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Fundamentos da Estética

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RESUMO DA UNIDADE 
 
O trabalho aborda o problema da relação que mantém a consciência estética 
individual com a estética objetivamente existente, declarando que há três problemas 
a serem abordados nesse ambiente: 1) se a estética existe fora da consciência 
individual; 2) qual determina qual deles, a consciência estética individual à 
consciência social ou vice-versa, e 3) se há identidade entre a consciência estética 
individual e a consciência estética social. Além disso, falaremos sobre o problema da 
proposta estética, que faz com que toda a filosofia seja abordada. Além disso, 
trataremos a respeito da Introdução à Estética, seu estudo, habilidades e 
competências aplicadas à Biomedicina Estética. Trataremos sobre o Estudo das 
Ações para Prevenção, Minimização ou Eliminação de Riscos Inerentes ao 
Desenvolvimento de Atividades em Estética. Além disso, veremos como a captura 
da beleza na realidade, sua produção na arte e todos os processos relacionados à 
beleza (em geral, com a estética) estão entrelaçados com a faculdade da 
sensibilidade. 
 
Palavras- chave: Estética; Biomedicina; Fundamentos da beleza. 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1 
SUMÁRIO .................................................................................................................................2 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO À ESTÉTICA ..................................................................6 
1.1 ESTUDO DO PAPEL E EXERCÍCIO PROFISSIONAL E HABILIDADES E 
COMPETÊNCIAS APLICADAS À BIOMEDICINA ESTÉTICA.........................................6 
1.2 BIOSSEGURANÇA APLICADA: ESTUDO DAS AÇÕES PARA 
PREVENÇÃO, MINIMIZAÇÃO OU ELIMINAÇÃO DE RISCOS INERENTES AO 
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM ESTÉTICA .............................................. 15 
CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO .................................................................................. 21 
QUESTÕES DE CONCURSO ............................................................................................ 21 
CAPÍTULO 2 - FARMACOLOGIA APLICADA ............................................................ 26 
2.1 ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DE FORMULAÇÕES E AÇÃO DE 
PRODUTOS COSMÉTICOS DESTINADOS AO EMPREGO EM PELE E CABELOS .. 
 ................................................................................................................................... 26 
2.2 RISCOS ENVOLVIDOS NA UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS ...................... 34 
CAPÍTULO 2 – RECAPITULANDO .................................................................................. 40 
QUESTÕES DE CONCURSOS ......................................................................................... 40 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE ...................................... 41 
CAPÍTULO 3 - AVALIAÇÃO E CONSULTA ESTÉTICA............................................ 45 
3.1 ANAMNESE CORPORAL E FACIAL E ANÁLISE DAS DISFUNÇÕES 
ESTÉTICAS (DERMATO-FISIOLÓGICAS) ...................................................................... 45 
3.2 CLASSIFICAÇÃO DA PELE................................................................................. 53 
3.3 DERMATOSCÓPIO ............................................................................................... 61 
CAPÍTULO 3 – RECAPITULANDO .................................................................................. 62 
QUESTÕES DE CONCURSOS ......................................................................................... 62 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 66 
FECHANDO A UNIDADE ................................................................................................... 67 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 70 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
A estética é definida como uma teoria filosófica da beleza formal e que pode 
despertar no ser humano o interesse de se cuidar, e pertence ao raciocínio lógico do 
homem e aos princípios fundamentais da humanidade, que se exalta quando l igado 
a estes princípios. A estética é contrária a tudo que afeta negativamente os valores 
fundamentais do homem e da humanidade. 
A estética é um ramo da filosofia que se caracteriza por estudar como o ser 
humano decifra o conhecimento sensível, a partir da essência e da percepção, 
daquilo que chamamos de beleza. Da mesma forma, a estética também está 
relacionada aos estudos de arte, e é por isso que muitos se referem a ela como a 
filosofia da arte. 
A estética envolve subjetividade porque está relacionada às percepções 
sensoriais que cada indivíduo experimenta ao observar a natureza, um trabalho ou 
objeto. Além disso, os interesses em identificar e explorar o que é a estética 
surgiram há mais de 2500 anos atrás, quando o homem estava em causa assimilar a 
ideia do que são juízos estéticos e de valor distinguem do que é considerado belo, 
sublime, harmonioso, feio ou desagradável, tanto na natureza quanto nos objetos. 
A palavra estética deriva do grego aisthetikê, que significa "sensação", 
"percepção", e que vem do substantivo aisthesis, "sensibilidade". Assim, o estudo da 
estética está relacionado a sensação e percepção que cada indivíduo desenvolve e 
são utilizados em determinadas situações, por exemplo, quando contempla a 
natureza, um objeto, trabalho ou ser vivo. 
Isso torna a sua definição complexa, já que seu objetivo é analisar a estética a 
partir de nossos raciocínios, experiências e julgamentos pessoais, condicionados 
pela maneira como apreciamos o que nos rodeia. Julgamentos estéticos e 
experiências estéticas vão além do desenvolvimento de uma ideia ou conceito de 
beleza sobre a natureza ou objetos. Essas reflexões baseiam-se em percepções 
sensoriais e conhecimentos prévios, que permitem destacar as características que, 
de acordo com cada indivíduo, destacam se é belo, elegante, feio ou grotesco. 
Isto é, a subjetividade está envolvida, portanto, o que é estético para uma 
pessoa, pode não ser assim para outra. Mesmo que se refira a um momento 
 
 
 
 
particular da história, podemos ver como certos movimentos artísticos têm 
respondido a uma série de características de uma era de necessidades expressivas, 
então a estética é variante, uma vez que é adaptável e tem a capacidade de evoluir 
através do tempo. 
Nesse sentido, a estética é um ramo da filosofia que estuda o conhecimento do 
sensível, bem como a arte, a origem de sua manifestação e suas qualidades, 
incluindo suas variações. Constitui uma lista de valores estéticos que estabelecem a 
percepção da beleza ou do inestético. 
Da mesma forma, a estética também pode ser entendida mais amplamente e 
pode ser estudada como a percepção da arte através da experiência sensorial. 
Estudos sobre estética têm sido realizados desde a Grécia antiga, época em 
que a palavra estética não existia como tal, entretanto, já existia a ideia de 'amor à 
beleza' desenvolvida por diversos pensadores. Para Platão, a ideia de beleza é 
ampla e inclui físico, moral, conhecimento, atitudes, entre outros. Para este filósofo, 
a beleza é uma ideia eterna, intangível e imutável, que só pode ser entendida a 
partir da alma, e isso se reflete na capacidade do ser humano de criar objetos. 
Aristóteles, por outro lado, que seguiu a posição de Platão, supôs que o que era 
considerado belo deveria ter uma simetria e uma composição ordenada, até mesmo, 
racional. A beleza pode gerar prazer, embora nem tudo seja bom ou agradável. Da 
mesma forma, a beleza só pode ser entendida em relação a sua oposição, a 
fealdade. 
Mais tarde, na Idade Média, a estética estava relacionadaà arte, 
especialmente à arte religiosa, cuja função era expor as revelações cristãs. Nesse 
sentido, os artistas se esforçam para interpretar através de suas obras o que era 
considerado estético na época, ou seja, a beleza divina e moral. Existiram vários 
pensadores e religiosos que se concentraram no tema da estética durante a Idade 
Média. Por exemplo, o teólogo e escritor Orígenes assumiu que a arte vinha de 
Deus e era considerada uma beleza suprema, portanto, buscar e seguir a Deus era 
estético. 
Deste modo, Santo Agostinho de Hipona, por exemplo, de uma posição em 
direção à teologia estética, expôs que a beleza moral supera a beleza sensível, ou 
 
 
 
 
seja, a beleza é composta da harmonia dos elementos que tornam a beleza física 
algo divino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO À ESTÉTICA 
 
1.1 ESTUDO DO PAPEL E EXERCÍCIO PROFISSIONAL E HABILIDADES E 
COMPETÊNCIAS APLICADAS À BIOMEDICINA ESTÉTICA 
 
Quando nos referimos ao papel e exercício profissional, habilidades e 
competências dos biomédicos, destacamos que estes coletam e analisam amostras 
médicas, por exemplo, sangue e tecidos, para ajudar os médicos a diagnosticar, 
tratar e controlar doenças. Eles trabalham em laboratórios, usando máquinas 
automáticas de teste, microscópios, computadores e outros tipos de equipamentos 
especializados. 
Sem a Biomedicina, os médicos não seriam capazes de identificar e decidir a 
melhor maneira de tratar doenças graves e às vezes fatais, como diabetes, câncer e 
AIDS. Eles analisam as amostras coletadas durante os exames de saúde, 
programas de triagem, doação de sangue e serviços de cirurgia. Além disso, eles 
estudam amostras de tecido colhidas durante as autópsias. 
 
Existem especialistas biomédicos em áreas biomédicas específicas, tais como: 
Química Clínica - Análise de amostras de sangue, por exemplo, para identificar 
diabetes. Esta área inclui a análise do funcionamento de órgãos, como os rins e o 
fígado. 
Transfusão - Identificação de grupos sanguíneos para doação de sangue, para 
garantir que ele corresponda ao mesmo grupo do paciente e para garantir que haja 
sangue suficiente no hospital para cobrir situações de emergência, como acidentes 
de trânsito. 
Hematologia - Estudo de sangue e células sanguíneas, para ajudar a 
diagnosticar doenças como leucemia e anemia. 
Histologia - Estudo de amostras de tecido ao microscópio, por exemplo, para o 
diagnóstico de câncer. 
Microbiologia Médica - Estudo de microrganismos, bactérias e fungos que 
podem causar doenças. Envolve também a investigação de tratamentos com 
antibióticos. 
 
 
 
 
Existem outros especialistas biomédicos em áreas como virologia, imunologia e 
citologia (principalmente esfregaços cervicais). 
Especialistas biomédicos expõem os resultados de seus experimentos e, 
muitas vezes, o fazem em equipe. Para ser biomédico, é preciso: 
• Um grande conhecimento científico. 
• A capacidade de usar equipamentos sofisticados de laboratório. 
• Conhecimento de informática 
• Capacidade organizacional para executar várias investigações ao mesmo 
tempo e gerenciar quantidades importantes de dados. 
• Habilidades de comunicação e trabalho em equipe para aconselhar 
médicos e pessoal de apoio médico. 
• Paciência, concentração, perfeccionismo e foco no seu trabalho com 
profundidade. 
No entanto, surgiu uma nova possibilidade de atuação de tão nobre profissão: 
a Biomedicina Estética. Definimos essa profissão como a prática médico-cirúrgica, 
que aplica as técnicas necessárias para restauração, manutenção e promoção da 
estética, saúde e bem-estar. 
De acordo com Borges (2006), a Medicina Estética é uma atividade médica 
especializada, que atende aos três critérios que definem uma especialidade médica: 
objetivo unificado, existência de base científica e técnica e demanda social. 
Objetivo: restauração, manutenção e promoção da estética, saúde e bem-
estar. 
A estética é o corpo de uma doutrina sólida, endossado pela existência de 
tratados, monografias e periódicos dedicados exclusivamente à Medicina Estética. 
Demanda social: a resposta a essa demanda (inerente à melhoria do bem-
estar social), é refletida no grande número de médicos que exercem atividade e da 
existência de sociedades profissionais de Medicina Estética, no desempenho 
nacional e internacional, congressos, reuniões e atividades científicas específicas. 
(DOLABELA, 1999) 
Desde os tempos antigos, e com mais ou menos variantes de acordo com 
épocas e países, técnicas têm sido aplicadas para a manutenção e promoção da 
estética e das belezas feminina e masculina. Durante as primeiras décadas do 
 
 
 
 
século XX, uma série de fatores se combinam para formar um corpo de doutrina 
médica do conhecimento e à tarefa relacionada à estética e à beleza. Eles são, entre 
outros: 
O fato de muitas especialidades médicas não tratarem as queixas estéticas. As 
técnicas relacionadas à estética estão se tornando cada vez mais complicadas e 
exigem conhecimento, tanto de sua base técnica, quanto de sua aplicação clínica, 
que só pode ser apropriadamente possuída por um Bacharel em Medicina. A 
elevação do padrão de vida, que faz com que grande parte da população solicite 
cuidados estéticos, exigindo principalmente profissionais qualificados. (DOLABELA, 
1999) 
O aumento da longevidade fornece uma base clínica de enorme importância, 
aumentando o número de pessoas afetadas pela patologia estética. A 
responsabilidade legal pelas ações realizadas, dado o grau de tecnicidade da 
Medicina Estética, só pode ser assumida por um médico estético. A Medicina 
Estética não reivindica a exclusividade do tratamento destas condições, mas o fato 
de que os profissionais que praticam têm a formação necessária para concentrar o 
tratamento de uma visão médico-estética holística, considerando tanto a cura ou 
melhora do processo, como dar atenção especial aos aspectos estéticos que a 
evolução do processo e seu tratamento implicam. 
Para o biomédico é possível estudar os assuntos supracitados: 
• Prevenção e tratamento do envelhecimento da pele. 
• Prevenção e tratamento do fotoenvelhecimento. 
• Tratamentos médico-estéticos e cosméticos da pele (facial e corporal). 
• Tratamentos médico-estéticos e cosméticos de cabelos e unhas. 
• Depressões e rugas de expressão. 
• Tratamentos médico-estéticos dos lábios e anexos. 
• Estrias cutâneas. 
• Flacidez da pele. 
• Prevenção e tratamento de alterações na pigmentação da pele. 
• Alterações estéticas secundárias a patologias infecciosas e/ou 
imunológicas. 
• Cicatrizes inestéticas e queloidianas: secundárias, hipertróficas. 
 
 
 
 
• Hiperidrose. 
• Patologia capilar: hipertricose, hirsutismo. 
• Tratamento médico-estético de alopécia genética ou adquirida (parcial ou 
universal). 
• Alterações cutâneas circulatórias: telangiectasias, couperose, 
hemangiomas. 
• Lesões benignas da pele. 
• Tatuagens. 
De acordo com Wolff (2006), é possível destacar a respeito de um dos 
elementos mais importantes nesta área, a beleza. A beleza está nos olhos de quem 
vê. Ou pelo menos assim disse Francis Bacon, famoso filósofo e pioneiro do método 
científico. Mas o que realmente sabemos sobre esse sentimento avassalador? A 
beleza é muito subjetiva e, portanto, presume-se que é incurável pela ciência, mas 
algumas de suas propriedades é seguir regras simples. Os filósofos têm sempre que 
assumir o senso de beleza, que é um tratamento especial. No entanto, nossa análise 
mostra que o senso de beleza pode ser simplesmente um prazer muito intenso, o 
que de outra forma não seria especial. 
A estética é um termo que foi originalmente cunhado pelo filósofo alemão 
Alexander Baumgarten, que definiu como que "pertencente à beleza ou a apreciação 
do mesmo". Uma ideia que, segundo os pesquisadores, está relacionada a idéias da 
psicologiacognitiva e da neurociência. O termo estética é usado para falar sobre a 
percepção, produção e respostas à arte, bem como interações com objetos e cenas 
que evocam sentimentos fortes. 
Uma perspectiva que, desta vez, dá origem a estudos empíricos sobre beleza. 
O estudo da estética do ponto de vista científico surgiu da mão da psicologia. 
Algumas reflexões que começaram com Platão, continuaram com Kant e chegaram 
aos nossos dias através da pena de autores como Oscar Wilde. E daí um passo 
para a ciência. Neste sentido, dizem os autores do artigo que, o estudo empírico da 
beleza tem sido abordado principalmente a partir de duas perspectivas: entender o 
que faz a arte bonita e ver o que acontece em nossas mentes quando nós 
apreciamos a beleza. (WOLFF, 2006). 
 
 
 
 
A ciência começou a estudar a arte para entender o que caracteriza a beleza. 
Deste ponto de vista, diferentes estudos sobre o assunto mostraram que existem 
certas qualidades dos objetos que podem contribuir para o seu valor estético. Este é 
o caso, por exemplo, da simetria ou do que entrou na mídia. Essa seria a razão pela 
qual, segundo alguns pesquisadores, uma pessoa acha mais atraente um rosto 
simétrico e sem qualquer característica que seja diferente da média. 
Do mesmo modo, de acordo com algumas investigações sobre o assunto, 
também realça que são mais propensos a apreciar composições nas quais as curvas 
mestras acima ângulos retos ou uma representação matemática de proporções 
refletem na natureza e na arte. 
Segundo Dolabela (2000), alguns estudos realizados sob a perspectiva da 
psicologia evolucionista, a apreciação da beleza poderia estar relacionada à 
evolução como espécie humana. Isso poderia explicar por que a representação de 
um corpo curvilíneo pode parecer mais atraente, dada a relação desses atributos 
com a fertilidade. Da mesma forma, o fato de que uma paisagem exuberante é 
preferível a um deserto, poderia ser devido à escolha de um habitat mais acolhedor 
para a vida. 
Uma das conclusões mais interessantes alcançadas a partir dessa perspectiva 
é que um objeto é mais bonito quando mais simples. Diferentes estudos sobre o 
processo de recepção da arte concluíram que os objetos eram percebidos de 
maneira mais agradável quando eram mais simples de processar. Estudos sobre a 
atividade cerebral mostraram que a beleza se reflete em um dos centros de prazer 
do cérebro, localizado no córtex orbitofrontal. Uma reação que, ao contrário do que 
alguns filósofos apontaram, ocorre em questão de milésimos de segundo. (ZORZI, 
1999) 
Nesse sentido, os pesquisadores apontam para uma possível explicação sobre 
por que a beleza e a arte podem ser viciantes. No momento em que uma 
experiência estética produz uma reação positiva em nosso cérebro, existirá ainda 
mais estímulos que produzirão uma sensação semelhante. Daí a busca pela beleza 
em nossa vida cotidiana. Um processo que, de acordo com os autores, condiciona a 
maneira como nos vestimos para o lugar que escolhemos para sair de férias. Tudo é 
pelo prazer que a beleza nos dá. 
 
 
 
 
De acordo com Wolff (2006), o conceito de "valor estético" refere-se ao valor do 
que faz com que um objeto seja uma "obra de arte". A natureza exata desse valor é 
um grande tema de debate entre os filósofos discutidos. Quando no estudo da 
estética, levando em consideração o estudo do conceito de beleza, é forçado a notar 
a escala de valores existentes em suas manifestações, essa escala de valores leva 
em conta a manifestação do belo a partir da perfeição de suas qualidades estéticas. 
Usando o senso comum, distinguimos esses graus de beleza e seus conceitos 
relacionados: 
- O engraçado 
- A grande coisa 
- O elegante 
- O sublime 
- O ridículo 
- O trágico 
Os grupos estéticos, todos estes sob um conceito geral, que nos dá o resultado 
de produzir por mera contemplação um deleite. Todos estes a partir da categoria de 
beleza podem ser comparados e graduados com base neste conceito concreto à 
natureza da estética e beleza. (DOLABELA, 1999) 
Uma distinção deve ser feita entre questões de gosto e questões de valores 
estéticos. Para comparar novamente com os outros dois transcendentais, pode-se 
também preferir alguns males morais a alguns bens morais ou falsidades sobre as 
verdades. Mas as preferências não mudam os valores objetivos. 
Portanto, acredita-se que é possível pensar que um belo objeto não é belo 
porque é insensível à beleza. Acredita-se também que é possível desfrutar de algo 
menos belo para algo mais belo, porque as paixões nem sempre correm de acordo 
com a razão. Em última análise, diria o seguinte: 
1. Verdade, bondade e beleza são eternas e essencialmente atribuídas a Deus. 
2. Se a beleza é algo ou uma realidade objetiva, que difere em sua realidade é 
uma realidade subjetiva. 
3. Se beleza é essencialmente o mesmo que verdade e bondade, elas não 
podem diferir em sua realidade fundamental. 
4. Portanto, a beleza é uma realidade objetiva. 
 
 
 
 
A beleza não é uma qualidade das coisas em si, mas existe apenas na mente 
do observador, de modo que cada mente percebe uma beleza diferente. Não há 
impressões de beleza. A busca pela verdadeira beleza seria necessariamente 
infrutífera. Nesse sentido, o ditado popular estabeleceu a inutilidade de discutir os 
gostos, um axioma que temos de estender, tanto ao gosto da mente, como do corpo, 
reconciliando a filosofia com o senso comum. (DOLABELA, 1999) 
No entanto, existe uma espécie de senso comum que se opõe a essa 
concepção e quebra o princípio da igualdade natural dos gostos, à luz da 
comparação de objetos muito desproporcionais. O que chamamos de "belo" 
responde a uma preferência compartilhada de indivíduos, isto é, deriva de uma 
concordância sistemática ou pelo menos geral na inclinação por alguma coisa. Há, 
em face do subjetivismo exacerbado, uma certa objetividade, certas regras gerais de 
aprovação ou censura em relação ao gosto estético que pode ser obtido a partir da 
experiência, a observação geral do que agrada universalmente aos homens e, 
portanto, a possibilidade de julgamento crítico. 
O corpo condicionou a estética ao longo da história e em diferentes culturas. 
Não é novidade em nossa sociedade que mais importância é dada ao corpo da 
mulher do que do homem. Enquanto o homem está relacionado à força, vigor e 
poder, as mulheres estão associadas à beleza, à atratividade sexual e à 
sensibilidade. Pode ser rastreada até a própria existência da humanidade como uma 
de suas qualidades mentais. 
A beleza é encontrada em obras de filósofos gregos do período pré-socrático, 
como Pitágoras. A escola pitagórica via uma importante conexão entre matemática e 
beleza. Em particular, eles notaram que os objetos que possuem simetria são mais 
marcantes. Nos diferentes estágios da história, diferentes cânones de beleza foram 
impostos, e muitos homens e mulheres foram forçados a seguí-los e cumprí-los. Em 
alguns casos, adaptar-se a esse padrão de beleza tem sido e é um risco para a 
saúde. (WOLFF, 2006) 
Não há nada na natureza que possa ser descrito como feio. A fealdade não é 
uma propriedade da natureza, mas da cultura. Isso significa que a beleza e a 
fealdade são relativas como modas, costumes, novidades, estilos, gostos, costumes 
e manias. Trata-se de costumes, novidades, estilos, gostos e manias definidos e não 
 
 
 
 
há nada na natureza que possa ser descrito como feio. A fealdade não é uma 
propriedade da natureza, mas da cultura. Isto significa que beleza e feiura são 
modas relativas, fantasias, novos produtos, estilos, gostos, hábitos e hobbies. 
Gostos, passatempos definidos. 
Existe alguma coisa no universo que não seja bonito? Algo que não tem nada 
de bonito nisso? Em um universo de coisas e seres limitados e, portanto, inevitável e 
necessariamente defeituoso, a feiura pode ser considerada como um estigma 
desprovido de valor? 
O que qualificamoscomo "feio", a que nível ou dimensão da realidade ele se 
refere? Que profundidade de ser pode interessar e afetar a "cultura" da beleza 
erigida no Ocidente? A beleza e a fealdade são dados empíricos? Isto é, o que 
repugna nossos gostos particulares pode ser estabelecido como um critério do feio? 
Os dois termos dessa relação singular e concreta constituem uma totalidade ou 
estrutura peculiar que chamaremos de situação estética. Como em qualquer 
estrutura, seus elementos, assim como a totalidade da qual eles fazem parte, só 
existem em sua unidade e dependência, eles só existem em sua mútua unidade e 
dependência. Para que um objeto exista esteticamente, ele deve estar relacionado 
com um sujeito específico e singular que usa, consome ou contempla de acordo com 
sua própria natureza: estética. (WOLFF, 2006) 
Portanto, enquanto não é consumido ou contemplado, é apenas 
potencialmente estético. O sujeito, por sua vez, só se comporta esteticamente 
quando entra na relação adequada com o objeto. O objeto precisa que o sujeito 
exista, da mesma forma que o sujeito precisa que o objeto esteja em um estado 
estético. A situação estética é condicionada por vários fatores. 
Podemos falar de fatores objetivos quando necessariamente devem ocorrer no 
objeto, para que o sujeito possa estabelecer uma relação estética com ele, e de 
fatores subjetivos, quando constituírem condições necessárias para que o sujeito 
entre nessa relação com o objeto correspondente. 
Sobre o subjetivismo e o objetivismo dos valores estéticos, devemos destacar 
que: 
Objetivismo: 
 
 
 
 
É a objetividade dos valores estéticos, e podemos admirar um trabalho artístico 
que não pertence a nossa cultura ou gosto estético da sociedade em que vivemos. 
Podemos admirar a arte grega, hindu ou africana; Vênus de Milo ou o Mosteiro do 
Escorial, pinturas de Goya, não perderam seu valor estético, embora o gosto da 
época mudou. Pelo contrário, hoje olhamos com grande admiração do que no 
momento em que foram criados. Aqui está um teste do espiritual e imortal na arte, e 
através deles podemos nos comunicar bem e falar com outros tempos e outras 
preocupações da alma humana. (GUIRRO, 2002) 
Deste modo, o Modernismo surge na concepção subjetiva de valores, 
revisitando alguma tese aristotélica. Por fim, a estética é a manifestação externa de 
um sentimento, a ética, o fundamento racional dos sentimentos. A ética se manifesta 
através da estética. A estética é ou pode estar mudando, seus valores e apreciações 
são subjetivos e variam de acordo com a percepção do momento e contexto 
histórico do indivíduo, a ética permanece como um valor da humanidade. As 
manifestações artísticas que transmitem apenas uma forma seriam apenas 
estéticas. 
De acordo com (Guirro, 2002), a ética, fica evidente que o artista quer, por 
meio da estética, dar forma a um sentimento, ou sentir e transmitir a beleza por meio 
de uma imagem ou outro tipo de manifestação dela. É inegável que a mani festação 
estética é uma consequência da necessidade de expressar e transmitir um 
sentimento, um pensamento ou ambos. Entretanto, a escala de valores próprios da 
arte, como eu a entendo, está colocando a estética a serviço da ética, isto é, do 
sentimento ou, como o fundamento dos sentimentos; a estética pode ser válida por 
si mesma, algo é belo e, possivelmente, isso é suficiente, mas se essa "coisa bonita" 
é baseada em uma ideia, pensamento, sentimento ou filosofia, a força que ela 
adquire é incomparável. 
Além disso, os valores têm polaridade, isto é, podem ser positivos ou 
negativos, e também hierarquia, em que há mais e menos ou, sob outro ponto de 
vista, alguns são mais importantes que outros. Podemos citar como exemplo, que se 
alguém tem honestidade como um valor, dizemos que ele quer ser honesto, não em 
relação a outra coisa, mas a si mesmo. Este seria um exemplo do que consideramos 
 
 
 
 
um valor positivo, que não seria o último ou o mais alto, se essa pessoa ao mesmo 
tempo considerar que deixaria de ser honrada se salvasse a vida de alguém. 
Deste modo, chamamos valores de qualidades aqueles que possuem coisas e 
ações e comportamentos humanos que os tornam estimáveis e desejáveis por si 
mesmos e não em relação a outra coisa. Nesse sentido, diremos que eles são 
desejados como um fim e não instrumentalmente como meio. 
Logo, a Biomedicina Estética está bem ciente da evidência científica em suas 
técnicas e métodos usados para aplicar tratamentos médico-estéticos faciais e 
corporais. É baseada em um conhecimento profundo da derme e os seus anexos, 
bem como o metabolismo geral do corpo e as causas envolvidas no envelhecimento 
da pele. 
Como vimos, é responsável tanto para a saúde, como para o bem-estar e a 
beleza do paciente. Através dos seus tratamentos de saúde, promove a recuperação 
do tecido danificado, vê o corpo como um todo e tratando-o como um todo, para se 
obter os melhores resultados, dependendo das particularidades de cada paciente. 
(PEYREFITTE, 1998) 
Não podemos tratar apenas os defeitos que apresentam uma pessoa, 
independentemente do seu estado de saúde, vai determinar a eficácia ou não, da 
técnica médico-estética realizada. Cada pessoa é única na complexidade do seu 
corpo e as causas que produzem ou acentuam o envelhecimento da pele nem 
sempre são as mesmas para todos. 
Por fim, uma avaliação correta do funcionamento geral do corpo permite ao 
médico entender a fonte para consulta e, portanto, escolher o melhor tratamento 
médico-estético externo ou completá-lo com outras terapias internas (suplementação 
com vitaminas e minerais, oligoelementos, fitoterapia, etc), a fim de fornecer, se 
necessário, todos os recursos que o corpo precisa para ser restaurado e promover a 
longevidade saudável. (PEYREFITTE, 1998) 
 
1.2 BIOSSEGURANÇA APLICADA: ESTUDO DAS AÇÕES PARA PREVENÇÃO, 
MINIMIZAÇÃO OU ELIMINAÇÃO DE RISCOS INERENTES AO 
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM ESTÉTICA 
 
 
 
 
 
Para alcançar a melhoria da qualidade do serviço nas áreas que têm contato 
direto com as pessoas, como é o caso dos estabelecimentos, é necessário 
desenvolver atividades cosméticas para embelezamento facial, cabelo, corpo e 
ornamental. O uso rotineiro essencial dos procedimentos assépticos e métodos de 
barreira, tais como máscaras, luvas, antifluido uniforme deve ser prioridade. 
Todos os estabelecimentos que executam tratamentos de beleza devem fazer 
técnicas assépticas para garantir o controle de fatores biológicos e riscos 
ocupacionais presentes no local de trabalho. (PEYREFITTE, 1998) 
Como todos os instrumentos, equipamentos e utensílios para o fornecimento 
de vários serviços requerem pré-limpeza, desinfecção e esterilização, a fim de 
prevenir o desenvolvimento de processos infecciosos e a contaminação cruzada. 
 
Princípios de técnica asséptica: 
Manter o estado dos elementos: limpo com água limpa e estéreis. 
• Sempre limpar de cima para baixo. 
• Deve ser sempre limpo a partir do centro para a periferia. 
• Deve limpar e aspirador com ar comprimido. 
• Todas área molhada é considerada contaminada. 
• Manuseio cuidadoso de perfurocortantes. Durante o manuseio, limpeza e 
descarte de perfurocortantes, você deve tomar precauções rigorosas para 
evitar acidentes de trabalho. 
• Descartar, uma vez que utilizados em recipientes rígidos e paredes 
resistentes de punção, deve se dar por eliminação posterior. 
• Não descartar materiais perfurocortantes em sacos de lixo, caixas ou 
recipientes que não sejam resistentes à perfuração. 
• Evite reencapar, dobrar ou quebrar materiais cortantes, uma vez usados. 
A limpeza precede os processos de desinfecção e esterilização, deve ser 
realizada antes da aplicação de desinfetantes ou agentes esterilizantes. As boas e 
corretas práticas de lavagem são importantes para o cuidado dos materiais e 
instrumentos, bem como para reduzir a carga microbiana das superfícies. Os 
equipamentose instrumentos devem ser desmontados em partes para favorecer 
uma limpeza adequada dos mesmos. (PEYREFITTE, 1998) 
 
 
 
 
 
Os objetivos da limpeza são: 
• Remoção de sujeira, diminuindo as partículas de poeira visíveis do 
material, para garantir um manuseio seguro. 
• Garantir condições de limpeza adequadas, evitando a incrustação de 
resíduos no material. 
• Garantir as condições de limpeza necessárias para a reutilização de itens 
não críticos que estão sujeitos apenas à limpeza. 
Vale destacar que a limpeza geralmente inclui 3 tipos de ação: 
Ação mecânica: como esfregar, escovar ou lavar com água sob pressão. 
Ação Química: uso de detergentes, detergentes enzimáticos e água, 
necessários para inibir e reduzir as partículas de bactérias e poeira. 
Ação Térmica: Refere-se ao uso de calor através de autoclaves, estufas e 
esterilização por peróxido de hidrogênio H2O2. As operações de limpeza devem ser 
adequadas e apropriadas. 
Os passos a seguir para a limpeza dos materiais são: 
• Recepção 
• Classificação 
• Pré-lavagem ou descontaminação 
• Lavagem e Secagem. A limpeza é imprescindível a todas as atividades 
dos materiais cirúrgicos é a ação protetora contra o risco de 
contaminação por microrganismos que abundam em poeira. 
Por outro lado, os profissionais dos centros de estética e cabeleireiro enfrentam 
diariamente inúmeros outros riscos derivados do trabalho: contato com produtos 
químicos, uso de eletrodomésticos, ferramentas pontiagudas ou posturas forçadas, 
entre outros, são algumas das principais fontes de risco. 
Desta forma, a lista de riscos a ser levada em conta no setor de cabeleireiro é 
realmente extensa e pode ser classificada nas seguintes categorias: 
Riscos químicos: 
O uso de certos produtos químicos expõe os trabalhadores a riscos associados 
ao contato e manuseio dessas substâncias. De acordo com o Instituto Nacional de 
Saúde e Segurança no Trabalho dos Estados Unidos, NIOSH, 30% dos produtos 
 
 
 
 
usados em cabeleireiros e cosméticos são classificados como tóxicos. Desta forma, 
a dermatite ocupacional é um dos principais riscos do setor, sendo estimado que 
afeta 75% dos funcionários. 
Além de reações alérgicas, a exposição a estas substâncias (peróxidos: 
peróxido de hidrogênio, hidróxido de amônio, álcool, etc.) está associado com 
problemas alérgicos, sensibilização na garganta, pulmões, nariz e olhos, danos no 
sistema nervoso central, problemas pulmonares, bem como uma maior prevalência 
de asma. Alguns estudos também mostraram uma associação entre o contato diário 
com esses tipos de substâncias e uma maior prevalência de alguns tipos de câncer. 
(PEYREFITTE, 1998) 
A prevenção desse tipo de risco envolve, necessariamente, treinamento 
adequado para o funcionário, para que ele conheça os riscos e as regras de 
emprego de cada substância e saiba como manusear adequadamente e com as 
devidas precauções (luvas, máscara, etc.) de cada um deles. Além disso, não 
devemos esquecer que as condições ambientais devem ser adequadas para facilitar 
e reduzir as chances de inalar produtos químicos. 
 
A maioria dos cosméticos e produtos para cuidados pessoais nas 
prateleiras das lojas contém cinco categorias principais de ingredientes 
tóxicos: carcinógenos f rancos (cancerígenos); precursores de substâncias 
cancerígenas ocultas; endócrino ou perturbador hormonal; intensif icadores 
de penetração; e alérgenos. Como a pele é altamente permeável, menos de 
um décimo de uma polegada de espessura, é uma membrana porosa que é 
altamente sensível a produtos químicos tóxicos. O que é colocado na pele 
afeta a saúde da pessoa tanto quanto, se não mais, o que se coloca na 
boca.Alguns ingredientes tóxicos permanecem ilegalmente sem descrição 
nos rótulos, particularmente os f talatos hormonais e os intensif icadores de 
aroma sintéticos que aumentam as f ragrâncias orgânicas. Igualmente, pode 
incluir mercúrio, f talatos, formaldeído, alcatrão de hulha, parabenos, laureth 
sulfate de sódio e ingredientes comuns de triclosan, muitos produto s de 
“beleza” são mais adequados no laboratório de ciências do que na sua pele. 
A olho nu, a pele pode parecer uma camada impermeável, mas a ciência 
mostra que cerca de 60% das substâncias químicas que entram em contato 
com a pele são absorvidas. (ZORZI, 1999, p.24) 
 
Riscos por contato elétrico: 
O uso de secadores, escovas térmicas, aparelhos faciais, lasers, 
infravermelhos, são uma fonte de risco ocupacional, devido ao contato direto com a 
pele. As lesões podem variar de quedas, queimaduras internas e externas, para 
danos mais graves, por contato direto com a tensão como tetanização muscular (é 
 
 
 
 
devido ao movimento incontrolável do músculo), paragem cardíaca, paragem 
respiratória e até mesmo a morte devido a fibrilação ventricular. (DOLABELA, 1999) 
Em relação à prevenção e como primeiro passo antes de iniciar as tarefas, o 
estado das instalações e dos aparelhos elétricos deve ser verificado. É necessário 
que as instalações tenham aterramento e isolamento. É bastante comum que vários 
dispositivos estejam conectados juntos, mas este é um perigo iminente para as 
pessoas que estão no local, devido à sobrecarga que pode causar curto-circuito. 
Risco de quedas: 
Condições que ocorrem no local de trabalho (pisos molhados, irregulares, falta 
de espaço para móveis ou escadas, etc.). As quedas podem levar a entorses, 
lesões, fraturas e, em casos extremos, morte. A prevenção nesse sentido passa a 
aplicar medidas simples, como manter o solo seco, usar calçados antiderrapantes ou 
estabelecer diretrizes corretas de ordem e limpeza que minimizem o risco de queda. 
(DOLABELA, 1999). 
Irrigação por ferramentas de corte - cortes, perfurações, feridas - é outro dos 
clássicos em acidentes industriais no setor. Na maioria dos casos são causadas por 
diferentes ferramentas de trabalho, quando um corte é feito, e feito de forma 
inadequada, ou por mau uso de instrumentos cortantes, não ter um lugar específico 
e seguro para armazená-los e dar-lhes um uso diferente para o qual foram 
projetados. 
Esse risco pode ser minimizado, se uma série de recomendações preventivas, 
sobre o uso e a manutenção desse tipo de ferramentas, for levada em consideração. 
Riscos de incêndio: 
É claro que em todos os locais de trabalho um incêndio pode ocorrer, mas em 
salões de cabeleireiro e centros estéticos é muito mais fácil aparecer e se espalhar, 
devido a todos os materiais e substâncias químicas que são encontrados, daí a 
importância e a obrigação de ter um plano de incêndio atualizado periodicamente. 
Risco devido ao contato térmico: 
O contato com água quente, secadores, ferros, ceras, pode resultar em 
queimaduras de vários graus. Mais uma vez, o uso de roupas e equipamentos de 
proteção individual apropriados, juntamente com a aplicação de precauções básicas 
 
 
 
 
no manuseio de recipientes com substâncias quentes, podem evitar esse tipo de 
lesão. 
Os biomédicos esteticistas, em seu trabalho diário, atuarão com equipamentos 
das mais diversas potências, e precisarão de todo cuidado possível, a fim de 
prevenir toda a equipe, bem como o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO 
 
QUESTÕES DE CONCURSO 
Questão 1 
Inédita 
Os profissionais que atuam na área da biomedicina apresentam resultados na 
área de experimentos, nesse sentido para ser biomédico é preciso que 
(A) Conhecimento científico 
(B) Conhecimento da informática 
(C) Paciência, concentração, perfeccionismo e foco 
(D) Habilidades de comunicação 
(E) Todas as alternativas anteriores 
 
Questão 2 
Inédita 
Atualmente a área da biomedicina vem passando por uma série de avanços e 
modificações, dessa forma assinale a alternativa correspondente ao que o 
biomédico pode estudar 
(A) Prevenção e tratamento do envelhecimento da pele 
(B) Prevenção e tratamento do foto-envelhecimento(C) Estrias cutâneas 
(D) Todas as alternativas anteriores 
 
Questão 3 
Inédita 
A estética é utilizada para falar acerca da percepção, produção e respostas a 
arte, tendo em vista os objetos e as cenas que evocam sentimentos fortes, levando 
em consideração os estudos empíricos sobre beleza. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
Inédita 
Assinale a alternativa correta quanto aos princípios relacionados as técnicas 
assépticas 
(A) Preza pela esterilidade dos objetos 
(B) Sempre limpar de cima para baixo 
(C) Toda área molhada é considerada contaminada 
(D) Todas as alternativas anteriores 
 
Questão 5 
Inédita 
A limpeza é importante para a estética, sendo que, em regra, inclui três tipos de 
ação: ação mecânica, ação química e ação térmica. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
Quando nos referimos ao papel e exercício profissional, habilidades e 
competências dos biomédicos, destacamos que estes coletam e analisam amostras 
médicas, por exemplo, sangue e tecidos, para ajudar os médicos a diagnosticar, 
tratar e controlar doenças. Eles trabalham em laboratórios, usando máquinas 
automáticas de teste, microscópios, computadores e outros tipos de equipamentos 
especializados. Em linhas gerais, explique o trabalho do profissional da estética, 
suas aplicações diárias, bem como a relevância desta nova área. 
 
TREINO INÉDITO 
Assunto: Fundamentos da estética 
Assinale a alternativa correta no que tange a importância da estética como 
especialidade. 
a. A Estética é uma especialidade filosófica que visa investigar a essência 
da beleza. 
 
 
 
 
b. A Estética é uma especialidade psicológica que visa investigar a 
essência da beleza. 
c. A Estética é uma especialidade neurológica que visa investigar a 
essência da beleza. 
d. A Estética é uma especialidade ambiental que visa investigar a essência 
da beleza. 
e. N.D.A. 
 
NA MÍDIA 
O PROFISSIONAL DA ESTÉTICA 
Esteticista 
A profissão de esteticista, com nível superior, compreenderá as atividades de 
esteticista e cosmetólogo. O requisito é o curso de nível superior no país em Estética 
e Cosmética, ou equivalente, ou o diploma de graduação no exterior revalidado no 
Brasil. 
As atividades do esteticista são as seguintes: responsabilidade técnica pelos centros 
de estética; direção, coordenação, supervisão e ensino de cursos na área; auditoria, 
consultoria e assessoria sobre cosméticos e equipamentos; elaboração de informes, 
pareceres técnico-científicos, estudos, trabalhos e pesquisas mercadológicas ou 
experimentais; elaboração do programa de atendimento ao cliente; e observância da 
prescrição médica apresentada pelo cliente ou solicitação posterior de exame 
médico ou fisioterápico para avaliar a situação. 
Técnico em estética 
O técnico em estética precisa ter ou curso técnico com concentração em Estética 
oferecido no Brasil, ou curso no exterior com revalidação do diploma. Também pode 
exercer a atividade o profissional que possui prévia formação técnica em estética, ou 
que comprove o exercício da profissão há pelo menos três anos. 
Entre as atividades do técnico em estética, estão: procedimentos estéticos faciais, 
corporais e capilares; solicitação de parecer de outro profissional que complemente 
a avaliação estética; e observância da prescrição médica apresentada pelo cliente 
ou solicitação posterior de exame médico ou fisioterápico para avaliação da 
situação. 
 
 
 
 
Cumprimento da nova lei 
A nova lei entra em vigor já nesta quarta-feira, com a publicação 
no DOU. Posteriormente, será elaborado um regulamento sobre a fiscalização do 
exercício da profissão e as adequações necessárias ao cumprimento da nova lei. As 
regras não se estendem às atividades em estética médica, de acordo com a Lei 
12.842/2013. 
Fonte: Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência 
Senado) 
Data: 2013 
Leia na íntegra em: 
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/04/04/profissoes-de-esteticista-
e-de-tecnico-em-estetica-sao-regulamentadas 
 
NA PRÁTICA 
SEGUNDO INFORMAÇÕES, MERCADO DE ESTÉTICA SEGUE EM EXPANSÃO 
De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria 
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos junto com o Instituto FSB Pesquisa, o 
Brasil é o terceiro país que tem o maior mercado consumidor em relação a produtos 
e equipamentos de beleza e estética. O Brasil perde apenas para os Estados Unidos 
que têm uma porcentagem de 16,5% e para a China que tem 10,3% de todo o 
consumo mundial. Esses dados fazem parte do ano de 2016, considerado um dos 
anos mais positivos para esse setor e, então, conseguiu passar por cima da crise 
econômica. Para reforçar ainda mais essa expansão no segmento de estética, foi 
realizado um outro levantamento pela Pesquisa de Beleza e Cuidados Pessoais da 
Euromonitor que indicou um aumento de 4,6% no país comparado ao ano de 2015. 
Fonte. EXAME 
Data: 2018 
Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/segundo-informacoes-
mercado-de-estetica-segue-em-expansao/ 
 
 
 
https://exame.abril.com.br/negocios/dino/segundo-informacoes-mercado-de-estetica-segue-em-expansao/
https://exame.abril.com.br/negocios/dino/segundo-informacoes-mercado-de-estetica-segue-em-expansao/
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
Filme sobre o assunto: O virgem de 40 anos 
Peça de teatro: Nunca se sábado 
Acesse os links: https://youtu.be/3tWOsrTJipY 
https://youtu.be/FWpl4xYk5uc 
 
https://youtu.be/3tWOsrTJipY
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 - FARMACOLOGIA APLICADA 
 
2.1 ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DE FORMULAÇÕES E AÇÃO DE PRODUTOS 
COSMÉTICOS DESTINADOS AO EMPREGO EM PELE E CABELOS 
 
O que são cosméticos individualizados? Quais requisitos de segurança eles 
devem atender? Como eles são rotulados? 
A possibilidade de oferecer aos clientes produtos cosméticos que se adaptam 
especificamente às suas necessidades é uma grande atração para a farmacologia e 
uma tendência ascendente. Mas entre os especialistas na área ainda há dúvidas 
sobre quais possibilidades existem quando é possível oferecer esses produtos por 
conta própria ou quais devem ser os requisitos. 
Nos mais variados discursos, as diferentes opções existentes para obter um 
produto que é considerado cosmético personalizado, destaca-se na individualização 
do rótulo e da embalagem na própria farmácia, bem como a mistura de produtos 
acabados, que podem ser matérias-primas ou adicionar outras matérias-primas à 
base. A outra opção seria a realização do próprio consumidor, enriquecendo os 
produtos acabados com diferentes opções. 
É aqui que devemos destacar que o termo formas cosméticas refere-se à 
apresentação final de um produto cosmético, isto é, forma de creme, gel, bastão, pó, 
etc. Esta forma é determinada pelas características dos excipientes e aditivos que 
contém, mas não são estes que conferem as propriedades ao cosmético, senão ao 
princípio ativo. Portanto, a formulação de cosméticos é responsável por estudar o 
que outras substâncias desiginam de substância ativa (o composto torna possível 
executar a função para a qual se destinam) como a camada de pele que deseja 
alcançar deve acompanhar a textura que você precisa para começar, o tipo de 
população alvo, etc. (CORAZZA, 2004) 
O creme tem sido uma das formas cosméticas utilizadas desde tempos antigos, 
mas graças aos avanços conseguidos na indústria de cosméticos, podem encontrar 
os seguintes: aerossóis, emulsões, gels, lápis, comprimidos, cápsulas, pós, soluções 
suportes e suspensões impregnadas. A legislação é clara com a distinção entre 
cosméticos e medicamentos, mas às vezes não é tão clara para a população, pois, 
 
 
 
 
há certos produtos que podem ser ambos ou alguns que classificamos 
erroneamente. Portanto, em geral, um cosmético é qualquer substância que é usada 
na superfície do corpo humano (camada exterior da pele, cabelo, u nhas, os lábios), 
os dentes e mucosaoral. 
No entanto, um medicamento destina-se a prevenir ou tratar uma patologia. Em 
relação aos produtos, podem ter a eficácia de ambos, eles têm duas finalidades, por 
exemplo, um xampu anti-caspa é um cosmético porque uma das suas funções é a 
de limpar o cabelo e ao mesmo tempo é uma droga, porque o seu uso pretendido é 
para tratar a caspa. (CORAZZA, 1998) 
Os ingredientes ou princípios ativos podem ser de origem natural ou 
tecnológica e têm como principal função o cuidado das superfícies corporais. 
Algumas dessas funções são: detergentes, hidratantes, emolientes, 
condicionadores, protetores solares, enriquecedores, esfoliantes, amaciantes, 
desodorantes, alvejantes, etc. 
Por outro lado, as formas cosméticas podem ter, em sua composição, um ou 
vários ingredientes ativos diferentes, que também não cumprem as mesmas 
funções. Além disso, um composto pode ser o ingrediente ativo em um dado 
cosmético, e um excipiente ou aditivo em outro cosmético diferente. Por exemplo, os 
pigmentos de uma maquilagem constituem seu princípio ativo, enquanto em outros 
cosméticos, como um sabonete, os corantes, são apenas aditivos que tornam seu 
uso mais agradável. Neste caso, o ingrediente ativo é o detergente (DOLABELA, 
1999) 
Os excipientes são as substâncias nas quais os ingredientes ativos são 
dissolvidos ou misturados para alcançar a forma desejada, a fim de otimizar sua 
aplicação. Por exemplo, um excipiente líquido dará formas cosméticas líquidas, um 
excipiente na forma de sólido com gás dentro da embalagem dará uma espuma e 
um excipiente líquido com um agente que aumente a viscosidade resultará em um 
gel. 
O excipiente mais utilizado é a água devido a sua segurança e baixo custo, 
mas também podem ser utilizados solventes orgânicos, tais como álcool, propileno 
glicol, glicerina e acetona, no caso de substância ativa não pode dissolver-se na 
água. Dependendo das fases das misturas, estas podem ser monofásicas, isto é, as 
 
 
 
 
substâncias na mistura não são distintas; ou polifásica, que tem duas ou mais fases 
e você tem que agitá-las para obter a mistura homogênea. 
Um dos grupos de excipientes mais utilizados e que mais ajuda a indústria 
cosmética é o grupo dos surfactantes. Estes permitem a criação de produtos que 
incorporam água e óleo de forma estável, evitando a separação dos mesmos, devido 
a sua própria natureza. Já os aditivos são substâncias que impedem a deterioração 
de um cosmético ou melhoram sua aparência, ajudando a conseguir um produto 
estável, atraente e mais fácil de comercializar. Estes são classificados em quatro 
grupos, de acordo com o contato com os olhos, a pele ou membranas mucosas, e 
pode incluir: agentes espessantes, emolientes, agentes de formação de espuma, 
corantes, perfumes, solventes, reguladores de pH, conservantes, antioxidantes, etc. 
Algumas das misturas mais utilizadas na indústria cosmética são: 
- Emulsões O/A: principalmente água + óleo, que seria leite corporal. 
- Emulsões A/o: água + óleo principalmente, o que seriam cremes, maior 
viscosidade. 
- Suspensões: princípio ativo sólido + excipiente líquido. Por exemplo, 
maquiagem fluida. E se a viscosidade do sólido é alta, um gel se formaria. 
- Formas embaladas sob pressão: veículo líquido com um propulsor de gás que 
expele o cosmético sob a forma de gotículas (aerossol ou por "spray") ou excipiente 
com um gás na forma de bolhas (espuma). 
- Mistura de água + solventes orgânicos (acetona ou álcool), que seriam os 
perfumes. 
- Sólido: ingredientes ativos em agentes veiculares sólidos que, de acordo com 
o modo de arrefecimento e o molde utilizado pode resultar em pó: (base em pó) na 
barra (batom) em lápis (delineador), em comprimido (sabão) . 
De acordo com Dolabela (2000), os produtos cosméticos são utilizados com o 
objetivo principal de alcançar a beleza ou higiene no corpo do indivíduo, em um nível 
superficial. Normalmente são misturas de compostos químicos, alguns são derivados 
a partir de fontes naturais, muitos outros são líderes sintéticos para as formas 
cosméticas. 
Por outro lado, a cosmética visa estudar os produtos chamados cosméticos. O 
dicionário Aurélio define Cosméticos como sendo a arte da aplicação de produtos 
 
 
 
 
cosméticos. Etimologicamente, deriva do grego kosmos, um termo que já aparece 
na Ilíada de Homero com o significado de "ordem e harmonia", dois conceitos 
inseparáveis para os antigos gregos. Platão fala de uma technique kosmetiké ou arte 
de adorno feminino. (CORAZZA, 1998) 
Cosmética é uma palavra derivada do adjetivo grego κοσμητικοξ que se dizia 
de um produto que significa apropriado para higiene, cuidado e conservação da 
beleza do corpo, especialmente do rosto. A estética é o conjunto de técnicas e 
tratamentos usados para modificar a percepção ou apreciação da beleza, ou para o 
embelezamento do corpo. Muitas vezes encontrada na literatura, inclusive a cirurgia 
plástica, para se referir a cirurgia estética, como consequência de traduções 
precipitadas ou não ortodoxas da cirurgia plástica do termo inglês. 
A busca pela beleza é uma tendência natural do ser humano. Perseguido 
desde os tempos antigos, em uma tentativa de modificar o olhar e perceber os 
benefícios de vários tipos, onde tem feito o uso de cosméticos como um sinal de 
identidade distintiva do homem, onde diferentes cânones ao longo da história, 
atravessaram os diferentes períodos com altos e baixos em seu esplendor. Períodos 
de desenvolvimento cultural e liberdade individual foram marcados por uma prática 
estendida de adorno pessoal. 
Em contraste, sempre que você mergulha no passado, os cosméticos 
aparecem como um sinal de civilização. O uso de cosméticos remonta à pré-história, 
como revelam pinturas rupestres. 
Na Noruega, perto de Oslo, foi encontrada uma gravura que reproduz a figura 
de uma mulher se lambuzando de gordura de rena, um animal que está ao lado da 
figura feminina. Nessas cidades, os cosméticos quase sempre tinham um propósito 
simbólico ou mágico. Eles tendiam a usar tintas, especialmente vermelhas, ocres ou 
cores pretas, porque estas cores são facilmente obtidas a partir de: 
• Argilas e terras altas: óxido de ferro como a magnetita, limonita e hematita 
ou carbonato de cálcio, como calcita ou carbonato de magnésio, como 
magnesita, cinábrio. 
• Plantas. 
• Cinzas. Estes pigmentos são de percepção evidente pelo olho humano. 
 
 
 
 
 
É bem sabido que 4000 anos atrás entre os hititas houve a extração do 
cinnabar o que proporcionou que este pó fosse misturado com gordura animal e 
podia ser usado para pintar. Algumas civilizações primitivas que sobrevivem hoje, 
como os aborígenes australianos e os índios da Amazônia, mantêm o hábito de 
pintar sua pele com substâncias dessas cores. Os sumérios deixaram seus 
costumes, leis e história escritas em tábuas de argila e estelas de pedra. Graças a 
eles, sabemos muitas das suas maneiras de fazer pomadas e perfumes. 
(CORAZZA, 1998) 
No túmulo da rainha Schubab (cerca de 3.500 a.C.) foi encontrada uma colher 
de chá e uma pequena panela, trabalhada com filigrana de ouro, onde a tinta era 
usada para delinear os lábios na antiguidade. Esculturas encontradas em locais 
sumérios nos dão uma ideia do cuidado com o corpo. A moda e o uso de penteados 
elaborados passaram a ter uma importância incomum. Os homens agitavam e 
polvilhavam com ouro a barba e o cabelo que penteavam com longos cachos 
geométricos nas extremidades. 
A abundância de cabelos estava associada a força e coragem. Eles tingiam 
suas sobrancelhas negras para serem mais ferozes. As mulheres usavam cabelos 
soltos e encaracolados sob os ombros. Eles usaram lápis lazuli esmagado misturado 
com gordura para colorir os olhos. De corantes vegetais que foram relatados, cuja 
utilização primal se estende até hoje, está a henna obtida a partir das folhas de um 
arbusto da família Oleaceae L. henna, que esmagadas e misturadas comsuco de 
frutas cítricas, são usadas para colorir unhas, lábios e até o corpo todo. 
Para os propósitos deste capítulo, destacamos que segundo Wolff (2006), o 
produto cosmético é considerado como qualquer substância ou preparação 
destinada a ser colocada em contato com as diversas partes superficiais do corpo 
humano (epiderme, cabelo, unhas, os lábios e órgãos genitais externos) ou com os 
dentes e mucosas orais, com o propósito exclusivo ou principal de limpar, perfumar, 
modificar sua aparência, e/ou corrigir odores corporais, e/ou protegê-los ou mantê-
los em boas condições. 
Embora não especificamente mencionado, entende-se que os cosméticos são 
aplicados à epiderme saudável. 
 
 
 
 
Agora, em se tratando dos produtos decorativos, produtos cosméticos que, em 
virtude de ter substâncias coloridas e sua opacidade, são aplicados em diferentes 
áreas do corpo, a fim de acentuar temporariamente sua beleza ou máscara, ou 
ocultar várias imperfeições da pele. 
De acordo com Guirro (2012), destacamos abaixo uma série de produtos 
cosméticos existentes. São eles: 
• Cremes, emulsões, loções, géis e óleos para a pele. 
• Máscaras de beleza (excluindo produtos de abrasão superficial da pele 
por meios químicos). 
• Maquiagem (líquidos, pastas, pós). 
• Pós de maquiagem, pós para usar depois do banho e para a higiene do 
corpo. 
• Sabonete, sabonete desodorante. 
• Perfumes, águas de colônia. 
• Produtos para banho e duche (sais, espumas, óleos, géis). 
• Depilatórios. 
• Desodorantes e antiperspirantes. 
• Produtos para cabelo: corantes e branqueadores, produtos que ajudam a 
manter o penteado, produtos de limpeza (loções, pós, champôs, produtos 
de condicionamento) (loções e brilhantinas), outros produtos. 
• Produtos para barbear (sabonetes, espumas, loções). 
• Produtos para maquiagem para o rosto e olhos. 
• Produtos para os lábios. 
• Produtos para cuidados orais e odontológicos. 
• Produtos para o cuidado e maquiagem das unhas. 
• Produtos para cuidados íntimos externos. 
• Produtos solares. 
• Produtos para bronzeamento sem sol. 
• Produtos de clareamento da pele. 
• Produtos anti-rugas. 
 
 
 
 
 
Já os produtos Cosméticos Decorativos, são: 
• Maquiagem fluida. 
• Maquiagem em pó. 
• Rímel. 
• Sombra da pálpebra. 
• Blush. 
• Lápis de olhos. 
• Esmalte de unha. 
A cosmética é baseada em duas premissas fundamentais: inocuidade e 
eficácia. A segurança é rigorosamente controlada no nível sanitário através da 
legislação correspondente. Nenhum efeito terapêutico é admitido na relação 
benefício/risco. A eficácia de um produto cosmético é definida como o grau de 
adequação entre as propriedades reais do produto e as necessidades para as quais 
ele foi criado. 
Para quantificar este valor, é necessário definir parâmetros mensuráveis, de 
preferência por meios objetivos: 
• Mecânico. 
• Elétrico. 
• Físicos. 
• Químicos. 
• Biológico. 
Em geral, para avaliar a eficácia sensorial de um cosmético, devemos criar 
painéis no uso de uma terminologia objetivada que, elimine o fator pessoal, tanto 
quanto possível, crie propriedades de um padrão comparável aos voluntários do 
consumidor, como são: 
• Aparência do produto. 
• Sensação ao tirar o produto entre os dedos. 
• Sensação durante a aplicação do produto. 
• Aspecto residual e sensação tátil. 
 
 
 
 
 
Os parâmetros objetivos para determinar a eficácia são aplicados de forma 
diferente, dependendo do substrato (pele) e do produto. A atividade cosmética é 
raramente a consequência da presença de um único ingrediente na fórmula, uma 
vez que quase sempre existem vários componentes que fornecem a eficácia 
desejada, mesmo quando são identificados como excipientes. (DOLABELA, 1999) 
É bem verdade que os produtos cosméticos nos trazem bem-estar e os 
usamos para cuidar de nós mesmos. Portanto, sua segurança é a maior prioridade. 
Todos os produtos de cosméticos e de perfumaria no mercado brasileiro devem 
estar registrados na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Entre outros 
aspectos, garante a qualidade, segurança e eficácia dos ingredientes, a composição, 
o processo de fabricação e a embalagem. Os principais elementos deste controle 
pela Anvisa devem ser: 
Inclusão de definições. 
Estabelecimento de obrigações dos diferentes agentes envolvidos na 
comercialização de cosméticos. 
Relatório de segurança para todos os cosméticos. 
Regulação de ingredientes. 
Requisitos de rotulagem e publicidade. 
Cosmetovigilância. 
Controle de mercado. 
As medidas a tomar em caso de riscos derivados dos produtos cosméticos 
comercializados serão vistas no subtópico a seguir, no entanto, a título de 
introdução, cada novo cosmético deve passar por um teste de segurança completo 
antes de chegar ao mercado, todos os seus ingredientes, serão verificados para o 
uso final. Todas as informações sobre a fórmula são coletadas em um único banco 
de dados europeu, que é acessível às autoridades nacionais de controle e aos 
centros de toxicologia. 
Desta forma, a segurança do consumidor e a transparência das informações 
são garantidas. 
O exame de segurança estética só pode ser realizado por profissionais 
qualificados, que tenham a experiência necessária e utilizem métodos rigorosos. Os 
produtos cosméticos colocados no mercado devem ser seguros para a saúde 
 
 
 
 
humana quando usados em condições normais ou razoavelmente previsíveis de 
uso. Um cosmético seguro deve atender a vários requisitos: para ser corretamente 
formulado, precisa ter sido fabricado em condições adequadas, sua apresentação, 
embalagem e rotulagem devem ser apropriadas, e seu armazenamento e 
distribuição devem ser realizados em condições ideais. 
Obviamente, a segurança de um cosmético será garantida pelo fabricante. 
Assim, evita-se o risco de comprar produtos falsificados: eles não têm todas as 
garantias e você não saberá o que está colocando em sua pele. (GUIRRO, 2002) 
Vale destacar como novo conceito o de cosmetovigilância, que é a atividade 
destinada à coleta, avaliação e monitoramento de notificações espontâneas de 
eventos indesejáveis observados como resultado do uso normal ou razoavelmente 
previsível de produtos cosméticos. 
 
A NBR ISO 16128-1 de 10/2018 – Diretrizes sobre def inições técnicas e 
critérios para ingredientes e produtos cosméticos naturais e orgânicos – 
Parte 1: Def inições para ingredientes fornece diretrizes sobre def inições 
para ingredientes de cosméticos naturais e orgânicos. Além dos 
ingredientes naturais e orgânicos, são def inidas outras categorias de 
ingredientes e as restrições associadas, que podem ser necessárias para o 
desenvolvimento de produtos naturais e orgânicos. A NBR ISO 16128-1 não 
aborda a comunicação do produto (por exemplo, alegações e rotulagem), 
segurança humana, segurança ambiental e considerações socioeconômicas 
(por exemplo, comércio justo), e as características dos materiais de 
embalagem ou requisitos regulamentares aplicáveis aos cosméticos.(NBR, 
16128-1) 
 
Contribui, juntamente com outras ferramentas, para a fiscalização do mercado 
após a comercialização de cosméticos. 
 
2.2 RISCOS ENVOLVIDOS NA UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS 
 
Os cosméticos são usados para a higiene corporal ou para melhorar a 
aparência e proteger a pele. No entanto, se as precauções necessárias não forem 
tomadas, as pessoas estarão expostas a alterações que podem afetar a saúde. A 
Anvisa, como já visto, é o órgão responsável pelo controle de sua qualidade. Em 
primeiro lugar, é necessário ter em mente que, antes de comprar estes produtos, é 
conveniente consultar o seu rótulo. Alguns dados devem aparecer, cuja ausência 
poderia revelar que é nome ilegítimo, número de lote, data de validade, os dados do 
 
 
 
 
titular do cartão, número do laboratório fabricante ou importador de arquivo, 
indicando o conteúdo e uso. 
Também deve ser considerado que, parapreservar as propriedades e o efeito 
desses produtos, certas diretrizes devem ser seguidas: 
• Depois de usá-las, feche-as e guarde-as em um recipiente próprio. Desta 
forma, não apenas a possível contaminação com o ar será evitada, mas 
também a água que contém irá evaporar e causar alterações em sua 
composição. 
• Eles não devem ser armazenados em ambientes que os exponham ao sol 
ou à umidade. O sol causa agressão direta pode alterar cosméticos e 
umidade favorece o crescimento de fungos e bactérias. É sempre 
conveniente mantê-los em local fresco e seco, protegido da luz. 
• Antes de manusear os cosméticos, as mãos devem ser higienizadas. 
Aqueles que são embalados em tubos, garrafas ou dispensador são mais 
adequados do que vasos, uma vez que evitam a introdução dos dedos no 
produto e, assim, os riscos de contaminação e a possibilidade de alterar 
as suas características. 
• É preferível descartar cosméticos usados durante uma doença (como 
maquiagem dos olhos, se houver conjuntivite, ou labial, se houver alguma 
lesão nos lábios). 
• Considerar especialmente o prazo de validade concedido pelo fabricante, 
pois, nesse período mantêm suas características, propriedades e 
qualidade. 
Todos os artigos de beleza têm um prazo de validade limitado, embora, no 
caso dos cosméticos, esse prazo poderá variar de acordo com cada produto. Leites 
e cremes diurnos são alguns dos mais preservados. Os batons podem ser usados 
por períodos mais longos, mas para preservá-los, eles devem ser mantidos longe de 
fontes de calor. Um caso particular é o dos protetores solares: embora o rótulo 
indique um período razoavelmente longo de expiração, que geralmente varia entre 
12 e 36 meses, a exposição ao calor em areia quente por muitas horas pode alterar 
sua composição, e é possível que os filtros UV não cumpram suas funções de 
 
 
 
 
proteção. É aconselhável descartar a garrafa no final das férias.(PEYREFITTE, 
1998) 
Enquanto isso, os perfumes, como todos os cosméticos à base de álcool, são 
preservados há muito tempo. No entanto, é útil verificar se o aroma e a cor mudaram 
e, nesse caso, recomenda-se parar de usá-los.Também é essencial respeitar as 
instruções e como elas são usadas no rótulo ou folheto do produto. Assim, por 
exemplo, se for indicado para ser aplicado à noite e usado durante o dia, pode 
produzir manchas na pele causadas pelo sol em alguns de seus ingredientes. 
Também não deve ser esquecido que quando indicados para adultos, não deverão 
ser usado por crianças, se utilizado em crianças ou bebês, podem gerar efeitos 
tóxicos por contato com a pele (repelentes de mosquitos), ingestão acidental 
(dentífricos flúor) ou por inalação (aerossóis) e que em muitos casos eles têm 
ingredientes e concentrações de uso muito diferentes daqueles permitidos para usos 
infantis. 
Além de evitar reações indesejáveis, é aconselhável não colocar perfumes ou 
colônias antes de serem expostos ao sol. Em pessoas suscetíveis, algumas das 
substâncias que compõem as fragrâncias podem gerar manchas, irritação da pele 
ou reações alérgicas. Finalmente, os consumidores com histórico de alergias devem 
selecionar produtos rotulados como "hipoalergênicos". Sob nenhuma circunstância 
esses produtos devem ser aplicados em áreas de pele irritada ou ferida. O 
cosmético hipoalergênico é formulado para minimizar o risco de alergia, o que não 
significa que ele seja totalmente eliminado. (PEYREFITTE, 1998) 
Para a formulação de terem sido seleccionados ingredientes que passaram 
uma série de estudos de segurança e tolerabilidade foram removidos e, se possível, 
o mais provável de causar alergia, tais como conservantes, perfumes e alguns 
componentes corantes. (reescrever) As fórmulas contêm poucos ingredientes para 
reduzir a possibilidade de encontrar novas substâncias que desencadeiem o 
processo. Cosméticos hipoalergênicos são indicados para pessoas com pele 
sensível, reativas a mudanças climáticas ou de produtos, ou para pele de fácil 
irritação. 
A este respeito, é conveniente esclarecer a diferença entre os termos alergia e 
irritação. A alergia aparece quando o cosmético já foi aplicado uma ou várias vezes 
 
 
 
 
e, às vezes, longe da área de aplicação. Por exemplo, a alergia causada pelo 
esmalte geralmente afeta as pálpebras e causa inflamação, coceira, vermelhidão e 
até descamação. A irritação, por outro lado, aparece imediatamente após a primeira 
aplicação, na área tratada com o cosmético. Quando o cosmético é removido e um 
creme calmante é aplicado, a irritação desaparece. 
Os cosméticos podem ser classificados como um dos setores que mais 
cresceu nas últimas décadas. Os cosméticos mais antigos foram criados há milhares 
de anos, embora ligados a ritos religiosos e reservados a xamãs ou sacerdotisas. As 
primeiras decorações do corpo usadas pela população civil foram provavelmente 
tatuagens, que foram encontradas indicações de seu uso já em 6.000 a.C. 
(PEYREFITTE, 1998) 
As primeiras evidências de cosméticos semelhantes aos que conhecemos hoje 
foram encontradas no povo egípcio por volta de 4.000 a.C. A maioria era de origem 
animal ou vegetal, embora alguns produtos minerais, às vezes altamente tóxicos, 
como o mercúrio, também fossem usados. 
Entre os séculos XVI e XVIII, houve um grande desenvolvimento de cosméticos 
e muitos novos produtos foram introduzidos, ainda fabricados principalmente a partir 
de plantas. Mas foi a partir do início do século XX que os cosméticos se tornaram 
populares, até hoje eles se tornam um produto quase essencial na maioria das 
casas. (DOLABELA, 1999) 
Hoje em dia, cosméticos incorporaram produtos químicos em suas fórmulas e 
milhares desses compostos são usados para que muitas propriedades sejam 
atribuídas. No entanto, vários cientistas e organizações alertaram sobre o impacto 
desses compostos. Assim, de acordo com a ativista e especialista em química, 
Annie Leonard, menos de 20% dos produtos químicos usados em produtos de 
beleza nos Estados Unidos foram analisados. Por outro lado, o cientista e ativista 
David Suzuki catalogou 12 deles como os mais perigosos. São os seguintes: 
1. Lauril Sulfato de Sódio. É usado em sabonetes e xampus por suas 
propriedades para produzir espuma. Suzuki desencoraja porque pode conter 1,4-
dioxano, um composto que é suspeito de ser carcinogênico. 
2. Triclosan. Muito usado em cosméticos por suas propriedades antibacterianas 
e fungicidas. É comum em sabonetes, cremes dentais e desodorantes. Suspeita-se 
 
 
 
 
que interfira com as funções hormonais e a Europa declarou -o "muito tóxico" para os 
organismos aquáticos. 
3. Formaldeídos. É a base do que é geralmente conhecido como formaldeído. 
Seu uso tem sido relacionado por vários estudos com o surgimento de câncer. Eles 
são usados como conservantes para cosméticos. Vários estudos também 
associaram-no a irritações, asma e problemas reprodutivos. 
 
O formaldeído é encontrado em muitos produtos de uso diário e também 
amplamente utilizado como conservante em bases, xampus e esmaltes. 
Além de ser uma substância conservante, é um bactericida poderoso e, 
embora tenha sido considerado carcinogênico, continua presente em uma 
ampla gama de produtos, mesmo em concentrações muito baixas.Os 
parabenos podem ser encontrados nas formulações como metilparabeno, 
etilparabeno, propilparabeno, isobutilparabeno, butilparabeno e 
benzilparabeno, utilizados como conservantes em hidratantes, protetores 
solares, pastas dentíf ricas, xampus; .produtos para limpeza íntima, 
desodorantes, gel de barbear, em suma, em muitos cosméticos de uso 
diário, mesmo nos chamados produtos naturais e orgânicos. 
((BORGES, 2006, p.32) 
 
4. Parabenos. São utilizados pela sua eficácia como conservante e pelas suas 
propriedades bactericidas e fungicidas. Há muita controvérsia sobre seu uso, pois, 
um estudo encontrou parabenos em uma alta porcentagem de mulheres com câncer 
de mama. A maioriadas associações científicas considera que os parabenos são 
seguros, embora seu efeito a longo prazo seja pouco estudado. 
5. Compostos de polietilenoglicol (PEG). Eles são frequentes em cosméticos 
creme por causa da textura que eles fornecem. Como Lauril Sulfato de Sódio, pode 
conter 1,4-dioxano. Eles geralmente podem ser identificados pelos sufixos "etil" ou 
"glicol". 
6. Hidroxianisol butilado (BHA) e hidroxitolueno butilado (BHT). Eles são 
antioxidantes sintéticos. De acordo com a União Europeia, podem causar reações 
alérgicas, são possíveis cangerígenos e suspeitam que possam atuar como 
desreguladores endócrinos ou que tenham efeitos imunológicos e causem 
hiperatividade. 
7. P-Fenilenodiamina. É usado principalmente em corantes permanentes e 
também em alguns tipos de maquiagem. Suspeita-se que possa causar câncer. 
Pode ser encontrado com vários nomes nos rótulos. Um dos mais comuns é o C.I. 
76060. 
 
 
 
 
8. Dietanolamina produtos químicos utilizados para fazer os produtos mais 
cremosos ou espumantes. DEA, como muitas vezes é abreviado em rótulos, é um 
composto irritante para a pele e os olhos. Também pode reagir com nitritos e tornar-
se cancerígeno. 
9. Ftalato de dibutilo: Usado principalmente em produ tos para unhas e 
perfumes. A União Europeia considera que é um potencial disruptor hormonal. Além 
disso, experimentos de laboratório mostraram que, embora não seja um carcinógeno 
por si só, pode aumentar a capacidade de outras substâncias químicas para cau sar 
mutações genéticas. 
10. Siloxanos: são adicionados aos cosméticos para torná-los mais cremosos e 
agradáveis ao toque. Existem vários tipos, principalmente ciclotetrassiloxano, 
ciclopentasiloxano, ciclohexasiloxano e ciclometicona. Seus efeitos podem variar, 
desde afetar as funções hormonais em humanos até causar infertilidade. 
11. Perfumes: Cerca de 3.000 produtos químicos diferentes são usados como 
fragrâncias. Um dos seus principais problemas é que não especifica o tipo de 
produto químico utilizado e muitos deles podem causar alergias, enxaquecas ou 
asma. 
12. Petrolatum: é um derivado de petróleo. Pode conter hidrocarbonetos 
aromáticos policíclicos (PAH ou PAH). Existem diferentes tipos de HAP e alguns 
deles foram declarados cancerígenos. A exposição a este tipo de compostos durante 
a gravidez também está relacionado a um menor desenvolvimento intelectual e ao 
aparecimento de asma na criança. 
Desse modo, a pele é muito suscetível a absorver produtos químicos, portanto, 
o que acontece em seu corpo é tão importante quanto o que você consome. As 
substâncias químicas que se consome podem ser filtradas através de um 
microbioma intestinal saudável, uma proteção que existe quando absorvida pela 
pele. (DOLABELA, 1999) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 – RECAPITULANDO 
 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
Questão 1 
Inédita 
A farmácia e a cosmética possuem uma relação intima, tendo em vista que o 
conhecimento acerca daquela é fundamental para o entendimento desta. Nesse 
sentido, assinale a alternativa correta quanto a algumas das mais utilizadas misturas 
da indústria cosmética 
(A) Emulsões O/A 
(B) Emulsões A/O 
(C) Suspensões 
(D) Todas as alternativas anteriores 
 
Questão 2 
Inédita 
A beleza é buscada desde os tempos mais remotos, sendo vista como 
sinônimo de poder e desejo por muitos, assim, existem, na atualidade, uma gama de 
produtos que ajudam na obtenção ou aperfeiçoamento dessa 
(A) Cremes, emulsões e óleos para a pele 
(B) Máscaras para pele 
(C) Sabonetes 
(D) Perfumes e colônias 
(E) Todas as alternativas anteriores 
 
Questão 3 
Inédita 
Os produtos e cosméticos além de assumirem uma linha mais geral, muitas 
vezes até ligado a higiene, também é responsável por assumir uma vertente mais 
decorativa, nesse sentido assinale a alternativa correta 
(A) Maquiagem fluida 
 
 
 
 
(B) Rímel 
(C) Blush 
(D) Todas as alternativas anteriores 
 
Questão 4 
Inédita 
A cosmética é dotada de vários princípios e objetivos, sendo duas de suas 
premissas fundamentais a inocuidade e a eficácia. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
Questão 5 
Inédita 
A eficácia dos cosméticos é medida com base no grau de adequação entre as 
propriedades reais dos produtos e o atendimento das necessidades para a qual 
foram criados, dessa forma assinale a alternativa correta acerca dos parâmetros 
mensuráveis desse grau 
(A) Mecânico 
(B) Elétrico 
(C) Físico 
(D) Químico 
(E) Todas as alternativas anteriores 
 
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE 
Hoje em dia, cosméticos incorporaram produtos químicos em suas fórmulas e 
milhares desses compostos são usados para que muitas propriedades sejam 
atribuídas. Explique o que é parabeno, sua composição, característica, bem como 
seu uso no mundo da estética e da cosmética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREINO INÉDITO 
Assunto: Produtos químicos 
Em se tratando do uso e tipos de produtos químicos, bem como sua aplicação 
no mundo da estética, assinale a alternativa correta: 
 
a. evitar produtos com químicos o máximo possível. 
b. evitar produtos com químicos o mínimo possível. 
c. utilizar produtos com químicos o básico possível. 
d. evitar produtos com químicos o inferior possível. 
e. N.D.A. 
 
NA MÍDIA 
OS RISCOS DOS INGREDIENTES DE COSMÉTICOS 
Segundo os especialistas, os ingredientes mais nocivos utilizados em cosméticos 
envolvem várias substâncias. Os conservantes são substâncias adicionadas aos 
produtos cosméticos que contêm água para evitar o desenvolvimento de fungos ou 
bactérias. 
O formaldeído é encontrado em muitos produtos de uso diário e também 
amplamente utilizado como conservante em bases, xampus e esmaltes. Além de ser 
uma substância conservante, é um bactericida poderoso e, embora tenha sido 
considerado carcinogênico, continua presente em uma ampla gama de produtos, 
mesmo em concentrações muito baixas. 
Os parabenos podem ser encontrados nas formulações como metilparabeno, 
etilparabeno, propilparabeno, isobutilparabeno, butilparabeno e benzilparabeno, 
utilizados como conservantes em hidratantes, protetores solares, pastas dentífricas, 
xampus; produtos para limpeza íntima, desodorantes, gel de barbear, em suma, em 
muitos cosméticos de uso diário, mesmo nos chamados produtos naturais e 
orgânicos.Têm sido amplamente demonstrados como substâncias capazes de 
penetrarem na pele e permanecerem intactos no interior dos tecidos, de forma 
cumulativa. Embora sejam legalmente autorizados em muitos países, como na UE 
por exemplo, os parabenos estão sob suspeita de serem cancerígenos.O 
quaternium-15 faz parte dos conservantes e está presente em muitos produtos 
 
 
 
 
cosméticos de maquiagem para os olhos, em bases, em xampus, e também em 
loções hidratantes e filtros solares. A substância é considerada prejudicial porque 
libera formaldeído, é tóxica e pode levar à sensibilização.O kathon CG é um outro 
conservante de amplo espectro de ação antimicrobiana, incolor e inodoro contido em 
produtos dermocosméticos, em produtos de cuidados pessoais e produtos de 
limpeza doméstica. Do ponto de vista toxicológico, o kathon CG foi classificado 
como irritante primário, apesar de ser muitos usado. É possível encontrar nos rótulos 
seus sinônimos como grotan, euxil ou isotiazolina. 
Fonte: Revista Ad Normas 
Data: 12/02/2019 
Leia na íntegra em: https://revistaadnormas.com.br/2019/02/12/os-riscos-dos-
ingredientes-de-cosmeticos/. 
 
NA PRÁTICA 
PRODUTOS GRAU 1 
Alguns exemplos de produtos grau 1 
Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com finalidade exclusiva de hidratação 
e/ou refrescância) 
Desodorante corporal (exceto os com ação antitranspirante) 
Shampoo e condicionador (exceto os com ação an tiqueda, anticaspa e/ou outros 
benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia) 
Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação anti-séptica ou esfoliante 
químico) 
Produtos para barbear (exceto os

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