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ANDERSON SOARES DE PAULA (ITAOCARA) EVOLUÇÃO EM HOMINÍDEOS: AFINAL SOMOS OU NÃO MACACOS? A teoria da evolução de Darwin e Wallace propõe que o ambiente, através da seleção natural vai exercer pressão seletiva sobre os diversos grupos de organismos e estes que apresentarem maiores adaptações, ou seja, tiverem algum tipo de característica (mutações) que lhes tragam vantagens sobre os demais, irão sobreviver e passar sua descendência para a próxima geração (RUSSO, 2018). Fixando desta forma, através de diversas gerações suas características no ambiente. No documentário de Neil Shubin “Quando éramos macacos” podemos observar diversas evidências da evolução, como: evidência molecular, celular, morfológica e o registro fóssil. Dentro das relações evolutivas, as evidências moleculares nos demostram que todos os organismos possuem material genético podendo ser DNA, RNA ou os dois, como no caso da maioria dos animais (RIDLEY, 2007). Esse fato é observável, dentro do experimento com a visão colorida dos macacos. Em tal experimento, o cientista demonstra que o cérebro do macaco já está preparado para ver determinadas cores, só que a falta de um gene ativado, faz com que ele não consiga enxergar algumas dessas cores. No experimento, um gene do macaco foi ativado, ou seja, ele passou a se expressar e passar informações para a célula e para o organismo para que as características de enxergar determinadas cores se expressassem. Sendo está uma evidência molecular. O fato de o experimento ter sido conduzido com macacos, não foi uma escolha aleatória entre tantos animais. Acontece que o macaco é mais próximo de nós humanos geneticamente, e encontrar esse gene no macaco se torna mais fácil. Diante disso, podemos notar que é possível identificar semelhanças nos organismos a nível celular. E esse constituinte denominado célula, presente em todos os organismos, acaba se tornando uma evidência de ancestralidade comum (RIDLEY, 2007). A ancestralidade comum, pode ser também representada por estruturas homólogas baseadas em aspectos morfológicos. Como exemplo de estruturas homologas podemos citar as mãos dos macacos e dos humanos, o que significa que estes possuem a mesma posição relativa, origem embrionária, não importando se a forma é semelhante ou não. E não menos importante, possuem a mesma origem evolutiva, ou seja, o mesmo ancestral comum (FERREIRA JUNIOR, 2010). Outro ponto de destaque no documentário está relacionado as semelhanças entre macacos e humanos, essas semelhanças constituem: a posição dos olhos voltados para frente, vestígio de cauda denominado cóccix, assim como a própria anatomia das mãos com especificidade do polegar divergente (SHUBIN, 2017). Porém, todos esses caracteres não são exclusivos dos macacos modernos ou mesmo dos humanos, ou seja, não constituem uma autapomorfia. Na verdade, esses atributos já estavam presentes no ancestral comum desses organismos. Por isso, se trata de uma plesiomorfia, ou seja, um estado primitivo herdado (FERREIRA JUNIOR, 2010). O estudo anatômico de nossos ancestrais primatas demonstram como ocorreu o processo evolutivo para que conseguíssemos nos locomover de forma ereta. Os fósseis de Australopithecus afarensis, nos demonstram como essa transição ocorreu (RUSSO, 2018). O esqueleto do organismo que mantinha uma postura quadrúpede, teve que sofrer diversas mutações para que conseguisse chegar a uma postura ereta. Como exemplo, podemos citar a mudança da pelve que é essencial para o bipedalismo e é uma estrutura homóloga (que pode ter forma semelhante ou não, mesma posição anatômica e mesma origem embrionária) entre macacos modernos e humanos, assim como uma sinapomorfia (RIDLEY, 2007). O problema é que a coluna vertebral de nós humanos não é bem adaptada ao bipedalismo, fazendo com que tenhamos problemas com a coluna vertebral (SHUBIN, 2017). A experiência proposta no documentário entre um bebê humano e um bebê macaco, nos demonstra a comparação do desenvolvimento cerebral entre estes. Em comparação aos macacos, nós humanos temos uma infância maior. Por consequência, os bebês humanos têm um tempo mais expressivo para desenvolver a capacidade cognitiva (SHUBIN, 2017). Tornando esta, uma apomorfia que provavelmente surgiu conosco (RIDLEY, 2007). Podemos encontrar diversas evidências da evolução, e o registro fóssil pode ser uma dessas evidências, desde que se saiba quanto tempo tem aquele fóssil. Cabe ressaltar que quanto mais antigo, menos complexos vão ser esses fósseis. E a determinação da idade de um fóssil é feita através da datação que é realizada utilizando técnicas de decaimento radioativo de isótopos (RUSSO, 2018). Durante todo o documentário podemos comprovar que a evolução é um fato observável através da genética e da paleontologia, que demonstram que os seres vivos se transformam no decorrer do tempo. E a pergunta que fica é se somos ou não macacos. E dizer que somos macacos implicaria em dizer que seguimos caminhos evolutivos idênticos a um outro tipo de primata, quando na verdade não seguimos. Nós não somos e nunca fomos macacos, na verdade na linhagem evolutiva apenas compartilhamos um ancestral comum com os macacos. 1. RIDLEY, M. Evolução. tradução Henrique Ferreira, Luciane Passaglia, Rivo Fischer. – 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1FMkWJ0Jk3UbiPlo0qtSuAK2CmB2fWCGy/view?usp= drivesdk 2. SHUBIN, Nail. Quando Éramos Macacos - documentário dublado em português. Curiosidades BioBio [Vídeo]. YouTube, 8, mar. 2017. Disponível em: https://youtu.be/2miuEcBPf_c 3. FERREIRA JUNIOR, Nelson. Introdução à zoologia. v.1 / Nelson Ferreira Junior. – 2.ed. rev. – Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010. Disponível em: https://canal.cecierj.edu.br/recurso/5298 4. RUSSO, Claudia Augusta de Moraes. Diversidade dos seres vivos. Volume Unico / Claudia Augusta de Moraes Russo. – 4. ed. – Rio de Janeiro: Fundacao Cecierj, 2018. Disponível em: https://canal.cecierj.edu.br/recurso/17169 https://drive.google.com/file/d/1FMkWJ0Jk3UbiPlo0qtSuAK2CmB2fWCGy/view?usp=drivesdk https://drive.google.com/file/d/1FMkWJ0Jk3UbiPlo0qtSuAK2CmB2fWCGy/view?usp=drivesdk https://youtu.be/2miuEcBPf_c https://canal.cecierj.edu.br/recurso/5298 https://canal.cecierj.edu.br/recurso/17169
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