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CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ELEMENTOS RESISTIVOS LINEARES E NÃO LINEARES Docente: Lilian Discentes: Paulo Sergio Alves Scarparo ( R.A 124149) Pedro Henrique Vieira Ribeiro (R.A 117334) Tauane Helena de Souza (R.A 116836) MARINGÁ - PR 2022 INTRODUÇÃO As Leis de Ohm, postuladas pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) em 1827, determinam a resistência elétrica dos condutores. Além de definir o conceito de resistência elétrica, Georg Ohm demonstrou que no condutor a corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada, postulando assim a Primeira Lei de Ohm. Suas experiências com diferentes comprimentos e espessuras de fios elétricos foram cruciais para que ele postulasse a Segunda Lei de Ohm. Nela, a resistência elétrica do condutor, dependendo da constituição do material, é proporcional ao seu comprimento. Ao mesmo tempo, ela é inversamente proporcional à sua área de secção transversal. Os resistores são dispositivos eletrônicos cuja função é a de transformar energia elétrica em energia térmica (calor), por meio do efeito joule. Dessa maneira, os resistores ôhmicos ou lineares são aqueles que obedecem a primeira lei de ohm (R=U/I). A intensidade (i) da corrente elétrica é diretamente proporcional a sua diferença de potencial (ddp), chamada também de voltagem. Por outro lado, os resistores não ôhmicos, não obedecem a lei de ohm. https://www.todamateria.com.br/resistores/ https://www.todamateria.com.br/efeito-joule/ https://www.todamateria.com.br/diferenca-de-potencial/ OBJETIVOS O objetivo do experimento é distinguir elementos resistivos lineares e não lineares, através da determinação experimental de suas curvas características e analisar a dependência da variação da resistência enquanto há o aumento da temperatura. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quando um componente de um circuito elétrico é submetido a uma diferença de potencial (V), aparece nele uma corrente elétrica (I). A resistência elétrica R desse elemento é definida pelo quociente entre a diferença de potencial aplicada e a corrente resultante: 𝑅 = 𝑉𝐼 O comportamento de I em função de V depende das características do componente elétrico. Quando a relação V / I é constante para qualquer valor de V, o elemento é chamado de resistor linear. Essa situação corresponde à Lei de Ohm, segundo a qual “a corrente em um resistor é diretamente proporcional à diferença de potencial, ou tensão elétrica, aplicada nele”. Os resistores lineares (a) são também chamados de resistores ôhmicos. É muito comum se encontrarem, em um dado circuito, resistores associados em série e em paralelo. Sabe-se que: • A resistência equivalente Rs, na associação de dois resistores R1 e R2 em série, é dada por R1 + R2; • A resistência equivalente Rp, capaz de substituir a associação de dois resistores R1 e R2 em paralelo, é dada por (1/Rp) = (1/R1) + (1/R2). Já os resistores não lineares (b) são aqueles para os quais a razão entre a d.d.p. aplicada e a intensidade de corrente que os atravessam não é constante. Ou seja, a resistência R do elemento não é constante. Isto implica em que a sua curva V x I característica não é uma reta. Assim, em cada ponto define-se uma resistência aparente pela razão entre a ordenada e a abscissa correspondente a um ponto da curva. Este comportamento de não linearidade da curva pode depender de valores tais como a temperatura, iluminação, tensão, terminais do elemento, etc. (https://www.tutorialspoint.com/linear-and-nonlinear-resistors) Os sensores do tipo NTC possuem resistência inversamente proporcional à temperatura, são utilizados por possuírem incrível sensibilidade ao aumento de temperatura e por serem facilmente fabricados. Seu diferencial é ser mais sensível a variações de temperatura, comparado com outros sensores de resistência variável com a temperatura. São fabricados a partir da mistura de óxidos de metais de transição, manganês, cobre, cobalto e níquel, apresentam variação de resistência ôhmica em relação a temperatura submetida e fabricados a partir de um elemento resistor termicamente sensível que possui um coeficiente negativo. Os sensores do tipo PTC possuem resistência proporcional à temperatura, atuam numa faixa restrita em virtude da falta de linearidade e tem como peculiaridade possuírem um ponto de transição, ou seja, somente a partir de uma determinada temperatura exibirá uma variação ôhmica com a variação da temperatura. A variação da resistência é maior que a de um NTC, na mesma faixa e sua utilização é mais frequente para a medição e proteção térmica de motores e transformadores e máquinas industriais. Os Sensores PTC são compostos de silício e são ideais para aplicações onde é desejada ótima estabilidade térmica, durabilidade e rápida resposta. https://www.tutorialspoint.com/linear-and-nonlinear-resistors DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL Materiais utilizados: Fonte de tensão, multímetros, resistor de porcelana, lâmpada 12 V, NTC, LDR, ponta de prova, termômetro, sistema com NTC, e sistema com o LDR. Procedimento: I) Resistor de porcelana Primeiramente, mediu-se a resistência do resistor de porcelana com um multímetro. Em seguida, montou-se um circuito resistivo, como mostra a figura abaixo: (Figura 1 à esquerda e foto tirada durante a aula à direita) Com o circuito pronto e a fonte ligada, iniciou-se o experimento: variando a tensão de 0,5 em 0,5V, a partir de 0,5V; foram registrados os valores das correntes elétricas (I) até 5V. Depois disso, variando a tensão de 1 em 1V, a partir de 5V, registrou-se os valores das correntes elétricas (I) até 10V. Após todos os registros, a fonte de tensão foi zerada. II) Filamento metálico com lâmpada Utilizando o mesmo circuito anterior, mas substituindo o resistor de porcelana pelo filamento metálico com lâmpada, foi feita uma variação de tensão de 0,5 em 0,5V. Assim, registrou-se o valor da corrente elétrica de 0,5V até 8V (tensão). Após o experimento, a fonte de tensão foi zerada. (Fotos tiradas durante a aula experimental) III) Foto resistor LDL Para tal procedimento é necessário montar um sistema que contenha um Ohmímetro, uma fonte CC e um LDR, como mostra a imagem abaixo. Em seguida, variando a distância de 1 em 1cm, registrou-se os valores da resistência. Após o fim do experimento, a fonte foi zerada. . (Foto tirada durante a aula experimental do grupo) IV) Resistor NTC Com o auxílio de um termômetro, anexado à um NTC, conectou-se o NTC a um ohmímetro, medindo assim sua resistência. Para iniciar o procedimento, registrou-se a temperatura ambiente (que será a temperatura inicial) e a partir dela, variando de 2 em 2℃ até uma variação total de 40℃. Assim, foram registrados os valores da resistência e por fim, após o experimento, a fonte foi zerada e desligada. RESULTADOS E DISCUSSÕES I) Resistor de Porcelana Com um auxílio de um multímetro o valor da resistência do resistor de porcelana foi de 470Ω. Assim, variando a tensão, inicialmente de 0,5 em 0,5V e depois de 1 em 1V, como orientado no procedimento experimental, obtivemos os seguintes valores: Tabela 1 - de 0,5V a 5V variando 0,5V V 0,51 1,02 1,48 2,01 2,52 2,98 3,48 4,03 4,50 4,99 I (mA) 1,11 2,19 3,18 4,31 5,40 6,39 7,45 8,63 9,65 10,67 Tabela 2 - de 5V a 10V variando 1V V 6,05 6,99 8,01 9,00 10,00 I (mA) 12,95 14,96 17,16 19,26 21,3 Dessa forma, pode-se afirmar que esse tipo de resistor é linear, já que os valores obtidos da relação V x I são diretamente proporcionais e constantes no decorrer do experimento. II) Filamento metálico com lâmpada Utilizando um filamento metálico com lâmpada, variando a tensão de 0,5 em 0,5V; foram obtidos os seguintes resultados: Tabela 3 V (tensão) I (mA) 0,50 14,78 1,02 26,4 1,53 37,1 2,00 44,0 2,54 51,1 2,99 56,6 3,49 62,5 3,99 68,4 4,50 74,5 5,00 78,7 5,99 89,2 7,00 97,7 8,00 107,2 Vale ressaltar que a lâmpada começou a acender com 44mA e tensão de 2,00V; e quando estava na tensãode 8,00V e corrente de 107,2mA a intensidade de sua luz ficou muito forte, e o grupo preferiu não continuar o procedimento para não correr o risco de queimá-la. III) Foto resistor LDL Fazendo a variação da distância de 1 em 1cm, mediu-se a resistência do resistor em cada situação, obtendo: Tabela 4 - X x R variando a distância de 1 em 1cm x (distância) R (resistência) 0 8,00 1 8,25 2 9,10 3 9,27 4 9,20 5 8,10 6 6,78 7 5,85 8 4,90 9 2,70 10 1,89 11 0,97 12 0,82 12,5 0,09 Nesse caso, esse tipo de resistor é considerado não linear, já que seus valores possuem uma constância até certo ponto (x = 4) e depois a relação X x I torna-se inversamente proporcional. IV) Resistor NTC Variando a temperatura de 2 em 2℃, a partir da temperatura ambiente (24℃), foram obtidos os seguintes valores: Tabela 05 Sendo assim, o resistor NTC também pode ser considerado linear, já que seus valores da relação T x I são inversamente proporcionais durante todo o processo do experimento. ANÁLISE DOS GRÁFICOS Gráfico V x i para o resistor de porcelana, obtido na Tabela 01: Com base nos valores apresentados, e no gráfico acima, confirma-se que esse tipo de resistor é linear, uma vez que o aumento da corrente elétrica (I) é proporcional ao da tensão aplicada. Gráfico V x i para a lâmpada, obtido na Tabela 02 e 03: Com os dados obtidos, podemos afirmar que esse tipo de resistor pode ser considerado um resistor linear, já que a relação V x I foi diretamente proporcional em todo o processo do experimento. Gráfico X x R para o resistor LDL, obtido na Tabela 04: Avaliando os valores atingidos pelo filamento metálico com lâmpada, é possível afirmar que esse tipo de resistor não é linear, uma vez que assumem valores diretamente proporcionais até certo ponto, mas depois o aumento de uma variável (no caso, a distância) leva à diminuição da outra (resistência). Gráfico R x T para o resistor NTC, obtidos na Tabela 05: Observando os valores obtidos, pode-se afirmar que esse tipo de resistor é linear, uma vez que o aumento da temperatura é inversamente proporcional à resistência obtida. CONCLUSÃO Conclui-se que o experimento foi bem executado, uma vez que os envolvidos aprenderam a diferenciar elementos resistivos lineares e não lineares, além de obter resultados experimentais satisfatórios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ● (https://www.addtherm.com.br/sensores-de-temperatura-ntc-e-ptc/) ● Apostila de física geral experimental III ● http://lilith.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros/Exp_3_Elemento_resistivo_linear.pdf ● https://www.addtherm.com.br/sensores-de-temperatura-ntc-e-ptc/ https://www.addtherm.com.br/sensores-de-temperatura-ntc-e-ptc/ http://lilith.fisica.ufmg.br/~lab1/roteiros/Exp_3_Elemento_resistivo_linear.pdf https://www.addtherm.com.br/sensores-de-temperatura-ntc-e-ptc/
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