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Pré artigo científico - quarta revolução industrial

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João Victor Almeida de Souza 
 
Disciplina: AGL07144 – Teorias Organizacionais I 
 
Professor: Rafael Kruter Flores 
 
 
 
RESENHA – “As harmonias administrativas de Saint-Simon a Elton Mayo” 
 
 O grande sociólogo brasileiro Maurício Tragtenberg foi um dos precursores mundiais da 
teoria crítica das organizações. Ele, no capítulo “As harmonias administrativas de Saint-Simon 
a Elton Mayo” de sua obra Burocracia e ideologia, mostra que as teorias administrativas são 
frutos das formações sócio-econômicas de um determinado contexto histórico e que a ideologia 
da harmonia administrativa se torna a democratização das relações entre patrão e operário, já 
que, a mesma possibilita a ordem e produtividade por meio da hierarquia mas distancia o 
trabalhador de sua “liberdade”. 
 
 Em resumo, o início do capítulo enuncia as determinações histórico-sociais que 
influenciavam a Revolução Industrial em países como Inglaterra, França e Alemanha. Citando 
sociólogos que foram geradores de teorias de caráter global e “total”, que tinha como ponto de 
partida aspectos macro industriais. Saint-Simon (1760-1825), propunha um ideal organizativo 
para a sociedade, uma vez que, o mesmo acreditava que para uma organização obter êxito ela 
deveria ser homogênea. Charles Fourier (1772-1837), que valorizava a harmonia universal essa 
que seria alcançada com o controle das paixões humanas, eliminando os males da sociedade e 
Karl Marx (1818-1883) que propôs em sua teoria tornar o proletariado como classe e derrubar 
a supremacia burguesa. 
 
 No decorrer do texto, a evolução da sociedade aparece cada vez mais constante, chegando 
no ponto inicial da Segunda Revolução Industrial, a troca da máquina de vapor pela eletricidade. 
Esse grande avanço teve como consequência o surgimento de novas teorias administrativas, por 
Frederick Taylor (1856-1915) e Henry Fayol (1841-1925), que abordavam aspectos micro 
industriais, ou seja, procuravam por um método de trabalho que fosse o mais eficiente possível 
visando o máximo rendimento tanto da organização quanto do operário. 1 
 
 Taylor, em seus estudos, enfatizava o princípio de hierarquia na estrutura formal tendo como 
base a autoridade administrativa. Ele fundou sua teoria na análise de tempos e movimentos, no 
uso de incentivos econômicos e na estratégia de beneficiar os melhores trabalhadores com 
melhores salários. A implantação de seu sistema administrativo permitiria altos lucros com 
baixo nível salarial porém apenas atingiria-se isso com alguns pré requisitos como: a não 
 
1 MOTTA, F. P.; VASCONCELOS, I. F. Teoria Geral da Administração. 4 
ed. rev. São Paulo: Cengage, 2021. 
 
existência de sindicatos trabalhistas, ausência de legislação, existência de empresas com 
elevado poder político e econômico e predomínio da oferta sobre a procura.2 
 
 Fayol, segue o pensamento de Taylor, onde o homem deveria ficar restrito ao seu papel. 
Correspondendo, então, a famosa divisão mecânica de trabalho de Durkheim. Para ele a decisão 
burocrática é totalmente monocrática, havendo um só fluxo de comunicação. O empregado deve 
seguir a hierarquia e não deve realizar nenhuma tarefa que não seja advinda de cargos 
superiores.3 
 
 Para o autor, as teorias elaboradas por Taylor e Fayol foram de suma importância na 
transição do capitalismo liberal para o monopolista, visto que, diante a isso estabeleceu-se uma 
grande quantidade de corporações com controle monopólico do mercado que produziam em 
larga escala. Gerando maior estabilidade nas indústrias e resultando na maior organização do 
trabalho através de rígidas rotinas, planejamento a longo prazo e na divisão do trabalho entre 
quem planejaria e quem executaria as tarefas. 
 
 A existência de grandes indústrias que ofereciam mais do que era demandado fez com que 
a sociedade passasse da escassez para a abundância, levando assim, a um novo caminho na 
história da administração. Os problemas econômicos mais imediatos foram sendo resolvidos e 
acabaram abrindo espaço para problemas humanos, o que levou ao surgimento da Escola de 
Relações Humanas de Mayo. 
 
 Elton Mayo (1880-1949), psicólogo e pesquisador das organizações, montou sua teoria por 
meio de fatores empíricos. Ele analisou sistematicamente uma fábrica e aplicou métodos que 
solucionaram cerca de 250% dos problemas da organização criando um sistema alternativo de 
descanso para cada grupo de operários possibilitando que um grupo que antes era considerado 
social se tornasse um grupo solitário de trabalho. 
 
 O psicólogo acreditava que os fatores decisivos para a produtividade estavam relacionados 
à atitude do trabalhador no local de trabalho e ao tipo de grupo no qual ele participava. Ele 
criticava a veracidade dos métodos democráticos na solução de problemas da sociedade 
industrial, na medida em que a mesma, quando burocratizada, gera uma cooperação forçada 
através intervenção estatal.4 
 
 Em suma, Tragtenberg afirmou que as teorias administrativas, como as de Taylor e Fayol, 
constituem em sua forma harmonias administrativas, uma vez em que trazem uma abordagem 
positivista a respeito das relações sociais. Tal inspiração positivista fez com que essas teorias 
se caracterizassem pela manipulação de conflitos, através de mecanismos diretos e indiretos do 
 
2 TAYLOR, F. W. Princípios da Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1995 
3 FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. 10ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1990 
 
4 MOTTA. F. P. Teoria das organizações: evolução e crítica. São Paulo: 
Pioneira, 1986. 
controle social, que tem o poder de garantir a produtividade e o ordenamento harmônico das 
relações no meio industrial. 
 
 Na visão do autor, Mayo reformulou a lógica da eficiência da Escola Clássica (Taylor, 
Fayol…) a partir das máximas de cooperação, participação, integração e consenso. Afirmando 
o caráter ideológico da Escola das Relações Humanas que procura dissimular a dominação de 
forma em que os discursos e práticas administrativas tenham destaque, fazendo com que haja o 
desvio de atenção do objetivo central que seria manter a produtividade e reduzir as tensões 
dentro das indústrias. Maurício, também afirmava que o uso das técnicas participativas das 
teorias administrativas focadas nas relações humanas criam nos empregados uma “falsa 
idealização” de sua importância dentro do processo decisório, quando na verdade apenas 
seguem decisões que foram previamente tomadas distanciando assim o trabalhador de sua 
liberdade. 
 
 Desse modo, se conclui que as categorias básicas da teoria geral de administração são 
completamente históricas, ou seja, respondem às necessidades específicas que a sociedade 
precisa em determinado contexto histórico. Fazendo com que entendamos que além da teoria 
geral da administração ser ideológica, ela é dinâmica.5 
 
 Assim conseguimos entender o caráter genético da formação das teorias cuja herança, de uma 
sobre a outra, se acumula tornando se uma condicionante ao surgimento de novas teorias como, 
por exemplo, a existência de aspectos Tayloristas nos estudos realizados por Elton Mayo. 
 
 Por fim, concluo o texto alinhando me à análise feita por Paulo Freire no texto 
“Considerações em torno do ato de estudar “, 6repassado na cadeira de Teorias Organizativas, 
onde ele versa o estudo não mais como um ato de consumir ideias mas sim de criá-las e recriá-
las. Essa noção se demonstrou extremamente ligada ao texto de Maurício onde ele constrói todo 
o contexto histórico até a chegada no patamar administrativo que estamos hoje. Colocando as 
transformações feitas em cima de cada teoria a partir dos estudos dos sociólogos citados. 
 
 Tragtenberg, desse modo, conseguiu, por mais complexo que seja o texto, instigar o leitor 
fazendo com que não fosse mais, apenas, mero conteúdo a ser memorizado e sim nos colocando 
frente às mutações históricas que fizeram-nos chegar aos meios administrativos atuais. 
Demonstrando, assim, a importância deste estudo frente a nossasociedade. 7 
 
 
 
5 TRAGTENBERG, M. Burocracia e ideologia. São Paulo: Unesp, 2006. 
 
7FREIRE, P. Considerações sobre o ato de estudar. Ação Cultural para a Liberdade. Rio 
de Janeiro: Paz e Terra. 1981. 
REFERÊNCIAS 
 
FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. 10ª. Ed. São Paulo: 
Atlas, 1990. 
FREIRE, P. Considerações sobre o ato de estudar. Ação Cultural para 
a Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1981. 
 
MOTTA. F. P. Teoria das organizações: evolução e crítica. São Paulo: 
Pioneira, 1986. 
 
MOTTA, F. P.; VASCONCELOS, I. F. Teoria Geral da Administração. 4 
ed. rev. São Paulo: Cengage, 2021, Páginas 12-21. 
 
TAYLOR, F. W. Princípios da Administração Científica. São Paulo: 
Atlas, 1995. 
 
TRAGTENBERG, M. Burocracia e ideologia. São Paulo: Unesp, 2006.

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