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Material Didático-20220701

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(Ebook +IFMG) Ensino e aprendizagem - teorias, métodos e avaliação.pdf
 
 
 
 
 
 
Ensino e Aprendizagem: 
Teorias, métodos e avaliação 
 
 
 
 
Derli Barbosa dos Santos
Formação Inicial e 
Continuada 
+ IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Derli Barbosa dos Santos 
 
 
 
 
 
Ensino e Aprendizagem: 
Teorias, métodos e avaliação 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Instituto Federal de Minas Gerais 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
Catalogação: Rejane Valéria Santos - CRB-6/2907 
 
Índice para catálogo sistemático: 
1. Aprendizagem 370.152.3 
 
 
 
 
 
 
 
S237 Santos, Derli Barbosa dos. 
 Ensino e aprendizagem: teorias, métodos e avaliação. [recurso 
eletrônico] / Derli Barbosa dos Santos. – Belo Horizonte : Instituto 
Federal de Minas Gerais, 2021. 
 48 p. : il. color. 
 
 E-book, no formato PDF. 
 Material didático para Formação Inicial e Continuada. 
 ISBN 978-65-5876-137-2 
 
 1. Ensino. 2. Aprendizagem. 3. Método. I.Santos,Derli Barbosa 
dos. III. Título. 
 
 CDD 370.152.3 
 
Pró-reitor de Extensão 
Diretor de Programas de Extensão 
Coordenação do curso 
Arte gráfica 
Diagramação 
Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Niltom Vieira Junior 
Derli Barbosa dos Santos 
Ângela Bacon 
Eduardo dos Santos Oliveira 
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais 
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do 
Instituto Federal de Minas Gerais. 
2021 
Direitos exclusivos cedidos à 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Avenida Mário Werneck, 2590, 
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, 
Telefone: (31) 2513-5157 
Sobre o material 
 
 
 
Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, 
incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de 
forma autônoma e suficiente. 
 Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade 
de acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser 
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR 
disponível no fim deste livro. 
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas 
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links 
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante 
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para 
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code 
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https://mais.ifmg.edu.br 
 
Formulário de 
Sugestões 
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https://mais.ifmg.edu.br/
 
 
 
 
 
 
Palavra do autor 
 
 
Olá, seja bem-vindo ao curso Ensino e Aprendizagem! 
Nos últimos anos, temos percebido mudanças bastante significativas nos espaços 
educacionais. O ensino tradicional vem sendo gradualmente substituído por um ensino 
mais moderno, no qual o aluno passa a se reconhecer como um sujeito ativo nos 
processos de ensino-aprendizagem. 
As mudanças no ambiente escolar, causadas também pelos avanços científicos e 
tecnológicos, são bastante perceptíveis e sentidas por todos os atores da educação. Os 
professores precisam buscar formas de inovar no ensino, utilizando metodologias atrativas 
e recursos tecnológicos que auxiliem a aprendizagem. O aluno, por sua vez, precisa 
reconhecer o seu protagonismo, buscando, no professor e nos recursos pedagógicos 
disponíveis, novos conhecimentos e aplicações para aquilo que aprende. Os recursos 
didáticos, elaborados por diversos profissionais da educação, precisam ser adaptados a 
essa nova realidade, oferecendo condições para que alunos, professores e demais 
pessoas envolvidas nos processos de ensino atuem de forma cooperativa em prol da 
aprendizagem. 
Algumas perguntas são recorrentes nesses novos modelos de educação: os 
professores estão preparados para inovar no ensino, utilizando métodos modernos e 
tecnologias educacionais? Os alunos estão preparados para serem protagonistas nos 
processos de ensino-aprendizagem? Os materiais didáticos estão sendo produzidos de 
forma a atender as demandas do ensino contemporâneo? Os métodos tradicionais de 
ensino precisam ser totalmente abandonados? Este curso foi proposto para auxiliar você a 
refletir sobre esses questionamentos, não exatamente dando as respostas para eles, mas 
permitindo que você chegue às suas próprias conclusões. 
Neste curso, você irá conhecer as principais teorias de aprendizagem desenvolvidas 
ao longo dos anos e verá alguns exemplos de métodos e estratégias de ensino 
relacionadas a estas teorias. Além disso, serão apresentadas algumas metodologias ativas 
de ensino. Por fim, será discutido o papel da tecnologia no ensino e como os processos 
avaliativos são importantes para verificar a eficácia de uma estratégia de ensino e o nível 
de aprendizagem do estudante. 
Este curso foi desenvolvido para professores em atuação, para professores em 
formação, para estudantes, enfim, para qualquer pessoa interessada em compreender os 
diversos fenômenos que envolvem a sala de aula e buscam alternativas de estudos que 
promovam maior interação e aprendizagem. Se você é um desses inquietos, que está 
sempre em busca de novos conhecimentos, veio ao lugar certo. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação do curso 
 
 
Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são 
apresentados, sucintamente, a seguir. 
 
SEMANA 1 
Compreender aspectos gerais sobre ensino/aprendizagem 
e conhecer as principais teorias de aprendizagem 
desenvolvidas ao longo do tempo. 
SEMANA 2 
Diferenciar teorias, métodos e estratégias de ensino e 
reconhecer a tecnologia como ferramenta essencial na 
educação contemporânea. 
SEMANA 3 
Reconhecer a avaliação como mecanismo fundamental 
para verificar a aprendizagem e também a eficiência do 
método de ensino escolhido. 
 
 
Carga horária: 30 horas. 
Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais). 
 
 
Apresentação dos Ícones 
 
 
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento 
quando eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: 
 
 
 
 
Atenção: indica pontos de maior importância 
no texto. 
 
Dica do professor: novas informações ou 
curiosidades relacionadas ao tema em estudo. 
 
Atividade: sugestão de tarefas e atividades 
para o desenvolvimento da aprendizagem. 
 
Mídia digital: sugestão de recursos 
audiovisuais para enriquecer a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Semana 1 – Teorias de Ensino/Aprendizagem .............................................. 15 
1.1. A importância do assunto ................................................................... 15 
1.2. Teorias de ensino/aprendizagem ....................................................... 17 
1.2.1. Comportamentalismo ......................................................................... 18 
1.2.2. Construtivismo ...................................................................................
20 
1.2.3. Humanismo ........................................................................................ 22 
Semana 2 – Metodologias de Ensino ............................................................ 25 
2.1. Teoria, método, metodologia ou estratégia? ...................................... 25 
2.2. Métodos de ensino ............................................................................. 26 
2.3. Metodologias ativas de ensino ............................................................... 27 
2.4. Alguns métodos ...................................................................................... 27 
2.5. Tecnologias na educação ....................................................................... 29 
Semana 3 – Avaliação do Ensino e da Aprendizagem .................................. 31 
3.1. O que é avaliar? ................................................................................. 31 
3.2. Avaliação somativa x avaliação formativa .......................................... 33 
3.3. Instrumentos avaliativos ..................................................................... 34 
Referências ................................................................................................... 37 
Currículo do autor .......................................................................................... 39 
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 41 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/IFMG2.DESKTOP-FM5BA63/Downloads/Ensino-e-aprendizagem_final.docx%23_Toc61623417
file:///C:/Users/IFMG2.DESKTOP-FM5BA63/Downloads/Ensino-e-aprendizagem_final.docx%23_Toc61623423
file:///C:/Users/IFMG2.DESKTOP-FM5BA63/Downloads/Ensino-e-aprendizagem_final.docx%23_Toc61623431
 
 
 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
15 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”. 
 
1.1. A importância do assunto 
 
 
Atividade: Para iniciar os seus estudos, vá até a sala 
virtual e faça o “Quiz de Introdução”. 
 
“O mundo mudou”. Uma pequena frase, simples e objetiva, muitas vezes repetida, e 
que diz bastante sobre o que vivenciamos atualmente. É verdade! O mundo mudou. E 
muda sempre. É um processo contínuo. As mudanças sociais, ambientais, econômicas, 
políticas, religiosas e várias outras ocorrem desde sempre. A diferença é que num curto 
intervalo de tempo, em poucos anos, o mundo mudou muito. E, por isso, essa frase se 
tornou tão significativa. 
Os avanços científicos e tecnológicos, atrelados a uma série de outros fatores, 
como êxodo rural, industrialização, globalização, urbanização e por aí vai, fizeram com que 
a sociedade apresentasse mudanças relevantes nas últimas décadas. A forma de se 
comunicar mudou, a produção de conhecimento aumentou, os meios de transporte são 
mais rápidos, as notícias chegam em segundos, enfim, as diferenças observadas entre o 
mundo contemporâneo e o antigo são muitas. 
As mudanças ocorridas no mundo são sentidas em todos os setores da sociedade, 
e nos espaços educacionais não poderia ser diferente. A inserção de tecnologias nos 
processos de ensino e aprendizagem, a carga de conhecimento trazida pelos alunos, 
devido ao fácil e rápido acesso a informações, a rapidez na produção e divulgação de 
conhecimento a partir de pesquisas científicas, entre outras coisas, são responsáveis por 
uma educação mais moderna (e isso pode ser bom ou ruim dependendo do ponto de 
vista). 
Objetivos 
Compreender aspectos gerais sobre ensino/aprendizagem e 
conhecer as principais teorias de aprendizagem 
desenvolvidas ao longo do tempo. 
Semana 1 – Teorias de Ensino/Aprendizagem 
Plataforma +IFMG 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 
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Fato é que o aluno já não é mais o mesmo do passado. Aquele sujeito “cru”, sem 
experiência ou conhecimento algum, submisso ao professor, pronto para “ouvir, decorar e 
repetir” já não existe mais. A escola também não é igual. Um local com mesas, cadeiras, 
quadro, giz e um professor para “transmitir” conhecimento foi substituído por um local de 
interações humanas, vivências e experiências sociais e afetivas intensas. Os professores 
também não são os mesmos (ou pelo menos não deveriam ser). Aquele ser autoritário, 
detentor do conhecimento, de pouco afeto, deu espaço para uma pessoa que compartilha 
o que sabe, mas também aprende com o outro; para uma pessoa afetiva, que interage, 
que reconhece os méritos do seu aluno e compreende as necessidades do outro. 
Os fatos acima citados, além de inúmeros outros processos de mudanças sociais, 
levaram a novas relações nos processos de ensino e aprendizagem, facilmente 
perceptíveis por qualquer pessoa que esteja inserida num ambiente escolar. Basta ouvir 
relatos de professores que estão há mais tempo no exercício da docência, ou ouvir os avós 
falando sobre como era o ensino no passado, ou até mesmo fazendo uma breve leitura 
sobre o funcionamento de escolas no século XX, e chegamos à conclusão de que 
realmente muita coisa mudou quando se fala em ensino e aprendizagem. O modo de 
ensinar vem ganhando novas opções nesse novo mundo e aprender atualmente é algo 
que pode ocorrer de muitas maneiras. Mas, o que é ensinar e o que é aprender? 
Ensinar é o mesmo que passar para outras pessoas um conhecimento sobre algo, 
transmitir uma informação sobre um assunto. Aprender significa adquirir conhecimento 
sobre alguma coisa, adquirir habilidade, compreender ou dominar algum assunto. Veja que 
ensinar e aprender são ações complementares, são os opostos que se atraem. Quando 
alguém passa uma informação, um outro alguém recebe aquela informação. Quando um 
ensina, um outro aprende. Atente para o fato de que ensinar e aprender não são ações 
necessariamente executadas por pessoas. Porém, considerando o objetivo deste curso, de 
relacionar o ensino e a aprendizagem com os espaços educacionais, o foco aqui será nas 
relações de ensino e aprendizagem estabelecidas entre professores e alunos. 
Sempre que falamos em ensinar e aprender numa escola, devemos relacionar três 
elementos: o que ensina (normalmente o professor), o que aprende (em geral, o aluno) e o 
conhecimento (ou habilidade, aquilo que está sendo ensinado e aprendido). É a relação 
holística entre esses elementos que fundamenta tudo o que ocorre numa escola. O 
trabalho da gestão escolar, da pedagogia, da secretaria, das educadoras de apoio, da 
biblioteca e de vários outros departamentos escolares é dar o suporte necessário para que 
essa relação professor/aluno/conteúdo ocorra de maneira efetiva, enquanto que o papel do 
professor e do aluno é garantir que o ensino e a aprendizagem se concretizem. 
Ensinar e aprender são processos que dependem de ações efetivas de pessoas 
envolvidas com a educação. Mas como executar essas ações corretamente? Como utilizar 
estratégias de ensino adequadas para cada conteúdo? Como estudar de modo 
consistente? Sobretudo, como fazer todas essas coisas num mundo tão mudado, com 
pessoas diferentes, com conhecimentos novos a todo momento, com relações 
interpessoais intensas? 
Conhecer os mecanismos de aprendizagem, com origens no âmbito da psicologia, 
utilizar diferentes métodos de ensino e saber como avaliar a eficácia do método e o nível 
de aprendizagem dos alunos sempre foi importante, desde os primórdios da educação. 
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Pró-Reitoria de Extensão 
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Mas agora, além de saber tudo isso, é fundamental reconhecer que a tecnologia veio para 
ficar, e que esta é, e será, cada vez mais parte indissociável do ensino. É importante 
aceitar que alunos e professores não são mais os mesmos, e estimular um ensino ativo, 
que coloque todos
os envolvidos na educação, sobretudo os alunos, como protagonistas 
dos processos de ensino/aprendizagem. 
 
 
Dica do Professor: Leia o artigo “Ensino-
aprendizagem: uma interação entre dois Processos 
comportamentais” para ampliar os seus conhecimentos 
sobre o assunto (download). 
 
1.2. Teorias de ensino/aprendizagem 
 
A forma como as pessoas aprendem é algo discutido desde a antiguidade. 
Sócrates, Platão e Aristóteles, por exemplo, ainda na Grécia Antiga, já elaboravam ideias 
de como as pessoas incorporam uma nova informação. Os primeiros pensamentos sobre 
aprendizagem estavam muito mais ligados à capacidade de as pessoas interagirem com o 
ambiente e com os outros, por meio da comunicação, da locomoção, das expressões etc. 
Portanto, aprender era sinônimo de desenvolver processos orgânicos e experiências 
pessoais e não necessariamente estudar para adquirir habilidades que pudessem 
contribuir para um desenvolvimento da sociedade. 
A ideia de aprendizagem como uma atividade social é algo mais recente. A 
necessidade de pessoas capacitadas, com amplos conhecimentos e habilidades, para o 
mercado de trabalho, para a realização de pesquisas e para o desenvolvimento científico e 
tecnológico, exige das pessoas, hoje, muito mais do que saber se comunicar, por exemplo. 
É necessário ir além. Aprender atualmente é compreendido como algo mais complexo, 
para além do desenvolvimento orgânico. Envolve a capacidade de compreender, 
interpretar, aplicar conhecimentos, solucionar problemas, elaborar e testar hipóteses. Por 
isso os processos de ensino e aprendizagem são cada vez mais amplos e exigem, cada 
vez mais, de professores e alunos, bem como de toda a sociedade. 
Nas últimas décadas, por conta das necessidades de aprendizagem, cada vez mais 
intricadas, os processos de ensino/aprendizagem e as relações professor x aluno vêm 
sendo amplamente discutidos e investigados. Há uma clara ruptura sobre o que o 
professor quer ou pretende ensinar, sobre o que o aluno quer ou espera aprender, e sobre 
o que a sociedade espera que o aluno aprenda. As reclamações de professores e alunos 
sobre as dificuldades enfrentadas no ensinar e no aprender são cada vez mais frequentes. 
Geralmente há uma troca de acusações sobre os problemas escolares (política, 
metodologias ultrapassadas e alunos desinteressados são alguns dos “culpados”) quando, 
na verdade, toda a sociedade mudou e, cada vez mais, se faz necessário entender os 
fatores relacionados ao processo ensino/aprendizagem, para que todos atuem de forma 
mais coerente com a realidade atual. 
http://drive.google.com/file/d/1uyi6vR7ndrltnkj1zDE8yFO2-nGIf0El/view
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A maneira como as pessoas aprendem, isto é, as teorias de ensino/aprendizagem, 
estão entre um dos assuntos mais estudados quando se fala em pesquisas na área da 
educação. Talvez porque compreender como alguém incorpora o conhecimento seja um 
dos possíveis caminhos para tornar o ensino mais eficiente. A partir dessa compreensão é 
possível definir melhor as metodologias e as estratégias de ensino, bem como a forma de 
avaliar. 
Geralmente dividimos as teorias de ensino em três grandes grupos, a saber: 
comportamentalismo, construtivismo e humanismo. 
 
1.2.1. Comportamentalismo 
 
O comportamentalismo ou behaviorismo (do inglês behavior = comportamento) é, 
resumidamente, uma área da psicologia que se preocupa em compreender as relações 
dos indivíduos com estímulos e as respostas dadas a esses estímulos. O que o indivíduo 
pensa, sente ou possui de conhecimentos e experiências pessoais não é levado em 
consideração para essa teoria de ensino/aprendizagem. Para os comportamentalistas, o 
objetivo é identificar quais estímulos provocam certos comportamentos. 
As ideias comportamentalistas tiveram início, de certa forma, por acaso, com os 
trabalhos realizados pelo fisiologista russo Ivan Pavlov, ainda na década de 1920. Ao 
estudar os processos digestivos de animais, Pavlov começou a perceber que determinadas 
ações (estímulos repetidos frequentemente) geravam respostas específicas das espécies 
estudadas. Por exemplo, durante pesquisas para analisar a produção de saliva em cães a 
partir de estímulos alimentares, o russo percebeu que após um período de experimentos 
os cachorros começaram a produzir saliva antes mesmo da entrega da comida, somente 
pela apresentação da tigela. Com isso, Pavlov elaborou a ideia de condicionamento 
clássico, que consiste em reforçar determinadas respostas dos indivíduos com a repetição 
de estímulos que levam àquela ação. Vejamos mais um exemplo: todas as vezes que 
Pavlov fornecia o alimento ao cão ele tocava um sino. Após um determinado tempo, 
bastava tocar o sino para que o cachorro começasse a salivar. Significa que a resposta 
“salivação” foi condicionada ou ficou conectada com o som do sino. 
 
 
Atenção: Pavlov não desenvolveu a psicologia do 
comportamento, tampouco criou o termo 
comportamentalismo. As pesquisas desse cientista 
foram no campo do condicionamento clássico e as 
ideias dele foram utilizadas posteriormente para dar 
início ao comportamentalismo. 
 
Pavlov, em geral, trabalhou com animais e, por isso, boa parte de suas pesquisas 
foram em relação ao comportamento animal. Entretanto, o russo também fez experimentos 
de condicionamento clássico com seres humanos e os resultados obtidos por ele 
representam o início de um trabalho na área de psicologia comportamental. 
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John Broadus Watson, psicólogo dos Estados Unidos, bastante influenciado pelas 
ideias elaboradas por Pavlov sobre condicionamento clássico, que deu início ao 
movimento comportamentalista na psicologia, sendo considerado o “pai do 
comportamentalismo”. Watson buscava explicar que a aprendizagem, independentemente 
de ser animal ou humana, era promovida a partir de um condicionamento gerado pela 
relação estímulo-resposta. Portanto, o comportamento representa uma adaptação pessoal 
aos estímulos a que somos expostos. Pensando em termos educacionais, seria como 
adaptar o ambiente de ensino e o roteiro de estudos, criando estímulos que levassem a 
respostas (comportamento) positivas ou corretas por parte dos estudantes. Para isso era 
necessário conhecer qual comportamento era promovido por cada tipo de estímulo. 
Edwin Guthrie e Edward Thorndike, outros dois norte-americanos, assim como 
John Watson, que foram grandes influenciadores da psicologia do comportamento. Ambos 
aprofundaram estudos nessa área do conhecimento, contribuindo com diferentes 
pesquisas e informações, mas tendo como foco principal a relação estímulo-resposta. 
Burrhus Frederic Skinner, psicólogo, inventor e filósofo norte-americano, além de 
professor na Universidade Harvard, foi um dos grandes influenciadores do 
comportamentalismo na educação. Skinner não focalizou seus estudos no estímulo-
resposta, mas no que vinha depois, na consequência dessa relação, naquilo que pode, ou 
não, reforçar aquela resposta. Esse psicólogo deu origem ao chamado condicionamento 
operante. 
Para Skinner, cada indivíduo pode emitir dois tipos de respostas frente aos 
estímulos, a respondente e a operante. Uma resposta respondente é aquela inata, 
involuntária, os chamados reflexos, como, por exemplo, a dilatação da pupila em casos de 
diminuição da luminosidade. Uma resposta operante seria aquela na qual o indivíduo 
modifica o mundo exterior, realiza alguma ação sobre o meio. Quando, por exemplo, em 
um dia frio, o sujeito veste um casaco. Diferentemente de respostas respondentes, a 
resposta operante pode, ou não, ser emitida, mesmo diante do mesmo estímulo. 
Skinner propôs que as respostas operantes poderiam ser condicionadas, ou seja,
modificadas, dependendo do tipo de consequência que aquela resposta gerava. A 
consequência era chamada de reforço. Um reforço positivo aumentava a frequência 
daquela resposta diante daquele estímulo. Um reforço negativo diminui a frequência 
daquela resposta mediante certo estímulo. Dito isso, conclui-se que o importante nessa 
teoria é a relação resposta-reforço e não estímulo-resposta, como proposto pelos primeiros 
behavioristas. 
Vejamos um exemplo da teoria de Skinner no ambiente escolar. O professor ensina 
um conceito para o aluno. Após alguns dias é aplicada uma prova na qual o conhecimento 
sobre aquele conceito é exigido. Se o aluno repetir o conceito corretamente, de acordo 
com o professor ou com os livros utilizados, o aluno recebe uma nota alta (reforço 
positivo). Caso ele seja perguntado novamente, ele repetirá aquela resposta, tendo em 
vista que ela foi avaliada positivamente. Mas, se o estudante der uma resposta diferente do 
que está no livro didático, o professor dará a ele uma nota baixa (reforço negativo) e, com 
isso, aquela resposta não será repetida, considerando que ela foi mal avaliada. 
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As ações dos alunos, respostas operantes, quando são boas do ponto de vista 
escolar, são reforçadas positivamente por meio de elogios, destaques, notas altas, prêmios 
(como ir a um passeio) e vários outros mecanismos. Já as ações ruins recebem reforço 
negativo, como castigo, nota baixa, ficar sem recreio e assim por diante. São os 
comportamentos sendo moldados (condicionados), levando a uma aprendizagem correta 
do ponto de vista social. 
Num primeiro momento, a abordagem comportamentalista no ambiente escolar não 
apresenta nada de errado. Reforçar positivamente atitudes corretas e negativamente 
ações incorretas é algo comum, até mesmo na educação dada pelos pais. Entretanto, 
quando se fala em aprendizagem num sentido mais moderno, isto é, adquirir conhecimento 
e ser capaz de aplicá-lo, e não somente replicá-lo ou saber se comportar, percebemos que 
o comportamentalismo pode ser ultrapassado, pois estimula o treinamento e a 
aprendizagem mecânica em detrimento de uma educação ampla. 
 
 
Dica do Professor: Explore a apostila “Subsídios 
teóricos para o professor pesquisador em ensino de 
ciências” para conhecer um pouco mais as principais 
teorias de ensino (download). 
 
1.2.2. Construtivismo 
 
O construtivismo é uma teoria que considera a aprendizagem como um processo de 
construção do sujeito, relacionando suas experiências pessoais, sociais, afetivas e 
cognitivas. O aluno não é um sujeito passivo, que repete o que lhe foi explicado, mas um 
sujeito ativo, que interage com o meio, resolvendo problemas que criem conflitos mentais e 
levem a um desenvolvimento pessoal, criando avanços no pensamento, na argumentação 
e no raciocínio lógico. O professor construtivista é um mediador que cria situações que 
permitam ao aluno progredir mentalmente. 
Diferentemente do comportamentalismo, que cria estímulos para condicionar o 
aluno, sendo este um sujeito passivo, que responde aos estímulos, no construtivismo o 
aluno é estimulado a desenvolver sua aprendizagem à medida que se desenvolve 
enquanto cidadão, levando em consideração o que já sabe, ou seja, as experiências que já 
possui devido à sua interação com o meio. O que o sujeito sabe, juntamente com os novos 
estímulos promovidos pelo professor, levam a um nível mais avançado de interpretação, 
de conhecimento, de habilidades, de capacidade de resolver problemas. 
O pioneiro e mais conhecido autor construtivista é Jean Piaget. Entretanto, vários 
outros pesquisadores fizeram contribuições importantes com essa teoria da aprendizagem, 
com destaque para Lev Vygotsky e David Ausubel. 
Piaget propôs que a aprendizagem se dá pela interação entre fatores internos 
(mente, conhecimentos pessoais) e fatores externos (meio). A aprendizagem se dá por um 
processo chamado equilibração majorante. É através de etapas desse equilíbrio que o 
http://drive.google.com/file/d/1U7enmeQvqC6bkwIuFK0-SrVXypFdZY_a/view
Plataforma +IFMG 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 
21 
conhecimento vai sendo construído. Segundo este autor, todo ser humano tende a 
organizar sua mente, formando estruturas psicológicas coerentes, isto é, a mente busca 
sempre interpretar o meio e se adaptar a ele. Todas as vezes que uma nova situação é 
vivenciada, o organismo (mente) busca uma reestruturação por meio de esquemas de 
assimilação, ou seja, o sujeito tende a assimilar aquela nova situação, interpretando-a e 
acomodando-a na sua estrutura cognitiva. Assim, o organismo estará adaptado àquela 
nova situação e sua estrutura psicológica ficará novamente organizada. 
Considerando a teoria piagetiana para o espaço educacional, fica evidente o papel 
de mediador do professor e de protagonista do aluno. O professor deve criar mecanismos 
que levem a um conflito cognitivo numa estrutura mental organizada do aluno. 
Simplificando, o docente precisa estimular o discente a vivenciar novas situações e este, 
por sua vez, deve interpretá-las e acomodá-las numa estrutura cognitiva, gerando 
aprendizagem e experiência. É o aluno que precisa buscar informações que o auxiliem a 
interpretar aquela situação e a construir o seu próprio conhecimento. 
Para Piaget, a forma como crianças, adultos e adolescentes chegam ao equilíbrio 
majorante é diferente. Isso por que cada um está em etapas de desenvolvimento cognitivo 
diferentes e se relaciona de maneiras distintas com o meio. É extremamente importante 
levar esse aspecto em consideração, uma vez que certas disciplinas ou conceitos poderão, 
ou não, ser compreendidos dependendo do nível cognitivo em que o aluno se encontra. 
Vygotsky considera que mais importante para a aprendizagem, que a interação com 
o meio de um modo geral, é o contexto social, cultural e histórico no qual o sujeito está 
imerso. O envolvimento de um indivíduo com a sociedade por meio da troca de 
significados é o que leva ao desenvolvimento cognitivo. Nessa teoria a aprendizagem 
sempre se dá pela relação com outras pessoas e nunca individualmente. 
Dois conceitos são fundamentais para se compreender a teoria de Vygotsky, o signo 
e o instrumento. Signos são coisas que possuem significado, como símbolos, palavras, 
ideias, ícones, gesto etc. Instrumentos são objetos utilizados para fazer algo, como um 
lápis. Cada sociedade possui, culturalmente e historicamente, signos e instrumentos 
diferentes. Ao interagir com a sociedade na qual está alocado, o organismo desenvolve 
significados semelhantes ao daquele lugar, sendo capaz de manusear aqueles 
instrumentos e se comunicar com aquelas pessoas de forma adequada. 
Vygotsky desenvolveu a ideia de zonas de desenvolvimento proximal. Essa teoria 
busca identificar qual o nível de conhecimento de uma pessoa e até onde esse indivíduo é 
capaz de ir numa próxima etapa de aprendizagem. Na interação com a sociedade, por 
exemplo, o sujeito analisa o que sabe e por meio da troca de significados, de experiências 
e de conhecimentos, é capaz de chegar num próximo estágio de desenvolvimento 
cognitivo. No fim desse processo, o indivíduo sai de uma zona de maturação intelectual 
para a próxima zona de cognição, mais complexa e com mais informações. 
Levando as ideias de Vygotsky para o contexto educacional, percebemos que a 
aprendizagem deve ser estimulada por meio da interação social, ou seja, um aprende com 
o outro. O professor, como mediador, e considerando que a sala de aula é um ambiente 
bastante heterogêneo, deve estimular a interação e a troca de significados. Além disso, o 
professor é uma pessoa que já internalizou significados socialmente aceitos em relação a 
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22 
determinados conhecimentos (ou matérias) e ele deve passar esses signos para os alunos. 
Este, por sua vez, deve compreender esses signos e verificar se a forma como 
compreendeu está adequada para a área de conhecimento em questão. 
Ausubel contribuiu bastante com o construtivismo a partir da ideia de aprendizagem 
significativa. Para esse autor, o aspecto mais importante para a aprendizagem de alguém 
é aquilo que a pessoa já sabe. Esse conhecimento prévio é chamado de subsunçor e deve 
ser levado em consideração durante o ensino, sendo necessário, portanto, averiguá-lo. 
A aprendizagem significativa seria aquela que possui significado, isto é, aquela que 
se relaciona com algum conhecimento que já está presente na estrutura cognitiva do 
aprendiz e, por isso, faz sentido para ele. Nessa interação, do novo com o velho, o 
conhecimento é enriquecido e se torna mais elaborado. 
No construtivismo de Ausubel, o aluno precisa ter uma predisposição para aprender, 
o que significa que este precisa estar interessado em relacionar o que está sendo ensinado 
com aquilo que ele já conhece. O papel do professor também é fundamental, pois é 
necessário ensinar de acordo com o que o aluno tem de subsunçores. Para isso, o docente 
precisa identificar os conhecimentos prévios e apresentar situações novas que possam ser 
ancoradas a estes conhecimentos, modificando-os e aprimorando-os. 
 
1.2.3. Humanismo 
 
O humanismo é uma teoria de ensino/aprendizagem que foca muito mais no 
professor e no aluno, enquanto pessoas (com sentimentos, conhecimentos, anseios, ideias 
e ações), que em técnicas ou métodos de ensino. O humanismo se concentra no 
crescimento pessoal, no professor como facilitador da aprendizagem e nas interações 
pessoais. O aluno tem liberdade para escolher quais atividades deseja realizar, pensando 
em seus interesses pessoais e nos do grupo. 
O objetivo da teoria, ou filosofia, humanista é fazer com que o sujeito “aprenda a 
aprender” e seja o autor de sua própria história. A metodologia escolhida para o ensino não 
é importante, desde que o objetivo final seja sempre formar pessoas independentes, com 
capacidade de argumentar, de propor ideias, de modificar a sua própria realidade e de se 
embasar teórica e cientificamente. 
Paulo Freire foi um dos grandes influenciadores do humanismo. Para ele a 
aprendizagem ocorre graças a utilização do contexto do aluno nos processos de ensino. 
Perceba que em outras teorias, o que o aluno já sabe é usado para relacionar com o novo. 
Na pedagogia freireana o que o aluno sabe é usado como técnica de ensino, ou seja, as 
experiências dos estudantes são levadas em consideração, de tal modo que os estudos 
façam sentido e o aluno desenvolva um senso crítico. 
A interação entre os pares é um outro aspecto fundamental das ideias de Paulo 
Freire. Todos devem interagir, compartilhar experiências, para que a aprendizagem 
alcance a todos, isto é, não existe hierarquia. 
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Observe que todas as teorias citadas fazem sentido e, de alguma forma, parecem 
estar corretas. A visão de como se aprende está diretamente relacionada ao momento 
histórico e social, às experiências, observações e valores de cada ser. Portanto, não há 
uma teoria totalmente certa ou completamente errada. Há uma interação entre as 
diferentes teorias e, o conjunto delas, é basicamente o que leva uma pessoa a aprender. 
Se formo considerar o mundo atual, por exemplo, percebemos que as pessoas 
aprendem mais rápido, com maior facilidade. Isso se deve ao fato de a humanidade já ter 
avançado muito em termos de conhecimentos e experiências, em termos de tecnologias 
digitais de informação e comunicação, que facilitam o acesso ao conhecimento. Então 
podemos dizer que aprendemos por meio da conexão com a tecnologia, que amplia a 
obtenção de informações e a aplicação de conhecimento e desenvolvimento de 
habilidades. 
Já temos, assim, mais uma opção de como as pessoas aprendem. Aprender é um 
processo amplo, que envolve uma série de fatores e, por isso, não podemos delimitar a 
aprendizagem a uma única teoria, bem como, não podemos querer que as pessoas 
aprendam de uma única forma. Mas esse assunto será tratado na próxima semana. 
 
 
Atividade: Para concluir a primeira semana de 
estudos, vá até a sala virtual e faça o “Questionário da 
Semana 1”. 
 
Concluída essa semana de estudos é hora de uma pausa para reflexão. Faça a 
releitura de tudo que lhe foi sugerido, assista aos vídeos propostos e analise todas essas 
informações com base na sua experiência. Esse intervalo é importante para amadurecer 
as novas concepções que esta etapa lhe apresentou! 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
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Mídia digital: Antes de iniciar os estudos dessa 
semana, vá até a sala virtual e assista ao vídeo 
“Metodologias de Ensino”. 
 
2.1. Teoria, método, metodologia ou estratégia? 
 
No contexto do ensino e da aprendizagem, alguns termos são comumente utilizados 
e, muitas vezes, de forma equivocada. Diferenciar alguns conceitos é fundamental para 
compreendermos como se dá a análise educacional no que se refere ao ato de ensinar e 
aprender. 
Teoria se refere a um conjunto de conhecimentos sobre determinada área. É 
quando algo já foi minimamente estudado e há uma sistematização de informações sobre 
aquilo. Quando falamos em teorias de aprendizagem, nos referimos a pesquisas feitas 
nesse campo do conhecimento e às informações existentes sobre essa área do saber. 
Sendo assim, teorias de aprendizagem são as ideias principais, já estudadas e divulgadas, 
sobre como o ser humano aprende. É basicamente tudo aquilo que estudamos durante a 
primeira semana. 
Método é uma palavra de origem grega, que significa “caminho, via”. Método seria, 
antes de mais nada, a estruturação de um caminho para se chegar a um objetivo final. 
Métodos de ensino são maneiras lógicas, organizadas, sistematizadas, para se ensinar 
algo, para se alcançar um objetivo de ensino. Um método de ensino pode se basear em 
uma ou mais teorias de ensino. Sabendo como o sujeito aprende (teoria), pode-se criar um 
percurso formativo (método) para aplicar aquela teoria. 
Estratégia se refere aos meios que utilizamos para conseguir alguma coisa. Em 
termos de ensino, estratégias seriam as etapas de um método, ou seja, os mecanismos 
utilizados para se desenvolver um método de ensino. 
Metodologia é a junção da palavra “método” com o sufixo “logia” (que significa 
estudo de). Portanto, metodologia é o estudo das bases filosóficas e epistemológicas, do 
contexto no qual um método foi criado, das relações daquele método com as teorias de 
ensino e assim por diante. 
Veja um exemplo relacionando esses termos: um professor percebe que no seu 
contexto educacional a melhor forma para se aprender é por meio de relações 
Objetivos 
Diferenciar teorias, métodos e estratégias de ensino e 
reconhecer a tecnologia como ferramenta essencial na 
educação contemporânea. 
Semana 2 – Metodologias de Ensino 
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interpessoais (construtivismo de Vygotsky), com a troca de signos. Para possibilitar a 
aplicação dessa teoria (construtivismo), o professor resolve adotar como método de ensino 
“três momentos pedagógicos de Delizoicov”, que é dividido em três etapas: 
problematização inicial, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento. Para 
colocar esse
método em andamento o professor precisa definir estratégias: como será feita 
a problematização inicial? Pode ser por meio de uma busca local para verificar problemas 
na comunidade, por meio da leitura de um texto, por meio de uma pesquisa na internet; 
como será organizado o conhecimento? Por meio de leituras de livros didáticos, por meio 
de aulas práticas; como será aplicado o conhecimento? Por meio da solução do problema 
inicialmente identificado, por meio de uma feira cultural com intercâmbio de 
conhecimentos. A metodologia aqui poderia ser a avaliação dos resultados obtidos com o 
método escolhido, a verificação do quanto os alunos aprenderam, do quanto o trabalho 
possibilitou construção de conhecimento. Essa seria a análise, o estudo do método. 
 
2.2. Métodos de ensino 
 
É muito comum utilizarmos, no nosso dia a dia, os termos metodologias de ensino e 
métodos de ensino como se fossem sinônimos. Inclusive, fala-se mais em metodologias de 
ensino do que em métodos de ensino. Mas, como já vimos, quando falamos do conjunto de 
estratégias utilizadas para ensinar, nos referimos a método e, quando falamos do estudo 
de um método, das suas origens e eficácia, nos referimos a metodologias. 
Existem muitos métodos de ensino e estes são classificados e nomeados com base 
em diferentes critérios. Veja alguns exemplos: 
- Métodos nomeados a partir do idealizador: três momentos pedagógicos de 
Delizoicov, Método Waldorf, Método Keller, Método Montessori, Método Freire. 
- Métodos nomeados a partir da estratégia principal: aprendizagem baseada em 
problemas, aprendizagem baseada em pesquisa, aprendizagem por projetos, método 
expositivo, aprendizagem por estudo de caso. 
- Métodos nomeados a partir da concepção filosófica que os embasa: método 
sociointeracionista, método construtivista, método comportamentalista, método humanista. 
Todos os métodos de ensino se baseiam em uma ou até mesmo em mais de uma 
teoria de aprendizagem. A adoção de um determinado método deve estar de acordo com o 
objetivo de ensino proposto pelo professor. Este deve ter em mente que cada aluno é um 
ser único, em formação e que aprende de maneira diferente dos demais, tanto em termos 
teóricos, quanto em termos de estratégias e métodos. Por isso, utilizar uma variedade de 
estratégias é fundamental para que todos tenham as mesmas oportunidades de 
aprendizagem. 
 
 
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2.3. Metodologias ativas de ensino 
 
Metodologia ativa de ensino é o processo pelo qual os métodos ativos estão sendo 
estudados, gerando informações sobre como esses métodos são utilizados e com qual 
frequência, que resultados eles apresentam no contexto educacional e em que situações 
eles podem ser melhor aproveitados. Mas o que são esses métodos ativos? 
O ensino tradicional, comumente reconhecido como aquele no qual o professor é o 
detentor do conhecimento, controla os espaços de ensino/aprendizagem e transmite o que 
sabe para os alunos, vem sendo substituído por um ensino mais contemporâneo, no qual o 
aluno se reconhece como autor da sua própria história e assume um protagonismo maior, 
quando se trata de buscar conhecimento e progredir em sua própria aprendizagem. É aí 
que entram os métodos ativos. 
Os métodos ativos representam um conjunto de estratégias nas quais o objetivo 
principal é fazer com que o aluno aprenda de forma autônoma. O professor assume o 
papel de mediador, de sujeito que cria situações ou que apresenta problemas reais que 
estimulem os alunos a buscarem conhecimentos específicos para solucionarem tais 
problemas. O aluno precisa estar no centro das atenções, participando ativamente da 
construção do seu próprio conhecimento. 
 
 
Dica do Professor: Leia o artigo “Abandono da 
narrativa, ensino centrado no aluno e aprender a 
aprender criticamente” para ampliar seus 
conhecimentos sobre metodologias ativas de ensino 
(download). 
 
Os métodos ativos, em geral, mesclam várias teorias de aprendizagem, 
possibilitando que os alunos interajam com o meio e uns com os outros, utilizem 
conhecimentos que já possuem, desenvolvam senso crítico e, por isso, estão entre os 
métodos mais aceitos e adotados atualmente. 
Entre as vantagens dos métodos ativos podemos destacar: motivação dos 
envolvidos no processo, uso de tecnologias, maior abrangência de conteúdo, relação com 
teorias de aprendizagem modernas, participação efetiva do aluno e desenvolvimento da 
autonomia. 
 
2.4. Alguns métodos 
 
A seguir, são descritos alguns métodos de ensino adotados nos espaços escolares. 
Muitos deles são utilizados rotineiramente e boa parte dos envolvidos no processo de 
ensinar e aprender, até mesmo o professor que o adotou, não tem conhecimento da 
nomenclatura e da origem teórica de tal método. 
http://drive.google.com/file/d/1d4liqXWjm18TP7QROLqhN3pvIFpJtUpi/view
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28 
- Expositivo: conhecido também como método tradicional, é aquele no qual o 
conhecimento é transmitido do professor para o aluno. Por transmissão, entende-se 
professor como “detentor do conhecimento” e o aluno como “indivíduo sem informação que 
recebe ou decora os dados que estão sendo transmitidos”. O foco desse método é o 
conteúdo, geralmente presente em um livro base, que precisa ser aprendido pelos 
estudantes. As estratégias mais comuns nesse método são a oralidade, o uso de quadro 
para anotação de informações, a leitura do livro didático e, devido à modernização das 
escolas, o uso de projetores digitais. A teoria base desse método é o comportamentalismo. 
- Três momentos pedagógicos de Delizoicov: é um método que envolve três etapas 
básicas de desenvolvimento: problematização inicial, organização do conhecimento e 
aplicação do conhecimento. O professor é o mediador que apresenta uma problemática 
num primeiro momento. Em seguida, os alunos precisam buscar informações para 
compreenderem melhor o problema apresentado e para proporem soluções. Por fim, os 
alunos, juntamente com o professor, podem solucionar a questão e devem verificar em que 
outras situações aquele mesmo conhecimento pode ser aplicado. É um método que tem 
suas bases no humanismo. 
- Método Freire: metodologia baseada nos trabalhos de Paulo Freire, no qual o 
contexto de cada aluno é fundamental para a aprendizagem. O professor deve adotar 
estratégias que relacionem o que ele quer ensinar com aquilo que o aluno vivencia, 
fazendo com que o estudo tenha um sentido mais pessoal e humano. 
- PBL (Problem Based Learning): Aprendizagem Baseada em Problemas é um 
método ativo de ensino, baseado no construtivismo, no qual um problema é apresentado 
aos alunos e os mesmos precisam buscar conhecimentos para solucioná-lo. Apesar de a 
princípio ser parecido com o método de Delizoicov, o PBL é focado na prática e é mais 
comum em cursos de medicina. As turmas precisam ser pequenas com, no máximo, 10 a 
12 alunos, e as discussões são bastante incentivadas, além de pesquisas individuais para 
aprofundamento no tema. 
- 5W1H: ou aprendizagem por projetos. Tem seu nome originado em palavras 
inglesas: what, why, who, when, where e how, que significam, respectivamente: o que, por 
que, quem, quando, onde e como. Esses termos são a base de construção de um projeto 
e, após a elaboração, o que foi proposto deve ser executado. O professor auxilia na 
produção e no desenvolvimento, mas são os alunos que propões o que querem fazer e 
como vão fazer. É um método centrado no estudante e, portanto, ativo. 
- IBL (Inquiry Based Learning): Aprendizagem Baseada em Investigação, é um 
método que busca solucionar problemas de maneira colaborativa por meio das etapas do 
método científico. É um método ativo e construtivista, no qual
o professor é o mediador e o 
aluno é o protagonista. O conhecimento é construído de forma coletiva, por meio de 
experiências, pesquisas, trocas de informações, proposição e teste de hipóteses e 
divulgação de dados. 
- Mapa conceitual: também considerado uma estratégia e não um método, a 
construção de mapas conceituais estimula o relacionamento de conceitos ou ideias-chave 
dentro de um conteúdo geral. Tem suas origens na aprendizagem significativa de Ausubel. 
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29 
- Experimentos: podem ser utilizados como estratégia dentro de um método ou 
como método de ensino. Estimulam o aluno a propor hipóteses, a definir métodos de 
estudo e de aprendizagem, a fazer aulas práticas colaborativas e a desenvolver o senso 
argumentativo, por meio de apresentação e defesa de dados obtidos. 
- Flipped classroom: conhecido popularmente como Sala de Aula Invertida, 
transforma os espaços não formais de ensino como extensões da sala de aula. Em geral, o 
aluno tem acesso ao material de estudo antes da explicação e tem a responsabilidade de 
estudar, pesquisar, fazer atividades e desenvolver o conhecimento de forma autônoma. Na 
sala de aula o professor estaria à disposição para tirar dúvidas, acrescentar informações e 
mediar debates e trocas de informações que promovam um desenvolvimento coletivo. É 
um método ativo, baseado no construtivismo. 
- Webquest: são sequências didáticas, em geral, feitas com auxílio de tecnologias 
digitais de informação e comunicação, na qual o aluno tem acesso a um roteiro de estudo 
que inclui vídeos, textos para leitura, exercícios, jogos e outros instrumentos. A cada etapa 
concluída, um novo arquivo é liberado para o aluno ir avançando no conteúdo e 
aprofundando conhecimentos. 
São muitos os métodos existentes, cada um com suas particularidades e com suas 
origens filosóficas e históricas. Algumas outras formas de ensinar e aprender, comuns nos 
espaços educacionais, podem ter suas bases nas ideias de Vygotsky. 
Feiras ou exposições científicas e culturais, congressos, simpósios e outros tipos de 
eventos são feitos com o objetivo de haver intercâmbio científico e cultural. A troca de 
signos é intensa e a ampliação de conhecimentos fica evidente por parte das pessoas que 
participam desses acontecimentos. 
No fim, o mais importante não é o método escolhido, mas a certeza de que todos 
estejam desenvolvendo suas habilidades. Para isso, é importante que o professor 
questione, no momento que prepara as suas aulas: a atividade promove o pensamento? É 
colaborativa? Possibilita a construção de conhecimento? Está contextualizada? É 
problematizadora? Se sim para a maioria dessas perguntas, significa que é um método de 
qualidade. 
 
2.5. Tecnologias na educação 
 
Como você deve ter percebido, boa parte dos métodos de ensino podem envolver 
estratégias que necessitem da utilização de tecnologias digitais de informação e 
comunicação. Além disso, a própria educação contemporânea envolve aquilo que 
frequentemente vem sendo chamado de ensino híbrido. 
O ensino híbrido é aquele que envolve momentos de estudos presenciais, com 
tópicos a serem aprendidos online. Esse ensino é uma tendência na educação do século 
XXI e cada vez mais professores e instituições adotam essa estratégia. Perceba que o 
ensino híbrido não é um método de ensino, mas sim uma estratégia que pode ser utilizada 
dentro de diferentes métodos. 
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30 
De certa forma, a tecnologia já está inserida no contexto educacional, não é mais 
uma escolha. O ensino híbrido já existe, até mesmo sem que o professor coloque isso no 
seu planejamento. Quando o aluno é solicitado a realizar uma “pesquisa”, ou tem uma 
tarefa de casa a fazer, é comum que ele busque informações na internet. Assim, ele estará 
aprendendo, ou melhor, estudando online. 
As tecnologias estão aí para facilitar os processos de ensino e aprendizagem. Por 
meio delas é possível aprimorar o ensino. Não se deve ter a tecnologia como substituta do 
papel do professor, tampouco como redutora da responsabilidade do aluno. Os 
instrumentos tecnológicos devem ser vistos como recursos educacionais que ampliem a 
comunicação, a troca de informações, o aprofundamento de conhecimentos, o 
desenvolvimento de métodos e assim por diante. 
 
 
Atividade: Para concluir a segunda semana de 
estudos, vá até a sala virtual e participe do Fórum 
“Metodologias de Ensino”. Inicie uma nova publicação, 
propondo, a partir do que aprendeu aqui e de suas 
experiências, uma maneira de estudar ou de ensinar 
que você considera eficaz para a educação 
contemporânea. 
 
Concluída essa segunda semana de estudos é hora de uma pausa para refletir 
sobre o assunto. Faça uma breve releitura de tudo que lhe foi sugerido, assista aos vídeos 
propostos e analise todas essas informações com base na sua experiência. Esse intervalo 
é importante para amadurecer as novas concepções que esta etapa lhe apresentou! 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 31 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos dessa 
semana, vá até a sala virtual e assista ao vídeo 
“Avaliação nos processos de Ensino/Aprendizagem”. 
 
3.1. O que é avaliar? 
 
Avaliar, no sentido estrito da palavra, é o mesmo que dar valor a algo, classificar, 
quantificar. Avaliar, no âmbito educacional, seria, portanto, dar valor à aprendizagem de 
alguém, quantificar (dar notas) para o nível de conhecimento, classificar os alunos. Essa 
ideia de avaliação persiste, e é pouco discutida quando se fala em processos seletivos 
(concursos, vestibulares), mas no âmbito educacional ela é cada vez mais questionada. 
A forma tradicional de avaliar é muito parecida com a forma tradicional de ensinar, e 
tem relações diretas com a teoria comportamentalista de aprendizagem. Sendo assim, a 
avaliação consistia numa atribuição de notas maiores para alunos capazes de reproduzir, 
corretamente, o que tinham ouvido o professor explicando durante as aulas, ou o que 
tinham lido no livro didático. As habilidades desenvolvidas pelos alunos, a capacidade de 
aplicar o que aprendeu e os pequenos passos evolutivos na rotina escolar não eram 
levados em consideração e ainda não são em muitas instituições de ensino. 
O desenvolvimento de teorias construtivistas e humanistas de aprendizagem trouxe 
à tona discussões sobre como os professores avaliam os alunos. Ora, se a forma de 
aprender não é a mesma, se cada aluno é único em desenvolvimento e em 
especificidades, como avaliar todos por igual? Como aplicar provas e esperar que todos 
tenham o mesmo desempenho, decorando o conteúdo conforme esperado pelo professor? 
Teorias modernas de aprendizagem mostram que avaliar é reconhecer os méritos 
de cada um dentro de habilidades próprias, é compreender que o sujeito aprende de 
maneiras diferentes e utiliza o conhecimento de formas variadas. Por isso as avaliações 
devem ser de vários tipos e não apenas a que verifica a reprodução de conceitos, mas as 
que criam oportunidades para que os alunos demonstrem seus progressos. 
 Howard Gardner, psicólogo e professor na Universidade Harvard, desenvolveu a 
chamada Teoria das Inteligências Múltiplas. Em suma, essa teoria afirma que a inteligência 
humana estaria dividida em nove tipos, sendo que o desenvolvimento de determinadas 
Objetivos 
Reconhecer a avaliação como mecanismo fundamental para 
verificar a aprendizagem e também a eficiência do método de 
ensino escolhido. 
Semana 3 – Avaliação do Ensino e da Aprendizagem 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 32 
áreas do cérebro
estaria relacionado com o desenvolvimento de cada uma dessas 
inteligências. Cada ser humano está propenso a desenvolver mais algumas do que outras 
inteligências. Veja a seguir: 
- Lógico-matemática: inteligência relacionada com a capacidade de resolver 
problemas matemáticos e lógicos, além da interpretação de assuntos abstratos. 
- Linguística: inteligência relacionada ao apreço pelas linguagens e palavras. 
- Musical: capacidade de desenvolver conhecimentos musicais, tocar instrumentos. 
- Corporal-cinestésica: relacionada àqueles que conseguem controlar movimentos 
do corpo, como dançarinos, atores e atletas. 
- Espacial: capacidade de se localizar geograficamente e compreender o mundo 
visualmente, podendo transformá-lo. É comum em arquitetos, engenheiros, geógrafos etc. 
- Intrapessoal: inteligência relacionada à capacidade de se conhecer, de ter 
autocontrole, de identificar fatores inconscientes e transformá-los em conscientes. 
- Interpessoal: capacidade de entender as ações e motivações dos outros, os 
interesses coletivos. Comum em professores, políticos e outros. 
- Naturalista: aqueles capazes de compreenderam fenômenos naturais, de 
classificarem organismos, de interpretarem padrões da natureza. 
- Existencial: característica de filósofos, espiritualistas, líderes religiosos. Pessoas 
com capacidade de discutir e apresentar questões sobre a existência humana. 
 
 
Atenção: A teoria das inteligências múltiplas mudou a 
forma como as pessoas enxergam a educação e a 
aprendizagem. 
 
A partir da teoria das inteligências múltiplas de Gardner, percebeu-se que, não é 
porque alguém sabe mais sobre algo, que um outro indivíduo seja menos inteligente que 
ele. Em outras áreas, aquele que sabia mais pode saber menos e vice-versa. Essa teoria 
fez com que educadores de todo o mundo começassem a refletir sobre a forma como 
ensinam e sobre a forma como avaliam. Para ensinar, seria preciso lançar mão de uma 
variedade de estratégias educacionais que atinjam e possibilitem o desenvolvimento de 
todas as inteligências. Para avaliar. seria preciso levar em consideração a habilidade de 
cada indivíduo, oportunizando que ele demonstre o que aprendeu dentro de sua 
capacidade cognitiva. 
Outro aspecto interessante sobre avaliação educacional nos tempos modernos é o 
fato de que o que precisa ser avaliado não é só o aluno, mas todo o contexto escolar. O 
aluno faz parte de um todo e qualquer aspecto negativo pode prejudicar a aprendizagem. É 
preciso criar mecanismos que possibilitem avaliar o método de ensino, se está sendo 
eficaz, se contribui com o desenvolvimento dos alunos; avaliar o espaço de ensino, se é 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 33 
adequado para o que se pretende desenvolver; avaliar o professor, se cumpre o que 
planeja, se está comprometido com o aluno e com o desenvolvimento da educação; enfim, 
avaliar o contexto (político, social, econômico), se favorece o crescimento individual e 
coletivo. 
 
 
Dica do Professor: Leia o artigo “A avaliação da 
aprendizagem como processo construtivo de um novo 
fazer” e aumente seus conhecimentos sobre avaliação 
(download). 
 
3.2. Avaliação somativa x avaliação formativa 
 
Voltando as atenções novamente para a avaliação da aprendizagem, podemos 
considerar dois tipos de mecanismos avaliativos: o somativo e o formativo. 
Uma avaliação somativa se preocupa em gerar dados de aprendizagem. É 
geralmente feita com a atribuição de notas em provas, testes, seminários, trabalhos e 
outros. Esse tipo de avaliação tem um peso histórico na educação, uma vez que é a partir 
dela que os alunos são aprovados ou reprovados para a série seguinte. 
As avaliações somativas, em si, não são um problema para a educação. É por meio 
dela e dos dados que ela apresenta (notas, aprovações, reprovações), que são 
desenvolvidas políticas públicas para a educação e que a instituição se organiza para 
oferecer o melhor para os alunos. O problema das avaliações somativas está no caráter 
punitivo que elas apresentam. A atribuição de notas, algo feito quase que exclusivamente 
pelo professor, é usado muitas vezes como instrumento para controlar o comportamento 
dos alunos (característica do comportamentalismo clássico). Em várias situações, o próprio 
aluno que obtém notas baixas pode se sentir desmotivado e desistir no meio do processo. 
Professores e alunos devem compreender que as avaliações somativas, apesar de 
atribuírem notas, são instrumentos para avaliar o trabalho como um todo. Elas dão 
respaldo para que uma metodologia seja utilizada, elas informam o quanto os alunos 
compreenderam sobre certo conceito, o quanto aquilo precisa ser reforçado e até que 
ponto se pode avançar no conteúdo. Avaliações somativas, por si só, não podem, ou não 
poderiam, ser utilizadas para aprovação e reprovação, elas precisam ser compreendidas 
como parte do processo, e não o final dele. 
As avaliações formativas, ou também avaliações processuais, são aquelas que 
ocorrem ao longo de todo o percurso metodológico. Elas envolvem um olhar diferenciado 
do professor, que deve ser capaz de perceber os pequenos avanços de cada aluno e os 
pontos nos quais há maior dificuldade. Uma avaliação formativa possibilita caminhar de 
mãos dadas, pois o professor está sempre auxiliando o aluno a superar os desafios e a 
resgatar conhecimentos que o ajudem a progredir. Nesse tipo de avaliação, todo o 
contexto é levado em consideração – os aspectos culturais, as origens do aluno, as 
http://drive.google.com/file/d/1yxYJOzwgo1L9KgFY6tjOke8zXdlHxKjH/view
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 34 
interações sociais, a estrutura de ensino, os recursos disponíveis, a dedicação do 
estudante e assim por diante. 
Independente de qual forma de avaliação o professor escolha, ele deve ter como 
foco a aprendizagem, as habilidades e competências dos alunos. Verificar esses aspectos 
é essencial para a identificação de erros e acertos e para o planejamento ou 
replanejamento das próximas etapas do ensino. 
 
3.3. Instrumentos avaliativos 
 
Instrumento avaliativo é a ferramenta que o professor, a instituição ou até mesmo o 
aluno adota para avaliar o desenvolvimento da aprendizagem. Cada instrumento avaliativo 
possibilita verificar o nível de desenvolvimento de aspectos específicos. Há avaliações que 
permitem analisar as habilidades, outras que ajudam a verificar a aplicação de 
conhecimentos, outras ainda que informam a capacidade interpretativa dos alunos, e 
aquelas, ainda, que identificam a argumentação. E não para por aí, há avaliação da 
oralidade, da capacidade de solucionar problemas, da compreensão de conceitos e muitas 
outras. 
Alguns exemplos de instrumentos avaliativos são: provas escritas, objetivas ou 
subjetivas, provas orais, seminários, trabalhos escritos, debates, produção textual, 
simulados, jogos, experimentos, teatro, desenho, maquete, portfólio, álbum, livretos, 
autoavaliação, avaliação diagnóstica, reuniões, visitas guiadas, exercícios e narrativa. Veja 
a quantidade de instrumentos citados e esses são apenas alguns exemplos, existem 
dezenas de outros. 
O professor, com a participação efetiva dos alunos, deve adotar instrumentos 
avaliativos que o ajudem a analisar o aspecto de interesse e ao mesmo tempo que 
oportunize aos diferentes alunos demonstrarem o seu desenvolvimento pessoal. 
O processo de ensino/aprendizagem é complexo e depende da interação efetiva e 
constante entre todos os atores da educação. São estes, atuando de forma conjunta, sem 
julgamentos ou críticas, mas com muita disposição e troca de experiências, que podem 
melhorar a cada dia o cenário educacional do nosso país, fazendo com que estudar se 
transforme em algo prazeroso. 
 
 
Mídia digital: Ao final dos estudos dessa semana,
vá 
até a sala virtual e assista ao vídeo “Conclusões”. 
 
Concluída essa última semana de estudos, faça uma pequena pausa para refletir 
sobre o assunto estudado. Leia novamente e de forma breve o que foi sugerido, assista 
 
 
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Pró-Reitoria de Extensão 35 
aos vídeos propostos e analise todas essas informações com base na sua experiência. 
Esse momento ajuda a internalizar as novas ideias que esta etapa lhe apresentou! 
 
 
Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu 
certificado, vá até a sala virtual e responda ao 
questionário “Avaliação geral”. 
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla 
escolha, que se baseiam em todo o conteúdo estudado 
ao longo do curso. Dedique um tempo para revisar as 
informações apresentadas durante as semanas e só 
depois disso inicie o teste. 
 
 
Aqui se encerra esta nossa jornada sobre ensino/aprendizagem. O que você 
aprendeu aqui é apenas parte de um assunto bastante extenso e que ganha cada vez mais 
espaço nas discussões sobre educação. Espero que você tenha ampliado seus 
conhecimentos nessa área e, sobretudo, tenha se motivado a aprender cada vez mais 
sobre o tema e a melhorar os espaços educacionais com os quais você se relaciona. 
Por fim, sugiro que você explore a plataforma +IFMG. Nela você vai encontrar 
muitos outros cursos interessantes, que podem contribuir ainda mais com a sua formação 
e crescimento pessoal e profissional. 
 
 
Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Pró-Reitoria de Extensão 36 
 
 
 
 
37 
Referências 
 
KRAEMER, M. E. P. A avaliação da aprendizagem como processo construtivo de um novo 
fazer. Revista da rede de avaliação institucional da educação superior, Campinas, v. 
10, n. 2, p. 137-147, jun. 2005. 
 
KUBO, O. M.; BOTOMÉ, S. P. Ensino-aprendizagem: uma interação entre dois processos 
comportamentais. Revista Interação, Curitiba, v. 5, n. 1, p. 133-171, jan.-dez. 2001. 
 
MOREIRA, M. A. Abandono da Narrativa, Ensino Centrado no Aluno e Aprender a 
Aprender Criticamente. In: VI Encontro Internacional e III Encontro Nacional de 
Aprendizagem Significativa, 2010, São Paulo-SP. Disponível em: 
<https://www.if.ufrgs.br/~moreira/Abandonoport.pdf> Acesso: 06/08/2020. 
 
______. Subsídios teóricos para o professor pesquisador em ensino de ciências. 
Porto Alegre: Instituto de Física da UFRGS, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Currículo do autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão 
Derli Barbosa dos Santos 24/09/2020 Viviane Lima Martins 01/12/2020 1.0 
 
 
Derli Barbosa dos Santos, possui Mestrado em Ensino de Ciências pelo 
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade 
Federal de Ouro Preto - UFOP, Pós-Graduado em Educação Ambiental e 
Sustentabilidade pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER e 
Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Goiano - 
Campus Rio Verde. Atualmente é Professor efetivo do Instituto Federal de 
Minas Gerais - Campus São João Evangelista. Leciona Biologia para o 
ensino médio/técnico e disciplinas da área de ensino de ciências para o 
curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Tem especial interesse em 
um ensino interdisciplinar, com foco numa educação que aproxime o 
aluno da realidade social. Busca um ensino, tal qual Paulo Freire, que 
parte das vivências e experiências do educando e o aproxima dos 
conteúdos científicos abordados. Preocupa-se com a construção no processo ensino/aprendizagem de 
uma consciência crítica sobre os valores socioeconômicos e ambientais presentes na sociedade 
moderna. Tem se dedicado a trabalhos que mostrem aos alunos a aplicabilidade do conhecimento 
adquirido no ambiente escolar e que socializem o conhecimento científico, possibilitando ao educando um 
entendimento de como se faz ciência e como esta pode ser utilizada em favor da economia, sociedade e 
meio ambiente. Além disso, procura utilizar metodologias ativas nos processos de ensino/aprendizagem, 
tornando o aluno protagonista na construção de seu próprio conhecimento. 
 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0375367237313602 
 
 
 
 
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41 
Glossário de códigos QR (Quick Response) 
 
 
Mídia digital 
Apresentação do 
curso. 
 
 
Dica do professor 
Ensino-
aprendizagem: uma 
interação entre dois 
processos 
comportamentais. 
 
 
 
 
 
Dica do professor 
Subsídios teóricos 
para o professor 
pesquisador em 
ensino de ciências. 
 
 
Mídia digital 
Metodologias de 
ensino. 
 
 
 
 
 
Dica do professor 
Abandono da 
narrativa, ensino 
centrado no aluno e 
aprender a aprender 
criticamente. 
 
 
Mídia digital 
Avaliação nos 
processos de 
Ensino-
Aprendizagem. 
 
 
 
 
 
Dica do professor 
A avaliação da 
aprendizagem como 
processo construtivo 
de um novo fazer. 
 
 
Mídia digital 
Conclusões. 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
Formação Inicial e Continuada EaD 
 
 
 
 A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano 
de 2020 concentrou seus esforços na criação do Programa 
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de 
cursos online, cujo objetivo, além de multiplicar o 
conhecimento institucional em Educação à Distância (EaD), 
é aumentar a abrangência social do IFMG, incentivando a 
qualificação profissional. Assim, o programa contribui para o 
IFMG cumprir seu papel na oferta de uma educação pública, 
de qualidade e cada vez mais acessível. 
 Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe 
multidisciplinar, contando com especialistas em educação, 
web design, design instrucional, programação, revisão de 
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais. 
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos 
setores institucionais e também com a imprescindível 
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais 
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de 
atuação. 
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex 
adquiriu estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de 
iluminação e isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. 
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará 
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para 
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e 
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, 
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. 
 Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por 
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. 
 
 
 
O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! 
 
 
 
Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. 
Pró-Reitor de Extensão do IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características deste livro: 
Formato: A4 
Tipologia: Arial e Capriola. 
E-book: 
1ª. Edição 
Formato digital 
 
 
 
 
 
 
Portaria de autorização 121_2021.pdf
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS
Campus São João Evangelista
 Avenida Primeiro de Junho - Bairro Centro - CEP 39705-000 - São João Evangelista - MG
3334122906 - www.ifmg.edu.br
PORTARIA Nº 121 DE 23 DE ABRIL DE 2021
 
Dispõe sobre a aprovação e autorização de funcionamento do
curso de formação continuada:
Ensino e Aprendizagem do IFMG -
Campus São João Evangelista.
O DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS – CAMPUS SÃO
JOÃO EVANGELISTA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Portaria nº 1.175, de 20 de setembro de 2019, publicada no
Diário Oficial da União de 23 de setembro de 2019, Seção 2, página 30, tendo em vista o Termo de Posse do dia 24 de outubro de
2019; e considerando a Portaria IFMG nº 475, de 06 de abril de 2016, publicada no DOU de 15 de abril de 2016, Seção 2, pág.17,
retificada pela Portaria IFMG nº 805, de 04 de julho de 2016, publicada no DOU de 06 de julho de 2016, Seção 2, pág. 22, e pela
Portaria IFMG nº 1078, de 27 de setembro de 2016, publicada no DOU de 04 de outubro de 2016, Seção 2, pág. 20,
Considerando o Ofício nº 3/2021/SJR-CGESPE/SJR-DDE/SJR-DG/SJR/IFMG, Processo SEI 23214.001033/2020-19,
Considerando o inciso I do Art. 12 da Resolução nº 15 de 02/04/2013 do Conselho Superior do IFMG,
RESOLVE:
Art. 1º. APROVAR e AUTORIZAR o funcionamento do curso de formação continuada: Ensino e Aprendizagem do IFMG - Campus
São João Evangelista, na modalidade à distância, com carga horária de 30 horas.
Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Documento assinado eletronicamente por José Roberto de Paula, Diretor(a) Geral, em 23/04/2021, às 14:45, conforme art. 1º, III,
"b", da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://sei.ifmg.edu.br/consultadocs informando o código verificador
0819245 e o código CRC AF783ECA.
23214.001033/2020-19 0819245v1
Boletim de Serviço Eletrônico em
23/04/2021
Projeto Pedagógico do Curso - Ensino e Aprendizagem.pdf
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS 
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA 
ENSINO E APRENDIZAGEM: TEORIAS, MÉTODOS E AVALIAÇÃO1 
 
 
 
 
Modalidade EaD 
 
 
 
 
 
São João Evangelista 
Junho/2020
 
1
 Nomenclatura relacionada ao Código Brasileiro de Ocupações CBO 2394-15 (“Pedagogo”) e associada ao 
Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (“Técnico em Multimeios Didáticos”). 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS 
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO 
 
 
Reitor: Kléber Gonçalves Glória 
Pró-Reitor de Extensão: Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Diretor do campus: José Roberto de Paula 
Coordenador do curso: Derli Barbosa dos Santos 
 
 
 
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA 
ENSINO E APRENDIZAGEM: TEORIAS, MÉTODOS E AVALIAÇÃO 
 
 
Modalidade EaD 
 
 
Projeto Pedagógico do curso “Ensino e Aprendizagem: Teorias, 
Métodos e Avaliação”, submetido à Unidade de Extensão do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas 
Gerais - Campus São João Evangelista, como requisito parcial 
para a aprovação de Curso de Formação Continuada. 
 
 
 
 
 
São João Evangelista 
Junho/2020
Sumário 
1. Dados Institucionais ............................................................................................................4 
2. Dados Gerais do Curso .......................................................................................................4 
3. Justificativa .........................................................................................................................5 
4. Objetivos do curso ..............................................................................................................5 
5. Público-alvo ........................................................................................................................6 
6. Pré-requisitos e mecanismos de acesso ao curso ................................................................6 
7. Matriz curricular .................................................................................................................6 
8. Procedimentos didático-metodológicos ..............................................................................7 
9. Descrição dos principais instrumentos de avaliação ..........................................................7 
10. Definição dos mínimos de frequência e/ou aproveitamento da aprendizagem para fins 
de aprovação/certificação ........................................................................................................8 
11. Infraestrutura física e equipamentos ................................................................................8 
12. Referências .......................................................................................................................8 
Anexo I – Plano de Ensino ....................................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Dados Institucionais 
 
 
Razão Social Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia de Minas Gerais – IFMG 
CNPJ 10.626.896/0001-72 
Esfera Administrativa Federal 
Endereço Avenida Primeiro de Junho, 1043, Centro 
São João Evangelista, MG | CEP: 39705-000 
Telefone/Fax (33) 3412-2900 ou 3412-2906 
Site da instituição www.ifmg.edu.br/saojoaoevangelista 
 
 
 
2. Dados Gerais do Curso 
 
 
Nome do curso ENSINO E APRENDIZAGEM: Teorias, 
métodos e avaliação 
Número de vagas por turma À definir 
Periodicidade das aulas Semanal 
Carga horária 30 h 
Modalidade da oferta À distância 
Local das aulas Ambiente Virtual de Aprendizagem 
Coordenador do curso Derli Barbosa dos Santos 
derli.santos@ifmg.edu.br 
 
Professor de Biologia e de Práticas de Ensino no 
IFMG – Campus São João Evangelista. Possui 
licenciatura em Ciências Biológicas, 
especialização em Educação Ambiental e 
Sustentabilidade e Mestrado em Ensino de 
Ciências. 
 
 
 
3. Justificativa 
 
Nos últimos anos a busca por diferentes metodologias de ensino vem aumentando 
(TEIXEIRA e MEGID NETO, 2012) para responder a um processo natural de modificações 
na relação professor/aluno, evidenciada sobretudo pelo avanço tecnológico e pela busca de 
estratégias centradas no estudante. 
Atualmente o professor reconhece o protagonismo do estudante, que, devido ao 
acesso instantâneo a informações, carrega consigo um amplo conhecimento. Este, por sua 
vez, sabe da responsabilidade que tem enquanto sujeito em formação, e busca no professor 
formas de aplicação adequada para os conhecimentos que já possui, além de informações 
adicionais que contribuam para seu aperfeiçoamento pessoal (SAUVÈ et al, 2009). 
Pensando nos aspectos supracitados, esse curso foi elaborado para auxiliar 
professores e alunos a compreenderem as diferentes teorias de ensino e aprendizagem e como 
estas influenciam a relação entre professor, aluno e conteúdo (PEREIRA, 2015). Além disso, 
o curso apresenta ideias gerais a respeito de metodologias ativas de ensino e mecanismos de 
avaliação da aprendizagem. Dessa forma, os atores do processo de aprendizagem podem 
buscar estratégias que melhor se adequam a cada situação educacional e avaliações que 
permitam verificar se a estratégia adotada está sendo efetiva para professor e aluno. 
O curso foi desenvolvido de forma que possa ser acessado tanto: 
1. Por alunos: 
• que querem compreender como se dá a aprendizagem; 
• que pretendem melhorar suas estratégias de estudo; 
• que tentam compreender os métodos utilizados pelos professores; 
• que querem contribuir para um aperfeiçoamento da aprendizagem em parceria 
com os professores. 
2. Quanto por professores atuantes ou em formação: 
• que pretendem atualizar ou mesmo ampliar suas estratégias de ensino; 
• que buscam métodos

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