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Sistemas de Prevenção do Delito no Estado Democrático de Direito Prevenção Criminal: ações públicas para conter a criminalidade; Políticas sociais (indiretas); Políticas criminais (diretas) => responsabilização criminal por intermédio de sanções penais adequadas. Estado Democrático de Direito Criminologia e política criminal = orientação prevencionista e de formas integralizada. 1. Prevenção Primária ✓ Destinatário: toda a população (investimento alto, médio a longo prazo); ✓ Concretização: administradores públicos; ✓ Finalidade: garantir a concretização dos direitos fundamentais de todos. Ex.: a concretização de ensino público de qualidade e garantia de vagas no mercado do trabalho. 2. Prevenção Secundária ✓ Foco: regiões e grupos sociais considerado vulneráveis (recai sobre os setores sociais, e não sobre o criminoso); ✓ Prevenção e combate à criminalidade – iminência do cometimento de um crime ou diante de sua prática; ✓ Protagonismo do Estado: forças de segurança pública e sistema de justiça criminal; ✓ Curto a médio prazo. Ex.: o aumento do efetivo policial, reaparelhamento das polícias, políticas públicas dirigidas a grupos de risco ou vulneráveis (alcoólatras, usuários de drogas, vítimas de violência doméstica e familiar, dentre outros). 3. Prevenção Terciária ✓ Fase de Execução da Pena: caráter punitivo e ressocializador – evitar reincidência; ✓ Aplicação da pena privativa de liberdade ou penas restritivas de direito (penas alternativas). Modelos de Reação ao Delito 1. Modelo Clássico, Retributivo ou Dissuasório: limita-se ao caráter punitivo; Pena 2. Modelo Ressocializador: Prevenção especial positiva => intervenção na pessoa do delinquente para promover a reinserção social do condenado, com a participação da sociedade, que é fundamental; 3. Modelo Integrador, Restaurador, Consensual de Justiça Penal, Justiça Negociada, Consensual de Justiça Penal (Justiça Restaurativa): Premissas básicas: ▪ Protagonistas do crime: vítima e delinquente; ▪ Restabelecer status quo ante => acordo + assistência vítima + reparação do dano; ▪ Reparação do dano = restauração. Requisitos: ▪ Reparação do dano à vítima (compensação ou assistência); ▪ Assunção da culpa pelo delinquente (de forma confidencial e voluntária); ▪ Presença de um facilitador (mediador judicial). Alcance: ▪ 1ª corrente: ampla possibilidade de conciliação/mediação; ▪ 2ª corrente: restrição aos autores primários e as infrações penais de menor gravidade (majoritária). Teorias Legitimadoras da Pena 1. Teorias Absolutas ou Retributivas: a pena é uma retribuição ao mal causado com base na culpa moral; Livre arbítrio para praticar o mal = resposta estatal (quia peccatum est – “pune-se porque pecou”); Vingança exercida pelo Estado; Retribuição é personalíssima. Vertentes: ▪ Teoria da Retribuição Divina (Stahl e Bekker): Estado atua como representante divino e pune o pecado; Com a finalidade de punir o criminoso; Proporcional ao dano causado; Intimidação. (esola clássica - beccaria) Castigo ao delinquente diante do seu livre-arbítrio ▪ Teoria da Retribuição Moral (Kant): pena = imperativo moral da justiça – Lei de Talião; ▪ Teoria da Retribuição Jurídica (Hegel e Pessina): pena = exigência racional para afirmação do direito. 2. Teorias Relativas, Preventivas ou Utilitaristas: Finalidade da pena: prevenção – utilidade social (passar “recado” à sociedade – não cometer crimes e não reincidir). Prevenção Geral ▪ Todos os membros da sociedade: o Não praticar crimes; o Estado = manutenção da ordem. ▪ Classificação: o Negativa: não delinquir – pena com função intimidadora (medo); o Positiva: pena como meio de manutenção da ordem – reestabelecimento da credibilidade estatal; o Especial/individual: pena deve possuir caráter pedagógico para impedir que o criminoso reincida; - Negativa: não reincidir; - Positiva: ressocialização. 3. Teoria Mista, Eclética, Unificadora ou Unitária (adotada pelo CP – artigo 59) Finalidades: ▪ Retribuição; ▪ Prevenção; ▪ Ressocialização. Processos de Criminalização Criminalização Primária: criação de norma penal incriminadora – direito penal objetivo; ▪ Agentes: Poder Legislativo (CN) e Poder Executivo da União (PR). Criminalização Secundária: aplicação prática do direito penal objetivo – concretização da criminalização primária. ▪ Agentes: Delegados, Promotores, Advogados, Juízes, Agentes Penitenciários, etc.
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