Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIFEI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ GUSTAVO TAYT SON ROLAS DOS SANTOS CURSO: ENGENHARIA AMBIENTAL NÚMERO: 2019000395 LUCAS MONTEIRO DOS SANTOS CURSO:ENGENHARIA ELÉTRICA NÚMERO:2020012067 JÉSSICA RIBEIRO JOAQUIM CURSO: ENGENHARIA AMBIENTAL NÚMERO: 2018016040 ÍCARO DA SILVA SANTOS CARLOS CURSO: ENGENHARIA MECÂNICA NÚMERO: 2020002374 LABORATÓRIO DE METODOLOGIA CIENTÍFICA -AVALIANDO RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS ATRAVÉS DE GRÁFICOS Itajubá - MG SETEMBRO DE 2020 Resumo A resistência elétrica pode ser expressa como a propriedade física que relaciona a tensão e corrente, assim é possível medi - la utilizando um circuito simples com uma corrente (I) e uma tensão (V). Na perante experiência ela é obtida através dos gráficos resultantes dessa relação com métodos matemáticos de erros e média relativa. 1. Introdução Todo condutor elétrico exibe propriedades de um resistor, a medida que, a corrente flui pelo corpo os elétrons colidem com o conjunto de átomos no condutor. Dessa forma, cria - se uma resistência ao movimento dos elétrons ( Fundamentos de Análise de Circuitos 4ª edição). A lei de Ohm ( V = I x R) é utilizada para cálculos de tensão com resistências constantes para um determinado valor de tensão e corrente. Na primeira experiência a resistência é segue a lei de ohm, sendo esse regime é simplesmente calculada através de sua fórmula sem muitas variações. Contudo, na segunda experiência usamos uma lâmpada luminosa, não existindo proporcionalidade direta entre a voltagem e a corrente, pois parte da corrente é dissipada em calor e outras formas de energia, logo sua resistência varia de acordo com o tempo. No final da experiência utilizamos o SciDavis para plotagem de gráfico e depois a análise dos mesmo que serão apresentados na seção resultados do perante relatório. 2. Objetivo A experiência tem como objetivo principal a demonstração a validação da resistência elétrica por meio de gráficos, sendo a comprovação dada por cálculos matemáticos com seus respectivos erros, mas também tem como intuito a utilização correta do multímetro a construção correta de gráficos e sua apresentação e a medição coerente dos objetos presentes na experiência. 3. Materiais Os materiais utilizados para o experimento se encontram na tabela a seguir: 1 Materiais Fonte elétrica Lâmpada de 40W com contatos Multímetro digital Matriz de Circuito e fios Resistência elétrica comercial Calculadora científica, lápis e programa para gráficos (SciDAVis). Tabela 1: Materiais utilizados para o procedimento experimental. 4. Procedimento Experimental Para a realização do ensaio foi feito a montagem do circuito constituído de uma fonte e uma resistência onde passa a corrente elétrica. Posteriormente a montagem , utilizou-se 2 multímetro para medir a corrente e a tensão, onde uma pessoa faz a avaliação da tensão na fonte, e a variação da tensão é medida no multímetro através da voltagem onde a corrente que passa pela resistência é fixa, e através dos dados obtidos mede-se o valor. Logo em seguida, utiliza-se a lâmpada que é uma resistência variável e mede-se a voltagem e a corrente. Nesse contexto, a coleta de dados do ensaio constituiu em determinar voltagens e correntes e anotar os resultados em uma planilha de dados. 5. Resultado 5.1 Cálculos Para o cálculo da resistência(R), foi utilizada a fórmula que relaciona a tensão(V) aplicada ao bipolo, e a corrente(I) que o atravessa, a qual será expressada abaixo. V=R.I (Fórmula 1) Lembrando que: 2 Para o cálculo do erro associado a voltagem de 20 ou 200 v, utiliza-se a fórmula abaixo. (Fórmula 2)rromult 0, % )e = ( 5 + 3 Para o cálculo do erro associado a corrente elétrica de 20 mA e 200 mA, utiliza-se respectivamente às fórmulas a seguir. errocorrente= (0,8% + 4) (Fórmula 3) errocorrente200mA= (1,2% + 4) (Fórmula 4) Por fim, para o cálculo do erro associado a resistência de 200 ohms e 20 kohms, utiliza-se da fórmula abaixo. erroresistência= (0,8% + 5) (Fórmula 5) erroresistência20k= (0,8% + 3) (Fórmula 6) Após a conclusão dos cálculos, pode-se também plotar um gráfico de dispersão entre a corrente (eixo x) e a voltagem (eixo y) com suas respectivas barras de erro. Além disso, pode-se utilizar o método da regressão linear para se obter uma reta que melhor se ajusta aos pontos expressos no gráfico. Vale ressaltar que para a elaboração do gráfico, utilizou-se do software Scidavis. 5.2 Resultados Obtidos Com o auxílio do software Scidavis, foi possível realizar um gráfico para apresentar as medidas que foram obtidas juntamente com seus erros. 3 Gráfico 1: Correspondente ao ensaio 1 Gráfico 2: Correspondente ao ensaio 2 da lâmpada Na sequência será apresentado os valores calculados no item 5.2 em forma de tabela. Os valores calculados seguiram as normas de arredondamento e algarismos significativos. 4 Corrente(mA) Erro da Corrente Voltagem Erro da Voltagem Resistência Erro da Resistência 0,40 0,04 0,60 0,03 1,50 0,04 4,60 0,08 5,60 0,06 1,22 0,04 8,70 0,11 10,60 0,08 1,22 0,04 12,90 0,14 15,60 0,11 1,21 0,04 17,20 0,18 20,80 0,13 1,21 0,04 21,30 0,30 25,80 0,16 1,21 0,04 25,60 0,35 30,70 0,18 1,20 0,04 29,90 0,40 35,80 0,21 1,20 0,04 31,20 0,41 37,30 0,22 1,20 0,04 Tabela 2: Resultados primeiro ensaio. Corrente(mA) Erro da Corrente Voltagem Erro da Voltagem Resistência Erro da Resistência 19,10 0,18 0,50 0,03 0,03 0,05 79,70 0,10 5,00 0,06 0,06 0,05 100,00 1,24 9,90 0,08 0,10 0,05 114,00 1,41 14,80 0,10 0,13 0,05 127,00 1,56 20,00 0,13 0,16 0,05 138,00 1,70 24,90 0,16 0,18 0,05 150,10 1,84 29,90 0,18 0,2 0,05 161,20 1,97 34,80 0,20 0,22 0,05 164,30 2,01 36,30 0,21 0,22 0,05 Tabela 3: Resultados segundo ensaio lâmpada. 6. Discussão de resultados 5 Notou-se as relações entre parâmetros como corrente, tensão, resistência e temperatura. Através dessas relações, foram observadas proporcionalidade e linearidade no caso do resistor. Tratando-se da lâmpada, só foi possível observar a proporcionalidade e que uma corrente passando por uma resistência gera calor, considerando que com o aumento dessa, houve maior luminosidade. Comparando-se os resultados obtidos com as relações presentes nas equações, é possível estabelecer que esses resultados são coerentes. 7. QUESTÕES DO RELATÓRIO I) O Gráfico 1 tem que aspecto? Qual relação parece existir entre a voltagem V e a corrente I, para o resistor comercial? Ajustem uma função adequada ao pontos experimentais e interpretem o significado físico dos coeficientes desta função. O gráfico 1 tem aspecto de linha reta linear. Nesse resistor a corrente elétrica I é diretamente proporcional à voltagem (V) aplicada. Consequentemente a voltagem V versus a corrente I, se torna uma linha reta, cuja inclinação é igual o valor da resistência elétrica. V= R× I Aplicando a fórmula acima temos: Os valores da voltagem e a corrente representada no gráfico 1 que são respectivamente o coeficiente angular e linear da reta que passa o mais próximo possível de todos os pontos experimentais, ao mesmo tempo. A inclinação representa a variação da tensãoem função da corrente. A inclinação do gráfico é constante, pois a corrente e a tensão variam na mesma proporção. O resistor ôhmico obedeceu a lei de Ohm, onde sua resistência é sempre constante independente de qual seja a tensão aplicada, obtendo assim um comportamento linear, como mostrado no primeiro gráfico. II) O Gráfico 2 tem que aspecto? Qual relação parece existir entre a voltagem V e a corrente I, para a lâmpada? Para auxiliar na interpretação, lembrem-se que: V = R⋅I R = RTa = ( 1 + α ⋅ Δ T ) onde RTa é a resistência à temperatura ambiente, α é o coeficiente de temperatura da resistividade e ∆ T é a diferença de temperatura entre o filamento da lâmpada e o ambiente. Analisando este gráfico, conclui-se que ele significa a inclinação variando de acordo com a resistência. Foi obtido um comportamento não linear e desta forma, não se tem um valor exato da resistência do mesmo, pois esta varia conforme a intensidade de corrente. 6 III) Com a leitura de Ta do termômetro climático do Laboratório e sabendo que α = 0,0045 Ω/K para o filamento de tungstênio, calculem para cada par de medidas (V e I), a resistência (em Ω) e a temperatura do filamento da lâmpada (em K). Criem a Tabela 3 com as seguintes colunas: Ensaio, Voltagem (V), Resistência ( Ω), Temperatura (K). Ensaio Voltagem (V) Resistência (Ohm) Temperatura (K) 1 (0,50 ± 0,03) (29,00 ± 0,01) 289,15 2 (5,00 ± 0,06) (32,00 ± 0,02) 312,6 3 (9,90 ± 0,08) (64,00 ±0,01) 550,5 4 (14,80 ± 0,10) (99,00± 0,02) 810,6 5 (20,00 ± 0,13) (130,00 ±0,02) 1041,0 6 (24,00 ± 0,16) (154,00 ±0,04) 1226,8 7 (29,90 ± 0,18) (177,00± 0,04) 1390,3 8 (34,80 ± 0,20) (196,00 ± 0,04) 1531,1 9 (36,30± 0,21) (202,00 ±0,04) 1620,7 Tabela 3 - Dados obtidos através de medições referentes à lâmpada. IV) Façam o Gráfico 3, da variação da resistência do filamento da lâmpada com a voltagem aplicada. O que se pode concluir dele? 7 Gráfico 3 - Mostra a relação da voltagem aplicada na lâmpada e resistência (K). V) Façam o Gráfico 4, da variação da temperatura do filamento da lâmpada com a voltagem aplicada. Façam um ajuste da função abaixo, aos pontos experimentais: T = a + b⋅Vc , com a,b e c coeficientes., Gráfico 4 : Mostra a relação da voltagem aplicada na lâmpada e temperatura (K). VI) De acordo com o ajuste feito ao gráfico da variação da temperatura do filamento da lâmpada com a voltagem aplicada, qual deveria ser a temperatura do filamento para a voltagem máxima na lâmpada (110V)? Verifiquem se ela está de acordo com a temperatura de fusão do tungstênio (TF = 3422°C) Através da equação da resistência elétrica,temos a possibilidade de determinar o valor da resistência de um fio. Entretanto, se o filamento da lâmpada dissipar menos potência, ele operará em temperatura inferior à temperatura de operação sob 110V. A resistência elétrica do filamento de tungstênio é dependente da temperatura (vide o gráfico acima) e, portanto, a resistência elétrica do filamento é então menor sob 110V. Diminuindo a resistência, a expressão para a potência implica em aumento da potência. 8 VII) Considerando as duas resistências que utilizamos (resistor e lâmpada) e o intervalo de voltagem aplicado, quais deles obedeceram a Lei de Ohm? Quais deles trabalharam em regime ôhmico? Justifiquem vossas respostas A resistência do filamento da lâmpada não é constante. A lâmpada não obedece a lei de Ohm, entretanto, sua resistência não é constante. Um dos fatores que dá a lâmpada a características de não ser um dispositivo ôhmico é que quando ligada na corrente elétrica os elétrons fluem em seu filamento de tungstênio fazendo com que este esquente gradativamente, dissipando energia conforme o efeito joule, assim a resistência do dispositivo é alterada pela temperatura a qual está submetida o filamento. Logo, o resistor ôhmico obedeceu a lei de Ohm, onde sua resistência é sempre constante independente de qual seja a tensão aplicada, obtendo assim um comportamento linear, como mostrado no primeiro gráfico. 8. Conclusão A experiência permitiu uma demonstração coerente e a comprovação da relação entre os dados obtidos da prática com o cálculo teórico. Portanto, é evidente a existência de formas para o cálculo de resistência elétrica, e também é provado a variação de resistência em uma lâmpada e sua dissipação de energia em outras formas. 9. Referências bibliográficas BOYLESTAD . ROBERT, Análise de Circuitos 4ª edição . 9
Compartilhar