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Fundamentos em Hematologia A.V. Hoffbrand P.A.H. Moss 6ª Edição Fundamentos em Hematologia A.V. Hoffbrand P.A.H. Moss 6ª Edição Fundam entos em Hem atologia H offbran d M oss Hematologia e Oncologia AJCC Manual de Estadiamento do Câncer – 6.ed. Rotinas em Oncologia FAILACE, R. & COLS. Hemograma: Manual de Interpretação – 5.ed. FERREIRA, P.R.F. & COLS. Tratamento Combinado em Oncologia GUIMARÃES, J.L.M.; ROSA, D.D. & COLS. Rotinas em Oncologia HOFFBRAND, A.V.; MOSS, P.A.H Fundamentos em Hematologia – 6.ed. LICHTMAN, M.A. & COLS. Manual de Hematologia de Williams A Artmed Editora é parte do Grupo A, uma empresa que engloba diversos se- los editoriais e várias plataformas de dis- tribuição de conteúdo técnico, científi co e profi ssional, disponibilizando-o como, onde e quando você precisar. www.grupoa.com.br 0800 703 3444 Fundam entos em Hem atologia 6ª Edição H offbran d M oss www.grupoa.com.br HEMATOLOGIA R ecorte aq u i seu m arcad or d e p ág in a. Fundamentos em hematologia, 6ª edição, descreve os princípios básicos em hematologia clínica e laboratorial, apresentando as manifestações de doenças sanguíneas e a maneira como podem ser explicadas a partir dos novos conhecimentos sobre os processos de doenças. A obra inicia pela formação e pelas funções das células sanguíneas, bem como aborda as doenças que surgem a partir de disfunções e rupturas desses processos. Destaques desta edição: • amplamente ilustrada, preserva a linguagem acessível que tornou as edições anteriores bem-sucedidas • reúne as pesquisas mais atuais neste dinâmico campo • contém resumos no fi nal de cada capítulo • inclui tratamentos variados e uma seção ampliada sobre medula óssea e transplantes 37116 Fundamentos em Hematologia.indd 137116 Fundamentos em Hematologia.indd 1 23/07/2012 17:53:0623/07/2012 17:53:06 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 H698f Hoffbrand, A. V. Fundamentos em hematologia [recurso eletrônico] / A. V. Hoffbrand, P. A. H. Moss ; tradução e revisão técnica: Renato Failace. – 6. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-65852-30-2 1. Medicina. 2. Hematologia. I. Moss, P. A. H. II. Título. CDU 616.15 CAPÍTULO 13 Leucemia mieloide aguda Tópicos-chave � Classificação das leucemias 179 � Diagnóstico de leucemia aguda 179 � Leucemia mieloide aguda 180 � Classificação 180 � Aspectos clínicos 181 � Exames laboratoriais 181 � Tratamento 183 � Prognóstico 189 Hoffbrand_6ed_13.indd 178Hoffbrand_6ed_13.indd 178 20/07/12 15:0120/07/12 15:01 Fundamentos em Hematologia 179 Leucemias são um grupo de doenças caracteriza- das pelo acúmulo de leucócitos malignos na me- dula óssea e no sangue. Essas células anormais causam sintomas por (i) insuficiência da medula óssea (i.e., anemia, neutropenia, trombocitope- nia); e (ii) infiltração de órgãos (p. ex., fígado, baço, linfonodos, meninges, cérebro, pele ou testículos). Classificação das leucemias As leucemias são classificadas em quatro tipos – leucemias agudas e crônicas, que, por sua vez, se subdividem em linfoides ou mieloides. Leucemias agudas em geral são doenças agressivas nas quais a transformação maligna ocorre em células-tronco da hematopoese ou em progenitores primitivos. Acredita-se que o dano genético envolva vários passos bioquí- micos básicos, resultando em (i) aumento da velocidade de produção, (ii) diminuição da apoptose e (iii) bloqueio na diferenciação celu- lar. Juntos, esses eventos causam um acúmulo de células hematopoéticas primitivas, chama- das células blásticas, ou apenas blastos. O as- pecto clínico dominante da leucemia aguda é a insuficiência da medula óssea, causada pelo acúmulo de blastos, embora também costu- me ocorrer infiltração tecidual. Se não forem tratadas, as leucemias agudas são, via de regra, rapidamente fatais, mas, em contrapartida, também são mais fáceis de curar do que as leu- cemias crônicas. Diagnóstico de leucemia aguda Leucemia aguda é definida pela presença de mais de 20% de blastos no sangue ou na medula óssea na apresentação clínica. Pode, entretanto, ser diagnosticada com menos de 20% de blastos no caso de haver anormalidades genético-mo- leculares especificamente associadas à leucemia (Tabela 13.1). A linhagem dos blastos é definida pela morfologia ao microscópio, imunofenotipagem (citometria em fluxo), análise citogenética e molecular. Isso definirá a origem mieloide ou linfoide e localizará o estágio de diferenciação celular (Tabela 13.2). O “imunofenótipo mie- loide” típico é CD13+, CD33+, CD117+ e TdT– (Tabela 13.2; Figura 13.1) e anticorpos espe- ciais são úteis no diagnóstico dos raros subtipos eritroide, megacariocítico ou indiferenciado (Tabela 13.2). Análises citogenética e molecular são es- senciais; em geral são feitas em células da me- dula óssea, embora possa ser usado o sangue periférico quando há alta contagem de blastos. A citoquímica pode ser útil na determinação da linhagem dos blastos, porém, não é mais reali- zada em centros nos quais estão disponíveis os testes mais recentes e definitivos. Tabela 13.1 Classificação das leucemias mieloides agudas (LMA) de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 2008 (modificada) Leucemia mieloide aguda com anormalidades recorrentes LMA com t(8;21)(q22;q22); RUNX1-RUNX1T1 LMA com inv(16)(p13.1;q22) ou t(16;6)(p13.1;q22); CBFB-MYH11 LMA com t(15;17)(q22;q12); PML-RARA Entidade provisória: LMA com NPM1 mutado Entidade provisória: LMA com CEBPA mutado Leucemia mieloide aguda com alterações relacionadas à mielodisplasia Neoplasias mieloides (t-LMA) relacionadas à terapia Leucemia mieloide aguda (não especificadas separadamente) LMA com diferenciação mínima LMA sem diferenciação LMA com maturação Leucemia mielomonocítica aguda Leucemia monoblástica/monocítica aguda Leucemia eritroide aguda Leucemia megacarioblástica aguda Leucemia basofílica aguda Panmielose aguda com mielofibrose Sarcoma mieloide Proliferações mieloides relacionadas à síndrome de Down Mielopoese anormal transitória Leucemia mieloide associada à síndrome de Down Hoffbrand_6ed_13.indd 179Hoffbrand_6ed_13.indd 179 16/07/12 13:4816/07/12 13:48 180 A. V. Hoffbrand e P. A. H. Moss Leucemia mieloide aguda Incidência A leucemia mieloide aguda (LMA) é a forma co- mum de leucemia aguda em adultos e a incidên- cia aumenta com a idade, com começo mediano aos 65 anos. Constitui uma fração pequena (10 a 15%) das leucemias na infância. As anomalias ci- togenéticas e a resposta ao tratamento inicial têm grande influência no prognóstico (Tabela 13.3). Classificação A LMA é classificada de acordo com o esquema da Organização Mundial de Saúde (2008). Há um foco progressivo nas anormalidades gené- ticas das células malignas e é provável que, ao fim, quase todos os casos de LMA sejam classi- ficados por subtipos genéticos específicos. Isso ainda não é possível, mas já há muitos subtipos genéticos determinados. Cerca de 60% dos ca- sos exibem anormalidades cariotípicas em uma análise citogenética e muitos casos com carió- tipo normal têm mutações em genes, como nu- cleofosmina (NPM), FLT3 e CEBPA, detectadas só por métodos moleculares. São reconhecidos seis grupos principais de LMA (Tabela 13.1), que serão discutidos a seguir. 1 LMA com anormalidades genéticas re- correntes. Reúne subtipos com transloca- ções cromossômicas ou mutações genéticas específicas. A detecção dessas anormalida- des define o tumor como LMA e, assim, o critério diagnóstico dispensa a necessidade de haver mais do que 20% de blastos na medula. Em geral, esses distúrbios têm um prognóstico melhor. 2 LMA com alterações relacionadas a mie- lodisplasias. Nesse grupo, há sinais de mielodisplasia à microscopia em mais de TdT LMALLA-BLLA-T CD7 CD10 CD19 cCD22 CD13 CD33 CD117 Células-tronco CD2 cCD3CD34 Figura 13.1 Desenvolvimento de três linhagens celulares a partir de células-tronco pluripotentes dando origem às três principais subclasses imunológicas de leucemia aguda. São mostrados os três marcadores que caracterizam as células-tronco primitivas e a caracterização imunológica usando pares de marcadores. LMA, leucemia mieloide aguda; LLA-B, leucemia linfoblástica aguda de células B; c, citoplasmático; HLA, antígenos leucocitários humanos; LLA-T, leucemia linfoblástica aguda de células T; TdT, terminal desoxinucleotidil-transferase. Tabela 13.2 Testes especializados para leucemia mieloide aguda Citoquímica Mieloperoxidase + (incluindo bastões de Auer) Sudan black + (incluindo bastões de Auer) Esterases não específicas + em M4, M5 Marcadores imunológicos (citometria em fluxo) CD13, CD33, CD117 + Glicoforina + (eritroide) Antígenos plaquetários (p. ex., CD41) + (megacarioblástica) Mieloperoxidase (com os demais negativos) + (indiferenciada) Análise cromossômica e genética (Tabelas 13.1 e 13.3) Hoffbrand_6ed_13.indd 180Hoffbrand_6ed_13.indd 180 16/07/12 13:4816/07/12 13:48 Fundamentos em Hematologia 181 50% das células em, ao menos, duas linha- gens. O prognóstico desses pacientes é pior do que os do primeiro subgrupo. 3 Neoplasias mieloides relacionadas a tra- tamento (t-LMA). Surgem em pacientes que foram anteriormente tratados com fármacos como o etoposide ou agentes al- quilantes. Costumam exibir mutações no gene MLL, e a resposta ao tratamento é, em geral, pobre. 4 LMA não especificada separadamen- te. Este grupo é definido pela ausência de anormalidades citogenéticas e constitui cerca de 30% de todos os casos. Mutações nos genes NPM e FLT3 são vistas respecti- vamente em 50 e 30% dos casos de LMA, e são mais frequentes naqueles que têm cito- genética normal. 5 Sarcoma mieloide. É um raro tumor sóli- do composto por blastos mieloides. 6 Proliferações mieloides relacionadas à síndrome de Down. Crianças com sín- drome de Down têm um risco de leuce- mia consideravelmente aumentado. São reconhecidas duas variantes: (i) mielopoese anormal transitória, na qual há uma leuco- citose leucemoide autolimitada; e (ii) LMA. Aspectos clínicos Os aspectos clínicos são dominados pelo qua- dro de insuficiência da medula óssea causa- do pelo acúmulo de células malignas (Figura 13.2). Infecções são frequentes e anemia e trombocitopenia quase sempre são severas. Uma tendência a sangramento decorrente de trombocitopenia e coagulação intravascular disseminada (CIVD) é característica da varian- te promielocítica de LMA. As células tumorais podem infiltrar vários tecidos. Hipertrofia de gengiva (Figura 13.3) e acometimento da pele e do SNC são características dos subtipos mie- lomonocítico e monocítico. Exames laboratoriais Exames hematológicos mostram anemia nor- mocrômica e normocítica e trombocitopenia na maioria dos casos. Costuma ocorrer leucocitose, e a microscopia da distensão sanguínea mostra número variável de blastos. A medula óssea é hi- percelular por infiltração de blastos leucêmicos, caracterizados pela morfologia (Figura 13.4), citoquímica (Figura 13.5), citometria em fluxo (Figura 13.6) e análise citogenética e molecu- lar. Estas últimas são críticas para determinar o prognóstico e desenvolver o plano de tratamen- to (Tabela 13.3). Exames para CIVD são positivos em pa- cientes com a variante promielocítica da LMA (ver adiante). Exames bioquímicos são feitos como valores basais antes de ser iniciada a qui- mioterapia e podem mostrar aumento de ácido úrico e desidrogenase láctica. Tabela 13.3 Fatores prognósticos em leucemia mieloide aguda (LMA) Favorável Intermediária Desfavorável Citogenética t(15; 17) t(8; 21) inv(16) Mutação NPM Mutação CEBPA Normal Outras alterações não complexas Deleções dos cromossomos 5 ou 7 (3q) anormal t(6; 11) t(10; 11) t(9; 22) Rearranjos complexos (mais de 3 anormalidades não relacionadas) Repetição interna tandem de FLT3 Resposta medular à indução de remissão < 5% blastos após o primeiro curso > 20% blastos após o primeiro curso Idade > 60 anos Hoffbrand_6ed_13.indd 181Hoffbrand_6ed_13.indd 181 16/07/12 13:4816/07/12 13:48 182 A. V. Hoffbrand e P. A. H. Moss O diagnóstico diferencial inclui leucemia linfoblástica aguda (LLA) e infiltração da medula por outros tumores malignos, como carcinoma. Citogenética e genética molecular Anormalidades citogenéticas são usadas na clas- sificação da maioria dos casos de LMA (Tabela 13.1). Duas das mais comuns afetam os genes do fator de ligação ao núcleo CBF� ou CBF� (ver Figura 11.10). CBF é um fator de trans- crição heterodimérico importante na regulação de genes como interleuquina-3 (IL-3) e fator estimulante de colônias granulocítico-macro- fágicas (GM-CSF). As anormalidades são: t(8; 21) em que o gene CBF� (também conhecido como AML1) é translocado para o gene ETO no cromossomo 8, e inv(16), na qual o gene CBF� funde-se ao gene SMMHC(MYH11). Ambas são associadas a um bom prognóstico. Leucemia promielocítica aguda é uma va- riante de LMA que contém a translocação t(15; 17), em que o gene leucemia-promielocítico PML, no cromossomo 15, funde-se com o gene receptor � do ácido retinoico, RAR�, no cromos- somo 17 (Figura 13.7). A proteína de fusão resul- tante, PML-RAR�, funciona como um repressor transcricional, enquanto o gene RAR� normal (wild-type) é um ativador. Normalmente a pro- teína PML forma homodímeros consigo enquan- (c) (b) (a) Figura 13.2 (a) Infecção orbital em paciente de 68 anos com leucemia mieloide aguda e neutropenia severa (hemoglobina 8,3 g/dL; leucócitos 15,3 � 109/L; blastos 96%; neutrófilos 1%; plaquetas 30 � 109/L). (b) Leucemia mieloide aguda: imagem superior, placa de Candida albicans no palato mole; inferior, placa de Candida albicans na boca, com lesões de herpes-simples no lábio superior. (c) Infecção da pele (Pseudomonas aeruginosa) em mulher de 33 anos com leucemia linfoblástica aguda submetida à quimioterapia e com neutropenia severa (hemoglobina 10,1 g/dL; leucócitos 0,7 �109/L; neutrófilos < 0,1 � 109/L; linfócitos 0,6 � 109/L; plaquetas 20 � 109/L). Hoffbrand_6ed_13.indd 182Hoffbrand_6ed_13.indd 182 16/07/12 13:4816/07/12 13:48 Fundamentos em Hematologia 183 to a RAR� forma heterodímeros com a proteína receptora do retinoide X, RXR. A proteína de fu- são PML-RAR� liga-se a PML e RXR, impedin- do-as de ligar-se com suas parceiras naturais. Isso resulta no fenótipo de parada de diferenciação. Mutações pontuais afetando os genes NPM, FLT-3, CEBPA, TET2, WT1, IDH1, IDH2 e ou- tros são frequentes em LMA, especialmente em casos sem anormalidades citogenéticas. Todas podem ser utilizadas para subclassificar a doença (Tabela 13.1) e têm significação prognóstica. Tratamento O tratamento é de suporte e específico. 1 O tratamento de suporte para insuficiên- cia da medula óssea foi descrito no Capítulo 12 e inclui a inserção de um cateter venoso central, suporte hemoterápico e prevenção da síndrome de lise tumoral. A contagem de pla- quetas deve ser mantida acima de 10 � 109/L e a hemoglobina, acima de 8 g/dL. Qualquer episódio de febre deve ser imediatamente tra- tado. A leucemia promielocítica exige suporte especial, como é descrito adiante. 2 A finalidade do tratamento de leucemia aguda é a indução de remissão completa (< 5% de blastos na medula óssea, hemogra- ma e estado clínico normais) e, então, con- solidá-la com quimioterapia intensiva na es- perança de eliminar a doença (Figura 13.8). Transplante de células-tronco é considerado em casos de mau prognóstico ou recidivas. 3 O tratamento específico da LMA é determi- nado pela idade e o estado físico do pacien- te, mas também pelas alterações genéticas das células leucêmicas. Em pacientes mais jovens, o tratamento consiste em quimiote- rapia intensiva. Costuma ser feito em quatro blocos de aproximadamente uma semana cada. Os fármacos usuais são citarabina e daunorrubicina(ambos em doses conven- cionais ou em altas doses); idarrubicina, mi- toxantrona e etoposide também são usados em vários protocolos (Figuras 13.8 e 13.9). Uma resposta favorável ao tratamento de LMA é mostrada na Figura 13.10. Os fármacos são mielotóxicos com seletividade limitada en- tre as células leucêmicas e as células medulares normais, de modo que a insuficiência medular decorrente do tratamento é severa, exigindo suporte intensivo e prolongado. Tratamento de manutenção não tem valor, exceto na LMA promielocítica, e profilaxia ao SNC geralmente não é feita. Fármacos novos estão sendo intro- duzidos, como inibidores de FLT3 para tumores com mutações FLT3. Imunoconjugados mono- clonais com alvo em CD33 (p. ex., Mylotarg®) ou em CD45 proporcionam mais uma escolha para terapêutica adicional na indução ou conso- lidação em LMA. Problemas específicos da LMA incluem a síndrome hemorrágica associada à variante pro- mielocítica. A doença pode se apresentar com hemorragia catastrófica, ou esta pode surgir nos primeiros dias de tratamento. É tratada como CIVD com reposição de fatores de coagulação com plasma fresco e transfusões múltiplas de pla- quetas (ver p. 358). Além disso, para essa varian- te, é feito tratamento com ácido all-trans retinoi- co (ATRA) em conjunto com a quimioterapia. A síndrome ATRA (ou síndrome de diferencia- ção) é uma complicação específica que pode sur- gir devido ao tratamento com ATRA. Problemas clínicos, que parecem ser devidos à neutrofilia que surge pela diferenciação dos promielócitos da medula óssea, incluem febre, hipoxia com in- filtrados pulmonares e retenção com sobrecarga de líquidos. O tratamento é feito com 10 mg de dexametasona, duas vezes ao dia, e só se suspende o ATRA em casos excepcionalmente graves. Figura 13.3 Leucemia mieloide aguda monocítica: as gengivas estão inchadas e hemorrágicas pela infiltra- ção local de células leucêmicas. Hoffbrand_6ed_13.indd 183Hoffbrand_6ed_13.indd 183 16/07/12 13:4816/07/12 13:48 Capa Leucemia mieloide aguda Classificação das leucemias Diagnóstico de leucemia aguda Leucemia mieloide aguda Incidência Classificação Aspectos clínicos Exames laboratoriais Citogenética e genética molecular Tratamento
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