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Sistema Urinário

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Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Sistema Urinário
Funções:
O sistema urinário desempenha várias funções importantes no corpo dos animais, incluindo:
- Regulação do equilíbrio hídrico: Os rins ajudam a regular a quantidade de água presente no
corpo, produzindo urina mais diluída ou concentrada, dependendo das necessidades do
organismo.
- Eliminação de resíduos metabólicos: Os rins são responsáveis por �ltrar o sangue e remover
resíduos metabólicos, como a ureia, creatinina e ácido úrico, que são produzidos pelo corpo
como resultado do metabolismo normal das proteínas.
- Regulação do equilíbrio eletrolítico: Os rins ajudam a manter o equilíbrio eletrolítico do
corpo, regulando a concentração de eletrólitos, como sódio, potássio e cálcio, na urina e no
sangue.
- Regulação do pH sanguíneo: Os rins ajudam a manter o pH sanguíneo dentro de uma faixa
estreita, eliminando o excesso de íons hidrogênio do corpo e regulando a quantidade de
bicarbonato no sangue.
- Produção de hormônios: Os rins produzem e liberam hormônios importantes, como a
eritropoietina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos no corpo, e a renina, que ajuda
a regular a pressão arterial.
- Manutenção da homeostase: O sistema urinário ajuda a manter a homeostase do corpo,
regulando a temperatura corporal, o �uxo sanguíneo e a concentração de nutrientes e
eletrólitos no sangue.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Quando o sistema urinário é afetado por doenças ou distúrbios, as funções normais do
sistema podem ser prejudicadas, levando a problemas de saúde graves, como insu�ciência
renal, cálculos urinários, infecções do trato urinário e outras condições.
Regulação do equilíbrio hídrico
A regulação do equilíbrio hídrico nos animais envolve a interação de vários órgãos e sistemas,
incluindo o sistema renal, o sistema nervoso e o sistema endócrino. O objetivo é manter a
homeostase hídrica e evitar tanto a desidratação quanto a sobrecarga hídrica.
O controle da ingestão de água é o primeiro passo para a regulação do equilíbrio hídrico.
Quando há uma necessidade de água no corpo, os receptores de sede nos centros cerebrais são
estimulados, levando a um aumento da ingestão de água. Por outro lado, quando há excesso
de água no corpo, a ingestão de água é inibida.
O sistema renal desempenha um papel crucial na regulação do equilíbrio hídrico, �ltrando o
sangue e removendo o excesso de água e solutos por meio da urina. A quantidade de água
excretada pelos rins é regulada por hormônios como a vasopressina e a aldosterona, que são
produzidos pelo sistema endócrino.
A vasopressina é produzida pela glândula pituitária posterior em resposta à diminuição da
pressão osmótica do plasma sanguíneo e atua nos rins para aumentar a permeabilidade dos
túbulos renais à água, permitindo a reabsorção de mais água de volta para a corrente
sanguínea e, portanto, reduzindo a produção de urina. Por outro lado, a aldosterona é
produzida pela glândula adrenal em resposta à diminuição da pressão arterial ou do volume
sanguíneo e atua nos rins para aumentar a reabsorção de sódio e, consequentemente, a
reabsorção de água, reduzindo a produção de urina.
Além disso, os rins também regulam a concentração de eletrólitos no corpo, como sódio,
potássio e cloreto, o que é essencial para manter o equilíbrio hídrico. A excreção excessiva de
eletrólitos pode levar a uma desidratação, enquanto a retenção excessiva pode levar à
sobrecarga hídrica.
Eliminação de resíduos metabólicos:
A eliminação de resíduos metabólicos nos animais é essencial para manter a homeostase do
corpo, evitando acúmulo de substâncias tóxicas e mantendo a composição química adequada
do sangue e outros �uidos corporais.
A principal via de eliminação de resíduos metabólicos é o sistema urinário, que é responsável
pela �ltragem do sangue e eliminação de substâncias indesejadas através da urina. O processo
de formação da urina envolve a �ltração do sangue nos glomérulos renais, seguido de
reabsorção de substâncias necessárias de volta para a corrente sanguínea, e secreção de
substâncias indesejadas no lúmen dos túbulos renais.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Além disso, a eliminação de resíduos metabólicos também pode ocorrer através do sistema
respiratório, pela expiração de dióxido de carbono, e pelo sistema digestivo, através da
excreção de fezes contendo substâncias não digeríveis e metabólitos eliminados pelo fígado.
A regulação da eliminação de resíduos metabólicos é controlada por diversos mecanismos
�siológicos, incluindo hormônios como a aldosterona e o ADH, que atuam na regulação da
reabsorção de água e eletrólitos nos rins, e o sistema nervoso autônomo, que controla a
contratilidade da bexiga e o esvaziamento da mesma. O equilíbrio ácido-base e a regulação da
pressão arterial também são in�uenciados pela eliminação de resíduos metabólicos pelos rins.
Regulação do equilíbrio eletrolítico:
O equilíbrio eletrolítico é regulado pelo sistema nervoso, sistema endócrino e sistema renal.
Os eletrólitos mais importantes para a função do corpo são sódio (Na+), potássio (K+), cálcio
(Ca2+), magnésio (Mg2+), cloreto (Cl-) e bicarbonato (HCO3-).
Os eletrólitos desempenham várias funções importantes no corpo, como a regulação do
equilíbrio ácido-base, controle da osmolaridade, transmissão de sinais elétricos nos músculos
e nervos, manutenção da pressão osmótica, e regulação do volume de líquidos corporais.
A regulação do equilíbrio eletrolítico é controlada principalmente pelos rins. Os rins são
responsáveis pela �ltração do sangue e pela reabsorção ou secreção de eletrólitos. O equilíbrio
eletrolítico também é regulado pelo sistema nervoso simpático, que controla a secreção de
hormônios como a aldosterona e o hormônio antidiurético (ADH), que regulam a reabsorção
de eletrólitos nos rins.
O sistema endócrino também desempenha um papel importante na regulação do equilíbrio
eletrolítico. Por exemplo, a paratireóide produz o hormônio paratireoidiano (PTH), que
aumenta a reabsorção de cálcio nos rins. A glândula adrenal produz aldosterona, que aumenta
a reabsorção de sódio nos rins e ajuda a manter a pressão arterial adequada.
A regulação do equilíbrio eletrolítico é essencial para a saúde e sobrevivência dos animais.
Desequilíbrios eletrolíticos podem levar a problemas graves, como hipertensão, hiponatremia,
hipercalemia e acidose. Portanto, a manutenção do equilíbrio eletrolítico é fundamental para
o bom funcionamento do corpo.
Regulação do PH sanguíneo:
O sistema urinário desempenha um papel importante na regulação do pH sanguíneo em
animais. A acidose e a alcalose são condições em que o pH do sangue se desvia do valor normal
de 7,35-7,45. A acidose ocorre quando o pH sanguíneo cai abaixo de 7,35, enquanto a alcalose
ocorre quando o pH sanguíneo aumenta acima de 7,45.
Para manter o equilíbrio ácido-base, o sistema urinário remove íons hidrogênio e íons
bicarbonato do sangue. Os rins são responsáveis por essa regulação, sendo que as células
tubulares renais são capazes de transportar íons hidrogênio e bicarbonato, bem como secretar
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amônia e excretar íons hidroxila. O equilíbrio ácido-base é mantido pela capacidade dos rins
de �ltrar o plasma, reabsorver ou secretar íons e regular a excreção de ácido e bicarbonato.
O controle hormonal é um componente importante da regulação ácido-base nos rins. A
aldosterona é um hormônio produzido pelas glândulas adrenais que regula a reabsorção de
sódio e a excreção de potássio nos rins. O hormônio antidiurético (ADH) regula a reabsorção
de água nos túbulos renais, afetando a concentração de íons no sangue.
Produção de hormônios:
O sistema urinário é responsável por produzir diversos hormônios que desempenham funções
importantes no corpo. Alguns dos principais hormônios produzidos pelo sistema urinário em
animais incluem:
- Eritropoietina (EPO): produzida pelas célulasrenais, a EPO estimula a produção de células
vermelhas do sangue na medula óssea.
- Renina: produzida pelas células justaglomerulares do rim, a renina ajuda a regular a pressão
arterial, estimulando a produção de angiotensina, que causa vasoconstrição.
- Calcitriol: produzido pelos rins, o calcitriol é a forma ativa da vitamina D e ajuda a regular o
metabolismo do cálcio e do fósforo no corpo.
- Prostaglandinas: produzidas pelos rins e outras partes do corpo, as prostaglandinas têm
diversas funções no corpo, incluindo o controle da in�amação e da coagulação sanguínea.
A disfunção renal pode afetar a produção desses hormônios e levar a diversos distúrbios
metabólicos e hormonais.
Manutenção da homeostase:
O sistema urinário é fundamental para a manutenção da homeostase no corpo dos animais.
Ele regula o volume e a composição dos �uidos corporais, eliminando o excesso de água, íons,
metabólitos e outras substâncias indesejáveis.
Para isso, o sistema urinário é composto pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, que trabalham
em conjunto para �ltrar e remover as substâncias indesejáveis do sangue e produzir urina. Os
rins são responsáveis por �ltrar o sangue e remover as substâncias indesejáveis, como ureia,
creatinina, excesso de água e eletrólitos. A urina é transportada dos rins até a bexiga através
dos ureteres e armazenada na bexiga até ser eliminada do corpo através da uretra.
A manutenção da homeostase é crucial para o funcionamento adequado de todos os sistemas
do corpo, e o sistema urinário desempenha um papel importante nesse processo. A regulação
do equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido-base é essencial para garantir que as células do corpo
tenham um ambiente interno estável e adequado para realizar suas funções.
Disfunções no sistema urinário podem levar a desequilíbrios metabólicos e hormonais, além
de problemas renais, como insu�ciência renal aguda ou crônica, urolitíase e nefrite. Por isso, é
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importante monitorar a saúde renal dos animais através de exames de urina e sangue
regulares, além de manter uma dieta adequada e fornecer água limpa e fresca em quantidades
su�cientes.
Composição do sistema urinário:
O sistema urinário é composto por uma série de órgãos e estruturas que têm como função a
eliminação de resíduos metabólicos e a manutenção da homeostase do organismo. Esse
sistema é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra.
Os rins são os principais órgãos do sistema urinário e têm como função a �ltragem do sangue,
removendo resíduos metabólicos como ureia, creatinina, ácido úrico, entre outros. Além
disso, os rins são responsáveis pela regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico do organismo,
mantendo o volume sanguíneo e a pressão arterial adequados.
Os ureteres são os tubos que levam a urina dos rins para a bexiga, onde é armazenada até o
momento da eliminação. A bexiga é um órgão muscular que tem capacidade para armazenar a
urina produzida pelos rins, mantendo a continência urinária até o momento da micção. A
uretra é o canal que leva a urina da bexiga para fora do corpo.
A composição do sistema urinário é complexa e envolve diversos processos �siológicos, como a
�ltração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular. A �ltração glomerular ocorre
nos glomérulos renais, onde o sangue é �ltrado e a urina é formada. A reabsorção tubular
ocorre nos túbulos renais, onde as substâncias �ltradas são reabsorvidas de volta para o
sangue. A secreção tubular ocorre também nos túbulos renais, onde as substâncias indesejadas
são eliminadas do organismo.
Rins
Os rins são órgãos fundamentais do sistema urinário dos animais, incluindo os seres
humanos, responsáveis pela �ltração e eliminação de substâncias indesejadas do sangue. Eles
têm uma forma característica de feijão e são encontrados na cavidade abdominal dorsal.
Os rins são formados por uma camada externa, chamada córtex renal, e uma camada interna,
a medula renal. A medula renal é dividida em regiões chamadas pirâmides renais, que se
projetam em direção à pelve renal, a parte côncava do rim por onde a urina é drenada para o
ureter.
A unidade funcional dos rins é o néfron, que consiste em um glomérulo e um sistema de
túbulos. O glomérulo é uma rede de capilares onde ocorre a �ltração do sangue. A solução
resultante, conhecida como �ltrado glomerular, passa pelos túbulos renais, onde são
reabsorvidos e secretados líquidos e solutos, de acordo com as necessidades do corpo.
Os rins são responsáveis pela regulação do volume e composição dos �uidos corporais. Eles
controlam o equilíbrio ácido-base, mantendo o pH sanguíneo dentro de limites estreitos,
além de regular a concentração de íons no sangue, como sódio, potássio, cloreto e
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bicarbonato. A regulação do equilíbrio hídrico também é uma função importante dos rins,
uma vez que a urina é responsável pela excreção do excesso de água do corpo.
Os rins são órgãos pares e estão localizados na cavidade abdominal dorsal, entre as vértebras
lombares, na região do hipocôndrio direito e esquerdo. Nos cães e gatos, os rins estão
localizados entre T11 e L3. Já nos equinos, os rins estão localizados entre L1 e L3. A posição
dos rins pode variar dependendo do tamanho e da espécie do animal.
Os rins variam em formato e tamanho entre as diferentes espécies animais. Abaixo estão
algumas características dos rins em algumas espécies comuns:
- Cães e gatos: os rins são geralmente em forma de feijão, com uma superfície convexa voltada
para a parede abdominal e uma superfície côncava voltada para a coluna vertebral. Os rins são
relativamente pequenos em relação ao tamanho do animal.
- Equinos: os rins possuem formato de coração Eles são posicionados obliquamente e têm uma
superfície lisa e côncava voltada para a parede abdominal.
- Bovinos: os rins possuem um formato oval e uma superfície com múltiplas �ssuras
- Suínos: os rins possuem formato achatado.
Em geral, os rins são órgãos bastante simétricos, mas podem haver variações na posição e
formato de um animal para outro.
Anatomia:
Os rins são órgãos vitais do sistema urinário, responsáveis pela �ltragem do sangue e
eliminação de resíduos metabólicos e excesso de água do corpo. Eles são compostos por várias
estruturas anatômicas distintas, cada uma com uma função especí�ca.
A estrutura básica do rim é formada pelo córtex renal, medula renal e pelve renal. O córtex
renal é a camada mais externa e contém as unidades funcionais dos rins, chamadas de néfrons.
A medula renal é a camada intermediária e contém as alças de Henle e os ductos coletores. A
pelve renal é a região mais interna do rim, onde o uréter se conecta e o líquido �ltrado é
coletado para ser eliminado do corpo.
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins, responsáveis pela �ltragem do sangue e
produção de urina. Cada néfron é composto pelo glomérulo renal, que �ltra o sangue, e pelo
sistema tubular, que processa e concentra a urina. O glomérulo renal é formado por capilares
sanguíneos com poros muito pequenos que permitem a passagem de pequenas moléculas,
como água, sais, glicose e ureia. O sistema tubular é composto pelo túbulo proximal, alça de
Henle, túbulo distal e ducto coletor, que reabsorvem ou excretam diferentes compostos, como
sódio, potássio, água e uréia.
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Além disso, os rins também possuem uma rede complexa de vasos sanguíneos, incluindo
artérias renais, veias renais e vasos capilares. As artérias renais fornecem sangue aos rins, que é
�ltrado pelos glomérulos, enquanto as veias renais drenam o sangue �ltrado dos rins de volta
à circulação sanguínea. Os vasos capilares estão presentes nas diferentes regiões dos rins,
auxiliando na troca de nutrientes e resíduos entre o sangue e os tecidos renais.
A anatomia avançada dos rins é extremamente complexa e varia entre as diferentes espécies
animais, com adaptações especí�cas para a funçãorenal de cada animal. Por exemplo, os rins
dos mamíferos marinhos, como as baleias e os gol�nhos, possuem uma estrutura única que
lhes permite �ltrar grandes volumes de água do mar e eliminar excesso de sal através da urina
concentrada. Já os rins dos répteis e aves possuem uma capacidade de concentrar a urina em
níveis extremos, permitindo que esses animais sobrevivam em ambientes com pouca água.
O parênquima renal refere-se à parte funcional do rim, que inclui os néfrons responsáveis
pela �ltração e formação da urina. Ele é composto pelo córtex renal, medula renal e pelve
renal.
O córtex renal é uma camada externa do tecido renal presente nos rins de mamíferos,
incluindo os animais domésticos como cães, gatos e bovinos. Ele contém as unidades
funcionais dos rins chamadas de néfrons, que são responsáveis pela �ltração e formação da
urina.
O córtex renal apresenta uma série de estruturas como as arteríolas aferentes e eferentes,
glomérulos, túbulos contorcidos proximais e distais, e alças de Henle. Essas estruturas são
responsáveis pela �ltração do sangue e reabsorção de substâncias importantes para o
organismo, como água, eletrólitos e nutrientes.
Além disso, o córtex renal é responsável pela produção de hormônios como a eritropoietina,
que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea, e a renina, que participa da
regulação da pressão arterial. Por isso, qualquer lesão ou disfunção no córtex renal pode levar
a uma série de complicações e desequilíbrios no organismo do animal.
A medula renal é a região mais interna do rim, localizada abaixo do córtex renal. É composta
por estruturas chamadas de pirâmides renais, que são separadas por tecido conjuntivo e
banhadas por néfrons. A medula renal tem como função produzir e secretar hormônios,
como a eritropoietina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea, e a
renina, que atua na regulação da pressão arterial. Além disso, é responsável pela concentração
e diluição da urina, controlando a quantidade de água e eletrólitos que são eliminados pelo
organismo.
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A pelve renal é uma estrutura do sistema urinário localizada no interior do rim e responsável
por coletar a urina produzida pelos néfrons, que são as unidades funcionais dos rins. Ela é
composta por uma cavidade em forma de funil, a pelve renal propriamente dita, que se
comunica com os cálices renais, estruturas em forma de taça que recebem a urina �ltrada
pelos néfrons. A partir dos cálices renais, a urina é conduzida para a pelve renal, que a
transporta até o ureter, um canal que liga os rins à bexiga.
A pelve renal é revestida por uma camada de células uroteliais, que ajudam a prevenir a
formação de cálculos renais e protegem o tecido renal de possíveis danos causados pela alta
concentração de sais na urina. Além disso, a pelve renal possui músculos lisos em sua parede
que ajudam a conduzir a urina para o ureter por meio de contrações rítmicas.
Alterações na estrutura ou funcionamento da pelve renal podem levar a distúrbios do sistema
urinário, como obstrução urinária e re�uxo vesicoureteral. O diagnóstico dessas condições
pode ser realizado por meio de exames de imagem, como ultrassonogra�a e tomogra�a
computadorizada, e tratamentos podem envolver desde medidas conservadoras, como
alterações na dieta e uso de medicamentos, até procedimentos cirúrgicos para correção das
anomalias.
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins e são responsáveis por realizar o processo de
�ltração, reabsorção e secreção de substâncias que compõem a urina. Cada rim é composto
por milhões de néfrons, que consistem em dois componentes principais: o corpúsculo renal e
o túbulo renal.
O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo e pela cápsula de Bowman. O glomérulo é uma
rede de capilares fenestrados que permitem a passagem dos componentes do plasma
sanguíneo para o espaço de Bowman, enquanto retém células sanguíneas e proteínas
plasmáticas. A cápsula de Bowman é uma estrutura em forma de taça que circunda o
glomérulo e recebe os �uidos �ltrados.
O túbulo renal é composto pelo túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor.
O túbulo proximal é responsável pela reabsorção da maioria dos nutrientes, sais e água, além
de secreção de substâncias para o �uido �ltrado. A alça de Henle é responsável pela
manutenção da osmolaridade do líquido extracelular. O túbulo distal é responsável pela
regulação do pH, eletrólitos e equilíbrio ácido-base. O ducto coletor é responsável pela
regulação �nal da osmolaridade, secreção e absorção de íons.
A �ltração ocorre quando o sangue entra no glomérulo e a pressão sanguínea força o líquido
através dos capilares fenestrados e da membrana basal do glomérulo para o espaço de
Bowman. A reabsorção ocorre quando o líquido �ltrado passa através do túbulo renal e
nutrientes, água e sais são reabsorvidos de volta para a corrente sanguínea. A secreção ocorre
quando substâncias indesejáveis, como toxinas e excesso de íons, são removidas do sangue e
excretadas na urina.
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A função dos néfrons é essencial para a manutenção da homeostase do corpo, pois ajuda a
regular o volume e a composição dos �uidos corporais. Qualquer dano aos néfrons pode levar
a problemas renais e comprometer a função do sistema urinário como um todo.
O corpúsculo renal é uma estrutura fundamental do néfron, a unidade funcional básica do
rim. É constituído por duas partes: o glomérulo e a cápsula de Bowman.
O glomérulo é uma rede de capilares que se originam da arteríola aferente e se rami�cam para
formar a arteríola eferente. A alta pressão sanguínea no glomérulo permite a �ltragem do
plasma sanguíneo e a formação do �ltrado glomerular, que é composto por água, eletrólitos e
pequenas moléculas, como glicose, aminoácidos e uréia.
A cápsula de Bowman é uma estrutura em forma de taça que envolve o glomérulo. Ela é
formada por duas camadas: uma camada visceral, composta por células epiteliais
especializadas chamadas de podócitos, e uma camada parietal, composta por células epiteliais
simples. O espaço entre essas duas camadas é chamado de espaço urinário e é onde o �ltrado
glomerular é coletado.
O �ltrado glomerular é então modi�cado ao longo do restante do néfron, através de processos
de reabsorção e secreção, resultando na formação da urina. A regulação desses processos é
essencial para manter o equilíbrio eletrolítico e hídrico do corpo.
A alça de Henle é uma estrutura tubular em forma de U localizada no interior do néfron, no
córtex e na medula renal dos animais. Essa estrutura é responsável por criar um gradiente de
concentração osmótica no interstício renal, que é fundamental para a produção da urina
concentrada.
A alça de Henle é dividida em três partes: a porção delgada descendente, a porção delgada
ascendente e a porção espessa ascendente. A porção delgada descendente é permeável à água,
mas não aos solutos, o que permite a reabsorção de água para o interstício renal e a
concentração da urina. Já a porção delgada ascendente é impermeável à água, mas permite a
reabsorção de solutos como sódio, cloro e potássio. A porção espessa ascendente é responsável
por reabsorver mais solutos, incluindo íons de magnésio e cálcio.
A criação do gradiente osmótico na alça de Henle é mediada pelo transporte ativo de íons de
sódio, cloro e potássio, que cria um ambiente hipertônico no interstício renal da medula. Esse
gradiente osmótico é essencial para a capacidade dos rins de concentrar a urina e conservar
água em situações de desidratação ou restrição hídrica.
Alterações na função da alça de Henle podem resultar em distúrbios do equilíbrio
hidroeletrolítico e ácido-base do organismo, como a desidratação ou a acidose metabólica. O
conhecimento da anatomia e função da alça de Henle é, portanto, essencial para a
compreensão da �siologia renal e para o diagnóstico e tratamento de doenças renais
Maria Eduarda Rossi - Universidade São JudasTadeu - Medicina Veterinária
Os ductos coletores são estruturas tubulares que se originam a partir dos túbulos contorcidos
distais dos néfrons e se estendem até a pelve renal. Eles são responsáveis por coletar a urina
produzida pelos néfrons e transportá-la para a pelve renal, onde será eliminada pelos ureteres.
Cada ducto coletor é revestido por células epiteliais especializadas que possuem cílios e
microvilosidades em sua superfície apical, que aumentam a superfície de contato com a urina
e auxiliam no transporte de �uidos. Além disso, as células dos ductos coletores possuem
transportadores especí�cos para reabsorção de íons e moléculas de água, o que permite a
regulação do volume e da composição da urina.
A medida que os ductos coletores se aproximam da pelve renal, eles se unem e formam tubos
cada vez maiores, chamados de ductos papilares. Esses ductos são responsáveis por
transportar a urina até os cálices renais, que se conectam aos ureteres e conduzem a urina para
a bexiga.
A cápsula renal é uma estrutura �brosa que envolve cada rim, sendo responsável por
protegê-lo e manter sua forma e posição. É formada por duas camadas: a camada externa é
constituída de tecido conjuntivo denso não modelado, enquanto a camada interna é composta
por células epiteliais simples e planas, denominada de lâmina visceral.
A lâmina visceral da cápsula renal é constituída por células especializadas denominadas
podócitos, que possuem prolongamentos chamados de pedicelos. Esses prolongamentos
interdigitam-se entre si formando uma estrutura semelhante a uma peneira, denominada de
diafragma podocitário, que permite a �ltragem dos elementos do sangue que chegam ao
corpúsculo renal. Já a camada externa da cápsula renal apresenta �bras colágenas, vasos
sanguíneos e nervos que suprem o rim.
A cápsula renal é importante para a avaliação e diagnóstico de doenças renais, pois alterações
na sua espessura ou na presença de calci�cações podem indicar a presença de patologias renais.
Além disso, durante a realização de uma nefrectomia (remoção cirúrgica do rim), a cápsula
renal deve ser preservada para evitar lesões ou complicações na cirurgia.
A medula renal é a região interna dos rins responsável pela produção de urina.
Macroscopicamente, a medula é dividida em regiões em forma de pirâmides renais, que se
projetam para dentro do seio renal, uma cavidade em forma de funil que drena a urina
produzida pelos néfrons para os cálices menores e maiores, e posteriormente para a pelve
renal.
Cada pirâmide renal contém várias estruturas tubulares, incluindo os ductos coletores e os
túbulos retos, além de vasos sanguíneos e linfáticos. A parte superior de cada pirâmide é
chamada de papila renal e é perfurada por vários orifícios que permitem a saída da urina.
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Entre as pirâmides renais, há tecido renal cortical, que contém o restante dos néfrons e outros
elementos do parênquima renal, como os vasos sanguíneos e as células intersticiais. A
interface entre a medula e o córtex renal é marcada por estruturas chamadas de colunas
renais, que são extensões do córtex que se projetam entre as pirâmides renais. A disposição
das pirâmides renais e das colunas renais é característica de cada espécie animal e pode ser
usada para identi�car o tipo de rim presente em uma amostra.
Vascularização
A vascularização renal é um dos aspectos mais importantes na função dos rins. Os rins são
órgãos altamente vascularizados, recebendo aproximadamente 20% do débito cardíaco total.
A vascularização renal é composta por duas artérias renais, veias renais e uma rede complexa
de arteríolas, capilares e vênulas.
As artérias renais são responsáveis por transportar o sangue rico em oxigênio para os rins.
Elas se originam a partir da aorta abdominal e entram no hilo renal, a região onde as artérias,
veias e ureteres entram e saem do rim. Dentro do rim, a artéria renal se divide em várias
artérias segmentares que se rami�cam ainda mais em artérias interlobares que percorrem o
espaço entre os lobos renais. As artérias interlobares dão origem a arteríolas aferentes, que são
responsáveis por levar o sangue para o glomérulo.
O glomérulo é uma estrutura em forma de capilar que é responsável pela �ltração do sangue.
As arteríolas aferentes entram no glomérulo e se rami�cam em capilares, formando uma rede
de vasos sanguíneos chamada de rede capilar glomerular. A partir daqui, o sangue é �ltrado e
os resíduos são eliminados do corpo. Os capilares glomerulares se unem para formar as
arteríolas eferentes, que saem do glomérulo.
As arteríolas eferentes se dividem em capilares peritubulares, que percorrem os túbulos
renais. Esses capilares são responsáveis por transportar os nutrientes e substâncias necessárias
de volta ao sangue. Além disso, as arteríolas eferentes também se rami�cam em arteríolas
retas, que penetram a medula renal.
Na medula renal, as arteríolas retas se transformam em vasos chamados de vasa recta. Esses
vasos correm paralelamente aos túbulos renais e são responsáveis por transportar o sangue
para os tecidos da medula renal. A vasa recta é importante para a regulação da osmolaridade
do rim.
As veias renais são responsáveis por transportar o sangue �ltrado dos rins de volta ao coração.
Elas seguem um caminho semelhante ao das artérias renais, drenando o sangue dos capilares
peritubulares e das vasas rectas. As veias renais se unem para formar a veia cava inferior, que
transporta o sangue de volta ao coração.
Maria Eduarda Rossi - Universidade São Judas Tadeu - Medicina Veterinária
Ureteres
Os ureteres são estruturas tubulares do sistema urinário responsáveis pelo transporte de
urina dos rins até a bexiga. Eles se originam a partir da junção pelve-ureteral, localizada na
borda medial do hilo renal, e percorrem todo o comprimento do abdômen, seguindo um
trajeto retroperitoneal.
Os ureteres são compostos por três camadas distintas de tecido: a camada mucosa, a camada
muscular e a camada adventícia. A camada mucosa é composta por células epiteliais, que são
responsáveis pela absorção de água e eletrólitos, além de secretar muco para proteger a mucosa
ureteral. A camada muscular é formada por �bras musculares lisas, responsáveis por
impulsionar a urina ao longo do ureter através de contrações peristálticas. A camada
adventícia é a camada mais externa e é composta por tecido conjuntivo, que envolve e protege
o ureter.
A vascularização dos ureteres é proveniente de artérias renais e gonadais, além de pequenas
artérias que penetram a parede do ureter através da camada adventícia. As veias do ureter
seguem um padrão semelhante ao das artérias.
Os ureteres também possuem um sistema nervoso próprio, composto por �bras nervosas
autônomas que são responsáveis pelo controle das contrações peristálticas e do �uxo de urina.
A camada mucosa dos ureteres é a camada mais interna e é revestida por um epitélio de
transição, que permite a distensão do órgão durante a passagem da urina. Essa camada
também apresenta glândulas mucosas que ajudam a lubri�car a superfície do epitélio.
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Além disso, a camada mucosa apresenta vilosidades e criptas que aumentam a superfície de
absorção e secreção de substâncias. A camada muscular encontra-se logo abaixo da camada
mucosa e é composta por �bras musculares lisas que permitem a propulsão da urina por meio
de contrações peristálticas.
A camada adventícia é a camada mais externa dos ureteres e é formada por tecido conjuntivo
frouxo e algumas �bras elásticas. Essa camada protege o órgão de lesões e permite sua �xação
à parede abdominal.
A vascularização dos ureteres é garantida por ramos das artérias renais, gonadais e ilíacas.
Essas artérias emitem ramos para formar uma rede capilar que se distribui pela camada
muscular e pela camada mucosa, fornecendo oxigênio e nutrientes para as células dos ureteres.
Bexiga
A bexiga é um órgão musculomembranoso localizado no abdômen, responsável por
armazenara urina produzida pelos rins até que ela seja eliminada do corpo. A bexiga é
composta por três camadas de músculos lisos que permitem a distensão e contração da sua
parede: a camada externa longitudinal, a camada média circular e a camada interna
longitudinal.
A bexiga é revestida por uma camada interna de epitélio de transição, que é capaz de se esticar
e contrair para acompanhar as mudanças de volume da bexiga. A bexiga também é dotada de
um esfíncter uretral interno, um músculo liso que controla a passagem da urina da bexiga
para a uretra. O esfíncter uretral externo, um músculo esquelético que envolve a uretra,
também ajuda a controlar a micção.
A bexiga é irrigada por ramos das artérias ilíacas internas e é drenada pelas veias vesicais. Os
nervos que inervam a bexiga são derivados dos nervos sacrais e do plexo hipogástrico inferior.
A bexiga é controlada por um complexo sistema nervoso que envolve tanto o sistema nervoso
autônomo quanto o sistema nervoso somático.
A micção é controlada por re�exos neurais complexos que envolvem tanto o sistema nervoso
autônomo quanto o sistema nervoso somático. A bexiga se enche gradualmente à medida que
a urina é produzida pelos rins e chega à bexiga pelos ureteres. Quando a bexiga está cheia, os
receptores de estiramento na parede da bexiga enviam sinais para a medula espinhal, que por
sua vez envia sinais para o músculo detrusor da bexiga se contrair e o esfíncter uretral interno
relaxar. Isso permite que a urina �ua para fora da bexiga pela uretra e seja eliminada do
corpo.
Uretra
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A uretra é um órgão do sistema urinário que tem como principal função conduzir a urina da
bexiga para o meio externo. A anatomia da uretra varia entre as diferentes espécies animais, e
até mesmo entre os sexos da mesma espécie.
Nos machos, a uretra é dividida em três partes: uretra prostática, uretra membranácea e
uretra peniana. A uretra prostática é a primeira porção e se estende do colo da bexiga até o
início da próstata, sendo revestida por células glandulares secretoras. A uretra membranácea é
a porção mais curta e está localizada entre a próstata e o diafragma urogenital, sendo cercada
por músculos lisos. A uretra peniana é a porção �nal e percorre o comprimento do pênis,
sendo responsável pela excreção tanto da urina quanto do sêmen durante a ejaculação.
Nas fêmeas, a uretra é mais curta e se estende do colo da bexiga até o vestíbulo vaginal. A
uretra feminina é reta e não apresenta as mesmas curvaturas que a uretra masculina. Devido a
sua proximidade com a vagina, as fêmeas são mais suscetíveis a infecções do trato urinário do
que os machos.
A parede da uretra é constituída por três camadas distintas: a mucosa, a muscular e a
adventícia. A camada mucosa é revestida por células transicionais que se estendem da bexiga
até a uretra distal, e é responsável pela secreção de muco protetor. A camada muscular é
formada por músculo liso que permite a passagem da urina por meio de contrações
peristálticas. A camada adventícia é formada por tecido conjuntivo frouxo e é responsável por
ancorar a uretra em seu lugar.
A uretra tem uma importante função na manutenção da homeostase do organismo,
permitindo a eliminação de substâncias tóxicas e indesejáveis presentes na urina. Alterações
na função uretral podem levar a problemas como incontinência urinária, infecções do trato
urinário e obstrução uretral. Por isso, é importante que o veterinário esteja atento a
quaisquer alterações na função uretral do animal e tome as medidas necessárias para o
tratamento e prevenção de problemas urinários.
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Fisiologia renal
A �siologia renal é um campo complexo que envolve muitas funções, incluindo a �ltração do
sangue para remover os resíduos metabólicos, a regulação do equilíbrio de líquidos e
eletrólitos no corpo, a manutenção do pH sanguíneo adequado e a produção de hormônios
importantes. O rim é o órgão principal do sistema urinário e é responsável por todas essas
funções.
A �ltração do sangue ocorre no glomérulo renal, que é uma rede de capilares dentro do
corpúsculo renal. O sangue é �ltrado por pressão hidrostática e os resíduos metabólicos,
como a ureia e a creatinina, são removidos e excretados na urina. A �ltração glomerular é um
processo complexo que envolve a regulação do �uxo sanguíneo renal, a permeabilidade dos
capilares glomerulares e a atividade de vários hormônios.
A regulação do equilíbrio de líquidos e eletrólitos no corpo é realizada pelo sistema
renina-angiotensina-aldosterona. A renina é liberada pelas células justaglomerulares do rim
em resposta à diminuição do �uxo sanguíneo renal, o que pode ocorrer durante a hipotensão
ou a hipovolemia. A renina converte o angiotensinogênio em angiotensina I, que é convertida
em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA) encontrada principalmente
nos pulmões. A angiotensina II aumenta a reabsorção de sódio e água nos túbulos renais e
estimula a liberação do hormônio aldosterona da glândula adrenal, que promove a reabsorção
de sódio e a excreção de potássio.
A manutenção do pH sanguíneo adequado é essencial para o funcionamento adequado do
corpo. O rim ajuda a manter o pH sanguíneo através da regulação da excreção de ácido e base.
A excreção de ácido é realizada principalmente pela secreção de íons hidrogênio nos túbulos
renais, enquanto a excreção de base é realizada pela reabsorção de bicarbonato.
O rim também é responsável pela produção de hormônios importantes, incluindo a
eritropoietina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea, e a renina,
que regula a pressão arterial.
O número de néfrons varia de acordo com a espécie
Ruminantes – 4 milhões
Suínos – 1.250 milhões
Cão – 415 mil
Gatos – 190 mil
Humanos – 1 milhão
Glomérulo
O glomérulo renal é uma das estruturas mais importantes do sistema urinário, pois é
responsável pela �ltração do sangue e formação do �ltrado glomerular. Ele é constituído por
um tufo de capilares sanguíneos, chamados de capilares glomerulares, que estão envolvidos
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por uma camada de células epiteliais modi�cadas, chamadas de podócitos. Juntos, esses
elementos formam a barreira de �ltração glomerular, que permite a passagem de pequenos
solutos, como água, íons e moléculas de baixo peso molecular, mas impede a passagem de
elementos maiores, como proteínas e células sanguíneas.
A �ltração glomerular é regulada pelo sistema nervoso autônomo e pelos hormônios renais,
que ajustam a taxa de �ltração em resposta às demandas metabólicas do corpo. A resistência
dos capilares glomerulares é ajustada por meio da contração ou relaxamento das células
musculares lisas da arteríola aferente, que regulam o �uxo sanguíneo para dentro do
glomérulo. A atividade dos podócitos também é essencial para a regulação da �ltração
glomerular, pois eles modulam a permeabilidade da barreira de �ltração em resposta a sinais
químicos e mecânicos.
Além da sua função de �ltração, o glomérulo renal também é responsável pela produção de
hormônios que ajudam a regular a pressão arterial e a homeostase do cálcio e do fósforo. As
células mesangiais, que estão presentes nos espaços entre os capilares glomerulares, produzem
o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e o fator estimulador de colônias de
granulócitos (G-CSF), que têm papel na regulação da angiogênese e da produção de células
sanguíneas. O endotélio dos capilares glomerulares também produz o hormônio
eritropoietina (EPO), que estimula a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea.
A taxa de �ltração glomerular (TFG) é um importante parâmetro �siológico que mede a taxa
de �ltração do sangue pelos glomérulos renais, indicando a efetividade do processo de
�ltração renal. Ela representa a quantidade de plasma que é �ltrada pelos capilares
glomerulares por unidade de tempo, e é considerada um indicador da função renal.A TFG
pode ser afetada por diversos fatores, como a pressão arterial, o �uxo sanguíneo renal, a
permeabilidade glomerular e a presença de lesões renais.
A TFG é regulada por mecanismos complexos, que envolvem uma interação entre os sistemas
renal, cardiovascular e hormonal. A regulação da TFG começa com a �ltração glomerular, que
é in�uenciada pelo tamanho dos poros do �ltro glomerular, pela pressão hidrostática nos
capilares glomerulares e pela pressão osmótica do sangue. A taxa de �ltração glomerular é
diretamente proporcional à pressão hidrostática e inversamente proporcional à pressão
osmótica do sangue nos capilares glomerulares.
A TFG é também afetada pela atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA),
que regula a pressão arterial e o volume sanguíneo através da vasoconstrição e reabsorção de
sódio e água pelos túbulos renais. A ativação do SRAA leva a uma vasoconstrição dos
capilares glomerulares, reduzindo a taxa de �ltração glomerular, enquanto sua inibição leva a
uma dilatação dos capilares e aumento da TFG.
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Outro fator importante na regulação da TFG é a atividade da hormona antidiurética (ADH),
que aumenta a permeabilidade dos túbulos coletores aos íons e à água, permitindo a sua
reabsorção e consequente redução na taxa de �ltração glomerular.
Formação de urina
A formação da urina é um processo complexo que ocorre nos rins e envolve vários estágios. O
processo começa com a �ltração do sangue no glomérulo renal, onde a maior parte do plasma
sanguíneo é �ltrada para o espaço de Bowman, enquanto os elementos sanguíneos, como as
células sanguíneas e as proteínas, são retidos na circulação sanguínea. O �ltrado glomerular é,
portanto, uma solução de água, eletrólitos e pequenas moléculas.
O �ltrado glomerular então �ui para o túbulo contorcido proximal, onde ocorre a reabsorção
ativa e passiva de várias substâncias úteis para o organismo, como glicose, aminoácidos,
eletrólitos e água. Isso ocorre principalmente através de mecanismos de transporte especí�cos
nas células epiteliais dos túbulos, incluindo transporte ativo, transporte passivo e osmose.
O túbulo contorcido proximal é seguido pela alça de Henle, que consiste em uma porção
descendente e ascendente. A porção descendente é permeável à água, mas não aos eletrólitos,
enquanto a porção ascendente é impermeável à água, mas reabsorve ativamente íons como
sódio e cloreto.
Após a alça de Henle, o �ltrado glomerular passa pelo túbulo contorcido distal e pelos ductos
coletores, onde ocorre a reabsorção �nal de água e eletrólitos. Essa reabsorção é regulada pelos
hormônios antidiurético (ADH) e aldosterona, que aumentam a permeabilidade do túbulo
coletor à água e ao sódio, respectivamente.
Ao �nal desse processo, a urina formada é um líquido concentrado contendo principalmente
água, ureia e eletrólitos. A concentração da urina pode variar dependendo do estado de
hidratação do animal e da atividade hormonal.
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Reabsorção e secreção
A reabsorção e secreção tubular são processos importantes que ocorrem nos túbulos renais,
que são estruturas microscópicas responsáveis por �ltrar o sangue e produzir a urina. A
reabsorção tubular é o processo pelo qual substâncias úteis que foram �ltradas no glomérulo
são removidas do �ltrado e retornadas ao sangue. A secreção tubular, por outro lado, é o
processo pelo qual substâncias indesejadas, como toxinas e íons hidrogênio, são removidas do
sangue e adicionadas ao �ltrado.
A reabsorção tubular ocorre principalmente no túbulo contorcido proximal e é responsável
pela recuperação de água, íons, nutrientes, hormônios e outras substâncias importantes que
foram �ltradas no glomérulo. A reabsorção ocorre através de mecanismos de transporte ativo
e passivo, incluindo a reabsorção de sódio, glicose, aminoácidos, fosfato, bicarbonato e outros
íons. Esses processos são controlados por hormônios, como a aldosterona, que regula a
reabsorção de sódio, e o hormônio antidiurético (ADH), que regula a reabsorção de água.
A secreção tubular ocorre principalmente no túbulo contorcido distal e no ducto coletor e é
responsável pela remoção de substâncias indesejadas, como toxinas, íons hidrogênio e
potássio, do sangue e sua adição ao �ltrado. Esse processo também é controlado por
hormônios, como a aldosterona, que regula a secreção de potássio, e o hormônio
paratireoidiano, que regula a secreção de íons hidrogênio.
A reabsorção e secreção tubular são processos essenciais para a manutenção da homeostase do
corpo, ajudando a controlar o volume de líquido e eletrólitos no organismo e garantindo a
eliminação e�ciente de substâncias tóxicas. Alterações nessas funções podem levar a
distúrbios renais e afetar negativamente a saúde do animal. Por isso, a avaliação da função
renal através de exames clínicos é essencial para o diagnóstico e tratamento de doenças renais
em animais.
Sistema renina angiotensina aldosterona
O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é um importante mecanismo de
regulação da pressão arterial e homeostase hidroeletrolítica. O SRAA é composto por três
etapas: a primeira envolve a produção de renina pelos aparelhos justaglomerulares dos rins; a
segunda é a conversão do angiotensinogênio em angiotensina I pela renina, que ocorre
principalmente no fígado; a terceira etapa é a conversão da angiotensina I em angiotensina II
pelo angiotensin-converting enzyme (ACE), que é principalmente encontrado nos pulmões.
A angiotensina II é o principal mediador do SRAA, atuando em diversos órgãos do corpo
para promover a retenção de água e sódio, bem como a vasoconstrição. A angiotensina II age
diretamente nos rins para aumentar a reabsorção de sódio e água, estimulando a secreção de
aldosterona pelas glândulas adrenais. A aldosterona, por sua vez, atua nos rins para aumentar
a reabsorção de sódio e excreção de potássio na urina.
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Além disso, a angiotensina II também tem efeitos diretos no sistema cardiovascular,
promovendo a vasoconstrição e aumentando a resistência vascular periférica. Esses efeitos
aumentam a pressão arterial e garantem a perfusão sanguínea adequada aos órgãos vitais.
O SRAA é regulado por diversos mecanismos, incluindo a pressão arterial, a concentração de
sódio e potássio no sangue e o hormônio antidiurético (ADH). Quando a pressão arterial cai,
a produção de renina aumenta, iniciando o processo de ativação do SRAA. A queda na
concentração de sódio e o aumento na concentração de potássio no sangue também
estimulam a produção de renina. O ADH, por sua vez, atua nos rins para aumentar a
reabsorção de água, ajudando a manter a homeostase hidroeletrolítica.
Em resumo, o sistema renina-angiotensina-aldosterona é um importante mecanismo de
regulação da pressão arterial e homeostase hidroeletrolítica. A ativação desse sistema aumenta
a reabsorção de água e sódio pelos rins e promove a vasoconstrição, aumentando a pressão
arterial. A regulação do SRAA é complexa e envolve diversos fatores, garantindo a
manutenção da homeostase hidroeletrolítica em situações de alterações na pressão arterial e
concentração de eletrólitos no sangue.
Fármacos
Diuréticos: Os diuréticos são fármacos que atuam no sistema urinário para aumentar a
produção de urina e reduzir o volume de líquidos no corpo. Eles são amplamente utilizados
na medicina veterinária para tratar várias condições, incluindo edema, insu�ciência cardíaca
congestiva, hipertensão arterial, entre outras.
Existem diferentes tipos de diuréticos, que podem ser classi�cados de acordo com o local de
ação no sistema urinário. Alguns dos principais tipos de diuréticos utilizados na medicina
veterinária incluem:
- Diuréticos de alça: Esses diuréticos atuam na alça de Henle nos rins, inibindo a reabsorção
de sódio e água. Exemplos incluem furosemida e bumetanida.
- Diuréticos poupadores de potássio: Esses diuréticos atuam nos ductoscoletores dos rins,
aumentando a excreção de sódio e água, mas poupando o potássio. Exemplos incluem
espironolactona e amilorida.
- Diuréticos tiazídicos: Esses diuréticos atuam no túbulo contorcido distal dos rins, inibindo
a reabsorção de sódio e aumentando a excreção de água e íons. Exemplos incluem
hidroclorotiazida e clorotiazida.
- Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA): Embora não sejam diuréticos
tradicionais, os inibidores da ECA atuam no sistema renina-angiotensina-aldosterona para
reduzir a pressão arterial e aumentar a produção de urina. Exemplos incluem enalapril e
benazepril.
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É importante ressaltar que o uso de diuréticos deve ser feito com cautela e sob supervisão de
um médico veterinário, pois eles podem causar efeitos colaterais, como desidratação,
desequilíbrio eletrolítico e comprometimento da função renal em algumas situações.
Diuréticos de alça
Os diuréticos de alça são um grupo de medicamentos que atuam no sistema urinário,
inibindo a reabsorção de sódio, cloro e água na alça de Henle, levando a um aumento na
excreção urinária dessas substâncias. Eles são amplamente utilizados na prática veterinária
para tratar edema pulmonar, edema periférico, hipertensão arterial, insu�ciência cardíaca
congestiva, entre outras condições.
Os diuréticos de alça mais comumente utilizados em medicina veterinária são a furosemida,
bumetanida e torasemida. Esses medicamentos são administrados por via oral ou injetável e
têm uma ação rápida, iniciando a diurese em cerca de 30 minutos e atingindo o pico de ação
em 1 a 2 horas. Eles são excretados principalmente pelos rins, com uma meia-vida de
eliminação curta.
A furosemida é o diurético de alça mais utilizado na prática veterinária, sendo e�caz na
redução da pressão arterial e na remoção de �uídos retidos no corpo. Ela também pode ser
usada para tratar edema pulmonar em cães e gatos com insu�ciência cardíaca congestiva. No
entanto, seu uso prolongado pode levar a efeitos colaterais, como desequilíbrios eletrolíticos
(hipocalemia, hiponatremia), desidratação, hipotensão arterial e comprometimento renal.
A bumetanida e a torasemida são diuréticos de alça mais recentes que têm uma e�cácia
semelhante à furosemida e, em alguns casos, apresentam menor incidência de efeitos
colaterais. A torasemida, em particular, é conhecida por ter uma meia-vida mais longa do que
a furosemida, o que permite uma dosagem menos frequente.
Diuréticos poupadores de potássio
Os diuréticos poupadores de potássio são medicamentos que atuam no sistema urinário,
promovendo a excreção de água e sódio, mas poupando o potássio. Eles são utilizados
principalmente para o tratamento de edema e hipertensão arterial.
Os principais diuréticos poupadores de potássio são a espironolactona e a amilorida.
- A espironolactona é um antagonista da aldosterona, um hormônio produzido pelas
glândulas adrenais que regula a reabsorção de sódio e a excreção de potássio nos túbulos
renais. A espironolactona age bloqueando os receptores de aldosterona, o que leva a uma
redução na reabsorção de sódio e uma maior excreção de potássio na urina. Além disso, a
espironolactona também tem efeitos antiandrogênicos, podendo ser utilizada em algumas
condições hormonais.
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- A amilorida é um inibidor do canal de sódio na membrana luminal dos túbulos renais. Ela
atua bloqueando a entrada de sódio nos túbulos renais, o que leva a uma menor reabsorção de
sódio e uma maior excreção de potássio na urina.
- Os diuréticos poupadores de potássio são menos potentes do que os diuréticos de alça, mas
são úteis em pacientes que apresentam hipocalemia (baixos níveis de potássio no sangue) ou
em combinação com outros diuréticos que podem causar perda excessiva de potássio. Eles
devem ser usados com precaução em pacientes com insu�ciência renal ou em combinação com
outros medicamentos que podem afetar a função renal ou a concentração de eletrólitos no
sangue.
Diuréticos tiazídicos
Os diuréticos tiazídicos são um grupo de fármacos que agem inibindo a reabsorção de sódio,
cloro e água no túbulo contorcido distal dos néfrons, aumentando a excreção urinária desses
eletrólitos. Essa ação dos diuréticos tiazídicos reduz o volume sanguíneo circulante e diminui
a pressão arterial, sendo utilizados principalmente no tratamento da hipertensão arterial.
Os diuréticos tiazídicos têm um início de ação relativamente lento, geralmente levando
algumas horas para apresentar efeito máximo. Eles são bem absorvidos pelo trato
gastrointestinal e se ligam fortemente às proteínas plasmáticas, o que limita a sua taxa de
�ltração glomerular. Após a absorção, os diuréticos tiazídicos são distribuídos pelo líquido
extracelular e, posteriormente, excretados principalmente pelos rins.
Entre os diuréticos tiazídicos mais utilizados na medicina veterinária estão a
hidroclorotiazida e a clorotiazida. A hidroclorotiazida é mais potente que a clorotiazida e é
frequentemente utilizada no tratamento da hipertensão arterial em cães e gatos.
Apesar de serem considerados seguros, os diuréticos tiazídicos podem ter alguns efeitos
colaterais, como hipocalemia (diminuição dos níveis de potássio no sangue), hiponatremia
(diminuição dos níveis de sódio no sangue), hipomagnesemia (diminuição dos níveis de
magnésio no sangue), hiperuricemia (aumento dos níveis de ácido úrico no sangue) e alcalose
metabólica (aumento do pH sanguíneo). Por isso, é importante monitorar periodicamente os
eletrólitos sanguíneos dos animais em tratamento com diuréticos tiazídicos.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)
Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) são fármacos amplamente
utilizados na medicina veterinária para o tratamento de várias condições, como hipertensão,
insu�ciência cardíaca e doença renal crônica. Eles atuam bloqueando a ação da enzima
conversora de angiotensina, que converte a angiotensina I em angiotensina II, um potente
vasoconstritor e estimulador da liberação de aldosterona.
A inibição da ação da enzima conversora de angiotensina resulta em uma redução da
vasoconstrição, aumento da diurese e da excreção de sódio e água, além de uma diminuição na
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liberação de aldosterona, que causa retenção de sódio e água. Os ECA também podem
melhorar o �uxo sanguíneo renal e a função renal em pacientes com doença renal crônica.
Alguns exemplos de ECA comumente usados em medicina veterinária incluem enalapril,
benazepril e ramipril. Eles são geralmente administrados por via oral e podem ser usados em
combinação com outros fármacos, como diuréticos, para melhorar a e�cácia do tratamento.
Embora os ECA sejam geralmente considerados seguros, eles podem ter efeitos colaterais em
alguns pacientes, incluindo hipotensão, hipercalemia, azotemia e reações alérgicas. Eles
também devem ser usados com cautela em pacientes com doença renal, hepática ou cardíaca
grave, bem como em pacientes gestantes ou lactantes.
Em resumo, os inibidores da enzima conversora de angiotensina são uma classe importante de
fármacos usados na medicina veterinária para tratar várias condições, incluindo hipertensão,
insu�ciência cardíaca e doença renal crônica. Eles atuam bloqueando a ação da enzima
conversora de angiotensina, resultando em uma redução da vasoconstrição, aumento da
diurese e diminuição na liberação de aldosterona. Eles são geralmente seguros, mas podem ter
efeitos colaterais em alguns pacientes e devem ser usados com cautela em pacientes com
doença renal, hepática ou cardíaca grave.

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