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- -1 ARQUITETURA DE SOFTWARE CAPÍTULO 1 - QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS E CONCEITOS BÁSICOS DA ARQUITETURA DE ?SOFTWARE Fernando Skackauskas Dias - -2 Introdução A complexidade dos sistemas de tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas devido àsoftware inclusão de novas interfaces, integração de várias mídias e novas tecnologias de armazenamento e distribuição de dados. Nesse sentido, os engenheiros de têm utilizado novas abordagens, a fim de desenvolversoftware sistemas com alto desempenho. Portanto, desenvolver com qualidade é uma questão que temsoftwares merecido a devida atenção dos cientistas da computação. Assim, podemos nos questionar: qual o papel da arquitetura de ? Quais são os modelos de arquitetura?software Como a implantação de um modelo de arquitetura de pode melhorar a qualidade dos sistemas desoftware informação? Antes de responder a essas questões, é importante relembrarmos que a arquitetura de é considerada asoftware área de conhecimento da Ciência da Computação na qual são aplicadas práticas da engenharia de e dasoftware gerência de projetos, procurando obter melhor organização dos sistemas e com alta produtividade. São nas bases dessas disciplinas é que encontramos os modelos para especificar, projetar, implantar e manter sistemas com qualidade. Iniciaremos esta disciplina analisando os princípios de arquitetura de com a demonstração das fases desoftware desenvolvimento de um projeto arquitetural e a descrição dos elementos pertinentes à arquitetura e os padrões arquiteturais básicos. A seguir, explicaremos os tipos de modelagem e a utilização dos diferentes estilos, padrões e gêneros na especificação da arquitetura de . Por fim, analisaremos os impactos das decisões do tipo desoftware arquitetura no desempenho de um sistema. Desejamos um excelente estudo. 1.1 Introdução à arquitetura de software Você sabe qual o propósito da arquitetura de ? Segundo Galloti (2016, p. 3), é o de “criar soluções [...]software cada vez mais simples, rápidas e eficientes”. Além do exposto pelo autor, devemos ir além, ou seja, não somente resolver problemas, mas também a ocorrência deles e as soluções já existentes.prevenir aperfeiçoar A história recente da Ciência da Computação mostra a evolução das técnicas e dos métodos de desenvolvimento de sistemas, passando pela programação estruturada, orientada a evento até a orientação a objeto, assim como a evolução da lógica dos algoritmos e da estrutura de dados. Diante da complexidade dos sistemas atuais, é inevitável que tenhamos estilos de arquitetura acompanhando tal evolução. É necessário ter um conhecimento bastante sólido dos fundamentos e conceitos básicos da arquitetura de para compreender a evolução dos sistemas de informação e a estruturação lógica e abstrata deles,software além de desenvolvê-los com confiabilidade e alta qualidade. 1.1.1 Conceitos introdutórios de arquitetura de software Qual o sentido fundamental de arquitetura de ? Para Galloti (2016, p. 10), ela “[...] explica a forma comosoftware [ele] se organiza e funciona, além de seu modo de implementação”. Portanto, agrega os componentes denominados elementos arquiteturais (dados, processamentos e conexão), que se organizam de maneira lógica para atender aos requisitos funcionais e não funcionais. Para tal, a arquitetura de deve ser clara, a fimsoftware de atingir o máximo da simplicidade, tendo o as seguintes características:software • : deve permitir as mudanças que se façam necessárias em decorrência das alterações de flexível requisitos; • extensível: deve ter a capacidade de incorporar novos elementos, permitindo que a estrutura do sistema como um todo se estenda; • portabilidade: permite que ele seja executado em mais de uma plataforma; • • • - -3 • portabilidade: permite que ele seja executado em mais de uma plataforma; • reutilizável: é possível adaptar componentes de um para outro.software O é o primeiro passo no processo de implantação de um modelo de arquitetura de projeto de arquitetura : ele a conecta com a – esta última é o processo que elabora os documentossoftware engenharia de requisitos dos requisitos funcionais e não funcionais durante todo o ciclo de vida do sistema. É nesta parte do processo que são identificados os componentes estruturais e os seus relacionamentos. A arquitetura de se altera na mesma medida em que ele evolui e se ajusta às novas demandas esoftware evoluções tecnológicas. Portanto, ela é parte integrante da , que é uma abordagemengenharia de software sistemática e formal de desenvolvimento dos sistemas de informação. Essas características fazem parte dos , ou seja, é o conjunto de atributos que se espera dequesitos de qualidade um de alto desempenho. Podemos detalhá-las no quadro a seguir, segundo Sommerville (2011, p. 5).software Quadro 1 - Atributos essenciais de qualidade de um software, sendo parte integrante da elaboração da arquitetura de um sistema de informação. Fonte: SOMMERVILLE, 2011, p. 5. Estas características terão maior ou menor relevância dependendo do propósito do e do contexto nosoftware qual ele está inserido. Por exemplo, de transações informacionais básicas (como, por exemplo, umsoftwares sistema de cadastro de clientes de uma loja) terão atributos de qualidade diferentes de sistemas mais complexos como, por exemplo, um de controle de uma fábrica. No primeiro caso, o foco do sistema estará maissoftware atrelado à interface do cliente, e fatores como usabilidade e acessibilidade serão mais críticos. Por outro lado, nos sistemas de controle industrial, por exemplo, os atributos de confiança e proteção serão mais críticos devido à natureza e finalidade deste sistema. Nesse sentido, existem abordagens para que os sejam tipificados conforme sua e softwares aplicabilidade , sendo fundamentais ao construirmos o projeto de arquitetura de um sistema, pois estes fatoresnatureza impactam quando modelamos o desenho dos componentes e suas relações com o fluxo de dados nos quais haverá alguma interação. Como explicamos, as abordagens de desenvolvimento variam conforme o objetivo do sistema e o ambiente no • • - -4 Como explicamos, as abordagens de desenvolvimento variam conforme o objetivo do sistema e o ambiente no qual ele é desenvolvido. O fator mais importante para determinar quais são as técnicas e os métodos de engenharia de é o que, segundo Sommerville (2011, p. 7, grifos nossos), podem sersoftware tipo de aplicação identificados como: • Aplicações stand-alone. Essas são as aplicações executadas em um computador local, como um PC. Elas contêm toda a funcionalidade necessária e não precisam estar conectadas a uma rede. • Aplicações interativas baseadas em transações. São aplicações que executam em um computador remoto, acessadas pelos usuários a partir de seus computadores ou terminais. Certamente, aqui são incluídas aplicações como aplicações de comércio.Web • Sistemas de controle embutidos. São sistemas de controle que controlam e gerenciam dispositivos de . Exemplos de sistemas embutidos é o em telefone celularhardware software ou que controlam antitravamento de freios em um carro. • Sistemas de processamento de lotes. São sistemas corporativos projetados para processar dados em grandes lotes. Exemplos de sistemas de lotes incluem sistemas periódicos de cobrança, como sistemas de cobrança telefônica, e sistemas de pagamentos de salário. • Sistemas de entretenimento. São sistemas cuja utilização principal é pessoal e cujo objetivo é entreter o usuário. • Sistemas para modelagem e simulação. São sistemas que incluem vários objetos separados que interagem entre si, desenvolvidos por cientistas e engenheiros para modelar processos ou situações físicas. • Sistemas de coleta de dados. São sistemas que coletam dados de seu ambiente com um conjunto de sensores e enviam esses dados para outros sistemas para processamento. • Sistemas de sistemas. São sistemas compostos de uma série de outros sistemas de software . Alguns deles podem ser produtos genéricos de, como um programa de planilhasoftware eletrônica. Tendo como base as tipificações definidas anteriormente, é necessário definir como são classificados os modelos de processo de desenvolvimento de , isto é, a representação, de forma simplificada, de um determinadosoftware processo específico. Segundo Sommerville (2011, p. 20, grifos nossos), os modelos são englobados em três tipos: • em cascata. Este modelo determina as atividades principais do processo de especificação, desenvolvimento, validação e evolução, sendo que cada uma das partes do modelo são consideradas fases distintas. • desenvolvimento incremental. Este modelo integra as atividades de especificação, desenvolvimento e validação, porém é desenvolvido como sendo uma série de versões - ou incrementos - sendo que cada versão agrega novas funcionalidades à versão anterior. • engenharia de orientada a reusosoftware . Esta abordagem considera um número considerável de componentes reusáveis. A partir das tipificações de sistemas e dos modelos de processo de desenvolvimento, são definidos os eníveis aquilo que é considerado a da arquitetura de – esta, segundo Sommerville (2011, p.decomposição software 104), é necessária para organizar e estruturar a especificação da arquitetura do sistema, sendo útil no momento em que se realiza o levantamento dos requisitos junto aos envolvidos no desenvolvimento do sistema. Podemos projetar a arquitetura de em dois níveis de abstração, segundo Sommerville (2011, p. 104, grifossoftware nossos): • A arquitetura em está preocupada com a arquitetura de programaspequena escala • • • • • • • • • • • • - -5 • A arquitetura em está preocupada com a arquitetura de programaspequena escala individuais. Nesse nível, estamos preocupados com a maneira como um programa individual é decomposto em componentes. • A arquitetura em preocupa-se com a arquitetura de sistemas corporativosgrande escala complexos que incluem outros sistemas, programas e componentes de programas. Esses sistemas empresariais estão distribuídos por diversos computadores, que podem pertencer e ser geridos por diferentes empresas Desenhar a arquitetura de é fundamental, portanto, para o de um sistema, poissoftware desenvolvimento integra o desempenho, a robustez e a capacidade do sistema de sua manutenibilidade. As arquiteturas de geralmente são modeladas usando simples, nos quais cadasoftware diagramas de blocos caixa representa um componente. Quando são representadas caixas dentro de caixas significa que o componente foi decomposto em subcomponentes. Por outro lado, as setas indicam que os dados são passados de um componente ao outro. Um exemplo de representação de uma arquitetura de utilizando diagrama desoftware blocos é representado na figura a seguir, que elabora um controle robotizado de empacotamento. • • VOCÊ QUER LER? Existem arquiteturas de com diversas abordagens, inclusive as que são orientadassoftwares para a avaliação do processo de ensino-aprendizagem de forma contínua. Esta, inclusive, é bastante criativa e interessante, e foi desenvolvida em uma pesquisa feita pelos autores Cunha; Filgueira; Viana (2017). Leia mais em: <www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article >./download/5335/pdf http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/download/5335/pdf http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/download/5335/pdf - -6 Figura 1 - Arquitetura de um sistema de controle robotizado de empacotamento, indicando os componentes, os subcomponentes e a transação de dados. Fonte: Elaborada pelo autor, adaptado de SOMMERVILLE, 2011. Os diagramas de blocos representam a arquitetura de um e apresentam uma visão de alto nível dasoftware estrutura do sistema, sendo que os usuários de diferentes áreas que estão envolvidos no processo de desenvolvimento podem compreender a organização dos componentes, suas relações e a transação de dados. 1.1.2 Descrições de arquitetura Quais são as visões e descrições que são necessárias ao se projetar uma arquitetura de sistema? Quais notações devem ser usadas com o objetivo de se descrever os modelos de arquitetura? É necessário considerar que é impossível representar todas as informações relevantes da arquitetura de em um único modelo, porquesoftware cada modelo representa uma perspectiva do sistema. Portanto, são necessários vários deles para conceber a arquitetura na sua totalidade. Os autores da área de arquitetura e engenharia de propõem que devemossoftware ter fundamentais, as quais, segundo Sommerville (2011, p. 107, grifos nossos), são:quatro visões • lógica, que mostra as abstrações fundamentais do sistema como objetos ou classes de objetos. Nessa visão, deveria ser possível relacionar os requisitos de sistema com as entidades. • de processo, que mostra como, no tempo de execução, o sistema é composto de processos interativos. Essa visão é útil para fazer julgamentos sobre as características não funcionais do sistema, como desempenho e disponibilidade. • de desenvolvimento, que mostra como o é decomposto para o desenvolvimento,software ou seja, apresenta a distribuição do em componentes que são implementados porsoftware um único desenvolvedor ou por uma equipe de desenvolvimento. Essa visão é útil para gerentes de e programadores.software • física, que mostra o do sistema e como os componentes de sãohardware software • • • • - -7 • física, que mostra o do sistema e como os componentes de sãohardware software distribuídos entre os processadores. Essa visão é útil para os engenheiros de sistemas que estão planejando uma implantação do sistema. Hofmeister; Nord; Soni (2000) argumentam que é necessário, também, incluir uma , pois elavisão conceitual pode servir como uma decomposição dos requisitos de um nível mais alto para um mais detalhado. Essa ferramenta é fundamental para a administração da complexidade do sistema, porque pode esconder detalhes, permitindo que os desenvolvedores se concentrem no nível de abstrações do sistema. Uma das possíveis visões que podem servir de referência para a construção da arquitetura de um sistema é a ( ), uma linguagem de modelagem que serve para definir artefatos que auxiliamUnified Modeling Language UML na tarefa de desenhar e documentar os sistemas, sendo composta por que compõem adiversos diagramas estrutura do projeto de arquitetura do sistema. Segundo Galloti (2016, p. 81, grifos nossos), os diagramas UML são de: • Caso de Uso. Este diagrama define o grupo de comportamentos no alto nível do sistema e como deve ser executado para um determinado ator. • Classes. Este diagrama representa a coleção de classes e define seus inter-relacionamentos. • Objetos. Este diagrama visa mostrar em forma de um retrato os objetos do e seussoftware inter-relacionamentos. • Colaboração. Este diagrama figura uma coleção de objetos que trabalham conjuntamente para atender o comportamento do sistema. • Sequência. Representa uma perspectiva que é orientada por tempo, da colaboração existente entre os objetos. • Atividades. Este diagrama mostra o fluxo das tarefas que são executadas pelo sistema ou por um determinado ator. • Estados. Este diagrama mostra um conjunto de estados de um objeto pode ter e os ‘gatilhos’ que fazem a transição do objeto de um determinado estado para outro. • Componentes. Representa uma coleção de componentes pertinentes ao sistema e seus inter- relacionamentos. • Depuração. Este diagrama mostra um conjunto de componentes e como eles são distribuídos nos nós de .hardware • Pacotes. Mostra uma coleção de outros possíveis elementos de modelagem ou de diagramas. Alguns autores têm opiniões divergentes pelo uso da UML para a construção da arquitetura de , pois àssoftware vezes ela é usada de forma inadequada para demonstrar o comportamento dos componentes do sistema e suas relações. Sua utilização – ou não – dependerá do nível de experiência do desenvolvedor e da complexidade do • VOCÊ SABIA? A internet das coisas é uma revolução tecnológica recente que tem como objetivoconectar os itens – ou seja, as coisas – utilizados no dia a dia com a internet. Cagnin (2015) desenvolveu sua dissertação propondo uma arquitetura de denominada de “Uma arquiteturasoftware multiagente para o gerenciamento de dispositivos em ambientes da internet das coisas”. Veja mais em: <http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/02-08-2017 >./000868971.pdf • • • • • • • • • • http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/02-08-2017/000868971.pdf http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/02-08-2017/000868971.pdf - -8 relações. Sua utilização – ou não – dependerá do nível de experiência do desenvolvedor e da complexidade do sistema que se está implementando. Por outro lado, vários pesquisadores indicam o uso de linguagens de descrição de arquitetura ( , as ) para apresentá-la. Os elementosArchitectural Description Languages ADLs fundamentais das ADLs são os e , que agregam regras e diretrizes para a arquiteturacomponentes conectores do sistema. 1.2 Gêneros e estilos de arquitetura Podemos conceituar o projeto de arquitetura, segundo Sommerville (2011, p. 105), como “[...] um processo criativo no qual você projeta uma organização de sistema para satisfazer aos requisitos funcionais e não funcionais de um sistema”. Baseando-nos na afirmativa do autor, podemos perguntar: existe uma arquitetura genérica que pode atuar como um modelo para o sistema que está sendo projetado? Quais gêneros ou estilos de arquitetura podem ser usados? O que temos é que, durante o de arquitetura, os desenvolvedores precisam tomar váriasprocesso de projeto decisões estruturais que podem afetar de forma significativa o sistema e todo o seu processo de desenvolvimento. Segundo Sommerville (2011, p. 106), “um padrão de arquitetura é uma descrição abstrata de boas práticas vivenciadas e testadas em diferentes ambientes e sistemas”, logo ele deve descrever a organização de um sistema que foi bem-sucedida e incluir informações de quando o uso desse padrão é adequado, incluindo os pontos fortes e fracos. A seguir, descreveremos os padrões existentes na arquitetura de comsoftware exemplos e situações em que são utilizados, bem como suas vantagens e desvantagens. A arquitetura de um pode ser baseada em um determinado padrão ou estilo. Um software padrão de significa como o é organizado: por exemplo, existe o padrão de organização cliente-arquitetura software servidor e um padrão de arquitetura em camadas. Esses padrões mostram o objetivo de uma arquitetura que foi utilizada em sistemas de diferenciados. Nesse sentido, o desenvolvedor, ao tomar decisões sobre qual asoftware arquitetura de um sistema, deve conhecer os padrões mais comuns e saber onde eles podem ser usados e quais são seus prós e contras. É necessário que o desenvolvedor saiba escolher a estrutura que mais se adequa às necessidades do sistema a ser desenvolvido, como a arquitetura cliente-servidor ou a em camadas, que seja capaz de permitir o atingimento dos . Para que se decomponham em unidades estruturais do sistema, orequisitos do sistema desenvolvedor deverá decidir sobre qual a estratégia utilizada para a decomposição de componentes em seus subcomponentes. As abordagens que podem ser usadas devem permitir a implantação de tipos distintos de arquitetura. Por fim, ao chegar ao processo de modelagem de controle, é necessário tomar decisões sobre como a execução do sistema é controlada. Ou seja, se desenvolve um modelo de visão mais alta dosdos componentes relacionamentos de controle entre as diversas unidades do sistema. Segundo Sommerville (2011, p. 106, grifos nossos), devem ser analisados os seguintes requisitos para que se faça a escolha do :estilo de arquitetura • Desempenho. Se o desempenho for um requisito crítico, a arquitetura deve ser projetada para localizar as operações críticas dentro de um pequeno número de componentes. • Proteção. Se a proteção for um requisito crítico, deve ser usada uma estrutura em camadas para a arquitetura, com os ativos mais críticos protegidos nas camadas mais internas. • Segurança. Se a segurança for um requisito crítico, a arquitetura deve ser concebida de modo que as operações relacionadas com a segurança estejam localizadas em um único componente. • Disponibilidade. Se a disponibilidade for um requisito crítico, a arquitetura deve ser projetada para incluir componentes redundantes. • Manutenção. Se a manutenção for um requisito crítico, a arquitetura do sistema deve ser • • • • • - -9 • Manutenção. Se a manutenção for um requisito crítico, a arquitetura do sistema deve ser projetada a partir de componentes autocontidos de baixa granularidade que podem ser rapidamente alterados. Para Pressman (2016), apesar de os princípios do projeto de arquitetura de se aplicarem a todos ossoftware tipos de sistemas, o gênero ditará a abordagem específica para a estrutura que deve ser construída, isto é, uma categoria específica no domínio de de forma geral, sendo que em cada categoria podem sersoftware enquadradas subcategorias. Segundo Pressman (2016, p. 233, grifos nossos), podemos ter os seguintes gêneros :de arquitetura • Inteligência artificial – sistemas que simulam a cognição. • Comercial e sem fins lucrativos – sistemas para operação de empreendimento. • Comunicações – sistema para infraestrutura e gerenciamento de dados. • Autoria de conteúdo – sistemas para controlar artefatos. • Dispositivos – sistemas que interagem com o mundo físico. • Esportes e entretenimento – sistemas que gerenciam eventos públicos. • Financeiros – sistemas para gerenciar movimentações financeiras. • Jogos – sistemas que geram experiência de entretenimento. • Governo – sistemas que dão apoio às entidades governamentais. • Industriais – sistemas que controlam processos físicos. • Legais – sistemas que dão apoio jurídico. • Médicos – sistemas de diagnóstico. • Militar – sistemas de controle de inteligência militar. • Sistemas operacionais – sistemas que se situam acima do .hardware • Plataformas – sistemas que posicionam acima dos sistemas operacionais. • Científicos – sistemas utilizados para pesquisa. • Ferramentas – sistemas utilizados para desenvolver outros sistemas. • Transportes – sistemas que controlam veículos. • Serviços públicos – sistemas para oferecer serviço à sociedade. Por outro lado, a questão de na arquitetura de descreve uma categoria de sistema: podeestilos software englobar um conjunto de componentes que realiza uma função que é exigida, ou diversos conectores e várias restrições que definem como os componentes interagirão. Seu objetivo é estabelecer uma estrutura única para todos os componentes do sistema e, de acordo com Pressman (2016), eles podem ser classificados como: • : um repositório de dados reside no centro desta arquitetura e é, arquitetura centralizada em dados em geral, acessado por outros componentes. Observe-a na figura a seguir. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • - -10 Figura 2 - Arquitetura centralizada em dados demonstrando o depósito de dados e os softwares associados. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em PRESSMAN, 2016. • arquitetura de fluxo de dados: dados de entrada devem ser transformados por meio de uma série de componentes. Perceba-a na figura a seguir. Figura 3 - Arquitetura de fluxo de dados demonstrando os filtros de dados e os tubos associados. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em PRESSMAN, 2016. • arquitetura de chamadas e retornos: permite obter dados em programa principal e subprograma. Atente-a na figura a seguir. • • - -11 Figura 4 - Arquitetura de chamadas e retornos demonstrando o programa principal e subprogramas controladores e de aplicação. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em PRESSMAN, 2016. • arquitetura orientada a objetos: caracterizada pelos componentes terem os dados e as operações encapsulados. • arquitetura em camadas: sua estrutura básica é definida em camadas distintas, que interagem em operações de forma progressiva. Observe-a na figura a seguir.• • - -12 Figura 5 - Arquitetura em camadas demonstrando as diversas camadas e os componentes associados a elas. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em PRESSMAN, 2016. Diante das características expostas das arquiteturas de , é possível descrevermos os software padrões arquiteturais. • MVC (Modelo-Visão-Controlador): considerado a base do gerenciamento de interação, separa a apresentação e a interação dos dados do sistema, sendo que o sistema é estruturado em três componentes lógicos que se comunicam entre si: o componente é responsável por o Modelo gerenciar sistema de dados e as operações associadas aos dados; o componente é responsável por e Visão definir a forma de os dados se apresentarem; o componente é responsável por gerenciar Controlador a interação do usuário e passá-la para a Visão e o Modelo. Geralmente, este padrão pode gerenciar interagir e visualizar os dados de diversas maneiras, sendo que sua vantagem é permitir que os dados podem ser alterados de forma independente da sua representação. Por outro lado, quando o modelo de dados é muito simples, pode envolver complexidade adicional desnecessária. Na figura a seguir, demonstraremos este modelo. • - -13 Figura 6 - Modelo da organização MVC com a demonstração do fluxo de ações e das mudanças de estado. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em SOMMERVILLE, 2011. • Abordagem em camadas: sustenta o desenvolvimento de um sistema de forma incremental. Quando uma camada é desenvolvida, alguns serviços podem ficar disponíveis para os usuários. A arquitetura também tem como características a e a . Se a interface ficar inalterada, uma mutabilidade portabilidade camada pode ser substituída por outra equivalente, ou seja, quando uma camada de interfaces é alterada ou tem novos recursos incluídos, somente a camada adjacente é afetada. Portanto, este padrão se caracteriza pela organização do em camadas, cuja funcionalidade é associada a cada uma delas. software Desse modo, uma camada deve fornecer serviços à camada acima dela, e os níveis mais baixos de camadas representam os principais serviços utilizados no sistema. Sua vantagem é permitir a de camadas inteiras, mas, por outro lado, é difícil ter clara a separação entre as camadas e substituição como interagem camadas de níveis mais alto e mais baixo, impactando o desempenho geral do sistema. • - -14 • De repositório: tem como característica que todos os dados do sistema são gerenciados em um repositório central, ficando os componentes do sistema. Neste padrão, existe a acessível a todos vantagem de os componentes serem independentes. Mas, por outro lado, o repositório se torna um ponto único de falha. • Cliente-servidor: é organizado segundo um conjunto de serviços e servidores ligados aos clientes. Segundo Sommerville (2011, p. 113, grifos nossos), os principais componentes deste modelo são: • Um conjunto de que oferecem serviços a outros componentes. Exemplos deservidores servidores incluem: servidores de impressão que oferecem serviços de impressão; servidores de arquivos que oferecem serviços de gerenciamento de arquivos; e um servidor de compilação, que oferece serviços de compilação de linguagens de programação. • Um conjunto de que podem chamar os serviços oferecidos pelos servidores. Emclientes geral, haverá várias instâncias de um programa cliente executando simultaneamente em computadores diferentes. • Uma que permite aos clientes acessar esses serviços. A maioria dos sistemas cliente-rede servidor é implementada como sistemas distribuídos, conectados através de protocolos de Internet. Esse modelo geralmente é utilizado quando os dados compartilhados precisam ser acessados de vários locais. Na figura a seguir, demonstraremos esse modelo-padrão. VOCÊ QUER LER? Existe uma proposta de arquitetura de baseada no padrão em camadas e quesoftware demonstra sua aplicação na construção e integração de ambientes virtuais de aprendizagem. A arquitetura facilita a adição de novos módulos a estes sistemas de forma distribuída. Essa proposta foi realizada por Sizo; Lino e Favero (2010). Leia mais em: <http://www.scielo.mec.pt >./scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-98952010000200003 • • • • • http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-98952010000200003 http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-98952010000200003 - -15 Figura 7 - Modelo cliente-servidor, demonstrando a relação entre clientes, internet e serviços disponíveis. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em SOMMERVILLE, 2011. A vantagem desse modelo é a característica de por meio de uma rede, podendo estar disponíveldistribuição para todos os clientes. Porém, cada serviço se torna um ponto de falha, tornando o desempenho imprevisível. • Dutos e filtros: é um padrão de arquitetura no qual o processamento dos dados está organizado de forma que cada componente de processamento – o filtro – realize um determinado tipo de processamento dos dados, ou seja, os dados fluem – como um duto – de um componente para outro. Este tipo de arquitetura geralmente é utilizado em sistemas de , quando as entradas processamento de dados são processadas em para gerar saídas relacionadas entre si. Sua vantagem é a etapas distintas capacidade de do processamento dos dados ser de fácil compreensão e facilidade de suporte. Por reuso outro lado, o formato para a transferência dos dados deve ser acordado entre os processamentos. 1.3 Decisões sobre arquitetura Os arquitetos de criam uma própria para coletar e analisar os requisitos e definir asoftware metodologia arquitetura para ser utilizada no dos sistemas. Nesse sentido, são realizadas diversasdesenvolvimento questões que deverão ser respondidas: como os usuários interagirão com o aplicativo e como ele será implantado e gerenciado? Quais são os requisitos de qualidade do aplicativo? Como projetá-lo para que seja de fácil manutenção? Quais são as tendências arquitetônicas que podem interferir no sistema? Podemos responder VOCÊ SABIA? O desenvolvimento de baseado em agentes tem como objetivo a sua aplicação emsoftware sistemas distribuídos e visa buscar técnicas capazes de minimizar as dificuldades encontradas nessa nova abordagem, como demonstrado no trabalho desenvolvido por Huzita; Oliveira; Laine (2000). Veja mais a respeito em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php >./ActaSciTechnol/article/view/3131/2252 • http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/view/3131/2252 http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/view/3131/2252 - -16 implantado e gerenciado? Quais são os requisitos de qualidade do aplicativo? Como projetá-lo para que seja de fácil manutenção? Quais são as tendências arquitetônicas que podem interferir no sistema? Podemos responder a essas questões considerando que um projeto de desenvolvido com qualidade deve atender aossoftware requisitos do usuário sem que haja interrupções e com uma usabilidade que atenda às demandas. Essas indagações afetam as decisões que o desenvolvedor tomará a respeito do , dos componentes, dashardware estruturas, das plataformas, dos sistemas de gerenciamento de , entre outros recursos acoplados aosoftware sistema e que ele deve se integrar. Portanto, definir a arquitetura de envolve implantar uma solução estruturada que atenda ao maiorsoftware número possível dos técnicos e operacionais e que aperfeiçoe os atributos de (comorequisitos qualidade desempenho, segurança e capacidade de gerenciamento). Decidir sobre ela significa analisar diversas ,decisões que devem ser baseadas em vários fatores, e cada uma, provavelmente, trará um impacto considerável sobre o desempenho, a facilidade de manutenção e a qualidade do .software As decisões de projeto de arquitetura incluem tanto aquelas do tipo de aplicação, distribuição do sistema e estilos da arquitetura que deverão ser utilizados quanto as formas de a arquitetura ser documentada e avaliada. Ou seja, além da escolha dos e a forma da , a arquiteturaengloba decisões sobrealgoritmos estrutura de dados as que formarão o sistema, o controle, os protocolos de comunicação, a sincronização e o acesso aestruturas dados, além da atribuição de funcionalidades aos elementos do sistema. Outras variáveis a serem analisadas são: distribuição física dos elementos, escalabilidade, desempenho e demais atributos de qualidade. Assim, as tomadas de decisão necessitam de uma análise profunda e detalhada dos impactos, pois elas podem causar um em todo o projeto. impacto Assim sendo, o desenvolvedor deverá focar nos estudos da organização de forma global do sistema e seus relacionamentos entre subsistemas e demais componentes, utilizando ferramentas e técnicas, tais como visões gráficas e análise técnica. CASO Uma indústria de autopeças decidiu desenvolver internamente um sistema integrado de manutenção da fábrica com os departamentos de compras, controle de estoque e de contabilidade. Esse sistema é denominado de (ERP), cujoEnterprise Resource Planning objetivo principal é ter o máximo de integração dos processos disparando eventos entre os departamentos. Por exemplo, quando houver uma manutenção preventiva na fábrica, o sistema já executa o controle de estoque para garantir os insumos necessários para manutenção e dispara um evento para o departamento de compras e contabilidade, caso haja a necessidade de se adquirir algum insumo. Os desenvolvedores estavam analisando qual seria o estilo de arquitetura que mais se adequaria ao modelo desse tipo sistema. Segundo os princípios analisados, as arquiteturas centralizada em dados, de fluxo de dados, orientada a objetos e em camadas não foram consideradas adequadas ao perfil do sistema. Concluiu-se que o estilo de chamadas e retornos seria o que mais se acopla à proposta de um ERP, devido ao fato de que esse estilo teria um programa principal: faria o controle de informações e procedimentos entre os outros subprogramas e procedimentos remotos. - -17 1.3.1 Como as decisões sobre a arquitetura afetam o desenvolvimento de um sistema Você sabe dizer como decisões específicas de arquitetura podem ser feitas enquanto o sistema é implantado? Como estas decisões impactam no desenvolvimento do sistema? O primeiro passo importante no processo de projeto é tomar a decisão de quais de projeto que são necessários e o paramodelos nível de detalhamento eles. Isso dependerá do que está sendo desenvolvido.tipo de sistema A maneira de projetarmos um sistema sequencial de processamento é diferente da maneira de fazer um sistema de tempo real – assim como a arquitetura terá modelos de projeto diferentes. Por exemplo, segundo Sommerville (2011, p. 130, grifos nossos), quando utilizamos a (UML), geralmente utilizamos doisUnified Modeling Language modelos de projeto: • estruturais, os quais descrevem a estrutura estática do sistema, usando as classes de objetos e seus relacionamentos. Relacionamentos importantes que podem ser documentados nesse estágio são os de generalização (herança), usa/usado por, e composição. • dinâmicos, os quais descrevem a estrutura dinâmica do sistema e mostram as interações entre os objetos do sistema. Interações que podem ser documentadas incluem a sequência de solicitações de serviço feitas pelos objetos e as mudanças de estado que são disparadas por essas interações de objetos. De modo geral, as razões que levam às decisões do projeto original de arquitetura não são registradas. Porém, é necessário que os responsáveis pela evolução do sistema compreendam por que as decisões de projeto foram tomadas, sendo fundamental que elas sejam .documentadas Os impactos tomados pela decisão de determinada arquitetura compreendem que as alterações propostas precisam ser muito bem analisadas. É importante ter em mente que, durante a implantação, pode haver a necessidade de se de projeto tomadas anteriormente. A partir do momento em quereconsiderar as decisões escolhemos a arquitetura de , ela pode evoluir e, assim sendo, requer que novos requisitos arquiteturaissoftware sejam definidos com o objetivo de atender às mudanças desejadas. Portanto, devemos adicionar ou modificar características, e o sistema deverá estar preparado para estas mudanças. Os impactos da escolha da arquitetura podem influenciar na do sistema e na manutenibilidade adaptabilidade dos requisitos funcionais e não funcionais. Outros fatores também podem significar o nível do impacto da decisão da arquitetura, como a capacidade de e a do sistema. Ou seja, neste tipo deescalabilidade refatoração desenvolvimento, ao invés de se desenvolver protótipos, a análise dos requisitos e a implantação ocorrem de forma conjunta. Os métodos ágeis são aqueles de desenvolvimento incremental, em que os incrementos são • • VOCÊ O CONHECE? John von Neumann foi um cientista que contribuiu fortemente para a evolução da Ciência da Computação, sendo um dos construtores do primeiro computador: o Eniac. Foi responsável pelo aprimoramento do poder computacional, levando-o a um aperfeiçoamento da estrutura lógica do processamento de dados, contribuindo de maneira inigualável para a evolução da Ciência da Computação. Veja mais a respeito no livro de Fonseca Filho (2007), disponível em: < >.http://www.pucrs.br/edipucrs/online/historiadacomputacao.pdf http://www.pucrs.br/edipucrs/online/historiadacomputacao.pdf - -18 forma conjunta. Os métodos ágeis são aqueles de desenvolvimento incremental, em que os incrementos são pequenos, e as novas versões do sistema são criadas e disponibilizadas aos clientes periodicamente. As versões envolvem os clientes no processo de desenvolvimento para que se obtenham retornos rápidos sobre a evolução dos requisitos. Portanto, é possível perceber como a escolha da arquitetura pode ser fundamental para o de forma consistente e de alto desempenho.desenvolvimento de um sistema Conforme demonstramos, cada decisão da arquitetura deve ser documentada para que possa haver uma revisão posterior, a fim de outros interessados entendam a descrição arquitetônica. Essa documentação deverá ser , conforme os requisitos forem sendo alterados ou novos forem implantados.sempre atualizada 1.4 Projeto de arquitetura Você sabe qual é o objetivo e quais são as decisões que precisamos tomar ao fazer um projeto de arquitetura de um sistema? Entender e saber desenvolver um bom projeto de arquitetura é fundamental para o sucesso de um sistema. O projeto de arquitetura é focado na compreensão de como um sistema de informação deverá ser organizado e como é estabelecida a estrutura global do sistema. No modelo do processo de desenvolvimento de um sistema, consideramos o projeto de arquitetura como o do processo de projeto de . primeiro estágio software Assim, uma arquitetura de software serve, fundamentalmente, como um plano de projeto para a negociação de requisitos de sistema com seus usuários e, em seguida, como uma forma de estruturar as discussões com os desenvolvedores e gerentes. É também uma ferramenta essencial que pode gerenciar a complexidade, pois pode esconder detalhes e permitir que os desenvolvedores foquem nas abstrações do sistema. Quando é iniciado o projeto de arquitetura de um sistema, o deverá ser dentro de um contexto que osoftware represente, definindo as entidades externas que o sistema interage e o tipo da interação. Tais informações são obtidas pela e que completam o modelo de representação do sistema no contexto.engenharia de requisitos 1.4.1 Representação do sistema no contexto Neste momento, podemos nos questionar: como os sistemas operam entre si? O que temos como resposta é o que chamamos de , que representa como o sistema interage com entidades externas acontexto de arquitetura seus limites. O desenvolvedor, para modelar como o sistema interage com suas entidades externas, utiliza o , e os sistemas que interagem com o chamado sistema-alvo sãoDiagrama de Contexto Arquitetural representados segundo Pressman (2016, p. 240, grifos nossos) como: • superiores – sistemas que usam o sistema-alvo como integrantede algum esquema de processamento de mais alto nível. • subordinados – sistemas que são utilizados pelo sistema alvo e fornecem dados ou VOCÊ QUER VER? O filme (TYLDUM; MOORE, 2014) mostra a história do matemático AlanO jogo da imitação Turing – considerado o pai da informática – e sua tentativa de quebrar um código de comunicação nazista durante a 2ª Guerra Mundial. O longa-metragem mostra um episódio fundamental na história da computação. Não deixe de conferir. • • - -19 • subordinados – sistemas que são utilizados pelo sistema alvo e fornecem dados ou processamentos necessários para completar a funcionalidade do sistema-alvo. • de mesmo nível – sistemas que interagem em uma base par-a-par. • atores – entidades que interagem com o sistema-alvo. Poderemos representar a estrutura genérica do diagrama de contexto arquitetural na figura a seguir. Figura 8 - Estrutura genérica do diagrama de contexto arquitetural mostrando os componentes e os relacionados hierárquicos. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em PRESSMAN, 2016. Cada uma das entidades externas, representadas no diagrama de contexto arquitetural, comunica-se com o sistema-alvo por meio de uma interface, mostrando como o fluxo e a direção dos dados interagem com os módulos e as entidades. Na figura a seguir, demonstraremos como acontece um Diagrama de Contexto em um sistema de controle de segurança. • • • - -20 Figura 9 - Exemplo do Diagrama de Contexto em um sistema de segurança domiciliar. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em PRESSMAN, 2016. Para produzirmos detalhes significativos, precisamos realizar o refinamento do diagrama e dos fluxos de dados, sendo que os detalham estes refinamentos e estas transformações, a fim deDiagramas de Fluxo de Dados exibir a coesão correspondente a cada transformação do refinamento. 1.4.2 Definição de arquétipos Após ser modelado o diagrama de contexto, quais, podemos dizer, que seriam as próximas representações da arquitetura de ? Uma vez que o contexto é modelado e as interfaces foram representadas, devemossoftware identificar o conjunto de arquétipos arquiteturais, isto é, uma forma abstrata do que seria a representação de um .elemento do software A maioria dos sistemas é representada por um número pequeno de arquétipos, pois a arquitetura do sistema- alvo é composta destes arquétipos, que são elementos , e são derivados após a análise de as classes estáveis serem definidas no modelo de requisitos. Portanto, os arquétipos auxiliam no desenvolvimento do projeto da arquitetura de software, levando-o a um nível de detalhamento que torna mais fácil detectar inconsistências entre os componentes arquiteturais. Síntese Compreendemos, com o fim este capítulo, o quanto é importante elaborarmos as arquiteturas de para osoftware desenvolvimento de projetos de sistemas e tornar possível o desenvolvimento das soluções de sistemas de forma mais simples, rápida, com melhor eficiência e fácil manutenibilidade. Ao implantarmos um determinado modelo de arquitetura de , devemos atingir ao máximo a simplicidade, para que o sistema tenha assoftware características de ser flexível, extensível, portável e reutilizável. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: • compreender os princípios de arquitetura de ;software• - -21 • compreender os princípios de arquitetura de ;software • entender as fases de desenvolvimento de um projeto arquitetural; • descrever os elementos pertinentes à arquitetura e aos padrões arquiteturais básicos; • compreender os tipos de modelagem e a utilização dos diferentes estilos, padrões e gêneros na especificação da arquitetura de ;software • analisar os impactos das decisões do tipo de arquitetura no desempenho de um sistema. Bibliografia CAGNIN, R. L. Uma arquitetura multiagente para gerenciamento de dispositivos em ambientes da internet . 2015. 123 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Computação) – Universidade Estadual Paulista, Sãodas coisas José do Rio Preto, 2015. Disponível em: <http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/02-08- >. Acesso em: 15/5/2018.2017/000868971.pdf CUNHA, D.; FILGUEIRA, A; VIANA, G. Arquitetura de software voltada para a avaliação contínua do processo de ensino-aprendizagem. , Natal, IF-RN, ano 33, v. 1, p. 43-56, 2017. Disponível em: <Revista HOLOS http://www2. >. Acesso em: 15/5/2018.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/5335/pdf FONSECA FILHO, C. : o caminho do pensamento e da tecnologia. Porto Alegre: PUC-RS,História da computação 2007. Disponível em: < >. Acesso em: 15/5http://www.pucrs.br/edipucrs/online/historiadacomputacao.pdf /2018. GALLOTI, G. M. A. . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016.Arquitetura de software HOFMEISTER, C.; NORD, R.; SONI, D. . Applied Software Architecture Boston: Addison-Wesley, 2000. HUZITA, E. H. M.; OLIVEIRA, H. M.; LAINE, J. M. Uma proposta de arquitetura de software baseada em agentes. - Technology, Maringá, UEM, v. 22, n. 5, p. 1339-1346, 2000. Disponível em: <Acta Scientiarum >. Acesso em: 15/5/2018.http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/view/3131/2252 PRESSMAN, R. : uma abordagem profissional. 8. ed. Porto Alegre: Engenharia de software McGraw Hill, 2016. SIZO, A. M.; LINO, A. D. P.; FAVERO, E. L. Uma proposta de arquitetura de software para construção e integração de ambientes virtuais de aprendizagem. , Revista Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação (RISTI) Porto, n. 6, p. 17-30, dez. 2010. Disponível em: < >. Acesso em:http://www.scielo.mec.pt/pdf/rist/n6/n6a03.pdf 15/5/2018. SOMMERVILLE, I. . Engenharia de software 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. TYLDUM, M.; MOORE, G. . Direção: Morten Tyldum. Produção: Morten Tyldum. EstadosO jogo da imitação Unidos: Warner Bros, 2014. • • • • • http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/02-08-2017/000868971.pdf http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/cathedra/02-08-2017/000868971.pdf http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/5335/pdf http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/5335/pdf http://www.pucrs.br/edipucrs/online/historiadacomputacao.pdf http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciTechnol/article/view/3131/2252 http://www.scielo.mec.pt/pdf/rist/n6/n6a03.pdf - -1 ARQUITETURA DE SOFTWARE CAPÍTULO 2 - QUAIS SÃO AS ABORDAGENS ALTERNATIVAS E DE ARQUITETURA PARA SISTEMAS E APLICATIVOS MÓVEIS?WEB Fernando Skackauskas Dias - -2 Introdução Com o grande avanço da e dos dispositivos móveis nos últimos anos, os cientistas da computação se viramweb diante de grandes desafios. Quais são as abordagens da arquitetura de que foram elaboradas parasoftware contemplar esses novos modelos de sistemas? Como esses sistemas são tratados no processo de projeto, desenvolvimento e implantação? Existem modelos alternativos de arquitetura de ? Estas questões sesoftware tornam relevantes, visto a convergência de novas mídias e aplicativos para e dispositivos móveis. Oweb desenvolvimento de sistemas está cada vez mais atrelado às inovações tecnológicas, surgindo, assim, novas linguagens e novos modelos de arquitetura em um intervalo cada vez menor de tempo. O que temos é uma tendência de se projetar sistemas mais dependentes da e dos dispositivos móveis, a fim de atender aosweb modelos de negócio contemporâneos. Temos visto que diversos serviços que eram oferecidos em plataformas tradicionais estão migrando paulatinamente para ambiente ou para dispositivos móveis. Mais do que isso:web diversos serviços já nascem nestes ambientes. Um exemplo claro são os aplicativos urbanos para transporte de passageiro. Neste capítulo, veremos como a arquitetura de é modelada para aplicações esoftware web dispositivos móveis, analisaremos quais são as avaliações possíveis das alternativas de projetos, descreveremos como é empregada a linguagem de descrição da arquitetura (ADL) e, por fim, como é feita a verificação de conformidade da arquitetura de . Desejamos um excelente estudo.software 2.1 Projeto de arquitetura paraaplicações e web dispositivos móveis Desenvolver sistemas para e dispositivos móveis é uma tarefa complexa, pois essas aplicações sempre agemweb integrando diversos e , além de suportarem bancos de dados componentes distribuídos perfis múltiplos de . Quais as características específicas na criação da arquitetura de para ambiente eusuários software web dispositivos móveis? Quais os modelos próprios para arquiteturas alternativas? Quais as alternativas de arquiteturas existentes? A fim de desenvolver uma arquitetura de para ambiente e aplicativossoftware web móveis, é necessário compreender o nível de aplicações subjacentes, tais como os objetos, os comportamentos dos componentes e as regras de negócios, além de ser necessário adotar arquiteturas de flexíveis parasoftware esses domínios. Nesse sentido, abordagens orientadas a reuso, entre outras, fazem parte do projeto de arquitetura e dispositivos móveis. Veremos, a seguir, como são criados projetos para esses ambientes.web 2.1.1 Projeto de arquitetura para aplicações web O desenvolvimento de aplicações para o ambiente tem crescido consideravelmente nos últimos anos com oweb fortalecimento da internet como uma plataforma de comércio de produtos e serviços, tendo como estratégia a e o aumento da . Além disso, houve uma grande evolução naredução de custos abrangência de atuação capacidade de transmissão de dados, máquinas servidoras em e um avanço enorme nacloud computing capacidade de armazenamento dos dados. Portanto, quais são as diferenças na arquitetura de para estesoftware ambiente? Antes de tudo, é importante ressaltarmos a importância da aplicação de arquitetura de nosoftware desenvolvimento dos sistemas de informação. Segundo Sommerville (2011, p. 5), temos dois motivos para tal: 1. Cada vez mais, indivíduos e sociedades dependem dos sistemas de avançados. Temos desoftware ser capazes de produzir sistemas confiáveis econômica e rapidamente. 2. Geralmente é mais barato, a longo prazo, usar métodos e técnicas da engenharia de para sistemas de , em vezsoftware software - -3 a longo prazo, usar métodos e técnicas da engenharia de para sistemas de , em vezsoftware software de simplesmente escrever os programas como se fossem algum projeto pessoal. Para a maioria dos sistemas, a maior parte do custo é mudar o depois que ele começa a ser usado.software A vantagem deste padrão de arquitetura é a permissão de os dados serem alterados de forma independente da sua representação. Uma descrição resumida do comportamento das aplicações que utilizam o padrão MVC é: o componente Visão envia os eventos para o componente Controlador o qual, por sua vez, modifica o estado do componente Modelo e, a seguir, o componente Visão busca as informações do Modelo. Poderemos acompanhar o funcionamento básico do padrão MVC na figura a seguir. Figura 1 - Modelo MVC demonstrando a relação entre o Modelo, a Visão e o Controlador e os eventos associados aos componentes. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em JÚNIOR; FORTES, 2007. Vimos, na figura anterior, que o componente Visão envia um determinado evento para o componente Controlador que, a partir daí, chama um método que alterará o estado do Modelo. A partir do momento em que o Modelo tem o estado alterado, este componente informa à Visão, por meio do Controlador, o novo estado em que ele se encontra. A partir daí, a Visão procura os dados no Modelo. Concluindo, o modelo MVC é formado pelas entidades que agrupam os dados (apresentados pelo componente Visão, que pode ser uma interface gráfica, por exemplo). Por outro lado, o Controlador pode ser classes que têm métodos que permitem que o componente Modelo seja atualizado a partir dos eventos que foram disparados pelas Visões. Na figura a seguir, demonstraremos um exemplo de interação entre os componentes do padrão MVC em uma aplicação Java. Neste esquema, há a apresentação de como os dados são apresentados no componente Visão: os pontos ‘x’ e ‘y’, o nível de opacidade das informações apresentadas, o estilo da fonte e um texto descritivo. Neste caso, um evento será disparado pelo botão , que está na interface gráfica. A partir do momento em que este evento é disparado,change os dados são enviados para o componente Controlador, no qual estão as classes que possuem os métodos que permitem ao componente Modelo ser atualizado a partir dos eventos disparados pelo componente Visão. - -4 Figura 2 - Exemplo de interação entre os componentes do padrão MVC e suas interações de uma aplicação em linguagem Java. Fonte: SUN, 2007 apud JÚNIOR; FORTES, 2007, p. 6. Outro tipo de padrão de arquitetura largamente utilizado é a , com base no modeloarquitetura em 3 camadas cliente-servidor. Ele se caracteriza no fato de que a interface, a lógica do processamento, o armazenamento e o acesso aos dados ficam em e cada um é , independentemente da tecnologiamódulos independentes atualizado utilizada. Segundo Júnior; Fortes (2007, p. 6, grifos nossos), essas camadas se classificam em: • camada de apresentação: contém toda a interface gráfica e permite a interação com o usuário por meio dos serviços disponíveis ao usuário (sessões e entradas de dados, por exemplo); • camada lógica: contém toda a lógica do negócio, bem como a lógica de transações; • camada de dados: contém os dados que são manipulados pela aplicação, bem como o acesso a dados, atualizações e persistências deles. Apresentaremos, a seguir, uma ilustração gráfica da arquitetura em três camadas, na qual ocorre um sistema de vendas, em que a camada de apresentação realiza uma função de “solicitação do total de vendas” e é onde se encontra a interface com o usuário. A partir do momento do disparo desta solicitação, a camada lógica recebe a solicitação e é realizado o processamento da pesquisa solicitada. Por sua vez, os dados para realizar a pesquisa são obtidos a partir da camada de dados, onde é realizada a recuperação dos dados necessários. Esta camada, por sua vez, retorna para a camada lógica o resultado da pesquisa, passando o resultado do “total de vendas” para a interface do usuário (camada de apresentação), que é a pesquisa solicitada inicialmente. • • • - -5 Figura 3 - Exemplo de interação entre os componentes do padrão de arquitetura em 3 camadas e suas interações em uma aplicação comercial. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em JÚNIOR; FORTES, 2007. É possível fazermos uma comparação entre os modelos de arquitetura MVC e em 3 camadas: • arquitetura MVC: tem um , sendo que a Visão emite eventos comportamento de forma triangular para o Controlador, que atualiza o Modelo, e a Visão busca os dados do Modelo para exibir; • arquitetura em 3 camadas: tem um , pois as camadas de apresentação não comportamento linear executam a comunicação de forma direta com a camada de dados passando pela camada lógica. 2.1.2 Projeto de arquitetura para dispositivos móveis As arquiteturas de software para dispositivos móveis consistem, fundamentalmente, em uma aplicação que está hospedada em um servidor e que será acessada por meio de um navegador do dispositivo. Baseando-nos nestes princípios, temos duas possibilidades de arquitetura de software para dispositivos móveis: a distribuída e a centralizada, as quais explicaremos a seguir. • Arquitetura distribuída • • • - -6 centralizada, as quais explicaremos a seguir. • Arquitetura distribuída Tem como característica principal as regras de negócio do (que se encontram na camadadesacoplar software de Modelo) das regras relativas de apresentação (camadas de Visão e Controle). Assim, as aplicações para dispositivos móveis são desacopladas das aplicações corporativas, e a comunicação ocorre por meio dos serviços via . O que temos é que as aplicações para dispositivos móveis agregam exclusivamente as regras deweb visualização e controle. No lado das aplicações corporativas, acoplam-se as regras de negócio. Suas vantagens são: • a publicação da aplicação é independente dos serviços remotos; • o desacoplamento entre a aplicação do dispositivomóvel e as regras de negócio; • é possível reusar as diversas funcionalidades de outras aplicações; • é possível adaptá-la às múltiplas plataformas. Por outro lado, suas são:desvantagens • o desenvolvimento das funcionalidades pode ser dispendioso; • o consumo de serviços remotos pode gerar tempos maiores de resposta. • Arquitetura centralizada Tem como principal característica , em uma única aplicação, todas as camadas e regras do sistema. Aenglobar alteração desta arquitetura está na interface, na qual a estrutura de dispositivo móvel serve para adaptar a interface da aplicação para telas menores e sensíveis ao toque, melhorando a usabilidade dos usuários. A camada de Modelo fica responsável somente para acessar serviços externos. Segundo Pilar (2005, p. 26), o desenvolvimento de para dispositivos móveis é mais complexo do que softwares softwares tradicionais. Isto ocorre devido às características como aplicações em tempo real, memória limitada da tecnologia, canais de entrada e saída limitados, necessidade de ferramentas caras de desenvolvimento, tendo uma forte relação com a dependência de e diferenteshardware processadores. Seguindo as características que mencionamos anteriormente, elas mostram os desafios para o desenvolvimento de dispositivo móvel. Lee (2005) apresenta uma arquitetura específica para o desenvolvimento dos aplicativos, que poderemos visualizar na figura a seguir. • • • • • • • • VOCÊ QUER LER? O crescimento em tamanho e a complexidade dos sistemas de exigem que ossoftware profissionais da área desenvolvam novas topologias para o nível arquitetural. Como exemplo, temos os dispositivos móveis, que têm como principal característica realizar várias tarefas distintas e se conectar com outros aplicativos. Quer ler mais? Leia o artigo de Silva Filho (2010) em: < >.http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/14312/7593 http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/14312/7593 - -7 Figura 4 - Exemplo de arquitetura para aplicativos móveis com as camadas físicas e lógicas e suas interações. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em LEE, 2005. Os itens da figura anterior são divididos e conceituados da seguinte forma, segundo Lee (2005, p. 27, grifos nossos): • mobilidade: as aplicações móveis deverão seguir esta principal característica dos dispositivos móveis; • contexto do negócio: é necessário identificar o contexto de negócio do aplicativo; • arquiteturas de aplicação móvel: definir os tipos de arquitetura móvel; • infraestrutura móvel: análise que deve ser realizada ao definir o tipo do dispositivo móvel; • interface com o usuário de cliente móvel: considerar a interface e periféricos que podem ser utilizados pelo usuário; • aplicações clientes móveis: onde se deve definir a arquitetura a ser seguida; • transferência de dados cliente-servidor: definir a forma como ocorreram as trocas de informação; • tornar móveis as arquiteturas de aplicação existentes: verificar a necessidade de transformar ou atualizar; • segurança: é necessário o controle de acesso a usuários e a proteção dos dados; • gerenciamento do desenvolvimento de aplicações móveis: segue as mesmas características do gerenciamento de projetos; • estudos de caso de aplicações móveis: é considerado importante realizar estudos de casos. Ao desenvolvermos aplicativos para dispositivos móveis, pode ser necessária a execução de código na camada do cliente que, nessa situação, é adotada uma arquitetura separada em camadas. Segundo Pilar (2013, p. 30, grifos nossos), estas camadas são descritas como: • camada de aplicação: camada que está no topo do desenvolvimento da hierarquia da • • • • • • • • • • • • - -8 • camada de aplicação: camada que está no topo do desenvolvimento da hierarquia da arquitetura; • camada de middleware: é a camada que suporta diferentes linguagens de programação, como a procedural C, orientada a objetos C++ e Java; • camada do sistema operacional: responsável por cooperar com a aplicação para aperfeiçoar o gerenciamento de processos, procedimentos e tratamento de exceções; • camada de abstração do hardware: é a camada mais próxima do , aquela que fazhardware contato diretamente com o dispositivo; • hardware: dispositivos móveis como , celulares, leitores de , vídeosmartphones e-books games etc. Vários questionamentos podem influenciar na escolha de qual arquitetura devemos utilizar para o desenvolvimento dos sistemas de dispositivos móveis ou , como: o sistema deve ser desenvolvido utilizandoweb tecnologia híbrida ou nativa? Existe tempo hábil para desenvolver duas aplicações nativas, a fim de atender Android e iOS? Qual o conhecimento necessário da equipe? Quanto é o custo de desenvolvimento de aplicações nativas e híbridas? Descobriremos as respostas para esses questionamentos no tópico a seguir. 2.2 Avaliação das alternativas do projeto É necessário, antes de mais nada, levantarmos de maneira clara as diferenças de desenvolvimento dos aplicativos móveis: • aplicativo nativo: tem como característica ser desenvolvido para uma plataforma específica, como a iOS ou a Android. Portanto, ele tem a capacidade de explorar todos os recursos da plataforma, como o GPS ou a câmera, mas nem sempre necessita da internet para funcionar. A desvantagem está em seu desenvolvimento, que é mais complexo e mais dispendioso: é necessário desenvolver um aplicativo para cada tipo de plataforma e não pode haver reuso de código, porque cada plataforma necessita de códigos distintos; • aplicativo híbrido: tem características do aplicativo nativo e da , sendo necessário utilizar os dois web códigos para a criação. Portanto, este modelo pode usar recursos tanto da internet quanto do dispositivo, podendo ser executado em plataformas diferentes, e seu desenvolvimento é mais ágil e com custo menor. Sua maior desvantagem é que ele não consegue acessar as funcionalidades diretamente, sendo necessário usar uma infraestrutura que seja intermediária entre o aplicativo e o dispositivo. No próximo item, abordaremos a questão da (linguagem de descrição daarchitecture description language arquitetura – ADL) que descreve, de forma fundamental, a estrutura das propriedades em alto nível de um sistema – mas sem se atrelar a detalhes de implantação. • • • • • • • VOCÊ SABIA? Existem arquiteturas de específicas para a construção e integração de ambientessoftware virtuais de aprendizagem. O artigo “Potencial da aprendizagem baseada-em-jogos: um caso de estudo na Universidade do Algarve”, de Kikot; Fernandes; Costa (2015), pesquisa a interação de estudantes com um jogo em um ambiente digital. Saiba mais em: <http://www.scielo.mec.pt >./pdf/rist/n16/n16a03.pdf http://www.scielo.mec.pt/pdf/rist/n16/n16a03.pdf http://www.scielo.mec.pt/pdf/rist/n16/n16a03.pdf - -9 2.2.1 Linguagem de descrição da arquitetura (ADL) A ADL tem como objetivo representar a arquitetura de um , em que os componentes são definidos, bemsoftware como seu comportamento, seus padrões e seus mecanismos para interação entre eles. Assim, ela modela a arquitetura conceitual de um sistema, sendo que seus elementos básicos são os componentes e os conectores, que incluem regras e diretrizes para arquiteturas. Essa modelagem é necessária, do contrário a descrição da arquitetura se torna uma coleção de elementos e, se não houver uma semântica explícita, não será compreendida a sua utilidade. Shaw e Garlan (1994) apresentam que uma ADL ideal deve fornecer:seis propriedades composição, abstração, reuso, configuração, heterogeneidade e análise. No entanto, devido à sua natureza especializada, autores como Sommerville (2011) consideram que a ADL seja difícil de entender e usar, o que torna complicado avaliar sua utilidade prática na engenharia de .software Sommerville (2011, p. 108) declara que [As ADLs] podem ser usadas como base para o desenvolvimento dirigido a modelos. No entanto, acredito que os modelos e as notações informais, como a UML [ , ou seja, aunified modelinglanguage linguagem de modelagem unificada], continuarão a ser a forma mais comumente usada para documentar arquiteturas de sistema. Portanto, para atender à necessidade de usar a ADL, foram criadas linguagens como: • ADAGE: permite a criação de para sistemas de aviação;frameworks • CE: possibilita a descrição de sistemas de interface com o usuário usando um estilo baseado em mensagens; • Rapide: admite a simulação e a análise de diferentes soluções arquiteturais; • UniCOn: possui um compilador de alto nível com suporte para diferentes tipos de componentes e VOCÊ O CONHECE? Vannevar Bush foi professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) na década de 1920 e um dos responsáveis pela criação dos primeiros modelos de formulação matemática para problemas em teoria dos circuitos, dando uma base fundamental para a criação dos primeiros modelos de computadores. Leia mais em Fonseca Filho (2007). VOCÊ QUER VER? O filme (NEWMAN et al., 2000) é bastante interessante para compreender comoCaçada virtual atuam os chamados os éticos ( ). Este longa-metragem mostra a históriahackers ethical hacking real de Kevin Mitnick, que utilizou todo o seu conhecimento em computação para entrar no sistema do FBI e acessar documentos altamente sigilosos, tornando-se o criminoso mais procurado dos Estados Unidos na época. • • • • - -10 • UniCOn: possui um compilador de alto nível com suporte para diferentes tipos de componentes e conectores. 2.3 Verificação de conformidade da arquitetura Após a explanação das arquiteturas específicas para ambiente e dispositivos móveis, podemos questionar:web como é possível verificar a conformidade de uma arquitetura de ? Segundo Chagas (2016), essasoftware verificação é importante para o entendimento do código, o reuso e a manutenibilidade do sistema, podendo ser feita de algumas maneiras: • manualmente; • por meio de , como a Matriz de Dependência Estrutural (DSM), modelos de técnicas e ferramentas reflexão ou testes de .design Porém, segundo Chagas (2016), nenhuma delas leva em consideração os diferentes níveis de abstração para definir regras arquiteturais. Uma das maneiras de se realizar a conformidade arquitetural é comparando o código-fonte à visão arquitetural do sistema ( ) ou então verificando o código-fonte em tempo deforma estática execução ou suas versões ao longo do tempo, comparando-as com a visão arquitetural ( ). Aforma dinâmica verificação de conformidade da arquitetura avalia as dependências entre os componentes. Os resultados da arquitetura, de acordo com Chagas (2016, p. 21, grifos do autor), podem ser divididos em: convergência - é uma relação entre dois componentes que é permitida e foi implementada como pretendida. A convergência indica que a implementação é compatível com a arquitetura planejada; - é uma relação entre dois componentes que não é permitida e não foi implementadadivergência como pretendida. A divergência aponta que a implementação não é compatível com o modelo arquitetural planejado; - é uma relação entre dois componentes que era pretendida, porémausência não foi implementada. A ausência indica que as relações na arquitetura planejada não foram encontradas na implementação. Conforme descrito por Chagas (2016), alguns autores apresentam os modelos de reflexão. Inicialmente, esta técnica tem como propósito ajudar o engenheiro a utilizar um modelo de alto nível de um sistema existente, o qual foi aplicado nos casos em que havia pouca ou nenhuma informação sobre o sistema e a sua arquitetura. Outras regras de verificação de conformidade são as entre elementos arquiteturais as quais, pararestrições Chagas (2016, p. 23), “[...] se dividem em permitir, proibir ou impor alguma relação entre as entidades arquiteturais”. Fundamentalmente, uma regra de relação de conformidade é integrada por um tipo de relação, um componente de origem, um de destino e o tipo da regra de conformidade. Por outro lado, o tipo de regra de • • • VOCÊ QUER LER? A arquitetura orientada a serviço (SOA) é considerada complexa pelos pesquisadores e pela Academia sobre os meios para sua construção. O artigo publicado por Serman (2010) visa trazer o gerenciamento de portfólio de projetos de como uma opção para orientar osoftware desenvolvimento da SOA. Quer ler mais? Acesse: <http://www.scielo.br/pdf/jistm/v7n3/07. >.pdf http://www.scielo.br/pdf/jistm/v7n3/07.pdf http://www.scielo.br/pdf/jistm/v7n3/07.pdf - -11 um componente de origem, um de destino e o tipo da regra de conformidade. Por outro lado, o tipo de regra de conformidade determina se a relação entre os componentes é proibida ou se deve, obrigatoriamente, existir entre os componentes. 2.4 Projeto de componentes Após a aplicação da orientação a objetos no desenvolvimento de sistemas, houve pouco reuso do código. Definimos, portanto, que os componentes são de nível mais alto do que objetos e são definidos porabstrações suas . Geralmente, eles são que objetos individuais e todos os detalhes de implementação sãointerfaces maiores escondidos de outros componentes, conforme citado por Sommerville (2011, p. 315): a engenharia de baseada em componentes (CBSE, do inglês software component-based software ) surgiu na década de 1990 como uma abordagem para de desenvolvimento deengineering softwares sistemas com base no reuso de componentes de .softwares Utilizamos o termo componente, portanto, para nos referir a , como funções, estruturastrechos do código-fonte de dados e classes. Existem outras definições para eles, como de um programa que podeminstâncias de classes ser utilizadas por outras instâncias. Além disso, podemos denominá-los como sendo as de funções ebibliotecas bibliotecas de ligação dinâmica. Sommerville (2011, p. 316) enumera que os fundamentos da engenharia de baseada em componentes são: 1. Os componentessoftware independentes que são completamente especificados por suas interfaces. [...] 2. Os padrões de componentes que facilitam a integração destes. [...] 3. O que fornece suporte de middleware software para a integração de componentes. [...] 4. Um processo de desenvolvimento que é voltado para a engenharia de baseada em componentes. [...]software Portanto, quando desenvolvemos sistemas baseados em componentes, apropriamos as boas práticas da engenharia de . Essa engenharia baseada em componentes, conforme demonstrado por Sommervillesoftware (2011, p. 316), apoia-se em um dos princípios de projeto na construção de compreensíveis e passíveissoftwares de manutenção: 1. Componentes são independentes, então eles não interferem na operação uns dos outros. Detalhes de implementação são ocultados. Implementação dos componentes pode ser alterada sem afetar o restante do sistema. 2. Os componentes comunicam-se por meio de interfaces bem definidas. Se essas interfaces forem mantidas, um componente poderá ser substituído por outro, que forneça funcionalidade adicional ou aumentada. 3. As infraestruturas dos componentes oferecem uma gama de serviços-padrão que podem ser usados em sistemas de aplicações, o que reduz a quantidade de códigos novos a serem desenvolvidos. Segundo Sommerville (2011), o existe para o sistema operacional e para outras ferramentas componente físico do sistema, sendo que ele pode ser armazenado ou transferido. Por outro lado, o possuicomponente lógico uma utilidade para o funcionamento do programa. O é utilizadocomponente de tempo-de-desenvolvimento durante o desenvolvimento do , enquanto o é quando está prontosoftware componente de tempo-de-execução para ser executado pelo sistema. Para Sommerville (2011, p. 317), os componentes têm as seguintes características: - -12 Quadro 1 - Relação dos componentes e as descrições relativas às suas características. Fonte: SOMMERVILLE, 2011, p. 317. Portanto, existem diversas formas de compreendermos o que é um componente. Uma delas é como se ele fosse um provedor de serviços. Quer dizer, quando um sistema precisa de um serviço, é chamado um componente para que seja ofertado o serviço. Não é necessáriopreocupar onde ele está sendo executado ou em que linguagem foi desenvolvido. - -13 Segundo Sommerville (2011, p. 318), a percepção do componente como um provedor de serviços agrega duas características essenciais de um componente: 1. O componente é uma entidade executável independente que é definida por suas interfaces. Para usá-lo, você não precisa de nenhum conhecimento de seu código-fonte. Ele pode ser referenciado como um serviço externo ou incluído diretamente em um programa. 2. Os serviços oferecidos por um componente são disponibilizados por meio de uma interface, e todas as interações se dão por meio dessa interface. A interface de componente é expressa em termos de operações parametrizadas e seu estado interno nunca é exposto. Assim, o componente tem duas , e elas mostram o serviço que o componente interfaces que se relacionam fornece e os serviços que ele necessita. Segundo Sommerville (2011, p. 318), “a interface ‘ ’ define osprovides serviços prestados pelo componente. Essa interface, essencialmente, é API de componente. Ela define os métodos que podem ser chamados por um usuário do componente [...]”. Em um diagrama de componentes UML (sigla para , isto é, a linguagem de modelagem unificada), a paraunified modeling language interface ‘ ’ provides um componente é indicada por um a partir do ícone de componente. Na figura acírculo no fim de uma linha seguir, demonstramos um modelo genérico de um componente e as interfaces ‘ ’ e ‘ ’.requires provides Figura 5 - Exemplo da representação gráfica das interfaces ‘require’ e ‘provides’ com um componente e suas descrições. Fonte: SOMMERVILLE, 2011, p. 318. Por outro lado, Sommerville (2011, p. 318) nos diz que “a interface ‘ ’ especifica quais serviços devem serrequires CASO Uma universidade de grande porte estava reorganizando o seu portal , que já seweb encontrava em um formato obsoleto. Foram propostas duas metodologias diferentes a serem aplicadas: uma de centrada no usuário e outra de participativo. Este tipo dedesign design abordagem impactaria no modelo de arquitetura de implantação do novo portal. O objetivo era propor uma metodologia para a reestruturação, priorizando a organização e facilidade de uso do . A primeira etapa foi a realização de uma entrevista com os usuários para obter assite necessidades fundamentais. O problema é se seria adotada a metodologia orientada no perfil do usuário ou na tarefa. A metodologia orientada ao perfil do usuário leva a uma arquitetura a um modelo no qual o foco está centrado na interface. Por outro lado, uma metodologia orientada na tarefa faz com que a arquitetura esteja mais centrada no modelo cliente-servidor. - -14 Por outro lado, Sommerville (2011, p. 318) nos diz que “a interface ‘ ’ especifica quais serviços devem serrequires fornecidos por outros componentes no sistema se um componente deve funcionar corretamente. Se eles não estiverem disponíveis, o componente não funcionará. [...]”. Isso não compromete a independência ou a capacidade de implantação de um componente, pois a interface ‘ ’ não define como esses serviçosrequires deverão ser prestados. Em UML, o símbolo de uma é um ,interface ‘ ’requires semicírculo no fim de uma linha a partir do ícone de componente. Na figura a seguir, demonstraremos as interfaces ‘ ’ e ‘ ’ de um componente coletor de dados,requires provides projetado para coletar e reunir informações a partir de um vetor de sensores. Figura 6 - Exemplo da representação gráfica do modelo de um componente coletor de dados. Fonte: SOMMERVILLE, 2011, p. 319. Para Sommerville (2011, p. 318), ele é executado autonomamente para coletar dados durante um período e, sob requisição, fornece dados agrupados para um componente. A interface ‘ ’ inclui métodos para adicionar,requires remover, iniciar, parar e testar sensores. O método retorna os dados do sensor que foramreport coletados e o método fornece informações sobre os sensores conectados.listAll Sommerville (2011) ainda nos informa que existe o serviço externo e um componente como elemento de programa, mas eles são diferentes: o primeiro é uma entidade independente, já o último pode usar esses serviços sem a necessidade de se implementar nenhum suporte adicional exigido por eles. - -15 Um modelo de componente significa uma para a sua implementação, implantação edefinição de normas documentação. Estas normas servem para garantir aos desenvolvedores que os componentes podem interoperar. Para Sommerville (2011, p. 319, grifos nossos), as informações que são necessárias para se utilizar um componentes são: 1. . Os componentes são definidos pela especificação de suas interfaces. O modelo deInterfaces componente especifica como as interfaces devem ser definidas e os elementos, como nomes de operação, parâmetros e exceções, que devem ser incluídos na definição de interface. O modelo também deve especificar a linguagem usada para definir as interfaces de componente. [...] 2. .Uso Para que componentes sejam distribuídos e acessados remotamente, eles precisam ter um nome exclusivo ou identificador associado a eles. Isso deve ser globalmente exclusivo — por exemplo, no EJB, um nome hierárquico é gerado com a raiz baseada em um nome de domínio de internet. [...] 3. . O modelo de componente inclui uma especificação de como componentes devem serImplantação empacotados para implantação como entidades independentes, executáveis. Como os componentes são entidades independentes, eles precisam ser empacotados com todos os de suporte nãosoftwares fornecidos pela infraestrutura de componente ou não serão definidos em uma interface ‘ ’.requires [...] Sommerville (2011) elenca os elementos básicos de um modelo ideal de componentes, conforme demonstraremos na figura a seguir. VOCÊ SABIA? Existe uma proposta de arquitetura de baseada em para osoftware data warehouse desenvolvimento de sistemas distribuídos, auxiliando os desenvolvedores na utilização de arquiteturas alternativas para sistemas específicos. Leia mais no artigo escrito por Milanez; Tait (2012), disponível em: <http://www.periodicosibepes.org.br/index.php/reinfo/article >./view/728 http://www.periodicosibepes.org.br/index.php/reinfo/article/view/728 http://www.periodicosibepes.org.br/index.php/reinfo/article/view/728 - -16 Figura 7 - Elementos básicos de um modelo de componentes, demonstrando suas relações e definições. Fonte: SOMMERVILLE, 2011, p. 319. Por outro lado, para componentes implantados como unidades de programa, no lugar de serviços externos, o modelo de componentes define os serviços que são fornecidos pelo . Este, por sua vez, oferecemiddleware suporte para a execução dos componentes, sendo “o que se encontra entre o sistema operacional e ossoftware aplicativos nele executados” (MICROSOFT AZURE, 2018). Segundo Sommerville (2011, p. 320, grifos nossos), podemos dividir os serviços fornecidos por uma implementação de modelo de componente em duas categorias: 1. , que permitem aos componentes se comunicarem e interagirem em umServiços de plataforma ambiente distribuído. Esses são os serviços fundamentais que devem estar disponíveis em todos os sistemas baseados em componentes. 2. , que são serviços comuns, suscetíveisServiços de suporte de serem requeridos por muitos componentes diferentes. Por exemplo, muitos componentes requerem autenticação para garantir que o usuário dos serviços de componente seja autorizado. Na figura a seguir, demonstraremos como acontecem esses serviços. - -17 Figura 8 - Serviços de middleware definidos em um modelo de componente, demonstrando suas relações. Fonte: SOMMERVILLE, 2011, p. 320. Por fim, o tem como responsabilidade implementar os serviços dos componentes e fornecer amiddleware interface para eles. Para fazer o uso dos serviços previstos por uma infraestrutura de modelo de componentes, podemos entender os componentes para serem implantados em um contêiner. Assim, um contêiner implementa os serviços de suporte, adicionando uma definição das interfaces que um componente deve fornecer para
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