformações de energia acontecem em virtude de duas partes principais da bomba: 
o impulsore a voluta, ou difusor. 
 
 O impulsor é a parte giratória que converte a energia do motor em energia 
cinética. 
 A voluta ou difusor, é a parte estacionária que converte a energia cinética 
em energia de pressão. 
Note bem: 
Todas as formas de energia envolvidas em um sistema de fluxo de líquido são 
expressas em termos de altura de coluna do líquido, isto é, carga. 
 
Geração da força centrífuga 
O líquido entra no bocal de sucção e, logo em seguida, no centro de um 
dispositivo rotativo conhecido como impulsor. Quando o impulsor gira, ele imprime 
uma rotação ao líquido situado nas cavidades entre as palhetas externas, 
proporcionando-lhe uma aceleração centrífuga. Cria-se uma área de baixa-pressão no 
olho do impulsor, causando mais fluxo de líquido através da entrada, como falhas 
líquida. Como as lâminas do impulsor são curvas, o fluido é impulsionado nas 
direcções radial e tangencial pela força centrífuga. 
Fazendo uma analogia para melhor compreensão, esta força que age dentro da 
bomba é a mesma que mantém a água dentro de um balde, girando na extremidade de 
um fio. A figura 12 abaixo, mostra um corte lateral de uma bomba centrífuga indicando 
o movimento do líquido. 
 
 
 
 
Uma fórmula 
simples para a 
velocidade 
periférica é: 
 
 
Figura 12 Trajectória do fluxo de líquido dentro de uma bomba centrífuga 
– ―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
 
Conversão da Energia Cinética em Energia de Pressão 
A energia criada pela força centrífuga é energia cinética. A quantidade de 
energia fornecida ao líquido é proporcional à velocidade na extremidade, ou periferia, 
da hélice do impulsor. Quanto mais rápido o impulsor move-se, ou quanto maior é o 
impulsor, maior será a velocidade do líquido na hélice, e tanto maior será a energia 
fornecida ao líquido. 
Esta energia cinética do líquido, ganha no impulsor, tende a diminuir pelas 
resistências que se opõem ao fluxo. A primeira resistência é criada pela carcaça da 
bomba, que reduz a velocidade do líquido. No bocal de descarga, o líquido sofre 
desaceleração e sua velocidade é convertida a pressão, de acordo com o princípio de 
Bernoulli. Então, a carga desenvolvida (pressão, em termos de altura de líquido) é 
aproximadamente igual à energia de velocidade na periferia do impulsor, expressa pela 
bem conhecida fórmula: 
 
 
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Esta carga pode ser calculada por leitura nos medidores de pressão, presos às 
linhas de sucção e de descarga. As curvas das bombas relacionam a vazão e a 
pressão (carga) desenvolvidas pela bomba, para diferentes tamanhos de impulsor e 
velocidades de rotação. A operação da bomba centrífuga deveria estar sempre em 
conformidade com a curva da bomba fornecida pelo fabricante. 
 
Componentes gerais de uma bomba centrífuga 
 
Figura 13 Componentes gerais de uma bomba Centrífuga - ―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
 
 
Componentes estacionários 
1. Carcaça 
As Carcaças geralmente são de dois tipos: em voluta e circular. Os impulsores 
estão contidos dentro das carcaças. 
1-a. Carcaças em voluta proporcionam uma carga mais alta; carcaças 
circulares são usadas para baixa carga e capacidade alta. 
 
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Figura 14 Corte de uma bomba mostrando a carcaça em voluta - 
―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
 
A voluta é tipo um funil encurvado que aumenta a área no ponto de descarga, 
como mostrado na figura 1.14. Como a área da seção transversal aumenta, a voluta 
reduz a velocidade do líquido e aumenta a sua pressão. 
 Um dos principais propósitos de uma carcaça em voluta é ajudar a equilibrar a 
pressão hidráulica no eixo da bomba. Porém, isto acontece melhor quando se 
opera à capacidade recomendada pelo fabricante. Bombas do tipo em voluta 
funcionando a uma capacidade mais baixa que o fabricante recomenda, pode 
imprimir uma tensão lateral no eixo da bomba, aumentar o desgaste e provocar 
gotejamento nos lacres, mancais, e no próprio eixo. Carcaças em dupla voluta 
são usadas quando as estocadas radiais ficam significantes a vazões reduzidas. 
1-b. A carcaça circular tem palhetas deflectoras estacionárias, em volta do 
impulsor, que convertem a energia de velocidade em energia de pressão. 
Convencionalmente, os difusores se aplicam a bombas de múltiplos estágios. 
Figura 15 Carcaça de uma bomba centrífuga - ―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
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As carcaças podem ser projectadas como carcaças sólidas ou carcaças 
bipartidas. A carcaça sólida implica que toda a carcaça, inclusive o bocal de descarga, 
compõe uma peça única, fundida ou usinada. Numa carcaça fendida, duas ou mais 
partes são firmadas juntas. Quando as partes da carcaça são divididas no plano 
horizontal, a carcaça é descrita como bipartida horizontalmente (ou bipartida 
axialmente). Quando a divisão é no plano vertical perpendicular ao eixo de rotação, a 
carcaça é descrita como bipartida verticalmente, ou carcaça bipartida radialmente. Os 
anéis de desgaste da carcaça atuam como um selo entre a carcaça e o impulsor. 
Figura 16 Localização dos bocais de sucção e descarga - ―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
 
 
2. Bocais de sucção lateral / descarga lateral 
Os bocais de sucção e de descarga são localizados nos lados da carcaça 
perpendicular ao eixo. A bomba pode ter carcaça bipartida axialmente ou radialmente. 
3. Câmara de vedação e caixa de enchimento 
Os termos câmara de lacre e caixa de enchimento, referem-se ambos a uma 
câmara, acoplada ou separada da carcaça da bomba, que forma a região entre o eixo e 
a carcaça onde o meio de vedação é instalado. Quando o lacre é feito por meio de um 
selo mecânico, a câmara normalmente é chamada câmara de selo. Quando o lacre é 
obtido por empacotamento, a câmara é chamada caixa de recheio. 
Tanto a câmara de selo como a caixa de recheio, têm a função primária de 
proteger a bomba contra vazamentos no ponto onde o eixo atravessa a carcaça da 
bomba sob pressão. Quando a pressão no fundo da câmara é abaixo da atmosférica, 
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previne vazamento de ar na bomba. Quando a pressão é acima da atmosférica, as 
câmaras previnem o vazamento de líquido para fora da bomba. 
 
As Câmaras de vedação e caixas de enchimento também podem ser disponíveis 
com arranjos de resfriamento ou aquecimento para controle da temperatura. A Figura 
abaixo descreve uma câmara de selagem montada externamente, e suas diversas 
partes. 
Figura 17 Partes de uma câmara de selagem simples - www.ufrnet.ufrn.br 
 
 
 Glândula: é uma parte muito importante da câmara de selo ou da caixa de 
recheio. Ela dá o empacotamento ou o ajuste desejado do selo mecânico na 
manga do eixo. Pode ser ajustada facilmente na direcção axial. A glândula 
consiste do selo, refrigeração, dreno, e portas da conexão do suspiro conforme 
os códigos de padronização. 
 Bucha: o fundo, ou extremo interno da câmara, é provido com um dispositivo 
estacionário chamado bucha da garganta que forma uma liberação íntima 
restritiva ao redor da manga (ou eixo) entre o selo e o impulsor. 
 Bucha do regulador de pressão é um dispositivo que restringe a liberação ao 
redor da manga (ou eixo), na extremidade externa de uma glândula do selo 
mecânico. 
 Dispositivo circulante interno é um dispositivo localizado na câmara de selo 
para circular fluido da câmara de selo para um refrigerador ou um reservatório 
fluido. Normalmente é conhecido como anel de bombeamento. 
 Selo mecânico As características de um selo mecânico serão discutidas 
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posteriormente. 
 Alojamento do mancal abriga os mancais montados no eixo. Os mancais 
mantêm o eixo ou rotor em alinhamento correto com as partes estacionárias sob 
acção de cargas radiais e transversais. O compartimento do mancal também 
inclui um reservatório de óleo para lubrificação, nível constante de óleo, e 
camisa para refrigeração por circulação de água. 
 
Componentes rotativos 
1. Impulsor 
O impulsor é aparte giratória principal, que fornece a aceleração centrífuga para 
o fluido. Eles são classificados em muitas formas baseadas; 
na direcção principal do fluxo em relação ao eixo de rotação 
 Fluxo radial; 
 Fluxo axial; 
 Fluxo misto. 
no tipo de sucção 
 Sucção simples: entrada do líquido em um lado; 
 Dupla-sucção: entrada do líquido simetricamente ao impulsor, de ambos 
os lados. 
Construção mecânica (Figura 18) 
 Fechado: coberturas ou paredes laterais que protegem as palhetas; 
 Aberto: nenhuma cobertura ou parede para enclausurar as palhetas; 
 Semiaberto ou do tipo em vértice. 
 
Figura 18 Tipos de Impulsores - ―www.ufrnet.ufrn.br‖ 
 
 
o Os impulsores fechados necessitam de anéis de desgaste e estes anéis 
representam outro problema de manutenção. 
o Impulsores abertos e semiabertos têm menos probabilidade de entupir, 
mas necessitam ajuste manual da voluta ou placa traseira, para o impulsor alcançar 
uma fixação adequada e prevenir recirculação interna. 
o Impulsores das bombas de vértice são muito bons para sólidos e 
"materiais viscosos", mas eles são até 50% menos eficientes em projectos 
convencionais. 
o O número de impulsores determina o número de estágios da bomba: uma 
bomba de um único estágio só tem um impulsor e é melhor para serviços de baixa 
carga. Uma bomba de dois estágios tem dois impulsores em série, para serviços de 
carga média. 
o Uma bomba de multiestágios tem três ou mais impulsoras em série, para 
serviços de carga alta. 
o Anéis de desgaste: O anel de desgaste permite uma articulação fácil e 
economicamente renovável anti vazamentos entre o impulsor e a carcaça. Se a 
liberação (espaço vazio entre as duas peças) ficar muito grande, a eficiência de bomba 
diminuirá, causando problemas de calor e vibração. A maioria das bombas precisa ser 
desmontada para conferir a liberação do anel de desgaste, e providenciar sua 
substituição, quando a liberação dobra. 
 
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2. Eixo 
O propósito básico do eixo de uma bomba centrífuga, é transmitir o torque de 
partida e durante a operação, enquanto apoia o impulsor e outras partes giratórias. Ele 
tem que fazer este trabalho com uma deflexão menor que a liberação mínima entre as 
partes giratórias e estacionárias. 
 
 
Figura 19 Uma visão de uma manga de eixo - www.ufrnet.ufrn.br 
 
 Luva do eixo (figura 19): o eixo das bombas normalmente é protegido de 
erosão, corrosão, e desgaste nas câmaras de selo, articulações de vazamento, 
mancais internos, e nas vias fluviais através de mangas renováveis. A menos que seja 
especificado o contrário, a manga de protecção do eixo é construída de material 
resistente a desgaste, corrosão, e erosão. A manga é lacrada em uma extremidade. O 
alojamento da manga do eixo se estende além da face exterior do prato da glândula de 
selo. (um vazamento entre o eixo e a manga não deverá ser confundido com 
vazamento pelo selo mecânico). 
 Junções: as junções podem compensar o crescimento axial do eixo e 
podem transmitir torque ao impulsor. Elas são classificadas, de modo geral, em dois 
grupos: rígidas e flexíveis. As junções rígidas são usadas em aplicações onde não há 
absolutamente nenhuma possibilidade ou espaço para qualquer desalinhamento. 
Junções de eixo flexíveis são mais propensas a erros de selecção, instalação e de 
manutenção. 
 
As junções flexíveis podem ser divididas em dois grupos básicos: elastoméricas 
e não-elastoméricas. 
 Junções elastoméricas usam borracha, ou elementos poliméricos para 
ganhar flexibilidade. Estes elementos podem estar submetidos a cisalhamento ou a 
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1.4 BOMBAS DE DIAFRÁGMA 
compressão. Pneus e luvas de borracha são exemplos de junções elastoméricas sob 
cisalhamento; mandíbulas, pinos e revestimento de mancais são exemplos de junções 
em compressão. 
 Junções não-elastoméricas usam elementos metálicos para obter 
flexibilidade. Elas podem ser de dois tipos: lubrificadas ou não-lubrificadas. As 
lubrificadas acomodam desalinhamento pela ação corrediça dos seus componentes, 
daí a necessidade de lubrificação. As não lubrificadas acomodam desalinhamento por 
flexão. Junções de engrenagem, de grelhas e de cadeias são exemplos de junções 
lubrificadas não elastoméricas. Junções de discos e de diafragma são não- 
elastoméricas e não lubrificadas. 
 
Componentes Auxiliares 
Os componentes auxiliares geralmente incluem os seguintes sistemas, para os 
seguintes serviços: 
 sistemas de descarga do lacre, refrigeração e afogamento; 
 dreno do lacre e suspiros; 
 sistemas de lubrificação dos mancais e de refrigeração; 
 sistemas de resfriamento da câmara de enchimento e selagem e sistemas 
de aquecimento; e 
 sistema de refrigeração do pedestal da bomba. 
Os sistemas auxiliares incluem tubulação, válvulas de isolamento, válvulas de 
controlo, válvulas de alívio, medidores de temperatura e termopares, medidores de 
pressão, indicadores de fluxo, orifícios, refrigeradores do selo, reservatórios dos fluidos 
do dique/deflector do selo, e todas as aberturas e drenos relacionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOMBAS PNEUMÁTICAS DE DUPLO DIAFRÁGMA 
 
Figura 20 Bomba de duplo diafragma – www.bomax.com.br 
 
Características principais 
As bombas de duplo diafragma pneumáticas utilizam o ar comprimido como 
fonte de energia, e foram desenvolvidas principalmente para aplicações de difícil 
bombeamento. No entanto, estes equipamentos agregam em um único produto 
diversas vantagens técnicas e operacionais, dificilmente atingidas por outros tipos de 
bombas. Estas características tornam as bombas pneumáticas tão versáteis que sua 
gama de aplicações é praticamente ilimitada. 
As bombas pneumáticas são divididas em dois módulos, sendo um deles a parte 
molhada (manifolds e câmara de bombeamento) e o outro, parte seca ou bloco central 
(área de actuação do ar comprimido). Estes conjuntos são separados por dois 
diafragmas, que isolam o líquido bombeado do ar comprimido. 
 
Princípio de funcionamento 
O bloco central possui uma válvula de ar que direcciona o ar comprimido, 
pressurizando inicialmente um dos diafragmas (câmara B), que por sua vez impulsiona 
o fluido que está na câmara à sua frente (câmara de líquido). O fluido é impulsionado 
para cima, devido à acção dos conjuntos esfera/assento, sendo direccionado para a 
saída através dos colectores (manifolds), enquanto isso o outro diafragma é puxado 
para trás pelo eixo que interliga os diafragmas, succionando o fluido para dentro da 
outra câmara de bombeamento (câmara A). 
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1.5 BOMBAS ROTATIVAS 
Quando os diafragmas completam seu curso, a válvula pressuriza a câmara do 
diafragma oposto, gerando o mesmo processo já descrito acima. O movimento 
alternado dos diafragmas executa o bombeamento, com um fluxo pulsante. 
 
 
 
 
Bombas rotativas 
- Dependem de um movimento de rotação; 
- Resulta em escoamento contínuo. 
O rotor da bomba provoca uma pressão reduzida no lado da entrada, o que 
possibilita a admissão do líquido à bomba, pelo efeito da pressão externa. À medida 
que o elemento gira, o líquido fica retido entre os componentes do rotor e a carcaça da 
bomba. 
 
Características: 
- provocam uma pressão reduzida na entrada (efeito da pressão atmosférica), e 
com a rotação, o fluido escoa pela saída; 
- vazão do fluido: função do tamanho da bomba e velocidade de rotação, 
ligeiramente dependente da pressão de descarga; 
- fornecem vazões quase constantes; 
- eficientes para fluidos viscosos, graxas, melados e tintas; 
- operam em faixas moderadas de pressão; 
- capacidade pequena e média; 
- utilizadas para medir "volumes líquidos". 
 
Tipos: 
- engrenagens ( para óleos); 
- actuada externamente ( as 2 engrenagens giram em sentidos opostos); 
- actuada internamente ( só um rotor motriz ); 
- rotores lobulares: bastante usada em alimentos; 
- parafusos helicoidais ( maiores pressões);- palhetas: fluidos pouco viscosos e lubrificantes; 
- peristáltica: pequenas vazões permitem transporte asséptico. 
 
Bombas de engrenagem 
 
Figura 21 Bombas de engrenagem – ―Parker training‖ 
 
A bomba de engrenagem consiste basicamente de uma carcaça com orifícios de 
entrada e de saída, e de um mecanismo de bombeamento composto de duas 
engrenagens. Uma das engrenagens, a engrenagem motora, é ligada a um eixo que é 
conectado a um elemento acionador principal. A outra engrenagem é a engrenagem 
movida. 
 
 
Figura 22 Partes principais de uma bomba de engrenagem – ―Parker training‖ 
 
Funcionamento de uma bomba de engrenagem 
No lado da entrada, os dentes das engrenagens desengrenam, o fluido entra na 
bomba, sendo conduzido pelo espaço existente entre os dentes e a carcaça, para o 
lado da saída onde os dentes das engrenagens engrenam e forçam o fluido para fora 
do sistema. 
Uma vedação positiva neste tipo de bomba é realizada entre os dentes e a 
carcaça, e entre os próprios dentes de engrenamento. As bombas de engrenagem têm 
geralmente um projeto não compensado. 
 
 
Figura 23 Ilustração do funcionamento de uma bomba de engrenagem – ―Parker 
training‖ 
 
1. O vácuo é criado aqui quando os dentes se desengrenam. O óleo é 
succionado do reservatório; 
2. O óleo é transportado através da carcaça em câmaras formadas entre os 
dentes, a carcaça e as placas laterais; 
3. O óleo é forçado para a abertura de saída quando os dentes se engrenam 
novamente; 
4. A pressão de saída, actuando contra os dentes, causa uma carga não- 
balanceada nos eixos, como indicam as setas. 
 
Bomba de engrenagem externa 
A bomba de engrenagem que foi descrita acima é uma bomba de engrenagem 
externa, isto é, ambas as engrenagens têm dentes em suas circunferências externas. 
Estas bombas são às vezes chamadas de bombas de dentes-sobre-dentes. Há 
basicamente três tipos de engrenagens usadas em bombas de engrenagem externa: 
as de engrenagens de dentes rectos, as helicoidais e as que têm forma de espinha de 
peixe. Visto que as bombas de engrenagem de dentes rectos são as mais fáceis de 
fabricar, este tipo de bomba é o mais comum. 
 
 
Figura 24 Tipos de engrenagens – ―Parker training‖ 
 
Bomba de engrenagem interna 
Uma bomba de engrenagem interna consiste de uma engrenagem externa cujos 
dentes se engrenam na circunferência interna de uma engrenagem maior. O tipo mais 
comum de bomba de engrenagem interna nos sistemas industriais é a bomba tipo 
gerotor. 
 
Bomba tipo gerotor 
A bomba tipo gerotor é uma bomba de engrenagem interna com uma 
engrenagem motora interna e uma engrenagem movida externa. A engrenagem interna 
tem um dente a menos do que a engrenagem externa. 
Enquanto a engrenagem interna é movida por um elemento accionado, ela 
movimenta a engrenagem externa maior. De um lado do mecanismo de bombeamento 
forma-se um volume crescente, enquanto os dentes da engrenagem desengrenam. Do 
outro lado da bomba é formado um volume decrescente. Uma bomba tipo gerotor tem 
um projecto não compensado. 
O fluido que entra no mecanismo de bombeamento é separado do fluido de 
descarga por meio de uma placa de abertura. Enquanto o fluido é impelido da entrada 
para a saída, uma vedação positiva é mantida, conforme os dentes da engrenagem 
interna seguem o contorno do topo das cristas e vales da engrenagem externa. 
 
 
Figura 25 Bomba tipo gerotor – ―Parker training‖ 
 
Volume variável de uma bomba de engrenagem 
O volume que sai de uma bomba de engrenagem é determinado pelo volume de 
fluido que cada dente de engrenagem desloca multiplicado pela rpm. 
Consequentemente, o volume que sai das bombas de engrenagem pode ser alterado 
pela substituição das engrenagens originais por engrenagens de dimensões diferentes, 
ou pela variação da rpm. As bombas de engrenagens, quer de variedade interna ou 
externa, não podem ser submetidas à variação no volume deslocado enquanto estão 
operando. Nada pode ser feito para modificar as dimensões físicas de uma 
engrenagem enquanto ela está girando. Um modo prático, então, para modificar o fluxo 
de saída de uma bomba de engrenagem é modificar a taxa do seu elemento 
accionador. Isso pode muitas vezes ser feito quando a bomba está sendo movida por 
um motor de combustão interna. Também pode ser realizado electricamente, com a 
utilização de um motor eléctrico de taxa variável. 
Bombas duplas de engrenagem - dados de rendimento 
 
 
 
 
 
 
Figura 26 Bomba dupla de engrenagem – ―Parker training‖ 
Vantagens: 
1) eficiente, projecto simples; 
2) excepcionalmente compacta e leve para sua capacidade; 
3) eficiente à alta pressão de operação; 
4) resistente aos efeitos de cavitação; 
5) alta tolerância à contaminação dos sistemas; 
6) resistente em operações a baixas temperaturas; 
7) construída com mancal de apoio no eixo; e 
8) compatibilidade com vários fluidos. 
 
 
 
Bombas de palheta 
 
Figura 27 Bomba de palhetas – ―Parker training‖ 
 
As bombas de palhetas produzem uma acção de bombeamento fazendo com 
que as palhetas acompanhem o contorno de um anel ou carcaça. O mecanismo de 
bombeamento de uma bomba de palheta consiste de: rotor, palhetas, anel e uma placa 
de orifício com aberturas de entrada e saída. 
Montagem de conjunto da bomba 
O mecanismo de bombeamento das bombas de palheta industriais é geralmente 
uma unidade integral a que se dá o nome de montagem de conjunto da bomba. O 
conjunto montado consiste de palhetas, rotor e um anel elíptico colocado entre as duas 
placas de orifício (observe que as placas de entrada da montagem do conjunto são 
algo diferente em seu projecto das placas de entrada previamente ilustradas). 
Uma das vantagens de se usar um conjunto montado é a de fácil manutenção da 
bomba. Depois de um certo tempo, quando as peças da bomba naturalmente se 
gastam, o mecanismo de bombeamento pode ser facilmente removido e substituído por 
uma nova montagem. Também, se por alguma razão, o volume da bomba precisar ser 
aumentado ou diminuído, um conjunto de bombas com as mesmas dimensões 
externas, mas com volume adequado, pode rapidamente substituir o mecanismo de 
bombeamento original. 
Figura 27 Componentes de uma bomba de palhetas – ―Parker training‖ 
 
Principais componentes: 2 – 
tampa traseira; 
3 – kit conjunto rotativo (industrial); 
10 – eixo (móbil); 
14 – corpo dianteiro; 
16 – eixo chavetado (móbil); 
18 – eixo estriado (móbil); 
21 – kit conjunto rotativo (móbil). 
 
Carregamento de palheta 
Antes que uma bomba de palheta possa operar adequadamente, um selo 
positivo deve existir entre o topo da palheta e o anel. Quando uma bomba de palheta é 
ligada, pode-se contar com uma força de inércia para ―arremessar‖ as palhetas e 
conseguir a vedação. É por esta razão que a velocidade mínima de operação, para a 
maior parte das bombas de palheta, é de 600 rpm. 
Logo que uma bomba for girada e a pressão do sistema começar a crescer, 
deve ocorrer uma vedação mais justa para que o vazamento não aumente em direcção 
ao topo da palheta. Para gerar uma vedação melhor a pressões mais altas, as bombas 
de palheta industriais direccionam a pressão do sistema para o lado inferior da palheta. 
Com esse arranjo, quanto mais alta for a pressão do sistema, mais força será 
desenvolvida para empurrar contra o anel. 
Figura 28 Palheta de uma bomba de palheta – ―Parker training‖ 
 
Este modo de carregamento hidráulico de uma palheta desenvolve uma vedação 
muito justa no topo da palheta. Mas, se a força que carrega a palheta for muito grande, 
as palhetas e o anel podem ficar excessivamente desgastados e as palhetas podem 
ser uma fonte de arrasto. 
Para conseguirem a melhor vedação e ocasionarem o mínimo arrasto e 
desgaste, os fabricantes projectam as suas bombas de forma que as palhetas sejam 
carregadas só parcialmente. 
O uso de palhetas com um chanfro ou cantos quebrados é um modo pelo qual a 
alta sobrecargana palheta é eliminada. Com estas palhetas, toda a área inferior da 
palheta é exposta à pressão do sistema, como também uma grande parte da área no 
topo da palheta. Isto resulta no equilíbrio da maior parte da palheta. A pressão que atua 
na área desbalanceada é a força que carrega a palheta. 
 
Como trabalha uma bomba de palheta 
O rotor de uma bomba de palheta suporta as palhetas e é ligado a um eixo que é 
conectado a um accionador principal. À medida que o rotor é girado, as palhetas são 
―expulsas‖ por inércia e acompanham o contorno do cilindro (o anel não gira). 
Quando as palhetas fazem contacto com o anel, é formada uma vedação 
positiva entre o topo da palheta e o anel. 
O rotor é posicionado fora do centro do anel. Quando o rotor é girado, um 
volume crescente e decrescente é formado dentro do anel. Não havendo abertura no 
anel, uma placa de entrada é usada para separar o fluido que entra do fluido que sai. A 
placa de entrada se encaixa sobre o anel, o rotor e as palhetas. A abertura de entrada 
da placa de orifício está localizada onde o volume crescente é formado. O orifício de 
saída da placa de orifício está localizado onde o volume decrescente é gerado. 
Todo o fluído entra e sai do mecanismo de bombeamento através da placa de 
orifício (as aberturas de entrada e de saída na placa de orifício são conectadas 
respectivamente às aberturas de entrada e de saída na carcaça das bombas). 
 
 
 
 
Figura 29 Funcionamento de uma bomba de palhetas – ―Parker training‖ 
 
 
Projeto de bombas de palheta balanceada 
Figura 30 Bomba de palheta balanceada – ―Parker training‖ 
 
Numa bomba, duas pressões muito diferentes estão envolvidas: a pressão de 
trabalho do sistema e a pressão atmosférica. Na bomba de palheta que foi descrita, 
uma das metades do mecanismo de bombeamento está a uma pressão menor do que 
a atmosférica. A outra metade está sujeita à pressão total do sistema. Isso resulta 
numa carga oposta do eixo, que pode ser séria quando são encontradas altas pressões 
no sistema. Para compensar esta condição, o anel é mudado de circular para anel em 
formato de elipse. Com este arranjo, os dois quadrantes de pressão opõem-se um ao 
outro e as forças que atuam no eixo são balanceadas. A carga lateral do eixo é 
eliminada. 
 
 
 
Figura 31 Funcionamento de uma bomba de palheta balanceada – ―Parker training‖ 
Consequentemente, uma bomba de palheta balanceada consiste de um anel de 
forma elíptica, um rotor, palhetas e uma placa de orifício com aberturas de entrada e de 
saída opostas umas às outras (ambas as aberturas de entrada estão conectadas 
juntas, como estão as aberturas de saída, de forma que cada uma possa ser servida 
por uma abertura de entrada ou uma abertura de saída na carcaça da bomba). As 
bombas de palheta de deslocamento positivo e de volume constante, usadas em 
sistemas industriais, são geralmente de projeto balanceado. 
Figura 32 Bomba de projecto balanceado – ―Parker training‖ 
 
Bombas duplas 
A bomba de palheta que foi descrita é conhecida como bomba simples, isto é, 
ela consiste de uma entrada, uma saída e uma montagem do conjunto rotativo. As 
bombas de palheta também estão disponíveis na condição de bomba dupla. Uma 
bomba de palheta dupla consiste numa carcaça com duas montagens de conjuntos 
rotativos, uma ou duas entradas e duas saídas separadas. Em outras palavras, uma 
bomba dupla consiste de duas bombas em uma carcaça. 
Uma bomba dupla pode descarregar duas taxas de fluxo diferentes em cada 
saída. Pelo fato de ambos os conjuntos rotativos da bomba estarem conectados a um 
eixo comum, só um motor eléctrico é usado para accionar toda a unidade. 
As bombas duplas são usadas muitas vezes em circuitos alto-baixo e quando 
duas diferentes 
velocidades de fluxo provêm da mesma unidade de força. 
As bombas duplas expelem o dobro de fluxo de uma bomba simples sem um 
aumento apreciável no tamanho da unidade. 
 
 
Figura 33 Bomba dupla – ―Parker training‖ 
 
Bombas de palheta de volume variável 
Uma bomba de palheta de deslocamento positivo imprime o mesmo volume de 
fluído para cada revolução. As bombas industriais são geralmente operadas a 1.200 ou 
1.800 rpm. Isso indica que a taxa de fluxo da bomba se mantém constante. 
Em alguns casos, é desejável que a taxa de fluxo de uma bomba seja variável. 
Um modo de se conseguir isso é variar a taxa do elemento accionador, o que é 
economicamente impraticável. A única alternativa, então, para variar a saída de uma 
bomba, é modificar o seu deslocamento. 
A quantidade de fluido que uma bomba de palheta desloca é determinada pela 
diferença entre a distância máxima e mínima em que as palhetas são estendidas e a 
largura das palhetas. Enquanto a bomba está operando, nada pode ser feito para 
modificar a largura de uma palheta. Entretanto, uma bomba de palheta pode ser 
projetada de modo que a distância de deslocamento das palhetas possa ser 
modificada, sendo essa conhecida como uma bomba de palheta de volume variável. 
Figura 34 Bomba de palheta de volume variável – ―Parker training‖ 
O mecanismo de bombeamento de uma bomba de palheta de volume variável 
consiste basicamente de um rotor, palhetas, anel, que é livre para se movimentar, 
placa de orifícios, um mancal para guiar um anel e um dispositivo para variar a posição 
do anel. Em nossa ilustração é usado um parafuso de regulagem. As bombas de 
palheta de volume variado são bombas desbalanceadas. Seus anéis são circulares e 
não têm a forma de elipse. Visto que o anel deste tipo de bomba deve ser livre para se 
deslocar, o mecanismo de bombeamento não vem como um conjunto montado. 
 
Como trabalha uma bomba de palheta de volume variável 
 
Figura 35 Funcionamento de uma bomba de palheta de volume variável – 
―Parker training‖ 
 
Com o parafuso regulado, o anel é mantido fora do centro com relação ao rotor. 
Quando o rotor é girado, um volume de fluxo é gerado, ocorrendo o bombeamento. 
Recuando-se o parafuso de regulagem há uma redução da excentricidade do 
anel em relação ao rotor e, consequentemente, redução do volume de óleo bombeado. 
Com o parafuso todo recuado, o anel está centrado e o deslocamento da bomba é 
nulo. 
 
Bombas de palheta de volume variável, pressão compensada 
Geralmente, as bombas de palheta de volume variável são também bombas de 
pressão compensada. Uma bomba de pressão compensada pára de bombear a um 
nível de pressão pré-ajustado. 
Uma bomba de palheta de pressão compensada tem as mesmas peças que 
uma bomba de palheta de volume variável, mas com o acréscimo de uma mola 
regulável, que é usada para deslocar o anel. Quando a pressão que age no contorno 
interno do anel (pressão do sistema) é suficientemente alta para vencer a força da 
mola, o anel desloca-se para uma posição próxima à central e a vazão da bomba é 
suficiente apenas para a sua lubrificação interna e para controle. 
A pressão do sistema é, portanto, limitada à regulagem da mola de 
compensação, substituindo uma válvula limitadora de pressão 
 
Dreno da carcaça 
 
Figura 36 Bomba de pressão compensada – ―Parker training‖ 
 
Todas as bombas de pressão compensada, de volume variável, devem ter suas 
carcaças drenadas externamente. Os mecanismos de bombeamento, nestas bombas, 
se movimentam extremamente rápido quando a compressão de pressão é requerida. 
Qualquer acúmulo de fluido, dentro da carcaça, impede a sua movimentação. Da 
mesma forma, qualquer vazamento que se acumule numa carcaça de bomba é 
geralmente dirigido para o lado de entrada da bomba. Porém, como as bombas de 
volume variável podem ficar um longo período centradas (gerando calor), a vazão de 
controle e de lubrificação é dirigida para o reservatório através de uma linha de dreno 
externo. Drenando-se externamente a carcaça o problema é suavizado. A drenagem 
externa de uma carcaça de bomba é comummente chamada de dreno da carcaça. 
Bomba de pistão 
 
Figura 37 Bomba depistão – ―Parker training‖ 
 
As bombas de pistão geram uma acção de bombeamento, fazendo com que os 
pistões se alterem dentro de um tambor cilíndrico. O mecanismo de bombeamento de 
uma bomba de pistão consiste basicamente de um tambor de cilindro, pistões com 
sapatas, placa de deslizamento, sapata, mola de sapata e placa de orifício. 
Figura 38 Bomba de pistão – ―Parker training‖ 
Funcionamento de uma bomba de pistão 
No exemplo da ilustração anterior, um tambor de cilindro com um cilindro é 
adaptado com um pistão. A placa de deslizamento é posicionada a um certo ângulo. A 
sapata do pistão corre na superfície da placa de deslizamento. 
 
Figura 38 Funcionamento de uma bomba de pistão – ―Parker training‖ 
 
Quando um tambor de cilindro gira, a sapata do pistão segue a superfície da 
placa de deslizamento (a placa de deslizamento não gira). Uma vez que a placa de 
deslizamento está a um dado ângulo o pistão alterna dentro do cilindro. Em uma das 
metades do ciclo de rotação, o pistão sai do bloco do cilindro e gera um volume 
crescente. Na outra metade do ciclo de rotação, este pistão entra no bloco e gera um 
volume decrescente. 
Na prática, o tambor do cilindro é adaptado com muitos pistões. As sapatas dos 
pistões são forçadas contra a superfície da placa de deslizamento pela sapata e pela 
mola. Para separar o fluido que entra do fluido que sai, uma placa de orifício é colocada 
na extremidade do bloco do cilindro, que fica do lado oposto ao da placa de 
deslizamento. 
Um eixo é ligado ao tambor do cilindro, que o conecta ao elemento accionado. 
Este eixo pode ficar localizado na extremidade do bloco, onde há fluxo, ou, como 
acontece mais comummente, ele pode ser posicionado na extremidade da placa de 
deslizamento. Neste caso, a placa de deslizamento e a sapata têm um furo nos seus 
centros para receber o eixo. Se o eixo estiver posicionado na outra extremidade, a 
placa de orifício tem o furo do eixo. 
A bomba de pistão que foi descrita acima é conhecida como uma bomba de 
pistão em linha ou axial, isto é, os pistões giram em torno do eixo, que é coaxial com o 
eixo da bomba. As bombas de pistão axial são as bombas de pistão mais populares em 
aplicações industriais. Outros tipos de bombas de pistão são as bombas de eixo 
inclinado e as de pistão radial. 
 
Bombas de pistão axial de volume variável 
O deslocamento da bomba de pistão axial é determinado pela distância que os 
pistões são puxados para dentro e empurrados para fora do tambor do cilindro. Visto 
que o ângulo da placa de deslizamento controla a distância em uma bomba de pistão 
axial, nós devemos somente mudar o ângulo da placa de deslizamento para alterar o 
curso do pistão e o volume da bomba. 
Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo grande, os pistões 
executam um curso longo dentro do tambor do cilindro. 
Com a placa de deslizamento posicionada a um ângulo pequeno, os pistões 
executam um curso pequeno dentro do tambor do cilindro. 
 
Figura 39 Bomba de pistão axial de volume variável – ―Parker training‖ 
 
Variando-se um ângulo da placa de deslizamento, o fluxo de saída da bomba 
pode ser alterado. Vários meios para variar o ângulo da placa de deslizamento são 
oferecidos por diversos fabricantes. Estes meios vão desde um instrumento de 
alavanca manual até uma sofisticada servo válvula. 
 
Figura 40 Funcionamento de uma bomba de pistão axial de volume variável – ―Parker 
training‖ 
 
Bombas de pistão axial de pressão compensada 
As bombas de pistão axial podem também ser feitas com pressão compensada. 
A placa de deslizamento das bombas está conectada a um pistão que sente a pressão 
do sistema. 
Quando a pressão do sistema fica mais alta do que a da mola que comprime o 
pistão do compensador, o pistão movimenta a placa de deslizamento. Quando esta 
atinge o limitador mecânico, o seu centro fica alinhado com o tambor do cilindro. Os 
pistões não se alternam no sistema do cilindro. Isso resulta em ausência de fluxo no 
sistema. 
Figura 41 Bomba de pistão axial de pressão compensada – ―Parker training‖ 
Bombas de pistão axial reversíveis 
Como foi ilustrado, o deslocamento de uma bomba de pistão axial e, 
consequentemente, o seu volume de saída, podem ser variados modificando-se o 
ângulo da placa de deslizamento. Foi também mostrado que a bomba não 
desenvolverá fluxo quando a placa de deslizamento estiver em posição coaxial com o 
tambor do cilindro. Algumas placas de deslizamento de bombas de pistão axial têm a 
capacidade de inverter o ângulo de trabalho. Isto faz com que volumes crescentes e 
decrescentes sejam gerados nos orifícios opostos. Há reversão de fluxo através da 
bomba. 
Figura 42 Ilustrações de uma bomba de pistão axial reversível – ―Parker training‖ 
 
Na ilustração da bomba de pistão axial reversível, pode-se ver que os orifícios A 
e B podem ser tanto um orifício de entrada como de saída, dependendo do ângulo da 
placa de deslizamento. Isso acontece com o tambor do cilindro girando na mesma 
direcção. As bombas de pistão axial reversíveis são geralmente usadas em 
transmissões hidrostáticas. 
As bombas de pistão axial podem ser de deslocamento variável, de pressão 
compensada ou de deslocamento variável e reversível. Estas combinações também 
estão disponíveis com as bombas de pistão de projecto radial e de eixo inclinado. 
 
Eficiência volumétrica 
Enquanto gira a uma velocidade constante, nós geralmente imaginamos que 
uma bomba de deslocamento positivo libere uma taxa de fluxo constante, seja qual for 
o sistema de pressão. Isto não é inteiramente verdadeiro. Quando aumenta a pressão 
do sistema, aumenta o vazamento interno dos vários mecanismos de bombeamento. 
Isto resulta num fluxo de saída menor. O grau em que isso acontece é conhecido como 
eficiência volumétrica. 
 
A expressão que descreve a eficiência volumétrica é: 
 
Por exemplo, se uma bomba específica tivesse uma saída teórica de 40 
litros/min a 1.200 rpm, mais uma saída real de 36 litros/min a 70 kgf/cm2, a eficiência 
volumétrica seria de 90%. 
Tipicamente, as bombas de pistão têm uma eficiência volumétrica inicial que 
alcança 90%. Os equipamentos de palheta e engrenagem têm uma eficiência 
volumétrica que varia de 85% a 95%. 
 
Bombas de pistões radiais 
Neste tipo de bomba, o conjunto gira em um pivô estacionário por dentro de um 
anel ou rotor. 
Conforme vai girando, a força centrífuga faz com que os pistões sigam o controle 
do anel, que é excêntrico em relação ao bloco de cilindros. 
Quando os pistões começam o movimento alternado dentro de seus furos, os 
pórticos localizados no pivô permitem que os pistões puxem o fluido do pórtico de 
entrada quando estes se movem para fora, e descarregam o fluido no pórtico de saída 
quando os pistões são forçados pelo contorno do anel, em direcção ao pivô. 
O deslocamento de fluido depende do tamanho e do número de pistões no 
conjunto, bem como do curso dos mesmos. Existem modelos em que o deslocamento 
de fluido pode variar, modificando-se o anel para aumentar ou diminuir o curso dos 
pistões. Existem, ainda, controles externos para esse fim. 
 
 
Figura 43 Operação de uma bomba de pistões radiais – ―Parker training‖ 
 
Bombas de lóbulos 
 
 
Figura 44 Bomba de lóbulos – ―www.seltov.com.br‖ 
 
As bombas de lóbulos são desenvolvidas especialmente para indústria em geral 
que necessite um bombeamento tanto para fluídos líquidos como viscosos seguindo as 
mais severas normas de higiene e de limpeza e que não agite o produto, não correndo 
o risco de alterar a característica do mesmo. 
O sistema de bombeamento é composto por dois rotores que giram sem atrito e 
em baixas velocidades, permitindo até mesmo a utilização com produtos que tenham 
sólidos em suspensão. 
 
Principio de funcionamento 
Ao girar os lóbulos, cria-se um espaço no lado da sucção, onde o produto entra 
enchendo a câmara de bombeamento. 
Por meio da rotação dos eixos, oslóbulos girando em sentidos opostos 
conduzem o produto para o lado do recalque. 
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1.6 RECOMENDAÇÕES DA CONVENÇÃO SOLAS SOBRE BOMBAS 
Uma vez que o corpo da bomba esteja totalmente preenchido pelo fluido, 
completa-se a acção do bombeamento que se torna contínuo e assim chamado 
accionamento positivo. 
Chama-se accionamento positivo, pois a baixa rotação aplicada nos rotores 
(lóbulos) empurra o produto sem amassar partículas em suspensão, e sem a agitação 
de bombas centrífugas convencionais. 
 
 
 
Figura 45 Funcionamento de uma bomba de lóbulos www.seltov.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
Regra 21 Dispositivos de bombeamento para esgoto dos porões 
1.2 As bombas sanitárias, as de lastro e as de serviço geral podem ser 
consideradas como bombas de esgoto independentes, accionadas por suas próprias 
fontes de energia, se estiverem dotadas das conexões necessárias com a rede de 
esgoto. 
1.3 Todas as canalizações da rede de esgoto dos porões, que atravessem ou 
passem por baixo de carvoeiras ou de tanques de óleo combustível ou que atravessem 
praças de máquinas ou de caldeiras, inclusive compartimentos onde estão situados 
tanques de sedimentação de óleo ou bombas de óleo combustível, devem ser de aço 
ou de outro material conveniente ao caso. 
2.2 No mínimo três bombas, accionadas por uma fonte de energia e conectadas 
ao coletor principal de esgoto, uma das quais podendo ser movimentada pela máquina 
propulsora, deverão estar instaladas a bordo desses navios. Quando o Critério for 30 
ou mais, deverá haver, a bordo, uma bomba independente adicional provida de fonte 
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de energia independente. 
2.3 Sempre que possível, as bombas de esgoto dos porões, accionadas por 
uma fonte de energia, deverão ser colocadas em compartimentos estanques separados 
e de maneira tal que uma mesma avaria não venha a alagar esses compartimentos. Se 
a máquina propulsora, as máquinas auxiliares e as caldeiras estiverem instaladas em 
dois ou mais compartimentos estanques, as bombas, disponíveis para o serviço de 
esgoto dos porões, deverão, tanto quanto possível, ser distribuídas por esses diversos 
compartimentos. 
2.4 Nos navios de comprimento igual ou superior a 91,5 m ou cujo Critério seja 
igual ou superior a 30 todas as medidas necessárias deverão ser tomadas para que 
pelo menos uma das bombas de esgoto movidas por uma fonte de energia possa ser 
utilizada normalmente, caso o navio venha a ser alagado no mar. 
 
Este requisito será considerado como satisfatório, se: 
.1 uma das bombas exigidas for uma bomba de emergência de um tipo 
submersível, aprovado, tendo sua fonte de energia situada em local acima do convés 
das anteparas; ou se 
.2 as bombas e suas fontes de energia forem de tal maneira dispostas ao longo 
do comprimento do navio que uma bomba, pelo menos, situada num compartimento 
não avariado, possa ser utilizada. 
2.5 Cada bomba de esgoto exigida, com excepção das bombas suplementares 
que poderão ser providas somente para os compartimentos de colisão, deverá ser 
instalada de maneira tal que poderá aspirar água de um compartimento qualquer cujo 
esgoto é exigido nos termos do parágrafo 1.1. 
2.6 Cada bomba de esgoto movida por fonte de energia, deverá ser capaz de 
bombear a água através do colector principal de esgoto dos porões numa velocidade, 
no mínimo, de 2 m/s. As bombas de esgoto dos porões, independentes, accionadas por 
fonte de energia e situadas no compartimento de máquinas, deverão aspirar 
directamente desses compartimentos, ressalvando-se que não poderão ser exigidas 
mais de duas aspirações para qualquer um desses compartimentos. Quando existirem 
duas ou mais dessas aspirações, dever-se-á prover a instalação, pelo menos, de uma 
aspiração em cada bordo do costado do navio. A Administração poderá exigir que as 
bombas de esgoto independentes, accionadas por fonte de energia, e situadas em 
outros compartimentos, tenham aspirações directas separadas. As aspirações directas 
deverão ser convenientemente dispostas e as que estiverem situadas num 
compartimento de máquinas deverão ser de diâmetro não menor do que é exigido para 
o colector principal de aspiração. 
2.7.1 No compartimento de máquinas, além da aspiração ou das aspirações 
directas, exigidas pelo parágrafo 2.6, deverá haver uma aspiração directa da bomba de 
circulação principal para drenar o compartimento de máquinas e dotada de válvula de 
retenção. O diâmetro dessa canalização de aspiração directa deverá ser pelo menos 
igual a dois terços do diâmetro da canalização de aspiração da bomba, no caso dos 
navios a vapor, e igual ao da canalização de aspiração da bomba, no caso dos navios 
a motor. 
2.7.2 Se, na opinião da Administração, a bomba principal de circulação não for 
adequada a tal propósito, uma canalização, para aspiração directa de esgoto de 
emergência deve ser ligada à maior das bombas independentes accionadas por fonte 
de energia e aspirando da praça de máquinas; a canalização em causa deve ter o 
mesmo diâmetro que o da admissão da bomba de esgoto utilizada. A capacidade 
dessa bomba deverá exceder à da bomba de esgoto de uma quantidade julgada 
satisfatória pela Administração. 
2.8 As aspirações da rede de esgoto dos porões, até suas ligações com as 
bombas, deverão ser independentes as outras redes do navio. 
2.11 Caixas de distribuição, torneiras e válvulas pertencentes ao sistema de 
esgoto devem estar dispostas de maneira tal que, em caso de alagamento, uma das 
bombas de esgoto possa fazer o esgoto de qualquer compartimento; além disso, a 
avaria em uma bomba ou na sua canalização de conexão ao colectar principal, quando 
ocorrida a uma distância do costado inferior a um quinto da boca do navio, não deverá 
pôr fora de acção o referido sistema. Se existir somente uma rede de canalizações 
comum a todas as bombas em causa, as válvulas, necessárias para controlar as 
aspirações, deverão poder ser comandadas de local situado acima do convés das 
anteparas. Se além da rede principal de esgoto, existir uma rede de emergência, 
deverá a mesma ser independente da referida rede principal e estar disposta de 
maneira tal que uma dessas bombas seja capaz de esgotar, em qualquer condição, 
qualquer compartimento, que esteja alagado, como especificado no parágrafo 2.1; em 
tal caso, somente as válvulas, necessárias para a operação da rede de esgoto de 
emergência, têm que poder ser manobradas de local acima do convés das anteparas. 
Regra 32 - Caldeiras de vapor e sistemas de alimentação das caldeiras 
4 Todo sistema gerador de vapor que preste serviços essenciais à segurança do 
navio, ou que possa vir a se tornar perigoso no caso de falha de suprimento de água de 
alimentação, deverá estar provido de não menos do que dois sistemas de alimentação 
separados, incluindo as bombas de alimentação, observando-se que uma só entrada no 
tubarão de vapor é aceitável. Quando o excesso de pressão não for evitado pelas próprias 
características das bombas de alimentação, deverão existir meios para evitar excesso de 
pressão em qualquer parte desses sistemas. 
 
Regra 39 - Localização de instalações de emergência em navios de passageiros Fontes de 
energia de emergência, bombas de incêndio, bombas de esgoto dos porões, executando-se aquelas 
que especificamente servem a espaços a vante da antepara de colisão, qualquer sistema fixo de 
extinção de incêndio exigido pelo capítulo II-2 e outras instalações de emergência essenciais à 
segurança do navio, exceptuada a máquina de suspender, não deverão ser instaladas a vante da antepara 
de colisão.

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