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Aula 7 - Administração do Sistema Parte 2

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Introdução à administração de sistemas Windows e Linux
Aula 7: Administração do sistema - parte II
Apresentação
O trabalho de um administrador de sistemas pode ser extremamente complexo dependendo da instituição ou empresa.
Ele é o responsável por diversas rotinas, como instalação/atualização de softwares, administração de antivírus/�rewall,
gerenciamento de backup, envio de e-mail e suporte ao usuário.
Nesta aula, veremos a importância da criação de rotinas automatizadas por meio de scripts, que poderão ser executados
em dias e horários pré-determinados sem a nossa intervenção. É possível, assim, agir de forma proativa e reativa, com a
análise dos logs e dos processos do sistema. Além disso, é possível utilizar os recursos de cotas para gerenciar o uso de
dados pelos usuários de uma rede.
Objetivos
Descrever os conceitos e aplicações práticas referentes ao agendamento de tarefas e ao gerenciamento de
processos;
Demonstrar as principais formas de gerenciar eventos e logs em sistemas operacionais Windows e Linux.
Agendamentos de tarefas
Um dos desa�os do administrador de sistema é executar tarefas quando todos
estão descansando. Algumas tarefas precisam ser executadas à noite ou nos
�nais de semana, quando ninguém esteja usando recursos da rede.
Podemos supor que um administrador de sistemas não terá tempo de sobra à
noite para executar comandos e scripts que precisem operar fora do horário de
expediente, e que não queira acordar de madrugada para iniciar um back-up ou
atualização importante.
Pensando nessas situações, existe o serviço de agendamento de tarefas
nos sistemas operacionais Windows e Linux.
Agendamento de tarefas no Windows Server 2019
A automatização de determinadas tarefas no servidor é de suma importância quando há diversos servidores e serviços para
administrar. Esses procedimentos facilitam a vida do administrador de redes.
O agendamento de tarefas serve para procedimentos simples, assim como em atividades mais complexas. Veja o que é
possível fazer com o agendamento de tarefas:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online

Back-up do servidor em horários determinados.

Executar scripts para realizar procedimentos demorados.

Desligar o servidor após o término de um procedimento sem a
interação do administrador.
Existem pelo menos três formas de iniciar o agendamento de tarefas:
1. Gerenciador de servidores (server manager);
2. Opção Pesquisar;
3. Comando taskschd.msc em Executar.
A imagem a seguir apresenta o agendamento com o comando taskschd.msc em Executar.
Existem duas formas de criar a tarefa:
1
Criar Tarefa Básica
Mais fácil e intuitiva.
2
Criar Tarefa
Não possui o passo a passo interativo.
Veremos como realizar o procedimento com a opção Criar Tarefa.
Durante a criação, algumas tarefas necessitam ser realizadas pelo administrador. Logo, será necessário ativar a opção
Executar com privilégios mais altos.
Agendamento de tarefas no Linux
Todos os usuários, assim como os administradores de sistemas Linux, precisam, muitas vezes, executar tarefas
automaticamente.
A ferramenta agendador de cron é ideal para um administrador que precise monitorar o uso de disco em um servidor de
arquivos.
Imagine que o administrador do sistema precisa executar o script /usr/local/sbin/backup.sh toda segunda-feira, às 2h36.
Nesse caso, ele deve editar seu arquivo de crontab conforme mostrado a seguir:
 
$ sudo crontab -e
O formato da entrada crontab é simples, pois é dividido em sete campos separados por espaços ou tabulações. O sexto
campo, neste caso, nome de usuário, pode ser omitido, pois é usado apenas pelo agendador de crontab do sistema.
A formatação de cada linha inserida no arquivo crontab segue o seguinte formato:
“minuto” “hora” “dia do mês” “mês” “dia da semana” “usuário” “comando/script”.
Veja a seguir, mais informações sobre a formatação da entrada crontab.
 Formato da entrada crontab
 Clique no botão acima.
Formato da entrada crontab
Observe os detalhes a respeito de cada campo do arquivo /etc/crontab:
Minuto: de 0 a 59;
Hora: de 0 a 23;
Dia do mês: de 1 a 31;
Mês: de 1 a 12;
Dia da semana: de 0 a 7 (sendo que 0 ou 7 equivalem ao domingo);
Usuário: responsável pela execução da tarefa;
Comando/Script: script ou comando que você deseja que seja executado.
Podem acompanhar os trechos acima, alguns símbolos, por exemplo:
* (um asterisco): repetição a cada minuto, a cada hora, a cada mês, dependendo de onde estiver o *;
– (um traço): uma faixa, por exemplo 5-10, equivale a 5,6,7,8,9 e 10;
/ (uma barra): */4 signi�ca “de quatro em quatro”.
, (uma vírgula): usada para separar os valores e faixas.
Vejamos alguns exemplos.
Execução a cada minuto:
* * * * * usuario bash script.sh
De 10 em 10 minutos:
*/10 * * * * usuario bash script.sh
De hora em hora, aos 15 minutos de cada hora. Exemplo: 10h15min, 11h15min e 12:15min.
15 * * * * usuario bash script.sh
De três em três horas, executado aos cinco minutos.
5 */3 * * * usuario bash script.sh'
Todo mês, no primeiro dia de cada mês, às 23h59.
59 23 1 * * usuario bash script.sh
Toda segunda-feira.
43 20 * * 1 usuario bash script.sh
Todos os dias às 9h30 da noite.
30 21 * * * usuario bash script.sh
O que pode não ser tão óbvio é o uso do * no exemplo de entrada do crontab, pois esse símbolo é um coringa, que
pode ser utilizado em todos os campos.
A seguir, temos alguns outros exemplos básicos de crontab.
Execute o trabalho Crontab a cada cinco minutos:
/ 5 * * * *
Execute o trabalho Crontab a cada hora:
0 * * * *
Executar trabalho de crontab todos os dias às 00:00 horas:
0 0 * * *
Como editar as tarefas do crontab
O usuário pode editar seus trabalhos do crontab com a inserção do seguinte comando com um usuário especí�co. O comando
a seguir abrirá o arquivo de con�guração pessoal do crontab com o editor de texto padrão.
Basta fazer as alterações e salvar o arquivo. Não há necessidade de reiniciar o crontab, pois ele irá coletar suas alterações
automaticamente.
 
$ crontab -u suporteti -e
Para listar a tarefa do crontab, digite:
 
$ crontab -l
Por �m, caso precise remover as tarefas do crontab, execute o comando abaixo. Note que isso removerá todas as entradas do
crontab:
 
$ crontab -r
Cronograma do crontab para todo o sistema
Muitos serviços usam o crontab automaticamente. Eles armazenam a con�guração do agendador de tarefas diretamente no
diretório /etc/cron.d. Todos os arquivos localizados nesse diretório são automaticamente selecionados e executados pelo
crontab.
Os administradores de sistemas Linux podem ter a vantagem de utilizar diretórios crontab pré-con�gurados:
etc/cron.daily /etc/cron.hourly /etc/cron.monthly /etc/cron.weekly
Os arquivos crontab localizados nesses diretórios são periodicamente veri�cados e executados pelo crontab scheduler.
Por exemplo, os arquivos crontab encontrados no diretório /etc/cron.daily são executados todos os dias. Além disso, caso
deseja executar um script backup.sh uma vez por semana, basta colocá-lo no diretório /etc/cron.weekly.
Exemplo
Para executar o comando updatedb 35 minutos após cada hora.
35 * * * * updatedb
Para executar o script /usr/local/bin/diskusage.sh, às 14h, no dia 10 de março, junho, setembro e dezembro.
00 14 10 3,6,9,12 * /usr/local/bin/diskusage.sh
O exemplo a seguir executa o script /usr/local/bin/diskusage.sh às 1h25, 1h50 toda terça-feira e no dia 15 de cada mês.
25,50 1 15 * 2 /usr/local/bin/diskusage.sh
Este exemplo executa ao script /usr/local/bin/diskusage.sh, às 21h, todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Note que usar
nomes de dias da semana e nomes de mês é uma extensão para algumas versões do crontab.
00 21 * * seg, qua, sex /usr/local/bin/diskusage.sh
O script /usr/local/bin/backup-serverarquivos.sh é executado a cada cinco minutos, durante cinco dias úteis (segunda à
sexta-feira), todas as semanas e meses.
* / 5 * * * 1-5 /usr/local/bin/diskusage.sh
Atividade
1. O ____________ permite automatizara execução de determinadas ações em horários especí�cos ou ao ocorrer determinado
evento.
a) Active directory.
b) Visualizador de eventos.
c) Gerenciador de dispositivos.
d) Prompt de comandos.
e) Agendador de tarefas.
2. Uma empresa não quer pagar horas extras aos seus funcionários. O ponto é registrado em um servidor Linux, que roda um
software com um banco de dados Mysql.
A empresa determinou que o administrador criasse um script para veri�car todos os usuários que ainda não bateram o ponto
ao �nal do expediente, às 18h, de segunda à sexta-feira e noti�casse, por e-mail, o gerente de seu setor. O administrador criou
um script chamado veri�ca_ponto, a linha do CRON que irá executar o script conforme solicitado será:
a) * * * * * verifica_ponto.
b) 18 0 * * * verifica_ponto.
c) 0 18 * * * verifica_ponto.
d) 0 18 * * 1-5 verifica_ponto.
e) 0 18 2-6 * * verifica_ponto.
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Caixa de texto
Resposta correta: letra e. Questão conceitual. A alternativa B poderia gerar alguma dúvida devido à presença da palavra evento no enunciado.
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Caixa de texto
Resposta correta: letra d. O crontab funciona da seguinte forma:
minuto hora dia_do_mês mês dia_da_semana comando
 00 18 * * seg-sex verifica_ponto
3. Ao surgir a dúvida de que um programa não desejado esteja executando em um computador, pode-se lançar mão de um
programa utilitário para ver a lista de todos os processos em execução. Esse programa utilitário padrão que acompanha o
Windows é o:
a) Windows Explorer (explorer.exe);
b) Gerenciador de usuários (user.exe);
c) Programas em memória (pmem.exe);
d) Remote Desktop Connection (mstsc.exe);
e) Gerenciador de tarefas (taskmgr.exe).
Gerenciamento de processos no Windows
O gerenciamento de processos no Windows Server é executado com a ferramenta
grá�ca Gerenciador de tarefas. Há três maneiras de acessá-lo:
1. Clicar com o botão direito do mouse na barra iniciar e selecionar a opção
Iniciar Gerenciador de Tarefas.
2. Pressionar as teclas Ctrl + Alt + Delete e Gerenciador de tarefas.
3. Iniciar > Executar > Digitar taskmgr e pressionar Enter.
Vejamos algumas das abas que compõem o Gerenciador de tarefas:
Aba Aplicativos
Visualizamos os aplicativos em
execução de forma mais simples,
ou seja, de forma mais prática
para o usuário comum.
Aba Processos
Visualizamos os processos
propriamente ditos, com a
diferença de não exibir apenas os
aplicativos que instanciados pelo
usuário como antes, mas todos
os processos, contando com o
sistema operacional.
Continue lendo...
Aba Desempenho
Visualizamos, de forma
detalhada, a utilização da CPU, da
memória RAM, o histórico do uso
da CPU, da memória física, o
número de threads, processos
utilizados no momento dentre
outras opções, que é útil para
identi�car o motivo da máquina
estar lenta.
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0126/aula7.html
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Caixa de texto
Resposta correta: letra e. Conceito de Gerenciamento de tarefas.
Gerenciamento de processos no Linux
Todo sistema operacional fornece uma interface para que os usuários tenham
controle sobre os programas em execução. Já falamos de processos
anteriormente. Agora, falaremos das particularidades do gerenciamento de
processos no Linux.
Os processos são entidades independentes, em que cada processo possui
permissões de acesso e atributos como o PID (Process Identi�cation –
identi�cação do processo). O Linux é responsável por gerenciar os seus processos
para otimizar o uso de CPU. No diretório /proc, são criados subdiretórios para
cada processo em execução. Os nomes desses diretórios são os PID desses
processos.
Há comandos que podem obter informações, alterar prioridades e encerrar
processos. Os mais utilizados são ps, pstree, top, nice, renice e kill.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Veremos esses e outros comandos mais adiante.
Classi�cação de processos
Os processos no Linux podem ser classi�cados de acordo com a execução e tipo.

Execução
Foreground Background
Ocorre quando o processo é executado em segundo
plano, não podendo interagir com o usuário e não é
exibido na tela. O terminal �ca livre para utilização de
outros comandos enquanto um processo é executado.
Ocorre quando o processo é executado em primeiro
plano. Geralmente, são inicializados no terminal de
comandos, podendo interagir com usuários e sua
execução utiliza a saída padrão. Durante a execução de
um processo foreground, o terminal de comandos �ca
preso, não permitindo que outros comandos sejam
realizados.

Tipo
Processos interativos
São processos iniciados por um
usuário a partir de um terminal de
comandos e controlados por ele.
Ao executar um comando no
shell, um processo é criado em
primeiro plano.
Processo em lote
(batch)
São processos controlados pelos
comandos at, batch e cron.
Daemons
São processos executados
quando o Linux é iniciado,
permanecendo em execução
enquanto o sistema estiver
funcionando em segundo plano
até que algum processo solicite o
seu serviço.
Conheça os comandos para o gerenciamento de processos:
Comandos Função
<CTRL> + C Aborta um processo.
<CTRL> + Z Suspende um processo.
& Executa um processo em segundo plano.
bg Coloca um processo em background.
fg Coloca um processo em foreground.
kill Finaliza um job.
jobs Exibe os jobs em execução pelo shell.
ps Exibe informações sobre processos ativos.
pstree Exibe informações sobre processos ativos em forma de árvore.
top Exibe os processos com maior consumo de CPU.
pidof Exibe o PID do processo informado.
killall Finaliza o processo por nome.
nohup Continua a execução de um comando mesmo que o usuário que o iniciou saia do sistema.
nice Executa um processo com uma prioridade diferente da padrão.
renice Modifica a prioridade de um processo em execução.
free Exibe a quantidade de memória livre e usada no sistema.
uptime Exibe o tempo de funcionamento do sistema e a sua carga.
Windows: Gerenciamento de logs do sistema / registros de
eventos
O visualizador de eventos é uma ferramenta do Windows Server que exibe informações sobre eventos importantes que
ocorrem em seu computador. O visualizador de eventos pode ser utilizado para solucionar problemas de erros do Windows e
de aplicativos.
Logs de eventos (visualizador de eventos)
Os logs no Windows podem ser divididos em:
Logs do Windows;
Logs do aplicativo;
Logs de segurança;
Logs de instalação;
Logs de sistema;
Logs de forward events (encaminhamento de eventos);
Logs de aplicativos e serviços (Administração, Operacional, Analítico e Depuração).
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O log de eventos registra eventos no computador e o log de segurança
registra eventos de auditoria.
Para acessar o visualizador de eventos, digite eventvwr.msc em Executar ou vá em Ferramentas administrativas e clique no
Visualizador de eventos.
A seguir, conheça os eventos que podem gerar logs.
 Eventos geradores de logs
 Clique no botão acima.
Eventos geradores de logs
Eventos encaminhados
O encaminhador de eventos permite coletar logs de computadores remotos para formar um servidor de logs
centralizado, podendo coletar os logs de outros servidores e de estações de trabalho que estejam con�gurados para
encaminhar os logs.
Auditoria
Recurso que permite veri�car a autoria dos fatos relacionados aos usuários e ao computador em um domínio Active
Directory.
Com a Auditoria, é possível, por exemplo, detectar, por meio do Event Viewer, no log de segurança, o momento em que
uma pasta foi apagada e quem a apagou.
O Event Viewer exibe os seguintes tipos de eventos:
Erro 
Problema signi�cativo (perda de dados ou de funcionalidade). Se um serviço não for carregado durante a
inicialização, um erro será registrado.
Aviso 
Evento que não é necessariamente signi�cativo, mas que pode indicar um problema futuro. Um aviso será
registrado quandoo espaço em disco estiver baixo.
Informações 
Evento que descreve a operação bem-sucedida de um aplicativo, driver ou serviço. Um evento de informações
será registrado quando um driver de rede for carregado com êxito.
Auditoria de sucesso
Tentativa de acesso de segurança auditada que é bem-sucedida. A tentativa bem-sucedida de um usuário de fazer
logon no sistema será registrada como um evento de Auditoria de Sucesso.
Auditoria de falha
Tentativa de acesso de segurança auditada que apresenta falha. Se um usuário tentar acessar uma unidade de rede e
falhar, a tentativa será registrada como um evento de auditoria de falha.
O serviço de log de eventos é iniciado automaticamente quando o Windows é iniciado. Os logs do aplicativo e do
sistema podem ser visualizados por todos os usuários, mas os logs de segurança são acessíveis apenas aos
administradores.
Usando os logs de eventos no Visualizador de Eventos, é possível reunir informações sobre hardware, software e
problemas do sistema e monitorar eventos de segurança do Windows.
Para acessar o Visualizador de Eventos no Windows 8.1, Windows 10 e Server 2012 R2, 2016 e 2019:
1. Clique com o botão direito do mouse no botão Iniciar e selecione Painel de Controle> Sistema e Segurança. Em
seguida, clique duas vezes em Ferramentas Administrativas;
2. Clique duas vezes em Visualizar Eventos;
3. Selecione o tipo de logs que você deseja revisar (Application, System).
Para acessar os logs do aplicativo no Visualizador de Eventos, vá para Logs do Windows > Aplicativo. Para
erros de desligamento, consulte Logs do Aplicativo e do Sistema.
Sistema operacional Linux
Finalmente, chegamos ao último assunto desta aula, que, por sinal, é um dos mais
importantes: análise de logs em sistemas operacionais Linux.
Uma das tarefas que o administrador de sistemas realiza é o gerenciamento de
logs em servidores. Grande parte dos serviços/servidores encontrados nas redes e
na Internet se baseia em Linux. Existem inúmeras ferramentas de monitoramento
de serviços que são utilizadas para veri�car a saúde de um servidor.
Atenção
Antes de começar a monitorar os logs de um sistema, é essencial que você saiba onde os arquivos de logs são localizados e
qual é a utilidade/�nalidade de cada um deles.
A maioria dos arquivos de log pode ser localizado em /var/log. Esses são todos os logs de sistema e de serviço, aqueles de
quem você depende muito quando há um problema com o sistema operacional ou com um dos principais serviços. Existem
muitas maneiras e ferramentas para visualizar os registros do sistema, porém a mais e�ciente é usando a linha de comando.
Arquivos de log e uso comuns do Linux
O dever dos arquivos de log é ajudá-lo a solucionar um problema de forma correta e e�ciente. Quando os sistemas estiverem
funcionando perfeitamente, reserve um tempo para aprender e entender o conteúdo de vários arquivos de log. Isso ajudará
muito a resolver problemas quando acontecer um incidente, pois você terá que examinar os arquivos de log para identi�car o
problema.
Existem muitos logs a serem encontrados:
Logs para o sistema;
Logs para o kernel;
Logs para gerenciadores de pacotes;
Logs para o processo de boot;
Logs para servidor Web Apache;
Logs para MySQL.
Exemplo
/var/log/messages: General message and system related stuff
/var/log/auth.log: Authentication logs
/var/log/kern.log: Kernel logs
/var/log/maillog: Mail server logs
/var/log/apache2/: Apache access and error logs directory
/var/log/boot.log: System boot log
/var/log/mysqld.log: MySQL database server log �les
/var/log/utmp ou /var/log/wtmp: Login records
Localização dos arquivos de log
Como visto, praticamente todos os arquivos de log estão localizados no diretório /var/log/ e são subdiretórios por padrão. Você
pode usar o seguinte comando para entrar no diretório log:
 
# cd /var/log
Você pode ver o que está no seu diretório de log com o seguinte comando:
 
# ls -l
A saída deve ser semelhante ao que é apresentado na imagem a seguir.
Você pode acessar o diretório /var/log/apache2 e encontrar os arquivos de logs do Apache nesse diretório.
Vamos supor que, em determinado momento, desejamos saber quais os serviços e programas foram instalados e quando
foram instalados no servidor.
Como descobrir a partir da análise dos logs?
Simples. Dentro do diretório /var/log, existe um subdiretório apt e, dentro desse diretório, encontramos o arquivo history.log
responsável por salvar essas modi�cações no sistema.
A seguir, saiba mais sobre logs.
 Analisando arquivos de log
 Clique no botão acima.
Analisando arquivos de log
Existem muitos comandos para ler arquivos de log. Cada um deles tem um propósito diferente.
Comando cat
O comando cat permite visualizar o conteúdo de um arquivo de log sem precisar editar ou realizar alteração, apesar de
não ser muito útil.
Vamos ver um exemplo da saída (usaremos o access.log do Apache como um exemplo).
#cat /var/log/apache2/access.log
Com o comando cat, você pode ver todo o conteúdo do arquivo de log estaticamente.
Comando tail
Esse comando é útil para que você possa visualizar um arquivo de log. Se você usar o comando tail sem �ags, ele
mostrará as últimas dez linhas do arquivo de log.
tail /var/log/messages
Você pode veri�car os parâmetros do comando tail com a ajuda:
tail --help
Esse é o formato básico do comando tail:
tail [FLAG] [FILENAME]
Se quiser ver as últimas cem linhas do seu arquivo de log, você pode executar:
tail -n 100 /var/log/messages
O parâmetro mais importante é o -f, que permite que você veja seu arquivo de log em tempo real, ou seja, os dados de
saída são anexados ao �nal à medida que o arquivo cresce.
tail -f /var/log/apache2/access.log
Comando more e less
O comando more é usado para ver um arquivo de log página por página e navegar para atingir o espaço:
more arquivo.log
less arquivo.log
Comando head
O comando head mostrará as dez primeiras linhas do seu arquivo:
head arquivo.log
Combinação do comando grep a outros comandos
Ao veri�car um arquivo de log, é possível combina-lo ao comando “grep” para realizar �ltros baseados em expressões
especí�cas dentro do arquivo, como um IP ou um erro especial.
cat arquivo.log | grep 192.168.0.100
tail -f arquivo.log | grep errorname
Caso esteja procurando por uma palavra especí�ca no seu arquivo de log, enquanto quiser ver todo o conteúdo, você
pode usar grep como demonstrado a seguir:
grep --color [PATTERN] arquivo.log
Comando "sort"
Usando o comando a seguir, você classi�cará o seu arquivo em ordem alfabética:
sort arquivo.log
Se você adicionar o parâmetro -r, ele classi�cará seus dados em ordem alfabética, mas na ordem inversa:
sort -r arquivo.log
O sinalizador -n classi�cará seus dados do menor para o maior (se seus dados apresentarem números para cada
item):
sort -n prices.log
Você sempre pode usar o seguinte comando para ver todos os sinalizadores de classi�cação:
sort --help
Comando uniq
O comando uniq é útil para remover ou detectar entradas duplicadas em um arquivo. Esta seção explica algumas
opções de linha de comando uniq usadas com mais frequência, que podem ser úteis.
O formato básico uniq é:
uniq [-options]
Quando o comando uniq é executado sem nenhuma opção, ele remove linhas duplicadas e exibe linhas exclusivas.
uniq arquivo.log
O parâmetro -c é para contar a ocorrência de linhas no arquivo.
uniq -c arquivo.log
Utilize o seguinte comando para imprimir apenas linhas exclusivas no arquivo.
uniq -u arquivo.log
Comando history
Permite visualizar os últimos 500 comandos digitado no terminal.
history
O comando history visualiza os comandos executados pelo usuário corrente. Caso queira veri�car os
comandos realizados por outros usuários, basta entrar no /home, listar os usuários existentes e, dentro do
diretório desse usuário, haverá um arquivo oculto chamado .bash_history, contendo os comandos
executados por este usuário.
Fica uma dica para realização de uma auditoria de segurança, caso necessário!Comandos combinados úteis
Como você deve saber, é possível combinar os comandos que você viu nas seções anteriores e fazer comandos muito
úteis.
Veja alguns deles a seguir:
Este comando mostrará a quinta coluna que se separou com (” ”).
cat arquivo.log |awk -F" " '{print $5}'
Este comando mostrará a primeira coluna que separou e ordenará do menor para o maior com o valor da ocorrência.
cat /var/log/arquivo.log | awk -F" " '{print $1}' | uniq -c | sort -n
Rotação do log
O Log rotate é uma ferramenta que pode remover, compactar e rotacionar seus
arquivos de log regularmente. O Log rotate é capaz de rodar seus arquivos de log à
medida que eles crescem muito ou, até mesmo, você pode con�gurá-lo para fazer
isso diariamente, mensalmente etc. Por padrão, log rotate é invocado diariamente
como um cron job.
Servidor Syslog
Um servidor Syslog representa um ponto central de monitoramento de log em uma rede para o qual todos os tipos de
dispositivos, incluindo servidores Linux ou Windows, roteadores, switches ou outros hosts, podem enviar seus logs através de
uma rede.
Ao con�gurar um servidor Syslog, você pode �ltrar e consolidar logs de diferentes hosts e dispositivos em um único local para
visualizar e arquivar mensagens de log importantes com mais facilidade.
Atenção
Na maioria das distribuições Linux, o rsyslog é o daemon Syslog padrão, que vem pré-instalado. Con�gurado em uma
arquitetura cliente/servidor, o rsyslog pode desempenhar as duas funções, como um servidor Syslog.
O rsyslog coleta logs de outros dispositivos e, como cliente Syslog, o rsyslog pode transmitir seus logs internos para um
servidor Syslog remoto.
Atividade
4. Uma maneira de colocar um programa para iniciar a execução em background no Linux é utilizar:
a) Sinal B no final do comando.
b) Sinal B no início do comando.
c) Sinal & no final do comando.
d) Sinal & no início do comando.
e) Sinal BG no final do comando.
5. Assinale a alternativa que não possui um log do Windows.
a) Aplicativo
b) Rede
c) Instalação
d) Sistema
e) Segurança
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Caixa de texto
Resposta correta: letra c. Verificar a tabela de comandos e suas definições no tópico referente ao gerenciamento de processos no Linux.
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Sublinhado
ROGÉRIO
Caixa de texto
Resposta correta: letra b. Não existe logs de redes, o que existe são os Eventos Encaminhados, capazes de coletar Logs de outros servidores via Rede de forma centralizada.
6. Qual é o software responsável pela manutenção dos logs para que eles não lotem o disco do servidor?
a) Syslog
b) Logerase
c) Logrotate
d) Clear.logs
e) Logger
Notas
Aba Processos 1
Ao clicar em um processo com o botão direito, podemos �nalizar o processo, a árvore de processos (�naliza tudo relacionado
ao processo desejado) e de�nir a prioridade de execução do processo.
Referências
ANUNCIAÇÃO, H. Linux total e software livre. 1. ed. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2007.
BALL, B.; DUFF, H. Dominando o Linux. 1. ed. São Paulo: Person, 2004.
NEMETH, E., SNYDER, G.; HEIN, T. R. Manual completo do Linux. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2007.
RUSSEL, C. Administração do Windows Server 2012 R2: Série Exam Ref 70-411. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Próxima aula
Conceitos relativos aos serviços de diretórios;
Conceitos relacionados aos objetos do Active Directory, usuários, grupos e senhas;
Administração de um domínio.
Explore mais
Rsyslog;
How to Install and Con�gure Graylog2 on Debian 9;
Log de eventos: aplicação de um modelo de análise de Logs para auditoria de registro de eventos.
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);
ROGÉRIO
Realce
ROGÉRIO
Caixa de texto
Resposta correta: letra c. O log rotate tem a função de descartar logs automaticamente baseados em período de tempo determinado.

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