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Ética e Cidadania 02

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Aula 03
A Ética 
nas Relações 
Humanas
Ana Lúcia Guimarães
ÉTICA E CIDADANIA
Ética e Cidadania
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
ANA LÚCIA GUIMARÃES
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Olá, meu nome é Ana Lúcia. Sou doutora em Ciências Humanas e pos-
suo mais de vinte anos de atuação como professora na Educação Superior. 
Além disso, tenho doze anos de militância como dirigente sindical da causa 
dos professores, o que me agrega conhecimentos e experiências para loca-
lizar-me como autora nesta disciplina. Portanto, atuar e defender a causa da 
educação, laica, democrática e de qualidade é mais que um princípio em mi-
nha formação e trajetória profissional, é um compromisso de ofício. Por isso 
fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito 
estudo e trabalho. Conte comigo!
Autor 
ANA LÚCIA GUIMARÃES
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo projeto 
gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de apren-
dizagem toda vez que:
Sumário
1. A Ética nas Relações Humanas ..................................................................................... 8
1.1. Diversidade Cultural, Étnica, Religiosa e de Gênero ....................................8
1.2. Ética e Cidadania na Sociedade Tecnológica ..................................................15
1.3. A Intolerância, o Racismo e a Xenofobia ..............................................................18
1.4. O Ensino da Ética nas Instituições..............................................................................22
Iniciamos mais uma etapa para pensar a questão da ética nas relações 
humanas. Em nosso debate e aprendizado temos muitos temas para abor-
dar, desde a diversidade cultural até a xenofobia. Falamos tanto em consi-
derar o bem comum, em construir uma cidadania de liberdade e respeito ao 
outro e, agora, chegamos ao momento de saber se estamos entendendo so-
bre como estão e como devemos considerar as relações humanas do ponto 
de vista moral. Será que ser de uma religião ou cultura diferente nos faz tratar 
nossos vizinhos, parentes e amigos de forma hostil ou segregadora? Vamos 
estudar e conhecer mais estas realidades e apostar no conceito de ética que 
nos trouxe até aqui. Vamos adiante!
Introdução
Olá. Meu nome é Andréa César. Sou responsável pela direção editorial 
deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua 
trilha de aprendizagem. Você está iniciando a Disciplona Ética e Cidadania, 
e seja bem-vindo a nossa Unidade 3, e o nosso objetivo é auxiliar você para 
o desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término 
desta etapa de estudos:
1. Especificar os estudos sobre diversidade cultural, étnica, religiosa e de 
gênero;
2. Debater as questões éticas e a relação com os princípios de cidadania 
na sociedade tecnológica;
3. Discutir e conhecer questões vinculadas ao debate sobre intolerância, 
racismo e xenofobia;
4. Demonstrar a importância do ensino da ética nas instituições.
Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho!
Trilha de Aprendizagem
Ética e Cidadania | 8
1.1. Diversidade Cultural, Étnica, Religiosa 
e de Gênero
Nada mais oportuno do que entender cultura e diversidade cultural após 
termos debatido muito as demandas do conceito de ética. Assim, vamos 
iniciar tecendo a definição de cultura. Lembrando logo de início que cada 
um tem a sua e a vida segue rica e bem fecunda porque somos diferentes, 
mas podemos comunicar nossas diferenças e construir novas possibilida-
des de viver. 
Geertz (1989) ao abordar os estudos sobre cultura refere que a atividade 
do antropólogo é interpretar, cada cultura pode ser entendida como um 
texto. Cada texto é uma interpretação. Para ele, a cultura constitui-se como 
formas de ações significativas, simbólicas. A cultura parece estar oculta na 
mente dos homens e se expressa em suas ações. Ele afirma que é possível 
enxergar a cultura de um povo porque ela está expressa em suas relações 
sociais.
O autor mostra que a cultura se revela a partir de uma descrição densa, 
pois são as ações produzidas, percebidas e interpretadas que a definem. 
Geertz (1989) está, então, atrás da teia de significados de cada sociedade. 
Ele não defende a ideia de ter que “se tornar um nativo” para conhecer a 
fundo uma cultura, mas sim estar familiarizado com o grupo que se preten-
de compreender.
É importante o destaque trazido pelo antropólogo sobre a cultura ser com-
preendida pela teia de significados, isso porque se as relações se traçam 
com interligações de valores e símbolos e tradições, tudo o que dá sentido 
dinâmico à cultura vemos com olhos de necessidade de compreensão do 
que vem a ser a diversidade cultural. 
O autor mostra que o ponto de vista do nativo é sempre uma construção 
cultural que se dá após a pesquisa. Cada cultura define o que é “ser huma-
no”. O antropólogo só tem acesso a isso a partir desses símbolos.
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você deverá estar dominando a 
possibilidade de entender mais sobre diferenças culturais, 
étnicas e religiosas. Além de perceber que é possível convi-
ver com a diferença de forma respeitosa e harmônica. Você 
conceberá a ética como um conceito chave para as rela-
ções humanas. Vamos lá! Temos muito a aprender!
1. A Ética nas Relações Humanas
Ética e Cidadania | 9
DEFINIÇÃO:
CULTURA: É o conjunto de pensamentos, de sentimen-
tos, de atitudes, trações, símbolos, hábitos e de valores, os 
quais pertencem a um grupo. Dão sentido a sua identidade 
cultural, sua marca como grupo. 
DIVERSIDADE CULTURAL: É o reconhecimento por todas 
as diferentes culturas para diferentes grupos sociais, tudo 
isso espalhado pelo Mundo.
1 - Figura: Cultura como “TEIA” de Significados. | Fonte: Pixabay®
Para Geertz (1989), as situações universais são sempre descritas de forma 
singular, seu enfoque privilegia as situações particulares.
Dessa forma, a cultura é única para cada grupo e singular em cada indi-
víduo. No mundo existem milhares de trações culturais, símbolos, pensa-
mentos, manifestações e identidades culturais, tal diversidade enriquece 
nosso mundo social.
Para Cuche (2012), o conceito de identidade ganha destaque com o nasci-
mento do multiculturalismo, o qual nos mostra a face de que os imigrantes 
e as diversas minorias buscam o direito da diferença, o direito de ter uma 
identidade própria digna de respeito.
Por outro lado, os grupos maioritários colocam em debate tal pretensão, 
temendo, entre a expansão de múltiplas identidades que competiriam para 
enfraquecer e fragmentar a identidade nacional, a própria “sustentação” 
para o Estado.
Ética e Cidadania | 10
Para Bergamaschi (2008),a diversidade cultural e a presença de inúmeros 
povos indígenas com suas tradições e línguas marcam nossa diversidade 
étnica e cultural. 
Alves e Barros (2009) definem que a diversidade cultural está relacionada 
aos aspectos distintivos de uma cultura para outra, uma riqueza dada pela 
capacidade dos humanos de criar e transformar o legado que receberam. 
As identidades culturais aparecem a partir das manifestações culturais. 
O debate sobre a questão da diversidade cultural, que abre para todo um 
feixe de outros debates importantíssimos, nos faz pensar que com a edu-
cação podemos formar indivíduos que entendam que ser diferente é poder 
trazer algo novo na troca cultural. A fundamentação do respeito da ética 
está no bojo dessa compreensão. 
Em meio aos pensamentos sobre a diversidade, podemos pensar também 
a diversidade étnica, religiosa e de gênero. 
Quanto a diversidade étnica, temos muito a comemorar desde que supe-
ramos a explicação da existência de diferentes culturas pelo conceito de 
raça, para o conceito de etnia. Uma vez que se concluiu que falar em raça é 
apontar diferenças puramente biológicas, físicas, sem considerar as ques-
tões de fundo cultural para a compreensão dos diferentes povos. Com o 
conceito de etnia, vemos um alargar dessa possibilidade de entendimento 
do outro. 
Gomes (2004) mostra que o uso de etnia se ampliou para referências a po-
vos diferentes como judeus, índios, negros, entre outros, enfatizando seus 
processos históricos e culturais.
No Brasil, o termo relações étnico-raciais é muito utilizado para debater as 
questões de relações raciais e étnicas, que estão muito além da cor da pele 
e das origens culturais. Há um misto desses olhares na alocação e interpre-
tação dos lugares sociais que os indivíduos ocupam na sociedade. Portan-
to, falar de raça ou de etnia em nossa cultura vai trazer um apanhado de 
significações de quem fala, como fala e por que fala, o chamado “lugar de 
fala”. É também com estas construções que nascem conceitos e alocações 
culturais denominadas de racismo, preconceito e discriminação. Estes po-
dem ser de raça ou etnia, mas tendem a ser explicados pela questão racial. 
Enquanto o preconceito é definido como uma percepção sobre as coisas, 
muitas vezes herdada por conta da socialização recebida, a discriminação 
é a própria prática do preconceito. Assim, o racismo trata-se de uma cons-
trução ideológica de que existem raças diferentes e que estão submetidas 
a uma hierarquia de classificação como inferiores e superiores. Nesse caso, 
essa teoria sempre acaba por delegar aos negros os mais baixos graus de 
status social na sociedade. O racismo é uma teoria perversa, que separa e 
agride os indivíduos que pertencem ao grupo discriminado.
Ética e Cidadania | 11
ACESSE:
Veja a Lei n.º 7.716/1989 (Lei Ordinária), de 05/01/1989, pelo 
o link: https://bit.ly/19Z6EfM
Vemos no Brasil, de forma muito clara, a existência de um preconceito ra-
cial contra negros e mulatos. A igualdade de oportunidades é divulgada e 
tolerada. Temos lei contra o Racismo.
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre esse assunto, leia o texto sobre a Di-
versidade Étnico-Racial, Inclusão e Equidade para a Educa-
ção Brasileira: Desafios, Políticas e Práticas, através do link: 
https://bit.ly/2G67izI
A diversidade étnico-racial deve ser pensada por toda a comunidade escolar, 
pelos gestores educacionais que são importantes na formação dos indivíduos. 
Compreender que negros e brancos têm sua importância e valor cultural é 
colaborar para o entendimento da diversidade cultural e étnica. É importan-
te saber que a cultura afro-brasileira compõe nossa trajetória de formação 
de nação. Não é possível falar de diversidade étnica sem considerar que o 
Brasil, após a abolição, atravessou grandes lutas pelo reconhecimento des-
ta cultura que inclui lutas sociais, miscigenação, discriminação, sincretismo.
2 - Figura: Racismo e Preconceito. | Fonte: Pixabay®
Ética e Cidadania | 12
3 - Figura: Diversidade Religiosa. | Fonte: Pixabay®
A superação deste fenômeno de pejoração negativa das diferentes religi-
ões só acontece quando os indivíduos estão disponíveis para conhecer a 
diversidade religiosa. Conhecer é importante para melhor conviver. Isto não 
significa converter-se.
SAIBA MAIS:
Para saber mais, leia a reportagem sobre Diversidade Reli-
giosa, através do link: https://glo.bo/2PmBF6f
Entretanto, ainda assim as ligações íntimas com pessoas de cor não são 
vistas com bons olhos. Os mulatos passam por menor discriminação que 
os negros, mas também são discriminados e sofrem preconceito. Constan-
temente presenciamos discussões que envolvem o preconceito racial e a 
discriminação étnica dos indivíduos, com falas como: “você é negro”, “você 
é indígena”, “por isso não conseguiram obter êxito em nada…”. Por aí vai.
A discriminação e o preconceito ocorrem também em relação as questões 
religiosas, normalmente há uma perseguição e preconceito com as reli-
giões de matrizes africanas. Incrível que normalmente entendemos que a 
religião deve trazer coisas boas aos indivíduos, pois nelas os mesmos de-
positam sua fé espiritual e dedicam-se professando. No entanto, por igno-
rância, ou mesmo maldade, muitos indivíduos constroem guerras, matam 
e perseguem religiões diferentes das suas. O etnocentrismo predomina 
nesses casos e faz com que a religião de uma pessoa seja considerada a 
melhor ou a que tem mais pureza, etc.
Ética e Cidadania | 13
Orientações Sexuais Definições
Heterossexual
Indivíduo que sente atração pelo sexo 
oposto. 
Homossexual
Indivíduo que sente atração pelo mesmo 
sexo.
Bissexual Indivíduo que sente atração pelos dois sexos.
Assexual Indivíduo que não sente desejo sexual.
Pansexual Indivíduo que aprecia todos os gêneros.
4 - Figura: Tabela: Sobre a Orientação Sexual. | Fonte: https://bit.ly/2SR1o9m
DEFINIÇÃO:
Orientação Sexual refere-se à atração sexual e à afetividade 
que um indivíduo sente por outro.
Diversidade de Gênero refere-se ao gênero com o qual o 
indivíduo se identifica que pode ter, ou não, relação com 
seu sexo biológico.
Quando estudamos um pouco, vemos que o catolicismo tradicional tam-
bém teve influência africana no culto de santos de origem africana como: 
São Benedito, Santo Elesbão, Santa Efigênia e Santo Antônio de Noto (San-
to Antônio do Categeró ou Santo Antônio Etíope); no culto de santos tam-
bém há aqueles que podem ser associados aos orixás africanos como São 
Cosme e Damião. O próprio São Jorge (Ogum no Rio de Janeiro), Santa Bár-
bara (Iansã), além daqueles oriundos da criação de santos populares como 
a Escrava Anastácia.
É comum ver que igrejas pentecostais do Brasil, que são contra as religi-
ões de origem africana, na realidade têm várias influências destas, como 
se nota em práticas como o batismo do Espírito Santo e crenças como a 
de incorporação de entidades espirituais (vistas como maléficas). O Cato-
licismo nega a existência de orixás e guias, já as igrejas pentecostais os 
denominam como demônios.
A ideia de sincretismo religioso, a transculturação das religiões, como ocor-
re na umbanda, por exemplo, tem origem nos fatores histórico-culturais da 
história do Brasil. Por isso, é preciso compreender que a diversidade religio-
sa existe e precisa ser respeitada. 
No cenário relativo a compreensão das relações de gênero e sua diversi-
dade também não encontramos eco no respeito. Pois na atualidade vemos 
que a conceituação que acrescenta nessa polêmica é a de que orientação 
sexual e identidade de gênero são diferentes e precisam ser compreendidas.
Ética e Cidadania | 14
SAIBA MAIS:
Para saber mais leia o texto Educação, Relações de Gênero 
e Diversidade Sexual, no link: https://bit.ly/3126qmi 
E assista aos Vídeos sobre Diversidade de Gêneros, no link: 
https://bit.ly/2Kb5jcS, e também sobre Gênero e Diversidade, 
pelo link: https://bit.ly/2MrSkpY
Esses conhecimentos são importantes pois levam ao combate de práticas de 
preconceito e discriminação, fundamentados em ideologias homofóbicase 
de violências de gênero.
Diversidade de 
Gênero
Definições
Cisgênero
Indivíduo que se identifica com seu sexo biológico. 
Masculino é homem. 
Feminino é mulher.
Transgênero
Indivíduo tem uma identidade diferente do seu sexo biológico. 
Transexuais: um homem que se enxerga como mulher ou uma 
mulher que se enxerga como homem. 
Transgênero: deve assumir definitivamente o corpo com o qual se 
identifica e, em muitos casos, pode desejar atravessar procedi-
mentos de redesignação sexual ou terapias hormonais.
Não Binário
Indivíduo que oscila entre masculino e feminino. Por exemplo, 
uma mulher que se identifica com o gênero masculino, mas não 
realiza procedimentos de readequação física (apenas assume um 
comportamento condizente com seu gênero).
5 - Figura: Tabela: Sobre Diversidade de Gênero. | Fonte: https://bit.ly/2SR1o9m
a sociedade Paresí, do grupo indígena denominado Aruak, localizado no 
Estado de Mato Grosso, constrói simbólica e culturalmente o dimorfismo 
sexual tendo como foco de análise sua mitologia e seu complexo ritual. Ele 
demonstra como a categoria diferença é algo construído, tal qual nos indica 
a ideia de gênero sobre os indivíduos na vida social. Em outros termos, ana-
lisa-se a diferença e a construção de gênero como fenômeno englobado 
por um pensamento geral sobre o que significa a diferença no mundo. 
Assim, segundo o autor, a diferença de gênero informa ao mesmo tempo 
que produz e é produzida por esta ideia da diferença que não é universal e 
sim construída culturalmente. Dessa forma, são as posições culturais cons-
truídas por homens e mulheres, a partir do olhar que eles têm do compro-
misso com suas escolhas pautadas na orientação sexual e na diversidade de 
gênero, que dão sentido às suas histórias e lugares nessa discussão. É impor-
tante entender como os indivíduos tem se referenciado, a partir desse olhar.
Ética e Cidadania | 15
1.2. Ética e Cidadania 
na Sociedade Tecnológica
Iniciaremos agora toda uma reflexão e conceituação sobre a relação ética e 
a sociedade tecnológica que estamos vivendo. 
Morin (2000) nos apresenta às demandas da educação e da sociedade do 
conhecimento em tempos atuais, mostrando que esta impõe aos indivíduos 
uma escola que lhes faça sentido, que lhes seja capaz de resgatar a forma-
ção do ser completo. 
Em sua visão, a escola de hoje deve oferecer aos indivíduos além do ensino 
básico com cálculos, língua escrita e falada, precisa trazer também as in-
terfaces com as ferramentas e inovações tecnológicas trazidas pela era da 
comunicação e informação. 
É importante marcar que o conhecimento e a informação estão no centro do 
mundo atual. O perfil de indivíduo que se exige, mediante estas demandas, 
é de quem consegue ser flexível, polivalente, empreendedor e altamente 
adaptável. Alguém que é criativo, inovador e está sempre sendo desafiado 
por questões profissionais e pessoais.
Um mundo em que se fala o tempo todo a respeito de busca de soluções 
viáveis. Os próprios modelos educacionais voltam-se para esta perspectiva. 
Isto significa que o aluno a ser formado tem que ser preparado para enfrentar 
este aparato de necessidades impostas pela sociedade do conhecimento e 
da informação.
Nesta sociedade digital, educar um indivíduo para desenvolver sua cidada-
nia plena também envolve construir valores de respeito, responsabilidade e 
participação colaborativa com a comunidade.
RESUMINDO:
Neste tópico trabalhamos com o conhecimento e deba-
te das diversidades cultural, étnica, religiosa e de gênero. 
Marcamos bem a questão da diferença entre discrimina-
ção, preconceito e racismo.
Vimos que existem várias religiões e que a pesquisa delas, 
o conhecimento e a forma de olhar fazem com que possa-
mos conviver com elas, ainda que diferentes, de forma res-
peitosa. Da mesma forma, apresentamos as conceituações 
inerentes a discussão sobre diversidade de gênero.
Com estes saberes, esperamos que você possa ter apren-
dido que ser diverso é rico e que o respeito em seu contex-
to próprio é fundamental. 
Ética e Cidadania | 16
DEFINIÇÃO:
Cibercultura: cultura que emerge com o advento das trocas 
comunicacionais advindas do computador. Conhecimen-
tos, valores, informações e saberes que se constroem a 
partir do mundo virtual. 
Ciberespaço é o virtual, as redes de conexão. 
SAIBA MAIS:
Para saber mais, assista ao vídeo Educação na Sociedade 
do Conhecimento, através do link: https://bit.ly/1H9cTkj
6 - Figura: Sociedade do Conhecimento. | Fonte: Pixabay®
Assistimos a uma era em que a tecnologia está no bojo de todas as coisas 
que realizamos no mundo social. 
Levy (1999) traz à cena os conceitos de cibercultura e ciberespaço para 
mostrar a amplitude de nossas trocas de conhecimento e aprendizagem 
na era digital. Nesse sentido, o autor ainda produz associado ao pensa-
mento de Kerckhove (1995), o conceito de inteligência coletiva, constituin-
do-se em inteligências conectadas, isto é, o uso colaborativo das várias 
inteligências mediante processos de comunicação e tecnologias em rede. 
Este novo desenho pedagógico de formação dos indivíduos propõe uma 
revisão da forma tradicional de ensinar e aprender, a construção de saberes 
e as trocas comunicacionais ganham uma dimensão mais personalizada. 
Ética e Cidadania | 17
SAIBA MAIS:
Para saber mais assista ao Vídeo de Renato Janine Ribeiro, 
Debate Ética, Política e os Desafios da Educação, pelo link: 
https://bit.ly/30XLv3C
Para Dewey (1979) é a partir da reflexão que emerge a dúvida, a perplexida-
de, o ato de pensar. Ela também envolve o ato de pesquisar, para resolver 
a dúvida e esclarecer a tal perplexidade.
Dessa forma, o autor nos aponta o caminho para as nossas questões éticas 
e contemporâneas. 
Além dele, também Castoriadis (1979) diz que a reflexão deve sinalizar o 
conhecimento para investigar, explicitar e questionar os conteúdos sociais 
e culturais de nossas vidas.
7 - Figura: Ética e Tecnologia. | Fonte: Pixabay®
O que precisamos entender é como funcionam, nesse caso, os princípios 
da ética e cidadania em um contexto de valorização da comunicação virtual.
Com o exposto acima, focamos em mostrar que a ética passa a ser uma 
questão central no contexto das trocas e construções virtuais, tanto no âm-
bito da vida pública como na vida privada.
Nesse sentido, ser ético é pensar no que fazemos, na medida de nossas 
ações, considerando quem somos e com quem nos relacionamos. Além da 
ênfase na reflexão sobre o outro e o planeta em que habitamos.
Ética e Cidadania | 18
Com tantas discussões no terreno da ética, é preciso focar que ser cidadão 
é estar situado na ordem social de forma participativa, mas considerando 
que apesar da evolução tecnológica é preciso pontuar nossas ações locais 
e globais, presenciais e virtuais, de forma eticamente responsável.
1.3. A Intolerância, o Racismo e a Xenofobia
É muito comum, diante do que vimos até aqui, presenciarmos na socieda-
de globalizada e tecnológica, sentimentos de exclusão social, violência e 
intolerância. 
No ano de 2001, realizou-se a Conferência Mundial contra o Racismo, Dis-
criminação Racial, Xenofobia e Intolerância Conexa na cidade de Durban, 
África do Sul. Esta conferência foi um culminar das demandas mundiais 
para o enfrentamento de um cenário sociopolítico extremamente grave em 
nível mundial: o combate ao racismo e intolerância. 
Trata-se de compreender que indivíduos, povos e nações estavam cada 
vez mais praticando e incentivando realidades de exclusão e segregação 
social, que em muitos casos levam ao extermínio. 
Mesmo diante de outros instrumentos legais e históricos para esse fim, foi 
necessário organizar a Conferência de 2001.
SAIBA MAIS:
Para saber mais, leia a reportagem O Dilema Ético dos Bebês 
Geneticamente Modificados, no link: https://bit.ly/2Mnhu9i
E assista ao Vídeo: A Engenharia Genética mudará Tudo para 
Sempre, no link: https://bit.ly/2aMbdzI
Olivé (2000), em seus estudos, colabora com nossa reflexão sobre deveres 
morais do cientista e do tecnólogo emnossos tempos. Para ele, cientistas 
devem ter a consciência da responsabilidade e das consequências do tra-
balho que realizam. Esta responsabilidade inclui informar a sociedade com 
precisão sobre seus experimentos e resultados. Também, os tecnólogos 
devem avaliar com cautela e seriedade as tecnologias produzidas e suas 
amplitudes. Avaliar não só a eficiência, mas sobretudo, os impactos no meio 
social e natural.
O autor ainda ressalta que os cidadãos, a grosso modo, também têm res-
ponsabilidade na avaliação das tecnologias e em sua aceitação e propaga-
ção. Assim, eles devem buscar informações adequadas sobre a natureza 
da ciência e da tecnologia, que estão propagando bem como de seu uso 
e consequências.
Ética e Cidadania | 19
Racismo: preconceito e discriminação de indivíduos e grupos fundamentados 
em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. 
Xenofobia: sentimento de desconfiança, antipatia, receio de pessoas que não 
são familiares ao meio de quem julga, ou do país de quem julga. 
Intolerância: capacidade mental de não desejar reconhecer e respeitar dife-
rentes valores, sentimentos, opiniões de grupos e pessoas que não pertencem 
a quem avalia.
8 - Figura: Intolerância Religiosa. | Fonte: Pixabay®
Listamos aqui alguns dos instrumentos que foram implementados sob a 
égide das Nações Unidas com intuito de promover a igualdade e combater 
a intolerância:
 � Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio (1948);
 � Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (1966); 
 � Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966); 
 � Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação con-
tra as Mulheres (1979); 
 � Convenção sobre os Direitos da Criança (1989).
Apesar do aparato legal acima referido, os dados mundiais seguiram apon-
tando que seres humanos ainda são vítimas de ideologias e tratamento ra-
cista e segregacionista, principalmente com o surgimento de novas tecnolo-
gias e o advento da globalização, que trouxeram próprios de seus campos. 
Para continuar, consideramos que é preciso definir o que vem a ser racismo, 
xenofobia e intolerância, objetos de nossa discussão.
Ética e Cidadania | 20
9 - Figura: Ética na Sala de Aula (O Desafio da Moralidade e Respeito à Diversidade, em Sala de Aula). 
 Fonte: Pixabay®
Para seu melhor entendimento, vamos pensar a seguinte situação: em uma 
sala de aula de uma escola particular, com alunos brasileiros, encontramos 
um aluno muçulmano, que se veste tal qual sua cultura, um aluno com au-
tismo e apenas duas crianças negras. Todos os dias as crianças negras são 
isoladas das brancas, mas a convivência se dá de forma regular.
Ao observar essa situação, uma professora de Sociologia começou a in-
centivar a integração desses alunos, crianças de 12 a 14 anos. Então, em 
conversa com uma do grupo de crianças brancas, a mesma falou que não 
gostaria de sentar com seus colegas negros para fazer trabalho de grupo 
porque seus pais disseram que os negros são menos competentes que os 
brancos. A professora teve que fazer toda uma explicação sobre a história 
dos negros no Brasil e as teorias racistas para seus alunos, pois estava dian-
te de um caso de racismo. 
Mas não parou por aí, a professora ainda observou o tratamento de exclu-
são que aquela turma dava ao aluno muçulmano, não satisfeita com aquela 
situação, chamou um grupo de alunos que praticavam a segregação do 
aluno muçulmano para uma conversa.
Então, descobriu falas sobre a ideia de que os estrangeiros que vem do 
oriente médio podem ser homens bombas e, ainda, que “vem tirar onda 
aqui no nosso País”, fala de uma criança durante a conversa com a profes-
sora. Nesse caso, a referida professora estava diante de xenofobismo, into-
lerância. Assim, ela tratou de construir as suas próximas aulas baseadas em 
vídeos e textos que pudessem ensinar sobre a cultura oriental, a respeito 
de convivência e próprio respeito em si.
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SAIBA MAIS:
Para saber mais, leia o texto Combates à Xenofobia, ao Ra-
cismo e à Intolerância, no link: https://bit.ly/30Uxjs6
E sobre a reportagem: A História por trás da Foto do Menino 
Sírio que Chocou o Mundo, acessado através do seguinte 
link: https://bbc.in/2SJPFcs
Finalmente, não precisamos dizer que o aluno autista era ali um invisível, 
nenhum aluno preocupava-se com sua presença. Fato este que levou a 
mesma professora a organizar atividades em que ele pudesse ser incluído 
nas relações sociais daqueles alunos. Além disso, a professora escreveu 
um projeto e propôs à Escola a realização de oficinas e reuniões que inclu-
íssem as temáticas apresentadas, com os pais.
Diante de tal conceituação, podemos avaliar o peso negativo destas atitudes 
e práticas em nossa sociedade. Daí a necessidade de sabermos que impor-
tantes decisões saíram da Conferência de Durban, que em linhas gerais foram:
 � Problemas enfrentados pelas vítimas de tais flagelos (com particular des-
taque para as mulheres, pessoas de origem africana e asiática, povos indí-
genas, migrantes, refugiados e minorias nacionais) e medidas específicas 
para aliviar o seu sofrimento;
 � Problema da discriminação múltipla;
 � Importância da educação e sensibilização pública no combate ao racismo; 
 � Problemas particulares colocados pela globalização; 
 � Aspectos positivos e negativos das novas tecnologias; 
 � Importância da recolha de dados, da pesquisa e do desenvolvimento de 
indicadores no domínio da discriminação;
 � Previsão de medidas destinadas para garantir a igualdade nas áreas do 
emprego, da saúde e do ambiente; 
 � Importância de garantir o acesso das vítimas às vias de recurso eficazes e 
de assegurar a sua reparação pelos danos sofridos; 
 � Papel dos partidos políticos e da sociedade civil, nomeadamente ONG e 
juventude, na luta contra o racismo.
Fonte: https://bit.ly/2F9oyC4 | Acesso em 01 de maio de 2019.
Ainda temos muito a saber sobre os conceitos de racismo e xenofobia que 
são processados de forma estrutural, fundamentando guerras santas e ét-
nicas, como ocorre no Oriente Médio na atualidade.
Tal situação de desumanidade tem tirado a vida de muitas famílias, mulhe-
res, homens, jovens e crianças. 
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Santos (2016) ao descrever motivos pelos quais se pratica o xenofobismo, 
mostra que o migrante é visto como “de fora” em um território que é domi-
nado por alguém que acredita “ser seu”, o que leva a imputar ao migrante a 
aceitação de suas práticas e sua submissão a seu modo de vida.
Caso isso não venha a ocorrer, ou seja, quando o migrante se percebe e 
busca estabelecer-se como um ser de direitos, o qual estando presente 
naquela comunidade sente o desejo de participar das decisões da vida 
política, social etc., o dominante começa a se sentir incomodado e busca 
nas práticas racistas e xenofóbicas uma forma de coação e reação a esse 
migrante. 
Fanon (2008), sobre o entendimento do racismo, colabora com a ideia de 
que uma sociedade tende a ser racista como um todo, pois, em seu olhar, 
não existem “meios racismos”. Pode ter, também, uma parte da sociedade 
mais racista que a outra. De fato, ainda existem muitas pessoas que pen-
sam que o migrante que chega em outra terra, isso vale para o Brasil tam-
bém, consiste em uma ameaça para o trabalhador no mundo do trabalho 
local, o que pode reforçar a xenofobia reproduzida pela população.
De qualquer forma, é preciso que através da educação e da formação de 
valores morais e éticos, os indivíduos possam receber o antídoto para este 
mal do século XXI: a segregação de pessoas, que se redefine como uma 
realidade de afastamento, isolamento. 
1.4. O Ensino da Ética nas Instituições
Para que alcancemos a proposta que abordamos acima, uma formação 
educacional em nível local e global, que alcance a tolerância das diferenças 
culturais, das perspectivas de fluxo migratório, da liberdade de se exercer 
como ser humano portador de direitos em qualquer região do planeta,é 
importante consolidar matrizes curriculares que incluam conceitos e ensi-
namentos sobre ética, sobretudo, abordagens práticas de vida que possibi-
litem a reflexão com base na moral e na ética.
Como mostramos na Unidade 1, Chauí (2004) destaca a importância de en-
sinar ética por conta da convivência em espaços grupais. Para Carva-
lho (1999), nas organizações ensinar e aprender sobre ética fundamenta a 
regulação e garante qualidade nas relações humanas, servindo também 
como indicativo do desenvolvimento organizacional. 
Olhando mais de perto a inserção da ética nos currículos da educação su-
perior, vemos que nos anos 70, no Brasil, ela passa a fazer parte do cur-
rículo de Administração e negócios, um momento em que se inicia uma 
ampla iniciativa social e educacional para discussão de responsabilidade 
social, trocas internacionais e desafios éticos regionais do ponto de vista de 
estratégias econômicas. 
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Em uma sociedade capitalista selvagem, em que muitos comportamentos 
não prezam as relações éticas, é muito comum ouvirmos várias reclamações 
de falta de ética na política e na sociedade como um todo.
Nesse caso, a inclusão da ética nos currículos, sobretudo universitários, tor-
na-se uma urgência acadêmica, para que continue a se constituir como um 
elemento fundamental nas relações humanas. 
Cuvillier (1947) marcou os seguintes pontos a serem observados na formação 
ética dos profissionais:
A. Através da profissão o indivíduo se realiza plenamente, provando sua 
capacidade, habilidade, sabedoria, inteligência e formando sua perso-
nalidade para vencer obstáculos;
B. O nível moral dos homens é elevado pelo seu exercício profissional;
C. Na profissão os homens mostram sua utilidade à comunidade.
SAIBA MAIS:
Para saber mais, leia o texto: A Ética como Disciplina de En-
sino Fundamental para a Construção de uma Postura Profis-
sional na Contemporaneidade, no link: https://bit.ly/2MpiOsj
Assista também ao Vídeo de Mário Sérgio Cortella, que fala 
sobre a Educação, Convivência e a Ética, através do seguinte 
link: https://bit.ly/2x3uVTC
Capra (2002) destaca que as instituições universitárias precisam reformular 
currículos que contemplem a formação ética pois, segundo ele, elas têm o 
papel de formar os novos profissionais. 
Já Sequeiros (2000), prima pelo ensino da ética da solidariedade na educa-
ção como um todo, pois acredita que a criança desde cedo deve conhecer 
a consciência ética. No entanto, Vallaeys (2003) infere que os valores domi-
nantes das universidades atuais são o individualismo, a posse, a competên-
cia e a dominação.
A partir da década de 90 e a massificação da educação superior, uma gran-
de amplitude de oportunidades de Cursos e Disciplinas com ênfase merca-
dológica, muitas Instituições viram a possibilidade de agregar à sua missão, 
através da propaganda, os valores de formação ética e responsabilidade 
social, conforme nos mostra Calderon (2005).
SAIBA MAIS:
Para saber mais leia o texto: Ética, Instituições e Desenvolvi-
mento, no link: https://bit.ly/2yfLsE6
Ética e Cidadania | 24
Consideações Finais
RESUMO:
Neste tópico aprendemos muito sobre diversidade cultu-
ral, racismo, intolerância e xenofobismo. Vimos que esses 
conceitos precisam ser absorvidos e entendidos para que 
as relações entre os seres humanos sejam mais respeito-
sas, solidárias e colaborativas. A Sociedade Tecnológica e 
Global traz desafios de enfrentamento moral e ético, mas 
através da educação podemos fortalecer nossa capaci-
dade de cuidar e zelar pela boa convivência social, desta 
forma estaremos sustentando um mundo viável para as 
gerações presentes e futuras. É preciso ter um ensino de 
ética do que precisa ser recusado, mas também do que 
precisa ser reforçado para a preservação social. 
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar nos temas desta aula? Recomenda-
mos o acesso a fontes de consulta e de aprofundamento 
que serão passadas pelo seu professor.
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM:
Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia aten-
tamente o enunciado de sua atividade de autoaprendiza-
gem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu 
curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de ativi-
dades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD 
(Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendiza-
gem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo 
online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou 
em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? 
Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu am-
biente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? 
Submeta o resultado em uma postagem diretamente em 
seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte!
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TESTANDO:
Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que 
foi abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva 
atentamente as questões do seu caderno de atividades. 
Se você estiver fazendo este curso a distância, acesse o 
QUIZ (Banco de Questões) em seu ambiente virtual de 
aprendizagem.
REFERÊNCIAS:
 � BAUMAN, Zygmunt. Globalização: As Consequências Humanas. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar CASTEL, Robert. As Metamorfoses do Trabalho. 
In: Fiori, José Luís e outros. Globalização: O Fato e o Mito. 
Rio de Janeiro. Ed. Uerj, 1998;
 � CORTINA, A.: Cidadãos do Mundo. Petrópolis; RJ: Vozes, 2005 
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único 
à consciência universal. 10. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2003;
 � CHANLAT, Jean-François. Ciências Sociais e Management: 
Reconciliando o Econômico e o Social. São Paulo: Atlas, 1999;
 � FALEIROS, Vicente de Paula. Palestra proferida na ICSW 32, 
em Brasília, em 17 de julho de 2006;
 � FORRESTER, Viviane. O Horror Econômico. São Paulo. Ed. UNESP, 1997;
 � FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996;
 � HEEMANN, Ademar. Natureza e Ética. Curitiba: Editora da UFPR, 1993;
 � LISBOA, Lázaro Plácido et al.. Ética Geral e Profissional e Contabilidade. 
São Paulo: Atlas, 1997;
 � PIAGET, Jean. O juízo moral na criança. São Paulo, Summus, 1994. 
PENNA, Antonio G. Introdução à filosofia da moral. Rio de Janeiro;
 � MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. 
Tradução de Cecília Wiltaker Bergamini, Roberto Coda: São Paulo: Atlas, 1996;
 � SÁ, A Lopes de. Ética profissional. 4ª. Ed.. São Paulo: Atlas, 2001 
SILVEIRA, M.CAIO & REIS.COSTA.G. LILIANE. 
Expo Brasil Desenvolvimento Local. Ultra-Set Editora, 2005.

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