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ÍNDIOS BRASILEIROS

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ÍNDIOS BRASILEIROS
- A presença dos índios no território brasileiro é muito anterior à chegada dos europeus.
- O número de índios no Brasil, segundo as estimativas, seria entre 3 e 6 milhões.
- A falta de documentos escritos, a dizimação e/ou assimilação desses povos dificultam a reconstrução de sua história.
- O conhecimento que temos sobre os índios brasileiros do século XVI baseia-se principalmente em relatos e descrições dos viajantes europeus.
Hans Staden
TUPIS E GUARANIS
- Os povos indígenas podem ser classificados por seu tronco linguístico, sendo o grupo mais importante o tupi-guarani.
- Os tupis ocupavam a região costeira que se estende do Ceará a Cananéia (SP). 
- Os guaranis espalhavam-se pelo litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia dos rios Paraná e Paraguai. 
- Em outras regiões, encontravam-se outras tribos, genericamente chamados de tapuias, palavra tupi que designa os índios que falam outra língua, principalmente grupos da família Jê.
- Apesar da divisão geográfica, as sociedades tupis e guaranis eram bastante semelhantes entre si, nos aspectos linguísticos e culturais. 
 
MODO DE VIDA DOS ÍNDIOS
- Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do extrativismo e da agricultura. Nem esta última, porém, servia para ligá-los permanentemente a um único território. Depois de esgotados os recursos naturais do local, migravam para outra região.
- Suas tabas (aldeias) abrigavam entre 600 e 700 habitantes. As aldeias eram formadas por ocas (cabanas), habitações coletivas que apresentavam formas e dimensões variadas. 
-As várias aldeias se ligavam entre si através de trilhas, que uniam também o litoral ao interior. 
ALIMENTAÇÃO
- A alimentação dos índios do Brasil se compunha basicamente de farinha de mandioca, peixe, mariscos e carne. Conheciam-se os temperos e a fermentação de bebidas alcoólicas (cauim).
PRODUÇÃO DE OBJETOS
- Com as fibras nativas dos campos e florestas, fabricavam-se cordas, cestos, peneiras, esteiras, redes, abanos de fogo; moldavam-se em barro diversos tipos de potes, vasos e urnas funerárias, pois enterravam seus mortos.
- Os índios adornavam seus corpos com botoques, colares, brincos etc. Criaram cocares e outros objetos feitos de penas de pássaros (arte plumária).
- Existem também pinturas corporais, com uso de tintas naturais e temas, muitas vezes, geométricos.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
- Na taba, vigorava a divisão sexual do trabalho. 
- Os casamentos serviam para estabelecer alianças entre aldeias e reforçar os laços de parentesco. A importância da família se contava pelo número de seus homens. 
- Praticavam-se diversos rituais mágico-sagrados, relacionados ao plantio, à caça, à guerra, ao casamento, ao luto e à antropofagia.
RITUAIS
O ritual antropofágico servia para reverenciar os espíritos dos antepassados e vingar os membros da aldeia mortos em combate. Após as batalhas contra tribos inimigas, a antropofagia tinha caráter apoteótico, mobilizando todos os membros da aldeia numa sucessão de danças e encenações que terminavam com a matança de prisioneiros, devorando seus corpos. Para os índios a antropofagia era um ato de amor.
MITOLOGIAS
Havia vários mitos ligados a criação do mundo e de destruição da humanidade, como o mito da “Terra sem mal” (paraíso terrestre), muitos vezes associados à criação de uma identidade ou a processos de migração.
Os pajés eram responsáveis pelo sagrado e havia uma série de rituais praticados pelos povos indígenas, como ritos de passagem.
POVOS GUERREIROS
O caráter beligerante das sociedades indígenas brasileiras desmente a versão da história segundo a qual os índios se limitaram a assistir à ocupação da terra pelos europeus, sofrendo os efeitos da colonização passivamente. Ao contrário, nos limites das suas possibilidades resistiram à ocupação territorial, lutando bravamente por sua segurança e liberdade. 
ÍNDIOS SOBREVIVENTES
Finalmente, para preservar a unidade e a integridade de seu modo de vida, os índios optaram também pela migração para as áreas interioranas, cujo acesso difícil tornava o contato com o branco improvável ou impossibilitava a este exercer seu domínio. Essa alternativa, porém, teve um preço alto para as tribos indígenas, forçando-as a adaptar-se a regiões mais pobres ou inóspitas.
Ainda assim, em relação ao enfrentamento ou à submissão, o isolamento foi o que permitiu parcialmente aos índios preservarem sua herança biológica, social e cultural. Dos cinco milhões de índios da época do descobrimento, existem atualmente cerca de 460 mil, segundo a Funai - Fundação Nacional do Índio

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