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AD1 IZO - Dissertação

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ISABELLE DA SILVA VITAL – NOVA IGUAÇU
FÓSSEIS E EVOLUÇÃO EM PRIMATAS.
	Os fósseis são os vestígios das espécies de organismos que viveram a milhares ou milhões de anos atrás, que são encontrados em rochas sedimentares bem antigas ou em resinas de árvores, denominados de fósseis âmbar. O processo de fossilização ocorre a partir do soterramento e compactação de camadas de sedimentos sobre os corpos dos organismos ao longo de grandes períodos de tempo, é importante que o soterramento ocorra pouco tempo após a morte do organismo para evitar que seres necrófagos se alimentem completamente da carcaça. A ocorrência de novos soterramentos na região faz com hajam mais camadas no solo acima do organismo, gerando mais pressão sobre este, favorecendo a compactação, a água que infiltra pelo sedimento faz com que ocorra a precipitação de minerais, que também agem no processo de litificação. 
	Dependendo da composição química dessa água infiltrada e das condições em que o processo ocorreu podem acontecer diferentes tipos de fossilização sendo eles: carbonificação, onde os elementos químicos são perdidos e resta apenas o carbono; recristalização, onde os minerais se rearranjam formando novos minerais; substituição, quando os minerais originais são substituídos pelos minerais abundantes no meio; incrustação, onde os minerais carregados pela água precipitam e envolvem os restos orgânicos; permineralização, onde o sedimento entorno das partes duras do organismo preenche as cavidades deste; concreção, onde durante o processo de decomposição são liberados compostos que desencadeiam a precipitação de substâncias químicas fazendo com que a rocha fique aderida ao organismo.
	 A datação de fósseis pode ser realizada de forma relativa, absoluta ou por carbono-14. Na datação relativa observa-se as camadas de sedimentos que estão ao redor do fóssil, de forma que se a camada que ele foi encontrado tem cerca de 100 milhões de anos ele também terá essa idade, esse tipo de datação permite apenas uma estimativa da idade oferecendo apenas a noção de qual tempo ele viveu. Na datação absoluta são usados o decaimento de isótopos de elementos radioativos, assim pela diferença entre o número de isótopos do elemento original e do que sofreu o decaimento é possível determinar a idade do fóssil. A datação por carbono-14 é um tipo de datação absoluta, que utiliza o decaimento do isótopo de carbono-14, apesar de ser a mais conhecida ela tem uma limitação por conta do tempo de meia vida dele ser de 5.730 anos, não permitindo que fósseis muito antigos sejam datados.
	Os fósseis possuem grande importância para o estudo da história dos seres vivos em nosso planeta, tratando em especial sobre os fósseis de primatas e hominídeos, eles contam desde como foi o surgimento de mão com o polegar opositor, a passagem da vida nas árvores para o andar bipedal, e o surgimento dos primeiros hominídeos até os seres humanos modernos. O fóssil de Australopithecus, denominado Lucy, encontrado no norte da Etiópia na África entre cerca de 3,2 milhões de anos atrás, é um dos achados mais importante para história evolutiva dos seres humanos pois ela apesar de ter aparência mais próxima aos macacos era mais relacionada aos seres humanos modernos e também nos ajuda compreender a origem do bipedalismo.
	Os fósseis e sua datação nos permite entender como aqueles seres viveram e como eles se relacionavam com o ambiente onde se encontravam, como por exemplo a descoberta do Ardipithecus a alguns quilômetros da região onde foi encontrada a Lucy com rochas que são milhões de anos mais antigas, esse achado alterou a ideia que o andar bipedal surgiu por conta da redução de florestas resultante de mudanças climáticas, uma vez que no mesmo local em que o Ardipithecus foi encontrado também foram registrados vestígios de animais e plantas típicos de florestas, dando a entender que o andar bipedal começou ainda dentro das florestas e não nas savanas como se imaginava anteriormente.
	Apesar de toda informação que é possível ser extraída a partir do estudo dos fósseis ainda há muitas questões a serem resolvidas sobre a evolução dos primatas, como o porque começaram a andar eretos ainda nas florestas, mas o estudo contínuo ao longo desses anos já nos permitiu que montássemos uma árvore filogenética que retoma ao ancestral dos seres vivos, assim permitindo também analisar todo o caminho evolutivo dos seres humanos e seus ancestrais primatas e hominídeos. Logo, podemos ver como os fósseis nos ajuda a entender quem somos e de onde viemos.
Referências Bibliográficas
SOARES, M.B.(Org.). A paleontologia na sala de aula. Ribeirão Preto, Sociedade Brasileira de Paleontologia, 2015, 714p.
SHUBIN, Neil. Quando Éramos Macacos. Tangled Bank Studios, 2014. 1 vídeo (54min42s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2miuEcBPf_c> Acesso em: 23 ago. 2022.

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