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TRABALHO - RACISMO - ANHANGUERA

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FACULDADE ANHANGUERA – UNIDERP
 CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
AMANDA CAROLINE CARDOSO
ANNA CAROLINE MACEDO
FRANCINALDO PAULO CAMPÊLO 
FRANCISCA MARCELINA OLIVEIRA 
GIRLENE PEREIRA 
KERLINE COSTA
MAYANE ARAÚJO
SOCIEDADE, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO EM TEMPOS ATUAIS
SÃO LUÍS – MA
2019
AMANDA CAROLINE CARDOSO
ANNA CAROLINE MACEDO
FRANCINALDO PAULO CAMPÊLO 
FRANCISCA MARCELINA OLIVEIRA 
GIRLENE PEREIRA 
KERLINE COSTA
MAYANE ARAÚJO
SOCIEDADE, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO EM TEMPOS ATUAIS
Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera – UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de média bimestral na disciplina de Atividades Interdisciplinares. 
Orientadores/Professores: 
Altair Ferraz Neto
José Aldir Lins Machado
Juliana Chueire Lyra
José Matias dos Santos Filho
Ana Carolina Tavares de Melo
Valquíria Aparecida Dias Caprioli
SÃO LUÍS – MA
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
DE QUE FORMA O RACISMO OCORRE NO BRASIL E COMO ELE SE JUSTIFICA?	5
UMA PERCEPÇÃO ATRAVÉS DO ASPECTO BIOLÓGICO	6
O RASCISMO DE ACORDO COM A LEI	6
COMO SE MANIFESTA O RACISMO INSTITUCIONAL?	7
Racismo Institucional:	8
Quando há o racismo institucional?	8
TIPO DE CLASSIFICAÇÕES DO RACISMO	8
	Racismo internalizado:	8
	Autoestima:	8
	Perfis de Segurança e Perfilamento racial:	8
	Racialização, em sociologia, racialização ou etnização:	9
A LUTA ÉTNICA NO BRASIL E O COMBATE AO RACISMO INSTITUCIONAL	9
Violência Policial	9
Suicídio	9
TEORIA DENTRO DO MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO DE KARL MARX	10
TEXTO CRITICO: ROUSSEAU	10
ASPECTO PSICOLÓGICO	11
Como a constante desvalorização da cultura, dos valores e da identidade da população negra pode influenciar na sua subjetividade?	11
CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	13
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objeto de pesquisa principal a temática “Sociedade, Racismo, e Discriminação em tempos atuais”, abordando assuntos que relatam as relações sociais na atualidade e as suas relações de direitos. A partir da interpretação da situação geradora do artigo de Antônio Sérgio Alfredo Guimarães “Como trabalhar com raça em sociologia”, que retrata o que é “raça”. O autor aborda no desenvolver do texto que é um absurdo “raça” ser um conceito sociológico, ele revela que “raça” é um conceito natural.
 O texto vida discutir a importância, “De que forma o racismo ocorre no Brasil e como ele se justifica?”. No Brasil, o racismo é fruto da era colonial que foi estabelecida pelos portugueses, com um sistema social que favoreceu a desigualdade, onde uma classe dominante exerce o poder sobre pessoas de classe denominado proletariados. Essa divisão de classes ocorre pelos fenótipos de pele do homem.
 No texto também é citado o termo Racismo Institucional, que é classificado como uma forma de discriminação racial, que pode ocorrer em instituições de maneira não explícita.
O Racismo no Brasil é presente e tem um índice muito grande de desigualdade, onde 54% da população do Brasil e formada por negros. Desigualdades na área financeira, trabalhista, educacional e entre muitos outros fatos tomam uma dimensão muito grande, não somente no Brasil, mas no mundo todo. O Brasil é um dos países com mais índice de miscigenação, porém, acaba por se tornar um dos mais racistas.
 A primeira lauda do trabalho está a fundamentação teórica que inicia falando sobre a forma como o racismo ocorre no Brasil e como ele se justifica, além de mencionar os aspectos biológicos. Em seguida, é retratado sobre a desigualdade social e capitalista, sobre as leis e as desigualdades nos dias atuais. Adiante, está a incoerência intelectual, tratamento desigual e diferença racial onde é tratado a violência policial e o suicídio. Seguindo, é abordado a manifestação do racismo institucional, a partir da visão de Karl Marx e uma crítica de Rousseau. Concluindo a pesquisa, será abordado sobre a desvalorização da cultura negra: valores, identidade e subjetividade desta população.
DE QUE FORMA O RACISMO OCORRE NO BRASIL E COMO ELE SE JUSTIFICA?
Ao analisar o tema e o texto do teste que foi realizado pelo governo do Estado do Paraná; vemos uma realidade no Brasil que nos revela o quanto a sociedade classifica os indivíduos pelas suas características nativas. A forma que caracteriza e justifica a ação desses indivíduos em uma determinada ação na sociedade, está no seu “modo de produção”, Como assim no modo de produção? podemos justificar e citar como exemplo a afirmação de Marx ele diz que “as relações sociais produzem os seres humanos; que são determinados pelo modo de produção”.
Como podemos definir que as relações sociais influenciam na atitude da sociedade? E na definição de classes? Marilena Chauí nos diz:
Materialismo, por que somos o que as condições materiais (relações sociais de produção) nos determinam o ser e o pensar. Histórico porque, a sociedade e a política não surgem de decretos divinos nem nascem da ordem natural, mas, dependem da ação concreta dos seres humanos no tempo. (CHAUÍ,2002, p 28).
Então podemos afirmar o porquê das respostas do grupo 1 e do grupo 2, são distintas, porque, as relações sociais que surgiram através do modo de produção, nos tempos passados ajudou a determinar a maneira pela qual os seres humanos agem.Que podemos chamar também de modo de produção capitalista, que representa transformações sociais e econômicas, esse modo de produção que também tem a ver com o capitalismo; que influenciou todo o planeta, que foi uma das consequências do aumento da exclusão social; que favoreceu uma geração de riqueza e aumento da desigualdade social.
O Brasil acabou recebendo influência do grande capitalismo, que influenciou nos padrões de organização social, no qual as pessoas tinham suas identidades claramente determinadas, onde uma classe dominante, constituída pela família que era considerada em alta posição na sociedade, eram os donos da grande propriedade rural que pertencia aos dominantes da sociedade, enquanto os trabalhadores que eram de classes totalmente menos favorecidos eram chamados de escravos.
Com isso o surgimento da desigualdade que se espalhou pelo o mundo; e o Brasil é um dos países, o qual tem, segundo o IBGE, mais da metade da população brasileira (54%) é de pretos ou pardos, e com um grande índice de desigualdade, é o que diz a Organização das Nações Unidas (ONU) nos dias atuais. 
UMA PERCEPÇÃO ATRAVÉS DO ASPECTO BIOLÓGICO 
O autor Antônio Sérgio Alfredo Guimarães em seu artigo “Como trabalhar com raça em sociologia “afirma que a palavra raça tem pelo menos dois sentidos analíticos: Biológico genético e outro pela sociologia, o que ele afirma ser um absurdo “raça” ser um conceito sociológico, ele revela que “raça” é um conceito nativo. O racismo simboliza qualquer pensamento ou atitude que segrega as raças humanas considerando-as hierarquicamente como superiores e inferiores. No Brasil, ele é fruto da era colonial e escravocrata estabelecida pelos colonizadores portugueses. No Brasil, infelizmente o racismo apresenta-se em altos índices, apesar das leis e penas criadas para tentar amenizar essa situação.
O racismo no Brasil é baseado no fenótipo, ser de pele negra aqui, é diferente de ser negro nos EUA, por exemplo, para os brasileiros leva-se em consideração a cor da pele, mesmo que uma pessoa tenha determinadas características que remetem ao negro, como: nariz mais achatado, cabelo crespo ou cacheado, lábios carnudos e, se a pessoa tiver pele clara, o mesmo é considerado “branco” pelo senso comum. Entretanto, nos EUA, a pessoa pode não ter a pele negra, mas, se apresenta características afrodescendentes, está sujeita a preconceito. Logo, cada lugar com suas particularidades e formas contextualizaçãodo que é ou não ser negro.
Socialmente, aqueles que se destingem pardos, nem sempre são considerados negros. O Brasil é um pais miscigenado, daí a diversidade de cores e etnias.
O RASCISMO DE ACORDO COM A LEI
Como citado anteriormente, existem leis e penas para tal atitude, a constituição brasileira federal no artigo 4° principio VII, faz alusão ao racismo, que por sua vez, é inafiançável e imprescritível. Ou seja, uma vez praticada, pode ser punida independente de quando cometeu/ocorreu o crime. Já a injuria racial, refere-se a quando uma pessoa é ofendida usando de elementos como cor, etnia, raça, religião, ou origem, associada ao uso de palavras com teor depreciativo ofensivo referentes a cor ou raça. Quem a pratica pode ser detido de 01 a 06 meses ou pagar multa. Mas, se o crime for referente à cor, raça, pessoa idosa, deficiente, a pena aumenta de 01 a 03 anos.
 Só se pode pensar em união quando a ideia de segregação de povos perder o seu “valor”. O racismo fere a integridade das pessoas, uma pratica ridícula e desnecessária, além de caracterizar, crime. 
Na sociedade contemporânea, a prática do preconceito racial e o racismo levam aos atos discriminatórios bem recorrentes no Brasil. Vale salientar que em 1888, marco da abolição escravocrata do país, a Assinatura da Lei Áurea, movimento de libertação dos escravos. No entanto, são inúmeros os casos de racismo existentes no brasil, quer seja com negros da alta classe social, da classe média baixa e, principalmente, com os menos favorecidos.
Vê-se um pouco de tudo quando o assunto é discriminação racial na sociedade. Vale lembrar de um fato ocorrido sobre um jovem negro, que tinha estacionado seu carro em frente ao shopping e foi confundido como bandido e preso. Para as autoridades da lei, de nada valia suas palavras; ademais casos de jogadores e goleiros de clubes famosos da “serie a” do brasileirão, que foram apelidados de “macaco”, por exemplo. Uma prática excessiva de bullying, são alguns dos casos que vem repercutido muito no país. 
A existência do racismo está presente na população de forma enraizada, seja na política, saúde, mercado de trabalho, na educação, redes sociais, dentre outros. 
Nesse contexto, institui-se a lei do estatuto da igualdade racial, que garante a população negra a efetivação de igualdade de oportunidade a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais forma de intolerância étnica individuais.
COMO SE MANIFESTA O RACISMO INSTITUCIONAL? 
O termo Racismo Institucional surgiu na década de 1960 através do Movimento Negro Norte-americano, mas foi definido apenas na década de 1990 na Inglaterra, como resposta ao assassinato do jovem negro Stephen Lawrence por uma gangue branca.
No Brasil, o Racismo Institucional é informado por uma maneira notadamente peculiar de lidarmos com a questão racial. A ideia de que, pelo fato de não possuirmos segregações raciais legitimadas por um aparato jurídico, e as distinções territoriais e simbólicas não serem nomeadas através de dualismos de cor como ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos, construímos nosso cotidiano de forma harmoniosa no que diz respeito à questão racial, finda por legitimar o privilégio da população branca, silenciando parte considerável da população negra e perpetuando uma desigualdade que se mantém sempre sob o atributo da diferença social.
Racismo Institucional: este tipo de preconceito é proveniente de instituições econômicas, política, entre outras; essas instituições difamam a classe mais vulnerável como os índios, mulheres, negros, excluindo-os de forma direta ou indireta.
Quando há o racismo institucional? 
Menos direta e evidente, essa forma de discriminação racial ocorre por meios institucionais, mas não explicitamente, contra indivíduos devido a sua cor. São exemplos dessa prática racista as abordagens mais violentas da polícia contra pessoas negras e a desconfiança de agentes de segurança e de empresas contra pessoas negras, sem justificativas coerentes. Um bom exemplo da luta do racismo institucional são os protestos de Charlottesville, nos Estados Unidos, em 2017, devido à conduta criminosa de policiais que mataram negros desarmados e rendidos em abordagens, além de agirem com violência desnecessária.
TIPO DE CLASSIFICAÇÕES DO RACISMO
· Racismo internalizado: é uma forma de opressão internalizada, definida pela socióloga Karen D. Pyke como a " internalização da opressão racial pelos racialmente subordinados". Em seu estudo The Psychology of Racism, Robin Nicole Johnson enfatiza que o racismo internalizado envolve tanto "aceitação consciente e inconsciente de uma hierarquia racial em que os brancos são consistentemente classificados acima de pessoas de cor." Essas definições englobam uma ampla gama de instâncias, incluindo, mas não se limitando, a crença, em estereótipos raciais negativos, adaptações a padrões culturais brancos e pensamentos que apoiam o status quo. 
· Autoestima: em psicologia, inclui uma avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau. 
	
· Perfis de Segurança e Perfilamento racial: é o ato de suspeitar ou visar uma pessoa de uma determinada raça, com base em características ou comportamentos observados ou assumidos de um grupo racial ou étnico, em vez de uma suspeita individual. O perfilamento racial, no entanto, não se limita apenas à raça de um indivíduo, também pode ser baseado na etnia, religião ou nacionalidade do indivíduo. 
· Racialização, em sociologia, racialização ou etnização: é o processo de atribuir identidades raciais ou étnicas a um relacionamento, prática social ou grupo que não se identificou como tal. Racialização se refere às relações sociais às quais os significados raciais estão ligados, o uso do termo enfatiza o processo de criação de definições raciais e sublinha a natureza construída, e não a dada, da raça.
 
A LUTA ÉTNICA NO BRASIL E O COMBATE AO RACISMO INSTITUCIONAL 
Seguiram-se cem anos de completo abandono pela legislação federal, nos quais os afro-brasileiros, submetidos aos crivos racial e social, buscaram em condições desfavoráveis um espaço de sobrevivência. Importante frisar que durante todo esse percurso os negros e outros defensores da igualdade racial organizaram-se e acumularam uma série de conquistas. Julga-se de grande importância o combate ao mito da “democracia racial”, que tem em Gilberto Freire um dos esteios conceituais embora o mesmo quando questionado tenha tentado saída pela tangente. 
Violência Policial 
A violência se distribui de forma desigual, sendo o perfil racial das vítimas o diferencial: de cada dez pessoas assassinadas, sete são negras, de 4.222 mortos em decorrência de intervenção policial, 72% eram negros. 
Suicídio 
As maiores taxas de suicídio estão na população negra. Para os adolescentes e jovens negros, a primeira causa de morte são os homicídios, e o suicídio. As principais causas associadas ao suicídio em na ausência de sentimento de pertença, sentimento de inferioridade, rejeição, negligência, maus tratos, abuso, violência, entre outros.
TEORIA DENTRO DO MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO DE KARL MARX
A teoria central de Marx gira em torno da divisão social e das lutas de classe, como podemos entender: 
“O capitalismo é a linha econômica que tem a burguesia como detentora do acúmulo de capital, e, maior controladora das atividades”. Com isso, o proletariado, pode ser entendido como os trabalhadores que necessitam de um salário para sua sobrevivência, estando fadado a pobreza enquanto a burguesia detém a maior parte daquilo que o trabalhador produz, chamando o sociólogo de Mais Valia.
TEXTO CRITICO: ROUSSEAU
Jean Jacques Rousseau, filósofo suíço (1712-1778), em seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, publicado em 1755, cita as bases sobre as quais se firma o processo gerador das desigualdades sociais e morais entre os seres humanos. Tomando como base os primeiros homens, Rousseau iniciou um pensamentoque o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos.
Segundo Rousseau, os primitivos deviam viver em bandos mais ou menos organizados, que se ajudavam esporadicamente, apenas enquanto a necessidade emergente exigisse, para fins de alimentação, proteção e procriação. Findada tal necessidade, os primitivos seguiam suas vidas de forma isolada, até que nova necessidade aparecesse.
Com o surgimento de novas exigências, as quais estes povos não estavam acostumados, surgiu, também, a percepção de que poderiam ter além do necessário, algo mais que pudesse fazê-lo melhor do que os outros homens. Esta noção, ainda rudimentar nesses povos, foi aperfeiçoando-se até alcançar um nível de elaboração que fizesse surgir a ideia de propriedade, fosse ela um animal, terras, armas e, até mesmo, outras pessoas.
Assim, segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes. 
Outro pensador que buscou categorizar essa questão foi Karl Marx. Marx enxergava a sociedade a partir da luta de classes e via a desigualdade manifestada a partir dos desequilíbrios entre os capitalistas e os trabalhadores, ou. Em sua linguagem, os “burgueses” e os “proletariados”. 
ASPECTO PSICOLÓGICO
Como a constante desvalorização da cultura, dos valores e da identidade da população negra pode influenciar na sua subjetividade? 
As diferenças raciais se constituem um grande dilema que atravessa os períodos da evolução humana, independentemente de ser de ordem cultural ou étnica, ela sempre está presente para rotular as pessoas. É difícil afirmar como e em qual período da história o racismo teve ponto inicial, porém o que se sabe é que já existem muitos relatos de restrições a determinados tipos de pessoas por conta de sua raça. O negro brasileiro recentemente tem sido exposto a situações de constrangimento. Aprende-se desde cedo que é por meio de mecanismos de reprodução ideológica, que as identidades valorizadas positivamente são as do branco e que lhe cabe não mais que a reprodução do ideal branco para poder ser socialmente aceito. Vale ressaltar que alguns processos aos quais a pessoa negra está submetida na construção de sua identidade, enfatizando aqueles que ocorrem em situações cotidianas, em que reproduzem normas sociais dominantes e que tendem a manter a ordem socialmente instituída. Além disso, a elite brasileira se identifica como branca e assume tais características como representativas de uma superioridade étnica, enquanto o negro é frequentemente considerado um tipo étnico e culturalmente inferior. 
Os impactos do racismo na subjetividade dos indivíduos negros, ocorre a partir das relações em sociedade e da dinâmica que o reproduz, ao longo da história. Além disso, apreendeu-se a subjetividade dos indivíduos negros, mobilizando a resistência, silenciamento, reprodução, sofrimento e libertação, conforme os enfrentamentos mobilizados por cada indivíduo. 
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos o assunto “Sociedade, racismo e discriminação em tempos atuais”, e concluímos sobre a forma como o racismo ocorre no Brasil e como ele se desenvolve. Podemos dizer que está no modo de produção capitalista, que possibilitou a desigualdade social no Brasil e no mundo. 
Cumprimos todos os objetivos que nos foi proposto, esses que relatam como trabalhar com raça em Sociologia, segundo Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, além da “situação problema” que relata um caso onde 2 grupos foram divididos e puderam responder perguntas através das fotos que lhes foras expostas com pessoas de cores diferentes, brancos e negros e, através das imagens (fotos) foi feito perguntas para esses grupos, onde eles mencionaram o que as pessoas que estavam na foto faziam, e as respostas foram muito distintas. Foi citando também que o racismo nos dias atuais e a forma como ele se manifesta, abordando as consequências que as vítimas correm, como exemplo: o suicídio e violência; além de falar sobre o Racismo Institucional, citamos também os sociólogos Karl Marx e Rousseau.
Este trabalho foi de suma importância para nosso o amadurecimento profissional, porque nos angariou um conhecimento profundo em respeito a desigualdade social no Brasil e também no mundo. Infelizmente os casos de discriminação e preconceito em relação ao tom de pele só tem aumentado, o que nos leva a crer que a sociedade valoriza mais o que você é (branco, negro, mestiço) do que as capacidades intelectuais que possui. A discriminação racial está fadada a ser um dos males sociais que, médio e longo prazo, segrega, exclui e mata o homem aos poucos. 
REFERÊNCIAS 
CASHMORE Ellis. Dicionário de Relações Étnicas e Raciais. Selo Negro. (2000). 
CRAIG Ronald L. Systemic Discrimination in Employment and the Promotion of Ethnic Equality. Martinus Nijhoff Publishers. (2007). 
GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Como trabalhar com “raça” em sociologia. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 93-97, jan/jun. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n1/a08v29n1.pdf. Acesso em: 10 out. 2019. 
MARX Karl. Manifesto comunista. Org. de Osvaldo Coggiola. 4a reimpressão. São Paulo: Boitempo, 2005.
SANCHES Wilson. Sociologia/ Wilson Sanches, Sérgio de Goes Barboza, Katja Junqueira Bohmann, Pedro Fernandes Leite da Luz, Carla Craice da Silva. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2014. 
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