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POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
 
 
Moléculas ingeridas ou subprodutos das reações celulares não são metabolizáveis e por isso precisam ser 
eliminadas. Essa eliminação é feita pelo sistema urinário que é responsável por fazer a “faxina” do organismo, 
através da purificação sanguínea e da formação, armazenamento e eliminação da urina. 
ORGANIZAÇÃO E FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO: 
Formado por órgãos uropoéticos: 
• Rins bilaterais; 
• Ureteres bilaterais; 
• Pelve renal; 
• Bexiga; 
• Uretra. 
Função: filtrar e eliminar compostos não assimiláveis pelo organismo e manter a homeostase sistêmica e orgânica. 
A excreção urinária desempenha um importante papel na regulação da pressão osmótica e no equilíbrio da 
concentração de água na circulação sanguínea e por isso é importante para homeostase sistêmica. 
RINS: 
São bilaterais e estão localizados no retroperitônio, na região posterior abdominal. 
Eles são os órgãos centrais do sistema urinário e são responsáveis pela purificação e produção da urina, além de 
atuar no equilíbrio osmótico e de ácido-base. Também tem participação na gliconeogênese, na secreção de 
hormônios e são responsáveis pela purificação sanguínea (o sangue filtrado retorna através da veia renal para 
circulação) 
Representam menos de 1% do peso corporal, mas recebem 20% do débito cardíaco 
Anatomicamente, o rim é dividido entre duas zonas: cortical e medular. A medula compreende a região interna 
renal, contendo Alças de Henle, vasos, ductos coletores, cálices, papila e pelve renais — que ainda inclui a artéria 
renal, a veia renal e os ureteres — e as pirâmides renais. Em cada pirâmide, há milhares de nefróns, que são as 
unidades funcionais dos rins, as quais se estendem da medula renal até o córtex. Já a região superficial dos rins 
compreende a região do córtex (TORTORA, 2016). 
SISTEMA URINÁRIO 
 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
 
Néfrons: representam a unidade funcional dos rins e 
estão presentes em cerca de milhares. Eles são 
formados, principalmente, pelo corpúsculo renal e 
túbulos renais. A estrutura do néfron se estende pelo 
túbulo renal (composto por: túbulo proximal, Alça de 
Henle, túbulo distal, túbulo coletor e ducto coletor). 
Corpúsculo renal: formado por uma rede de 
capilares enovelados, os glomérulos, e uma cápsula 
glomerular, a Cápsula de Bowman. 
Nos néfrons, ocorre a filtração, pois eles são os 
responsáveis pelo processo de filtragem sanguínea. 
Todo sangue circulante no organismo é filtrado pelos 
rins. O sangue chega até a estrutura renal adentrando 
pela aorta abdominal. A partir dela, há formação da 
artéria renal, que se ramifica em vasos e arteríolas 
aferentes, originando as ramificações dos glomérulos 
dos néfrons. É na estrutura glomerular que o processo 
de filtração sanguínea ocorre (SILVERTHORN, 
2017). 
URETERES: 
Tubos que ligam os rins a bexiga. 
Funcionalmente, devem direcionar a urina, formada 
nos néfrons, através de mecanismos propulsivos 
peristálticos até a bexiga. 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
Histologicamente, são formados por três camadas: 
mucosa, muscular e adventícia. 
O mecanismo peristáltico renal é involuntário e 
realizado pela ação da musculatura lisa. 
BEXIGA: 
Local de armazenamento da urina 
É um órgão oco e visceral que consegue se distender 
para armazenar o volume urinário. 
É formada por quatro regiões: ápice, corpo, fundo e 
colo. E também por três túnicas: mucosa, muscular e 
adventícia serosa. 
A túnica muscular origina a musculatura detrusora 
que é responsável pela contração involuntária que é 
regulada pelo SNP. Essa contração origina a sensação 
de urgência urinária. 
URETRA: 
É o canal que conduz a urina para o meio externo, 
através do pênis ou da vulva. 
Apresenta um esfíncter que controla, 
involuntariamente, o esvaziamento da bexiga 
Também é composta por três camadas histológicas: 
mucosa, submucosa e muscular. 
Filtração sanguínea e formação da urina: 
O sangue chega ao sistema renal através da artéria 
renal, passando pelo hilo renal até chegar aos 
glomérulos e nos néfrons. 
Assim, Silverthorn (2017) e Tortora (2016) 
mencionam que o percurso do sangue a ser filtrado 
segue o seguinte fluxo: entra na região renal pela 
artéria renal, passa pela artéria arqueada, caminha 
pela artéria interlobular, pelas arteríolas aferentes, 
pelo glomérulo (capilares) e pela Cápsula de 
Bowman, tendo saída do filtrado glomerular, 
passando pela arteríola eferente, pelos capilares 
peritubulares, pela veia interlobular, pela veia 
arqueada e pela veia renal, retornando à circulação 
sanguínea. 
Durante esse percurso o filtrado glomerular sai ros 
rins e é encaminhado para ser eliminado do 
organismo. 
A urina é formada em duas etapas: filtração 
glomerular e reabsorção renal. 
A filtração glomerular ocorre pela remoção das 
proteínas plasmáticas. A formação do filtrado é 
possível devido à presença de uma barreira de 
filtração criada pela membrana dos capilares 
glomerulares. Há um gradiente de pressões 
hidrostática e osmótica na parede dos capilares, 
chamadas de Forças de Starling, o que permite o 
processo de filtração (LIMA, 2016). 
No entanto, o filtrado é constituído de todo o 
conteúdo plasmático, com exceção das proteínas e 
elementos celulares, mas contendo diversas 
substâncias, importantes ou não para o organismo. 
Por isso, é necessário uma etapa adicional, para 
separa “o trigo do joio”. A etapa de recuperação das 
substâncias benéficas, que retornam à circulação 
sanguínea, ocorre no túbulo renal, no processo 
de reabsorção. As substâncias não absorvidas 
continuam o seu percurso na estrutura dos néfrons, 
chegando ao ureter e, posteriormente, à bexiga 
(SILVERTHORN, 2017; TORTORA, 2016). 
 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
Taxa de filtração glomerular (TFG): O cálculo da 
efetividade da filtração glomerular é chamado de 
Taxa de Filtração Glomerular (TFG), relativo ao 
volume de filtração sanguínea da Cápsula de 
Bowman por um período unitário temporal. Assim, a 
eficiência de TFG é dependente da pressão na 
cápsula, de natureza hidrostática e coloidosmótica; 
bem como da pressão arterial, dos mecanismos 
regulatórios das artérias glomerulares e do coeficiente 
de filtração glomerular (SILVERTHORN, 2017). 
 
Recapitulando: Tortora (2016) ainda complementa 
que o sistema urinário é dividido em algumas etapas: 
filtração, reabsorção, secreção e excreção. Os 
processos de filtração e secreção ocorrem do sangue 
para o lúmen, ao passo que o processo de reabsorção 
ocorre do lúmen para o sangue. Por fim, a excreção 
se dá do lúmen para o exterior. 
BALANÇO HÍDRICO: 
Quando o sangue chega aos néfrons, ele está cheio de 
diversos compostos que devem ser filtrados e então, 
reabsorvidos ou encaminhados para formação da 
urina. 
Moléculas que retornam à circulação sanguínea: 
glicose, sódio, aminoácidos e proteínas 
Compostos que devem ser excretados: ureia e 
compostos nocivos, como drogas. 
É necessário que haja um equilíbrio homeostático, de 
forma que a concentração de água e eletrólitos se 
mantenham balanceados na urina e no sangue. 
Desse modo, são necessários mecanismos 
regulatórios complexos para garantir que o organismo 
tenha equilíbrio de excreção, evitando a perda de 
metabólitos essenciais e mantendo o balanço 
eletrolítico nos sistemas urinário e circulatório 
(SILVERTHORN, 2017; LIMA, 2016). 
Para que ocorra o balanço hídrico no organismo, a 
quantidade de água ingerida ou produzida deve ser 
análoga ao volume excretado. A entrada da água pode 
se dar pela ingestão fluídica direta, por alimentos e 
por produção metabólica. Já as vias de perda aquosa 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
envolvem, além da excreção urinária, as perdas porfezes, suor e expiração (LIMA, 2016). 
Já a manutenção do equilíbrio de eletrólitos ocorre 
quando a soma da ingestão é numericamente 
equivalente a soma das perdas. 
O sistema urinário é responsável pela maior perda do 
volume de água 
Osmolaridade: termo utilizado para definir as 
concentrações de soluto em um volume líquido. 
Os rins secretam urina com diferentes osmolaridades, 
que variam de acordo com as condições fisiológicas 
do organismo. 
Hiposmótica: urina mais concentrada, quando os 
néfrons absorvem mais soluto do que água. Nesses 
casos, acontece uma sinalização hormonal ao controle 
de reabsorção de água por osmose, impedindo a perda 
de água pela urina e retendo líquido no organismo. 
Hiperosmótica: urina mais diluída, quando os 
néfrons absorvem mais água do que soluto. 
Isosmótica: quando não há diferença entre absorção 
ou remoção de água. 
O balanço hídrico é realizado pela ação do hormônio 
antidiurético (ADH), com origem hipotalâmica. 
De acordo com Tortora (2016), nos néfrons, o líquido 
sofre alterações de osmolaridade conforme caminha 
pelo sistema. Na região do tubo proximal, encontra-
se isosmótico, tornando-se mais diluído na Alça de 
Henle, podendo se concentrar ou se diluir ainda mais 
ao final, na região do duto coletor. De fato, a Alça de 
Henle tem papel primordial nesse contexto, sendo que 
as trocas de íons e moléculas de água ocorrem nessa 
região, majoritariamente. 
CONTROLE HORMONAL DA FUNÇÃO RENAL: 
Os mecanismos regulatórios do sistema urinário são 
dependentes de ações hormonais e respondem à 
quantidade de líquidos corporais. Os principais 
hormônios relacionados à regulação do sistema 
urinário dizem respeito à Ação do Hormônio 
Antidiurético (ADH), também chamado de 
vasopressina e aldosterona (SILVERTHORN, 2017). 
A sinalização para liberação de ADH depende dos 
receptores osmóticos, que são responsáveis pela 
detecção da concentração aquosa do plasma. 
Quando a concentração esta baixa, o hormônio é 
secretado seguindo pela corrente sanguínea até 
chegar aos túbulos distais e coletores dos néfrons, lá 
ele vai aumentar a permeabilidade de água e permitir 
maior reabsorção para corrente sanguínea. 
Quando a concentração do plasma é alta, ocorre a 
inibição da produção de ADH 
Principal função do ADH = reabsorção de água 
Sítios de ação do ADH = Túbulos distais e dutos 
coletores 
“O processo de reabsorção é dependente da abertura 
de aquaporinas, estruturas proteicas que formam 
canais transmembranas, com capacidade de condução 
de água e transporte de solutos e íons. A presença de 
ADH estimula a permeabilidade desses canais, que se 
tornam menos permeáveis conforme a concentração 
de ADH é reduzida.” 
Desse modo, o controle da osmolaridade corporal se 
dá pela secreção da vasopressina, por intermédio de 
osmoreceptores centrais que percebem as alterações 
na pressão osmótica e estimulam a secreção 
hormonal, além de induzirem à sensação de sede 
(GUYTON, 2011; LIMA, 2016). 
CASO: 
Após uma festa com elevada ingestão de álcool, 
Renata sentiu alguns sintomas característicos, como 
dor de cabeça, boca seca e sede. Ela se questionou 
como estaria com tanta sede, pois, no dia anterior, 
havia ingerido muito líquido. Para compreender o que 
estava ocorrendo em seu organismo, ela estudou 
sobre o metabolismo alcoólico e a fisiologia renal. 
Renata descobriu que estava enfrentando um quadro 
de desidratação, visto que o etanol inibe a liberação 
de um importante hormônio: o ADH. Assim, seus 
túbulos distais perdiam capacidade de absorção de 
água, enquanto seu organismo sentia a necessidade de 
repor essa água perdida na noite anterior, induzindo à 
sensação de sede. Assim, Renata percebeu que, 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
embora tenha ingerido muitos líquidos, as moléculas 
alcoólicas contidas neles faziam o papel oposto à 
hidratação. 
“O controle do volume de extracelular é dependente 
da concentração de sódio plasmático. Essa 
concentração é percebida por barorreceptores de 
pressão arterial, controlando a volemia pelo aumento 
da excreção de sódio, visando ao aumento da 
excreção de água e redução da volemia, com menor 
excreção de sódio. Isso reduz a excreção de água para 
aumentar a volemia.” 
O hormônio responsável pela captação de sódio nos 
ductos coletores é a aldosterona. Contudo, é 
importante destacar que a vasopressina também tem 
atua nessa regulação (SILVERTHORN, 2017). 
A aldosterona é produzida pelas glândulas 
suprarrenais, atuando diretamente na reabsorção de 
sódio nos túbulos renais. A função renal da 
aldosterona está relacionada ao transporte ativo de 
sódio para o espaço extracelular e à reabsorção 
passiva de sódio a partir do filtrado glomerular. Ela 
também participa da redução da calemia sanguínea, 
regulação do pH sanguíneo e aumento da pressão 
arterial (GUYTON, 2011; LIMA, 2016). 
“A regulação da função renal da Aldosterona é 
dependente da proteína “renina”. “Produzida pelos 
rins, ela é enviada para a corrente sanguínea, local 
onde tem a capacidade de ativar angiotensinogênio 
hepática (forma proteica inativa), gerando 
angiotensina I e, posteriormente, angiotensina II.” 
A angiotensina, por sua vez, tem ação na glândula 
suprarrenal, induzindo à produção de aldosterona pela 
ligação a receptores que induzem a síntese de 
aldosterona por intermédio de mensageiros químicos 
(SILVERTHORN, 2017). 
Ação da aldosterona = elevação da reabsorção de 
NaCl e água, aumentando a secreção de potássio K+ 
Sítio de ação da Aldosterona = Túbulos distais e dutos 
coletores. 
 
O hormônio peptídeo natriurético atrial e o paratireóideo também apresentam ação na regulação da osmolaridade. 
O primeiro atua na região do túbulo distal e do duto coletor e induzem a reabsorção de NaCl e o segundo, atua nos 
túbulos proximais e na Alça de Henle onde apresenta ação de redução de reabsorção de PO4- e aumenta a 
reabsorção de Ca++ 
“A regulação do sistema urinário é dependente de estímulos, que são percebidos por receptores. Estes são 
encaminhados ao seu local de ação, ativando a produção ou inibição de hormônios reguladores.”

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