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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) são um grupo heterogêneo de doenças clonais, em que há proliferação anormal de progenitores hematopoiéticos → acumulando na MO → ↓ da produção normal dos tipos celulares. Essas céls anormais podem se infiltrar em outros tecidos → comprometendo a função de alguns órgãos Por se tratar de uma leucemia aguda, sabemos que as células alteradas são ainda muito imaturas e, portanto, incapazes de realizarem a sua função de defesa do organismo. Epidemiologia é o tipo leucêmico mais comum do adulto, correspondendo a 90% dos casos de leucemia Pode acometer também crianças, representando 15% das leucemias em crianças menores de 10 anos No Brasil, incidência de 1,11 casos/100 mil habitantes Etiologia não é conhecida porém os fatores predisponentes conhecidos são exposição à radiação ionizante e a derivados de benzeno. Sabe-se que a LMA é resultado do acúmulo de várias alterações genéticas que afetam genes que codificam fatores de transcrição importantes para a hematopoiese → LMA Quadro Clínico sintomas ocorrerão devido à falência da MO em produzir os elementos sanguíneos é comum quadros típicos de anemia, então terá fadiga, palidez cutâneo-mucosa e fraqueza pode também apresentar leucopenia, ficando susceptível a infecções e a quadros de febre podem sofrer de sangramentos, ocorrendo hemorragias, epistaxe e o aparecimento de petéquias, que se pioram conforme à gravidade da trombocitopenia. Além disso, podem apresentar quadro de CIVD, sobretudo aqueles que possuem o subtipo M3 de LMA (leucemia promielocítica aguda) Por conta da infiltração de células anormais em tecidos, é possível encontrar hepatomegalia, esplenomegalia, linfadenopatia, hipertrofia de gengiva e de dor óssea e presença de sarcomas granulocíticos (que são tumores extramedulares, localizados em ossos, periósteo, em linfonodos, na pele e em tecidos moles) É possível também ocorrer o acometimento do SNC, indicado pelos sintomas de cefaleia, convulsões e alterações visuais Diagnóstico LABORATÓRIO São encontradas contagens hematológicas variadas 50% dos casos, paciente apresenta leucocitose com frequente presença de mieloblastos. E também uma anemia normocítica e normocrômica Além disso, pode haver alterações da homeostasia, principalmente na leucemia promielocítica (subtipo M3). Nesses casos, há consumo de fatores plasmáticos (podendo → CIVD), aumento do tempo nas provas de coagulação (TT, TP e TTPa), ↓ do fibrinogênio, ↑ dos produtos de degradação da fibrina e ↑ de D-dímero. Esse quadro na leucemia promielocítica é de urgência hematológica pois sangramento vai ser forte No mielograma, encontra-se > 20% de mieloblastos e diminuição de células das outras linhagens (menor número de hemácias, plaquetas e leucócitos normais sendo produzidos) E em alguns casos, há atipias e displasias das células ENTÃO, P/ FECHAR DIAGNÓSTICO > de 20% de mieloblastos leucêmicos no sangue periférico ou no mielograma p/ definir esses blastos como blastos da LMA pode ser feita de várias formas pela análise da morfologia celular ao microscópio o mas que depende do examinador o Um achado patognomônico da LMA é a visualização de Bastones de Auer Imunofenotipagem o teste sensível, que possibilita a determinação do tipo e da origem celular, através de marcadores citogenética o usada com fins diagnósticos e na definição de prognóstico. Pois dependendo das alterações celulares encontradas, é possível determinar se doença evolui de forma mais ou menos agressiva Classificação As leucemias mieloides agudas podem ser classificadas pela : FAB, A CLASSIFICAÇÃO FRANCO-AMÉRICO-BRITÂNICA, CRIADA EM 1976. leva em conta a morfologia celular, a histoquímica e a imunofenotipagem. E não incorpora achados citogenéticos e moelcualres Nessa classificação, as leucemias são divididas em subtipos de M0 até M7: M0: Leucemia mieloide aguda indiferenciada M1: Leucemia mieloide aguda com maturação celular mínima M2: Leucemia mieloide aguda com maturação M3: Leucemia promielocítica aguda (LPA) M4: Leucemia mielomonocítica aguda (LMMA) o M4 eos: Leucemia mielomonocítica aguda com eosinofilia M5: Leucemia monocítica aguda M6: Leucemia eritroide aguda M7: Leucemia megacarioblástica aguda EM 2016, OMS FEZ UMA NOVA CLASSIFICAÇÃO, INCLUINDO AS ALTERAÇÕES CITOGENÉTICAS E MOLECULARES Nessa atualização, há divisão das leucemias em 7 categorias principais, com subcategorias: Leucemia mieloide aguda com anormalidades genéticas Leucemia mieloide aguda com alterações relacionadas à mielodisplasia Leucemia mieloide aguda relacionada à quimioterapia ou radioterapia prévia Leucemia mieloide aguda não especificada Sarcoma mieloide ou sarcoma granulocítico ou cloroma Proliferações mieloides relacionadas com a síndrome de Down Leucemias agudas indiferenciadas e bifenotípica É importante conhecer as alterações genéticas mais frequentes que influenciam as classificações Como as mutações NPM1 e CEBPA as duplicações internas em Tandem do gene FLT3, duplicações parciais em Tandem do gene MLL hiperextensão do gene BAALC Fatores Prognósticos As LMA são doenças multifatoriais, que incluem características do paciente e do clone leucêmico Características do paciente: o condição de saúde, devem ser levadas em conta na escolha do tratamento, analisando se o paciente pode ser submetido a QT ou TMO Características genéticas o Análise deve ser feita à respeito da resistência à terapia idade > 60 anos, é um fator de mau prognóstico. Quanto maior à idade < a sobrevida global, por conta de comorbidades e maior acúmulo de mutações em relação á doença.. A baixa contagem de leucócitos ao diagnóstico é um outro fator prognóstico importante. Quanto maior é o número de leucócitos acima do nível normal, pior é o prognóstico do paciente o prognóstico também é mais negativo quando a doença evoluiu a partir de uma síndrome mielodisplásica preexistente e quando o paciente já fez uso de terapia citotóxica anteriormente Alteração cariotípica é um sinal de mau prognóstico independente da existência de outras comorbidades o A partir da análise do cariótipo do paciente é possível prever a sobrevida global, o risco de recaída e a resposta ao tratamento, por exemplo: frente a um cariótipo favorável, pode-se definir que o paciente pode ser submetido à quimioterapia, sabendo que em 60% dos casos a sobrevida global é de 5 anos e que há remissão completa da doença em 90% das vezes. Por outro lado, se o cariótipo for sugestivo de um prognóstico adverso, recomenda-se o transplante de medula óssea alogênico frente à primeira remissão do paciente e, mesmo assim, a sobrevida global estimada atinge os 5 anos em apenas 12% dos casos Tratamento é feito pelo uso de quimioterapias 1º - realizado a indução da remissão Isso é feito em 1 ou 2 ciclos do esquema quimioterápico 3+7 - por 3 dias é usado um agente antracíclico, seguido por 7 dias de uso de citarabina Posteriormente, é feita a etapa de consolidação da remissão. composta por 2 a 4 ciclos de citarabina em altas doses ou pelo TMO alogênico se houver fatores de mau prognóstico, falha na indução, fator de risco intermediário ou cariótipo adverso É preciso cuidado em pacientes idosos, pois possuem mais complicações clínicas e sofrem maiores efeitos do tratamento Nesses casos, a fase de consolidação da remissão deve ser feita com intensidade reduzida, mantendo uma qualidade de vida