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Desenvolvimento de Novos Negócios em Micro e Pequenas Empresas

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GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS 
EMPRESAS
DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO NEGÓCIO
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar o objetivo principal da utilização das ferramentas para diagnosticar e utilizar as seguintes ideias
quanto a situações e modelos de: desenvolvimento de um novo negócio, avaliação de ideias de produtos e
avaliação da oportunidade de comprar negócios existentes.
2- Também irá identificar e reconhecer a realidade da pequena empresa.
3- Irá relacionar a utilização das ferramentas que restam para diagnosticar e utilizar as seguintes ideias quanto a
situações e modelos de: escolha do tipo de negócio, formalização do negócio e internacionalização da empresa.
Introdução
Nesta aula, observaremos de onde surgem as oportunidades, novo negócio com base em novo conceito, novo
negócio com base em conceito existente, fontes de oportunidades de negócios, necessidades dos consumidores,
aperfeiçoamento do negócio, exploração de hobbies, derivação de ocupação e observação de tendências.
Além disso, veremos a questão das licenças, os fatores críticos para o sucesso de novos produtos e a questão da
viabilidade de mercado, critérios para avaliar ideias de produtos e negócios, concorrência, viabilidade de
produção, controle governamental e como projetar investimento inicial e retorno.
Também não poderíamos esquecer os prós e contras, pontos a considerar na compra de um negócio existente.
Estudaremos as diferenças entre tipos de empresa tradicional, empresa familiar, franquia, escritório doméstico
(Home Office) e cooperativas. Veremos, ainda, a formalização de um negócio, como os procedimentos
burocráticos, e também o nome empresarial (firma e denominação). Natureza jurídica (artesão, produtor rural,
sociedade simples, sociedade empresária, sociedade limitada, sociedade por ações e sociedade estrangeira).
Além disso, estudaremos a questão do negócio global. Atualmente, o mercado internacional é a fonte de
oportunidades de crescimento para muitas empresas e não é mais exclusividade das grandes empresas.
1 Desenvolvimento de um novo negócio
Muitas pessoas, ao andar pela cidade, podem apenas ver multidões, fachadas e anúncios, enquanto um
empreendedor percebe o que está por trás disso:
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Fluxo de pessoas, vendas, movimentação de bens, faixas etárias e tipos de comércio, entre outras informações,
sendo assim, capaz de identificar boas oportunidades.
As oportunidades estão associadas à criação de valor para as pessoas, e não necessariamente a preços baixos,
pois se vale a pena, as pessoas pagam o preço que é pedido. Evidência disso é a expansão do mercado do luxo.
Muitas empresas são iniciadas quando empreendedores desenvolvem ideias para novos produtos ou serviços.
Na verdade, com frequência chegam ao mercado produtos e serviços, triviais ou criativos, com tecnologia de
domínio público ou sem nenhuma especificação tecnológica, mas que nem por isso deixam de ser competitivos.
Mas de onde surgem as oportunidades?
As ideias de novos negócios nascem de muitas formas. O símbolo universal é a lâmpada que se acende. Thomas
Edison teve a ideia de responder a um antigo anseio da humanidade e criou (na verdade, seus cientistas o
fizeram) não apenas a lâmpada, mas também uma empresa chamada General Eletric. Um inovador e
empreendedor, como ele, é capaz de transformar ideias em oportunidades de negócios.
Todas as fontes de ideias pertencem a duas categorias principais:
1. A criatividade do empreendedor.
2. O mercado, que, em seu sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade.
Fontes de oportunidades de negócios:
•
Necessidades dos consumidores
O empreendedor potencial pode identificar carências e interesses das pessoas prestando atenção em
suas reclamações, hábitos e traços culturais, entre outros, e, em seguida, interpretar esses
comportamentos para desenvolver produtos e serviços.
•
Aperfeiçoamento do negócio
O aprimoramento de um negócio já existente também pode originar-se da observação das necessidades
e insatisfações dos consumidores, bem como da avaliação contínua do negócio atual.
•
Exploração de hobbies
Um hobbie do potencial empreendedor poderá transformar-se em oportunidade de negócio, a partir do
momento em que identificar suas possibilidades comerciais em algum segmento da sociedade.
•
Derivação de ocupação
•
•
•
•
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Alguns empreendedores iniciam um negócio com base em sua atividade. Ao analisar sua ocupação e seu
grau de sucesso ou insucesso, o empreendedor poderá desenvolver produtos e serviços em que sua
experiência e seus conhecimentos são aproveitados.
•
Observação de tendências
As comunidades e a sociedade mudam constantemente. Em decorrência disso, os mercados e os
consumidores também mudam. A observação da realidade permite a descoberta de novos mercados.
1.1 Fatores críticos para o sucesso de novos produtos
O desenvolvimento de novos produtos sempre embute um alto nível de risco. Pequenas empresas ou
empreendedores individuais, ao desenvolver novos produtos ou serviços, não enfrentam os entraves
burocráticos das grandes empresas. A criatividade corre solta. No entanto, os recursos financeiros são escassos,
muitas vezes insuficientes para financiar o desenvolvimento da ideia. Os riscos têm motivado estudos para
identificar os fatores que fazem de um produto ou serviço um sucesso.
Os principais fatores-chave são apresentados no quadro a seguir:
Fonte: Fonte: MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Administração para empreendedores: fundamentos da criação 
e da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. Capítulo 2 – Escolha de Negócio.
2 Avaliação de ideias de produtos
Seja qual for a origem da ideia ou oportunidade, nenhuma delas é garantia de sucesso, de riqueza e muito menos
de perenidade.
•
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Há muitos aspectos a considerar e planejar entre o surgimento de uma ideia e a criação de um negócio. Em
certos casos, o empreendedor acredita mais na ideia do que na necessidade de fazer qualquer espécie de
avaliação e tem os recursos para correr todos os riscos. De forma geral, no entanto, é recomendável uma
avaliação da viabilidade e dos riscos do empreendimento.
Alguns dos aspectos a serem incluídos na avaliação de uma oportunidade são
analisados no seguinte quadro:
Fonte: Fonte: MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Administração para empreendedores: fundamentos da criação 
e da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. Capítulo 2 – Escolha de Negócio.
3 Aquisição de um negócio existente
Menos inovador, mas não menos empreendedor, é aquele que compra um negócio existente sem planos de
mudar as operações correntes. Para tomar a decisão mais acertada, o empreendedor deve analisar as vantagens
e desvantagens desse tipo de operação.
Em seguida, alguns pontos a favor e contra a compra de um negócio existente serão analisados por você no
seguinte quadro.
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4 Tipos de empresa
Escolher o tipo de empresa significa definir o formato do empreendimento, que pode ser uma empresa
propriamente dita ou uma alternativa. As principais possibilidades são:
Empresa
tradicional
é a entidade econômico-administrativa, que tem finalidade econômica, ou seja, tem lucro
como objetivo, por meio de atividades de transformação e fornecimento de bens e
serviços, como comércio, indústria, agricultura, pecuária, transportes, telecomunicações,
turismo, educação, e assim por diante.
Empresa
familiar
variante da empresa tradicional, a empresa familiar é uma iniciativa que tem o objetivo de
melhorar a condição socioeconômica de uma família. Tanto no caso da em presa
tradicional (individual) quanto da familiar, a transição para os descendentes costuma ser
um dos grandes problemas.
Franquia
ou franchising empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede a um franqueado o
direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de comercialização exclusiva ou
semi-exclusiva de produtos ou serviços. O franchising oferece algumas vantagense
desvantagens, tanto para o franqueador quanto para o franqueado.
o escritório doméstico (ou Home Office) é o trabalho profissional realizado em casa. É
uma opção atrativa para o inicio de micro e pequenas empresas, já que representa
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Escritório
doméstico
(Home
Office)
considerável economia de custos em relação a outras possibilidades. Essa irreversível
tendência mundial cria grandes oportunidades para os escritórios domésticos, em
especial nos seguintes setores: contabilidade; cosméticos; alimentos; confecções;
publicidade e computação gráfica; consultoria em todas as áreas.
Cooperativas
é a sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil, não
sujeita a falência, constituída para prestar serviços a seus associados (número mínimo de
20 pessoas físicas). É uma empresa com dupla natureza, que privilegia o lado econômico e
o social de seus associados. O cooperado é, ao mesmo tempo, dono e usuário da
cooperativa: como dono, administra a empresa e, como usuário, utiliza os serviços.
5 Formalização de um negócio
A abertura (ou registro) de uma empresa compreende os procedimentos burocráticos necessários para a
formalização de um empreendimento.
O registro de uma empresa varia de acordo com a região onde ela se encontra e depende do tipo de sociedade
que será constituída. No Brasil, é um processo extremamente demorado, que toma muitos dias. Em países de
primeiro mundo, é possível abrir uma empresa em poucos dias.
A lista de exigências é extensa. Além de operações básicas, como solicitação de alvarás, licenças, livros ou
documentos em diversos órgãos, há, em certos casos, necessidade de um profissional habilitado responsável,
com o devido registro no conselho regional de sua categoria. Há muitos sites na internet que fornecem roteiros
para a formalização de um negócio.
5.1 Nome empresarial
O nome empresarial pode ser de dois tipos:
Firma
é o nome utilizado pelo empresário, pelas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria e em comandita
simples (que possui sócios com responsabilidade solidaria e sócios cotistas). Opcionalmente, pode ser utilizado
pelas sociedades por cotas de responsabilidade limitada e em comandita simples. A firma só pode ter como base
nomes civis dos sócios ou de apenas um sócio acrescido do termo “e Cia”, sendo permitida no final a utilização de
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uma expressão que identifique o objeto da empresa, como, por exemplo, ”Andrade & Xavier Componentes
Eletrônicos Ltda.”.
Denominação
é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e cooperativas e, em caráter opcional, pelas sociedades limitadas e
em comandita por ações. A denominação pode ser composta por um nome civil, sem fazer menção ao nome de
alguns dos sócios ou a qualquer nome civil, como, por exemplo, “Tecelagem Ômega Ltda”.
5.2 Natureza jurídica
•
Artesão
a figura do artesão ainda não é um conceito claramente definido. Entende-se que o artesão não é
propriamente um empresário, mas sim um trabalhador autônomo. De acordo com o artigo 7 do
Regulamento do Imposto de Produtos Industrializados, produto de artesanato é aquele proveniente de
trabalhos manual realizado por pessoa natural, nas seguintes condições:
- (1) o trabalho não conta com o auxilio ou a participação de terceiros assalariados.
- (2) o produto é vendido ao consumidor diretamente ou por intermediário de entidade de que o artesão
faça parte ou pela qual seja assistido.
•
Produtor rural
é a pessoa física, natural, que explora a terra visando à produção vegetal e/ou animal e também à
industrialização artesanal desses produtos primários – produção agroindustrial. O produtor, que faz
dessa atividade sua profissão principal, pode requerer sua inscrição no registro Público de Empresas
Mercantis. A lei assegura tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural quanto
à inscrição a aos efeitos daí decorrentes.
•
Sociedade simples
formada por pessoas que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística,
mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento
da empresa. A sociedade simples é considerada pessoa jurídica. Por exemplo: dois médicos se unem e
constituem um consultório médico.
•
•
•
•
•
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Sociedade empresária
é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de
bens ou serviços, constituindo elemento da empresa. A sociedade empresaria é considerada pessoa
jurídica e tem registro na Junta Comercial de seu respectivo estado. Por exemplo: duas ou mais pessoas
se unem para constituir uma empresa cuja atividade será comércio varejista de suprimentos de
informática, oferecendo, ainda, a prestação de serviços de manutenção.
•
Sociedade limitada
a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas cotas – o capital social está dividido em cotas,
iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio, mas todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social.
•
Sociedade por ações
o capital social é dividido em ações. Cada sócio responde somente pelo preço de emissão das ações que
adquiriu. O conceito de “sociedades por ações” engloba tanto as sociedades anônimas quanto as
comanditas por ações. As principais peculiaridades das sociedades em comandita por ações são: (1)
somente acionistas podem ocupar cargos de gerência e diretoria, sendo nomeados pelo estatuto, e (2)
não podem lançar títulos no mercado de valores mobiliários. As sociedades anônimas têm seu tipo
societário regulado por uma legislação específica, a Lei 6.404/76, alterada pela Lei 10.303/2001. As
sociedades em comanditas por ações estão previstas nos artigos 1.090 a 1.092 do código civil de 2002.
•
Sociedade estrangeira
empresa constituída e organizada em conformidade com a legislação de seu país de origem, onde
também mantém sua sede administrativa. Necessita de autorização do Poder Executivo, solicitada por
meio de requerimento dirigido ao Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, protocolado no
Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC).
•
•
•
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6 O negócio global
• Ampliar as operações da empresa para o âmbito internacional parecia algo distante para muitas 
empresas há pouco tempo.
• No entanto, os avanços tecnológicos e diplomáticos e o desenvolvimento dos meios de comunicação e de 
transporte possibilitaram às empresas de pequeno porte atuar no mercado global com certa facilidade.
• Atualmente, o mercado internacional é a fonte de oportunidades de crescimento para muitas empresas e 
não é mais exclusividade das grandes empresas que já têm presença marcante no mercado nacional.
• São duas as atividades básicas que uma empresa pode realizar em nível internacional: (1) comercializar 
bens e serviços entre países. (2) investir em outros.
6.1 Comércio de bens e serviços entre países
O comércio internacional ocorre quando as empresas e consumidores compram e vendem bens e serviços ao
redor do mundo.
Importação
É a aquisição de produtos e serviços estrangeiros. O objetivo de importar produtos que são
conhecidos no mercado interno é aproveitar suas vantagens comparativas.
Exportação
É venda de produtos e serviços nacionais para os consumidores de outros países. Há várias
razões para a busca de mercados no exterior: estratégia de crescimento; possibilidade de
utilização da capacidade produtiva ociosa; oportunidade de participar da impressionante
taxa de crescimento econômico de certos países, como China e Índia; diversificação de
mercados entre outras.
6.2 Investimento em outros países
Além de comercializar produtos entre países distintos, uma empresa pode tornar seu negócio global mantendo
parte de suas atividades operacionais em outros países, ou seja, implantando seus métodos de produção,
manufatura ou operação em diversos países, tornando-se uma empresa multinacional.
Investir em outros países pode ser também uma saída para reduzir os custos de exportação.São diversas as
formas de investimento internacional. Além do licenciamento e da franquia, já estudados, o ingresso no mercado
internacional pode ocorrer por meio de joint ventures e companhias subsidiárias.
Companhias subsidiárias
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É um acordo entre duas empresas, de países diferentes, que formam uma parceria, com um objetivo comum de
negócio. Essas duas empresas dividirão os custos de desenvolvimento de produto, implantação de fábricas e
instalações, administração e controle das operações.
Companhias subsidiárias
Subsidiárias ou filiais são empresas criadas ou compradas em outros países, com investimento de capital
próprio. A matriz tem controle total sobre a subsidiária e seus resultados. Quando há dificuldade em criar uma
filial em outro país, devido aos problemas de adaptação com a cultura do novo mercado, o caminho pode ser a
compra de uma empresa já existente.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você verá o seguinte tema:
• O que é planejamento;
• Implementação da estratégia;
• Acompanhamento e controle da estratégia.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu de onde surgem as oportunidades e as fontes para desenvolvimento de um novo negócio.
• Analisou os fatores críticos para o sucesso quanto às ideias de novos produtos.
• Aprendeu as questões necessárias para a aquisição de um negócio existente e como formalizá-lo.
• Compreendeu o negócio de uma forma global.
Saiba mais
Leia:
Levantamento da Pesquisa Global: Entrepreneurship Monitor.
Academia Empreendedores.
Instituto Empreender Endeavor.
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http://www.aemp.com.br/
http://www.endeavor.org.br/
	Olá!
	Introdução
	1 Desenvolvimento de um novo negócio
	Necessidades dos consumidores
	Aperfeiçoamento do negócio
	Exploração de hobbies
	Derivação de ocupação
	Observação de tendências
	1.1 Fatores críticos para o sucesso de novos produtos
	2 Avaliação de ideias de produtos
	3 Aquisição de um negócio existente
	4 Tipos de empresa
	5 Formalização de um negócio
	5.1 Nome empresarial
	5.2 Natureza jurídica
	Artesão
	Produtor rural
	Sociedade simples
	Sociedade empresária
	Sociedade limitada
	Sociedade por ações
	Sociedade estrangeira
	6 O negócio global
	6.1 Comércio de bens e serviços entre países
	6.2 Investimento em outros países
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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