Buscar

5 PERÍODO - TICS 07

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATO BRANCO 
Rua Benjamin Borges dos Santos, 1100 – Bairro Fraron 
Telefone/Fax: 46 3220-3000 / Pato Branco – PR, CEP 85503-350 
Site: http://www.unidep.edu.br 
 
Aluno: Leonardo Balzan 
5º Período do Curso de Medicina - UNIDEP 
 
O que habitualmente ocorre com o paciente epiléptico após um quadro convulsivo, de 
acordo com cada tipo de convulsão? 
 
As convulsões são classificadas de acordo com sua forma de iniciação, podendo ser 
parcial/focal ou generalizada: 
Crise parcial simples: início focal e com manifestações motoras (iniciando pelos pés, 
mãos e face), sensoriais (iniciando com formigamento, dormência), autonômicas 
(começando com palidez, sudorese e palpitação), psíquicas (iniciadas por medo, pânico, 
transtornos transitórios da compreensão da realidade), nesse tipo de convulsão não ocorre 
perda de consciência, ou seja, não há estado pós-ictal. 
Crise parcial complexa: é mais comum em adultos, pode ser iniciada por sintomas 
prodrômicos como auras e ocorre alteração do nível de consciência. A apresentação clínica 
mais comum é a do paciente que fixa o olhar em um ponto e parece desperta, mas 
não responde a estímulos ou comandos. A pessoa pode ter movimentos repetitivos 
(automatismo), como mastigação, movimentos com as mãos e após a crise o paciente 
apresenta estado pós-ictal (estado entre a despolarização neuronal e uma nova 
repolarização, resultando em dores de cabeça, sonolência e confusão mental, que pode 
durar de minutos a horas). Na maioria das vezes tem-se amnesia durante toda a duração da 
crise. 
Crise parcial secundariamente generalizada: é uma crise que se inicia de maneira focal 
mas depois se propaga de forma generalizada. 
Crise generalizada: inicia-se de forma difusa, com variadas manifestações clinicas, 
podendo ser de caráter tônico-clônicas, crises de ausência, crises tônicas, crises mioclônicas, 
entre outras. A manifestação tônico-clônica é a mais comum, é generalizada e não 
apresenta aura, se inicia com uma fase tônica em que há perda de consciência e de 
postura, e o paciente tem extensão de costas pescoço e pernas, flexão dos antebraços, 
desvio ocular cefálico, respiração ruidosa e cianose. Em seguida ocorre a fase clônica, com 
espasmos musculares violentos e generalizados, e pode haver relaxamento de esfíncteres. 
Após a crise tônico-clônica generalizada, tem-se um período pós-ictal, com cefaleia, dor 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATO BRANCO 
Rua Benjamin Borges dos Santos, 1100 – Bairro Fraron 
Telefone/Fax: 46 3220-3000 / Pato Branco – PR, CEP 85503-350 
Site: http://www.unidep.edu.br 
 
muscular, fadiga, sonolência, e confusão mental. A crise de ausência costuma ocorrer mais na 
infância e caracteriza-se por perda súbita da consciência, sem perda da postura, com a 
fixação do olhar e sem resposta aos estímulos. Essas crises costumam durar entre 2 a 20 
segundos e podem se repetir várias vezes durante um dia. Alguns pacientes continuam em 
suas atividades motoras que realizavam antes da crise. Pode ocorrer fenômenos 
motores breves, como piscamento e mastigação. Em pacientes com quadro convulsivo, 
após as crises, exceto em casos de crise de ausência, o paciente apresenta um período 
confusional prolongado, que pode ser acompanhado de sonolência, dor muscular e 
fadiga. Esses sintomas são importantes para diferenciar sincope de convulsão, pois na 
sincope os abalos musculares são breves e não costumam ser seguidas de confusão 
pós-ictal, ou quando presente, não passa de 10-15 minutos. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Louis, Elan, D. et al. Merritt - Tratado de Neurologia, 13ª edição. Disponível em: Minha 
Biblioteca, Grupo GEN, 2018. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo clínico e diretrizes 
terapêuticas: epilepsia. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

Continue navegando