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APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 1 APG 21 – Invasão Alveolar 1) COMPREENDER ETIOLOGIA, FISIOPATOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PNEUMONIA → O termo pneumonia significa inflamação das estruturas parenquimatosas do pulmão e das vias respiratórias inferiores, inclusive alvéolos e bronquíolos. Esse processo inflamatório precisa ser agudo (de horas a dias)!!! → Os agentes etiológicos podem ser infecciosos (vírus, bactérias ou fungos=pacientes imunossuprimidos) ou não infecciosos, porém, a inalação de fumaças irritantes ou a aspiração do conteúdo gástrico são menos comuns que as causas infecciosas. → As pneumonias podem ser adquiridas nos hospitais ou adquiridas na comunidade, em razão da superposição dos sinais e sintomas e do espectro variável de microrganismos = causadas por agentes infecciosos de acordo com a fonte da infecção. → Os pacientes imunossuprimidos constituem um grupo preocupante nesses dois contextos = pneumonia do paciente imunossuprimidos. → As pneumonias também podem ser classificadas de acordo com o tipo de agente que causa infecção: ✓ TÍPICAS (A): resultam da infecção por bactérias que se multiplicam fora das células alveolares e causam inflamação e exsudação de líquidos para os espaços aéreos dos alvéolos; ✓ ATÍPICAS (B): são causadas por vírus e Mycoplasma que afetam o septo alveolar e o interstício pulmonar. Esses microrganismos causam sinais e sintomas físicos menos marcantes que as pneumonias bacterianas. → E com base na distribuição da infecção: ✓ PNEUMONIA LOBAR (A): refere-se à condensação de uma parte ou de um lobo pulmonar inteiro; ✓ BRONCOPNEUMONIA (B): significa uma área de condensação variegada envolvendo mais de um lobo do pulmão. ➢ PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) ❖ FATORES DE RISCO → A PAC inclui casos de pneumonia infecciosas em pacientes que vivem independentemente na comunidade. → Os pacientes que estiveram hospitalizados por outras razões por menos de 48 horas antes do desenvolvimento de sintomas respiratórios também são considerados como tendo PAC, já que é provável que o contato com o agente tenha sido antes da admissão. → A pneumonia bacteriana geralmente não ocorre em adultos jovens saudáveis, a maioria que dos adultos de qualquer idade, que desenvolve pneumonia tem uma ou mais condições predisponentes subjacentes: ✓ Mais comum é uma infecção respiratória viral antecedente, já que aumenta a adesão bacteriana às células epiteliais respiratórias e danifica os mecanismos de depuração pela interferência na ação ciliar; ▪ A infecção pelo vírus influenza aumenta bastante a suscetibilidade à pneumonia causada pelas bactérias Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae. ✓ DPOC, fibrose cística e bronquiectasia ou outras anormalidades estruturais do pulmão predispõem muito à pneumonia bacteriana, especialmente em pacientes que fazem uso de corticosteroides; ✓ Outros fatores predisponentes incluem: ▪ Tabagismo: aumenta as secreções pulmonares e prejudica a ação ciliar; ▪ Desnutrição: debilita o sistema imune; ▪ Alcoolismo: suprime o reflexo de tosse e afeta a migração dos leucócitos; ▪ Doença hepática ou renal: diminuem a formação de anticorpos e a função dos leucócitos; ▪ Diabetes mellitus: diminui a função leucocitária; ▪ Deficiências de imunoglobulina de qualquer etiologia, IC e doenças neurológicas. ▪ Acredita-se que o aumento de quase 100x de pneumonia bacteriana em pacientes com AIDS esteja relacionado com a produção defeituosa de anticorpos. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 2 ✓ Em idosos, os fatores para pneumonia incluem diminuição dos reflexos faríngeo e de tosse, disfunção da glote e diminuição das respostas de anticorpos e receptores toll- like. ❖ FISIOPATOLOGIA → Vários fatores de defesa do hospedeiro protegem as vias respiratórias inferiores contra a entrada de microrganismos infecciosos, sendo assim, a configuração das vias respiratórias superiores garante que um fluxo fino e laminar de ar passe sobre os pelos e as superfícies pegajosas que são capazes de reter partículas potencialmente infecciosas. ✓ A IgA secretora, que constitui 10% das proteínas das secreções nasais, neutraliza os vírus e inibem a colonização bacteriana. ✓ O fechamento da epiglote, durante a deglutição, evita que partículas de alimentos passem para a traqueia. ✓ A laringe impede a passagem de secreções para a traqueia e possibilita a produção da pressão intrapulmonar necessária para uma tosse; ✓ Quando os microrganismos contornam esses mecanismos, a ação ciliar das células epiteliais os move continuamente para cima em direção à laringe, e o reflexo de tosse os impulsiona mais rapidamente no mesmo sentido. • ASPIRAÇÃO DE CONTÉUDO OROFARÍNGEO → A aspiração de pequenos volumes de secreções orofaríngeas, principalmente durante o sono em indivíduos saudáveis (microaspiração), é comum. → As bactérias que normalmente colonizam as vias respiratórias superiores, como S. pneumoniae ou H. influnzae, podem acumular-se em quantidades suficientes para alcançar os alvéolos, causando pneumonia, uma vez que teve disbiose (desequilíbrio na flora). → A aspiração maciça (macroaspiração), normalmente, ocorre apenas em indivíduos com alteração sensorial, rebaixamento da consciência, anormalidades dos reflexos protetores da tosse ou do vômito (álcool, drogas, medicamentos ou doenças neurológicas) ou refluxo gastroesofágico, podendo também liberar um grande número de bactérias anaeróbias pelas vias respiratórias baixas. • INALAÇÃO DE PARTÍCULAS AEROSSOLIZADAS → A inalação de pequenas gotículas aerossolizadas em suspensão com microrganismos é o segundo mecanismo mais frequente de infecção pulmonar. → Essa patogênese é incomum na maioria das pneumonias bacterianas, mas é característica da pneumonia por Mycobacterium tuberculosis e Bacillus anthracis e algumas infecções virais que podem ser transmitidas dessa forma. • INFECÇÃO DA CORRENTE SANGUÍNEA → As bactérias também podem alcançar os pulmões via corrente sanguínea, ser filtradas pelos mecanismos normais de depuração do hospedeiro, mas então escapar e causar pneumonia. → A pneumonia por S. aureus comumente é causada por disseminação hematogênica, especialmente se houver infecção endovascular, como endocardite (lado direito), que é mais comum em usuários de drogas IV e em bacteremias gram-negativas, em particular em um hospedeiro imunocomprometido. → Felizmente, o pulmão é bem equipado para se defender contra a inoculação da maioria dos agentes infecciosos, sendo assim, quando eles alcançam o pulmão, as células que revestem o sistema respiratório produzem substâncias que inibem ou matam microrganismos, incluindo lisozima, lactoferrina, betadefensinas e surfactante. → Dessa forma, componentes da parede celular bacteriana, como lipopolissacarídios em bactérias gram-negativas e peptidoglicanos em bactérias gram-positivas, ativam a cascata alternativa do complemento, levando a opsonização (processo que facilita a ação do sistema imunológica por fixar opsoninas ou fragmentos do complemento na superfície bacteriana, permitindo a fagocitose) ou morte direta das bactérias. Além disso, quando grandes gotículas de material infectado atingem as vias respiratórias, elas são removidas pelo sistema mucociliar, que funciona como uma “escada rolante”, varrendo o conteúdo aprisionado para cima, na direção da orofaringe, onde são deglutidos ou expectorados. → Eles também regulam positivamente os receptores toll-like, com subsequente aumento dos mecanismos imunes humorais ecelulares, e estimulam a produção de IL-7 que atua por meio da IL-17 para atrair leucócitos polimorfonucleares. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 3 → A pneumonia, então, resulta da replicação e da disseminação de microrganismos ao longo do interstício pulmonar, vias respiratórias e espaços aéreos periféricos. ✓ Na pneumonia bacteriana, os microrganismos e a resposta inflamatória resultante, caracterizada pela liberação de citocinas e acúmulo de plasma e leucócitos são responsáveis pela maioria das manifestações clínicas. ✓ Na pneumonia por vírus influenza, o vírus invade diretamente as células do epitélio colunas, resultando em alterações anatomopatológicas, como: danos aos cílios, vacuolização das células epiteliais respiratórias e descamação de toda camada epitelial. ❖ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → A possibilidade de pneumonia deve ser considerada em qualquer paciente com novos sintomas respiratórios: tosse, expectoração (pode ter hemoptise) ou somente a sensação de necessidade de produzir expectoração ou dispneia. Especialmente quando são acompanhados por febre ou anormalidades no exame físico, como roncos e estertores, alguns também sentem dor pleurítica no tórax. → Em idosos ou imunossuprimidos, sintomas inespecíficos, como perda de apetite, confusão mental, desidratação, agravamento dos sintomas ou sinais de outras enfermidades crônicas, podem ser as manifestações iniciais da pneumonia, refletindo a produção reduzida de citocinas e a resposta menos vigorosa a elas. → Achados físicos clássicos de pneumonia lobar incluem a evidência de consolidação com transmissão alterada dos murmúrios vesiculares, egofonia, crepitações (auscultado na área afetada) e alterações no frêmito tátil. Entretanto, em muitos pacientes, os achados físicos são mais sutis e podem ser limitados a roncos esparsos. ✓ Broncofonia (ausculta a voz do paciente igual, normalmente, com o esteto a voz fica abafada) e egofonia (fala “I” e escuta “E”) sugerem fortemente pneumonia, mas não são sensíveis para o diagnóstico. ✓ Macicez a percussão sobre a área afetada pode ser encontrada. ✓ O aumento do frêmito tátil é um achado frequente devido a consolidação (o meio sólido = consolidação aumenta a frequência da onda) e é especialmente útil para distinguir um infiltrado pulmonar de um derrame pleural, em que o frêmito está diminuído ou ausente. → A diarreia, que foi identificada como manifestação proeminente da pneumonia por Legionella, também é frequente na pneumonia por pneumococos e provavelmente em outras pneumonias bacterianas, possivelmente indicando uma resposta gastrintestinal inespecífica às citocinas circulantes. → É mais provável que a pneumonia viral se manifeste com sinais/sintomas das vias respiratórias superiores, como rinorreia ou dor de garganta. → Os pacientes costumam se lembrar de terem sido expostos a alguém com uma infecção respiratória. É menos provável que adultos com pneumonia viral, por Chlamydia ou por Mycoplasma apresentem expectoração do que aqueles com pneumonia bacteriana. Pneumonias por Mycoplasma e Chlamydia geralmente ocorrem em adultos jovens. → A FR pode estar aumentada: 25irpm; saturação abaixo de 92%, o que segure comprometimento respiratório grave com desconforto respiratório iminentes. ❖ DIAGNÓSTICO → As abordagens usadas para diagnosticar pneumonias adquiridas na comunidade dependem da idade, das condições de saúde coexistentes e da gravidade da doença. → A pneumonia é diagnosticada pelo achado de um infiltrado nos exames de imagem do tórax ou excluída por sua ausência. → A detecção de infiltrados radiográficos pode ser difícil, especialmente em pacientes com doença pulmonar crônica, obesos ou pacientes avaliados apenas com uma RX de tórax portátil. → O RX pode não ser capaz de detectar pequenas áreas de consolidação alveolar, porém, elas podem ser detectadas na TC, muito mais sensível. → A TC também consegue mostrar que anormalidades encontradas na radiografia simples de tórax são falso-positivas. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 4 → A US à beira do leito também pode ser usada para detectar infiltrados pulmonares, mas a sensibilidade e a especificidade, embora sejam altas, não são suficientes para evitar a necessidade de um RX de tórax. → O aspecto radiográfico é pouco informativo da etiologia. A consolidação densa de um segmento ou lobo geralmente é bacteriana, especialmente decorrente de S. pneumoniae ou Klebsiella. Outras bactérias, incluindo Legionella, podem causar um quadro semelhante, mas muitas pneumonias bacterianas causam infiltrados subsegmentares. A pneumonia viral não causa consolidação segmentar ou lobar. → Uma das poucas pneumonias bacterianas radiologicamente distintas é decorrente da disseminação hematogênica de S. aureus, principalmente quando está associada à endocardite ou a uma fonte intravascular infectada. Ela causa lesões arredondadas de 1-3 cm, que podem cavitar. → ACHADOS LABORATORIAIS: ✓ A maioria dos pacientes com pneumonia bacteriana tem uma contagem de leucócitos superior a 11.500/ μℓ nos momentos da internação, e cerca 1/3 tem superior a 15.000 μℓ. ✓ Frequentemente, observa-se pequenas elevações inespecíficas nos níveis séricos de bilirrubina, aminotransferases e lactato desidrogenase (LDH). → DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO: ✓ Exame de escarro: é necessário para todos os pacientes. O sistema respiratório remove (expectoração) o exsudato inflamatório, composto por plasma, leucócitos e bactérias, pela ação ciliar das células que revestem os brônquios e a tranqueia pelo reflexo da tosse. → BRONCOSCOPIA: A coleta invasiva de secreções respiratórias geralmente não é necessária em pacientes com pneumonia comunitária. Ela está indicada em situações clinicas selecionadas, nas quais o retardo no diagnóstico acurado pode ter graves consequências, particularmente em indivíduos imunocomprometidos ou em pacientes cujas condições pioraram apesar da terapia antimicrobiana inicial. ❖ TRATAMENTO → Vários sistemas de pontuação podem ajudar a decidir se um paciente deve ser hospitalizado, incluindo o índice de gravidade da pneumonia e o algoritmo SMART-COP. A coloração de Gram do escarro de um paciente com pneumonia pneumocócica mostra numerosos leucócitos polimorfonucleares e muitos cocos gram-positivos em forma de lanceta sem células epiteliais, indicando que esta amostra se originou das vias respiratórias inferiores. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 5 → O risco de precisar de suporte respiratório ou ventilatório intensivo é baixo se ≤ 2 pontos, cerca de 10 a 15% se 3 a 4 pontos, cerca de 35% se 5 a 6 pontos e cerca de 65% se ≥ 7 pontos. → TRATAMENTO AMBULATORIAL: O tratamento antibiótico inicial é definido de forma empírica devido à impossibilidade de se obter resultados microbiológicos logo após o diagnóstico da PAC, o que permitiria escolher antibióticos dirigidos a agentes específicos. ✓ A escolha do antibiótico deve levar em consideração: 1) patógeno mais provável no local de aquisição da doença; 2) fatores de risco individuais; 3) presença de doenças associadas; 4) fatores epidemiológicos, como viagens recentes, alergias e relação custo-eficácia. ✓ A proposta da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) é o uso de monoterapia com β-lactâmico ou macrolídeos para os pacientes ambulatoriais, sem comorbidades (pacientes hígidos), nenhum uso recente de antibióticos, sem fatores de risco para resistência e sem contraindicaçãoou história de alergia. → TRATAMENTO DE PACIENTES INTERNADOS EM ENFERMARIAS: A recomendação atual da SBPT é o emprego de β -lactâmico associado a um macrolídeo ou fluoroquinolona respiratória isolada. Um β-lactâmico isolado pode ser usado se houver exclusão confirmada de Legionella sp. → TRATAMENTO DE PACIENTES INTERNADOS EM UTI: A terapia combinada deve ser recomendada por reduzir a mortalidade. A administração dos antibióticos deve ser a mais precoce possível e deve incluir preferencialmente um macrolídeo e um β-lactâmico, ambos por via endovenosa. → A duração ideal da antibioticoterapia no tratamento da PAC não está ainda definitivamente estabelecida. → A antibioticoterapia de curta duração parece ser a mais apropriada, uma vez que proporciona menor exposição do paciente à ação de antibióticos, reduz a ocorrência de efeitos adversos, diminui o desenvolvimento de resistência por parte dos microrganismos, melhora a adesão dos pacientes e pode minimizar o tempo de internação e os custos financeiros. → A duração do tratamento pode ser diferente conforme a gravidade da PAC. Recomenda-se que para a PAC de baixa gravidade e com tratamento ambulatorial, esse seja feito com monoterapia e por 5 dias. A PAC de moderada a alta gravidade deve ser tratada com os esquemas antibióticos discutidos abaixo, por períodos de 7 a 10 dias. O tratamento pode ser estendido até 14 dias a critério do médico. ➢ PNEUMONIA HOSPITALAR (PH) → A PH ocorre nos primeiros 2-3 dias de internação tendem a ser causadas por bactérias usuais adquiridas na comunidade suscetíveis a antibióticos, enquanto as infecções que começam mais tarde são mais frequentemente causas pela flora hospitalar, incluindo os organismos resistentes a múltiplas drogas (MDR), os quais são associados a maior morbidade e mortalidade. → Quando a pneumonia ocorre nos primeiros dias após a hospitalização, incluindo 2-3 dias após um procedimento cirúrgico, os agentes mais prováveis incluem bactérias que causam a pneumonia adquirida na comunidade, como S. pneumoniae e H. influenzae e bactérias microaerofílicas e anaeróbicas da boca. → S. aureus e bacilos gram-negativos facultativos tornam-se cada vez mais comuns em pacientes com imunidade prejudicada ou pneumopatia estrutural subjacente como DPOC. Entretanto, bacilos Gram-negativos aeróbios, incluindo P. aeruginosa, Escherichia coli, K. pneumoniae e Acinetobacter APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 6 spp. desempenham papéis importantes nos pacientes com pneumonia hospitalar. ❖ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO → Pode se manifestar com sinais típicos, como febre, leucocitose e expectoração purulenta, ou secreções traqueias aumentadas em um paciente entubado. Hipoxemia é comum nos casos graves. → As radiografias de tórax costumam ser difíceis de interpretar, mas podem mostrar agravamento dos infiltrados pulmonares ou infiltrados pulmonares novos. → Uma US pulmonar pode mostrar consolidação subpleural ou aerobroncogramas. → Se o exame microscópico do escarro ou de secreções da traqueia com coloração de Gram não mostrar muitas células inflamatórias com um único microrganismo, podem ser necessárias culturas quantitativas de amostras obtidas por broncoscopia usando uma escova protegida para determinar o microrganismo causal em pacientes que não respondem à terapia inicial. ❖ TRATAMENTO → Se o paciente estiver instável, ou se houver suspeita de PH, é necessária antibioticoterapia empírica imediata, uma vez que atrasos na instituição de terapia antimicrobiana aumentam a taxa de mortalidade. → Para a doença de início precoce no primeiros 3-4 dias de hospitalização ou procedimento, o tratamento deve seguir as diretrizes do PAC. → Depois desse período, a flora adquirida no hospital deve ser considerada potencialmente causadora, como já dito. Dessa forma, enquanto aguarda o resultado do agente causador, a escolha inicial de antibióticos deve ser orientada pelo conhecimento da suscetibilidade a antibióticos dos microrganismos comumente isolados no local. REFERÊNCIAS • GOLDMAN, Lee. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2022. • NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
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