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TRATAMENTO E ABAST DE AGUA TEXTO

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TRATAMENTO E 
ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VALDINEI MENDES DA SILVA 
LUCY ANNE GUTIERREZ 
JOSÉ ALMIR PEREIRA 
 
 
 INTRODUÇÃO 
As demandas de água de uma comunidade, seja para o uso comercial, público, 
industrial ou consumo doméstico, são atendidas pelos sistemas de abastecimento de 
água (SAA). Desta forma, podemos dizer que um SAA tem a finalidade de produzir e 
distribuir água em qualidade e quantidade suficientes para atender as necessidades de 
uma população. 
 
A implantação de sistema coletivo de abastecimento de água melhora as 
condições de vida e contribui para o desenvolvimento econômico da comunidade, tendo 
como atividade inicial a elaboração de projeto em que são determinadas a qualidade e a 
vazão de água necessária para atender a população em diferentes horas e dias da 
semana. 
 
Para isso devem ser observadas as normas vigentes de qualidade da água, e 
conhecidos o período de alcance do projeto, as previsões de crescimento populacional, 
os fatores que afetam o consumo, as variações de consumo no tempo (horárias, diárias, 
semanais, mensais), a estimativa de perdas de água no sistema de abastecimento, entre 
outros. 
 
O período de alcance do projeto é relacionado com a capacidade do sistema em 
atender a demanda de água da população futura, a qual é determinada com a utilização 
de métodos matemáticos como o aritmético, o geométrico, o da curva logística. 
 
 Entre os fatores que afetam e provocam variação no consumo de água de uma 
comunidade estão: 
 Clima, em geral, o aumento da temperatura resulta em maior consumo de 
água; 
 Hábitos higiênicos e padrão econômico da população abastecida; 
 Industrialização e população flutuante; 
 Medição de consumo, quando as ligações de água não são micromedidas, 
o consumo de água costuma ser maior; 
 Quantidade e qualidade da água fornecida; 
 Valor da tarifa de água. 
 
1. TIPOS DE USO DE ÁGUA NAS CIDADES 
 
Normalmente, as companhias de saneamento classificam seus usuários em 
quatro categorias de consumo (residencial, comercial, público e industrial), para 
definição da estrutura tarifária dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento 
sanitário. O consumo doméstico de água ocorre nas áreas internas e externas das 
habitações. Nesse grupo estão incluídos os volumes de água utilizados na preparação de 
alimentos, ingestão, lavagem de roupas e utensílios, higiene pessoal, descarga de bacias 
sanitárias, eventuais perdas (vazamentos em torneiras, chuveiros e outros), lavagem de 
automóveis, etc. 
 
A utilização da água em atividades comerciais é muito diversificada e depende 
da atividade e do porte do empreendimento. Entre esses estão os consumos de água em 
escritórios, consultórios, livrarias, salões de beleza, lojas em geral, locadoras de vídeo, 
mercearias, lanchonete, açougue, oficinas, bares, restaurantes, hotéis, pensões, motéis, 
hospedarias, cinemas, teatros, supermercados, postos de gasolina, lava-jato, 
laboratórios, academias de ginástica, estacionamentos, hospitais, clínica, farmácias, 
escolas, creches, faculdades, instituições financeira etc. No Quadro 1.1são apresentados 
os consumos de água em algumas atividades comerciais. 
 
Quadro 1.1 – Consumo de água em atividades comerciais 
PRÉDIO UNIDADE 
CONSUMO DE ÁGUA 
(L/hab.dia) 
Escritório Pessoa 50 
Restaurante Refeição 25 
Hotel (sem cozinha e lavanderia) Pessoa 120 
Lavanderia Kg/roupa seca 30 
Hospital Leito 250 
Cinema, teatro e templo Lugar 2 
Edifício comercial Pessoa 50 
Fonte: Adaptado de Tsutiya (2004) 
 
 
 A água em uma instalação industrial pode ser utilizada no produto (água 
incorporada em alimentos, bebidas, perfumes etc.), no processo de produção (água para 
geração de vapor, preparação de argamassa e outros), na higiene pessoal, na preparação 
de alimentos, na limpeza geral e manutenção de áreas do estabelecimento e em usos não 
rotineiros (água para incêndio). No Quadro 1.2 são relacionados valores do consumo de 
água em algumas atividades industriais. 
 
Quadro 1.2 – Consumo de água em algumas atividades industriais 
ESTABELECIMENTO UNIDADE CONSUMO (L/dia) 
Indústria – uso sanitário Operário 70 
Matadouro – animais de grande porte Cabeça abatida 300 
Matadouro – animais de pequeno porte Cabeça abatida 150 
Laticínio Kg de produto 1 – 5 
Curtumes Kg de couro 50 – 60 
Fábrica de papel Kg de papel 100 – 400 
Fonte: Adaptado de Tsutiya (2004) 
 
 
 A água utilizada para fins públicos é aquela destinada para irrigação de jardins 
públicos, limpeza pública, albergues, penitenciárias, escolas, creches, órgão da 
administração pública, unidades militares, biblioteca pública, entre outras. 
 
2. SISTEMAS DA ABESTECIMENTO DE ÁGUA 
 
Para a água utilizada nas áreas urbanas ser disponibilizada aos consumidores, é 
importante o conhecimento das características do manancial e do consumo previsto para 
a comunidade. É importante observar que o volume disponível e a qualidade da água 
bruta do manancial podem variar de acordo com a sazonalidade. 
 
De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 
(1992), na NBR 12211, é recomendada a utilização de mananciais com condições 
sanitárias satisfatórias e que, isolados ou agrupados, apresentem vazão suficiente para 
atender à demanda máxima prevista para o abastecimento de água no alcance do plano. 
Normalmente nas áreas urbanas são utilizados mananciais superficiais e subterrâneos, 
porém em locais com grande precipitação pluviométrica e pequena densidade 
populacional pode ser também aproveitada a água de chuva. 
 
No Quadro 1.3 são relacionadas as principais características dos mananciais de 
abastecimento de água. 
 
Quadro 1.3. Relação entre quantidade e qualidade de água em função do tipo de manancial. 
Manancial Quantidade de água Qualidade de água 
Superficial 
Depende de fatores como: 
 Área e bacia de contribuição; 
 Relevo da bacia; 
 Condições da superfície do solo; 
 Constituição geológica do subsolo; 
 Clima; 
 Existência de obras de controle e 
utilização da água a montante do local 
de captação. 
Depende de fatores como: 
 Grau de ocupação da bacia de 
contribuição; 
 Prática de atividades potencialmente 
poluidoras na área da bacia; 
 Existência de pontos de lançamento de 
esgoto a montante 
 
Subterrâneo 
Freático 
 Geralmente capaz de atender a uma 
família ou a um pequeno grupo de 
famílias. 
 
 Água sofre infiltração natural pelas 
camadas do solo; 
 Grande exposição à contaminação por 
organismos patogêncios, devido 
principalmente à proximidade de 
fossas, falta de higiene no manuseio 
ou entrada de água de chuva. 
Subterrâneo 
Confinado 
 Pode atender a cidades de pequeno, 
médio ou grande porte, dependendo 
das características geológicas do 
subsolo, entre outros fatores. 
 Pouca exposição à contaminação por 
atividades humanas, podendo haver 
presença de substâncias químicas 
nocivas ao homem; 
Água da chuva  Depende da pluviosidade do local 
 Por não possuir sais dissolvidos é 
insípida e pouco digestiva; 
 Pode sofrer contaminação nos telhados 
por partículas ou por fezes de 
pequenos animais 
Fonte: Heller e Casseb (1995) 
 
Na área da bacia do manancial é indispensável que sejam identificadas as 
atividades potencialmente poluidoras (ocupações populacionais, indústrias, atividades 
agropecuárias, etc.), bem como avaliada a qualidade da água do manancial, o que requer 
coleta de amostras e realização de análises laboratoriais. 
 
A definição do manancial deve ocorrer no estudo da concepção do sistema de 
abastecimento de água, que normalmente é constituído pelas unidades de captação, 
elevação, adução, tratamento, preservação e distribuição de água, conforme 
representado na Figura1.1. 
 
 
Figura 1.1. Unidades constituintes de um sistema de abastecimento de água. 
 
A água do manancial pode ser retirada por gravidade ou bombeamentoe 
transportada em canal ou tubulação até a estação de tratamento. Após o tratamento, a 
água é encaminhada para reservatórios e, então, para a rede de distribuição. Esse 
sistema deve atender as demandas doméstica, comercial, pública e industrial. 
 
Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT), 
na NBR 12211 (1992), a demanda de água deve ser obtida a partir do cálculo do 
coeficiente do dia de maior consumo (k1), que consiste na relação entre o maior 
consumo diário de água e o consumo médio diário no mesmo período, e nas mesmas 
ligações. Também deve ser considerado o coeficiente da hora de maior consumo (k2), 
que é a relação entre a máxima vazão horária e a vazão média do dia de maior consumo. 
Estação Elevatória (EE) 
EE 
Estação de Tratamento de Água (ETA) 
Elevatória 
Reservatório 
elevado Cisterna 
Adutora 
de água 
tratada 
Adutora 
de água 
bruta 
Reservatório 
da ETA 
Manancial 
Captação 
 A melhoria progressiva das instalações sanitárias domiciliares no decorrer dos 
anos e o próprio crescimento das cidades implicam em novos usos e maiores perdas de 
água, ou seja, o índice de consumo por habitante cresce anualmente, sendo necessário 
considerar esse incremento sempre que forem realizadas projeções de demanda de longo 
alcance (AZEVEDO NETTO et al. 2002). 
 
 
3. CAPTAÇÃO 
 
 De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 
(1992), na NBR 12213, a unidade de captação é o conjunto de estruturas e dispositivos 
construídos ou montados junto a um manancial, para a retirada de água destinada ao 
sistema de abastecimento. 
 
Heller e Casseb (1995) recomendam que sejam avaliados os seguintes fatores na 
seleção do ponto de captação: 
 Possíveis custos de desapropriação; 
 Distância da captação à estação de tratamento de água; 
 Necessidade de estações elevatórias; 
 Disponibilidade de energia elétrica; 
 Facilidade de acesso. 
 
Segundo Pereira etal. (1987), a captação das águas superficiais é geralmente 
constituída das seguintes partes: 
 Barragens para manutenção do nível ou regularização de vazão – São obras 
executadas em um curso d’água, ocupando toda sua largura, para manter o nível 
da água em cota pré-estabelecida de modo a permitir o bom funcionamento do 
sistema de captação. 
 Órgãos de tomada d’água com dispositivos para impedir a entrada de materiais 
flutuantes ou em suspensão na água. Para este fim são utilizados grades, crivos, 
telas e outros. Estes dispositivos têm a finalidade de remover sólidos decantáveis 
(areia), materiais flutuantes e em suspensão (folhas, galhos, plantas aquáticas), 
além de peixes, répteis, moluscos e qualquer outro material que possa impedir o 
bom funcionamento das unidades a jusante. 
 Dispositivos utilizados para controlar ou impedir a entrada de água no sistema, 
possibilitando a operação e a realização de manutenções no sistema. 
Normalmente, para este fim são utilizadas comportas, válvulas, registros e 
adufas. 
 Canais e tubulações – condutos utilizados para interligação entre as unidades do 
sistema. 
 Poços de tomada – poço destinado para instalação da tubulações de sucção das 
bombas. 
 
Na Figura 1.2 são mostradas grades para a remoção de material grosseiro e o 
sistema de bombeamento utilizado na unidade de captação de água superficial. 
 
a b
 
Figura 1.2. Grade utilizada para retenção do sólidos grosseiros (a), Sistema de bombeamento de água 
bruta do rio Guamá Belém -PA (b). 
 
 
Na captação de águas de chuvas devem ser utilizados reservatórios para 
acumulação do volume captado nos telhados das edificações. Contudo, a sua utilização 
segura depende do condicionamento adequado, já que a água de chuva captada pode ser 
poluída/contaminada por impurezas dos telhados, como dejetos de pássaros, folhas, 
partículas etc. 
 
Para captação de água subterrânea de aqüíferos livres ou confinadossão 
construídos poços, bem como são utilizadas caixas de tomada para captação de água de 
fonte de encosta ou de fonte de fundo de vale. 
4. ADUTORAS 
 
As adutoras são grandes tubulações ou canais utilizados no transporte de água 
entre as unidades do sistema de abastecimento de água, como da captação para as 
estações de tratamento e destas para os reservatórios. Em alguns casos, são instaladas 
ramificações na linha de adução, as quais são denominadas de subadutoras. 
 
É importante observar que não deve ocorrer distribuição de água diretamente 
das adutoras aos consumidores, pois isso reduz a vazão transportada e desequilibra 
hidraulicamente o sistema de abastecimento de água. 
 De acordo com a natureza da água transportada, as adutoras são classificadas: 
em adutora de água bruta ou de água tratada, Uma outra classificação é quanto a energia 
utilizada para movimentação da água, existindo adutoras com escoamento por 
gravidade, por recalque ou misto. 
 
O escoamento da água na adutora por gravidade é tipo conduto livre, com a água 
sujeita a pressão atmosférica no deslocamento de ponto mais alto para ponto mais 
baixo. 
 
Na adutora por recalque ocorre transporte da água em conduto forçado, que é 
caracterizado pela água apresentar pressão maior que a da atmosfera e ocupar 
totalmente a seção de escoamento. Isso ocorre em sistemas que utilizam equipamentos 
para impulsionar a água. 
 
A adutora é considerada mista quando apresenta trechos por gravidade e por 
recalque. Normalmente, a interrupção do funcionamento da adutora compromete o 
abastecimento de água na cidade, em proporções que podem variar com a vazão de água 
transportada e com o tempo de interrupção. 
 
 No projeto da adutora devem ser consideradas a vida útil, a vazão de água e o 
tempo de funcionamento diário. A vida útil da adutora é relacionada com a evolução da 
demanda de água, com o custo da obra e com a flexibilidade da operação. 
 
 O tempo de funcionamento da adutora é relacionado com a variação diária da 
demanda de água na comunidade, com o custo de energia elétrica e com a existência de 
reservatório no sistema de abastecimento de água. É oportuno observar que a 
acumulação de água em reservatório reduz o tempo de funcionamento da adutora e da 
estação elevatório (bombeamento). 
 
Por sua vez, a vazão de adução deve ser estabelecida com base na população 
abastecida e no valor do consumo médio per capita de água, observando, ainda, o 
coeficiente de segurança para as variações de demanda e o valor da perda de carga (de 
energia) na adutora. 
 
A perda de energia é relacionada com a redução da pressão da água e ocorre ao 
longo e em pontos localizados da adutora, como mudanças de direção, mudanças de 
diâmetro, órgãos acessórios, registros, válvulas, conexões etc. 
5. TRATAMENTO DE ÁGUA 
 
A escolha da tecnologia de tratamento da água depende das características da 
água bruta e da qualidade desejada para a água final. No entanto, fatores como os custos 
de implantação, exigências operacionais, área disponível, entre outros, devem ser 
considerados quando existe a possibilidade de aplicação de mais de uma tecnologia de 
tratamento. 
 
A potabilização de qualquer tipo de água é possível tecnicamente, no entanto, os 
riscos sanitários e os custos envolvidos no tratamento de águas contaminadas podem ser 
muito elevados, exigindo o emprego de tecnologias cada vez mais caras e sofisticadas 
(PÁDUA, 2006). 
 
No Brasil, os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e 
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade são 
estabelecidos pela Portaria 2914 do Ministério da Saúde. 
 
Segundo Pádua (2006), o tratamento da água tem as seguintes finalidades: 
 Remover da água os organismos patogênicos e as substâncias químicas 
orgânicas e inorgânicas que podem causar danos à saúde humana; 
 Atender aos parâmetros estabelecidos pela portaria 2914 (Brasil, 2004); 
 Deixar a água esteticamente agradável; 
 Produzir água quimicamenteestável, para que não provoque incrustações ou 
corrosão excessiva nas tubulações de distribuição. 
 
Os principais tipos de estação de tratamento de água para abastecimento público 
são convencional, filtração direta e de desferrização. 
 
 
5.1. Tratamento convencional ou completo 
 
 No tratamento convencional ou completo a água passa pelas etapas de mistura 
rápida, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoração e se necessário correção 
de pH.conforme representado na Figura1.3. 
 
 
 
 
Figura 1.3. Fluxograma de tratamento da ETA Bolonha Belém-PA. Fonte: Companhia deSaneamento do 
Pará - COSANPA 
 
Mistura rápida 
 
 A mistura rápida é utilizada para dispersão de produtos químicos na água bruta, 
tendo pequeno tempo de detenção (tempo de permanência da água na unidade) e 
elevado gradiente de velocidade (relacionado com a agitação da massa líquida). 
 
A dispersão do produto químico é conseguida hidraulicamente(vertedores e 
medidor Parshall etc.) ou mecanicamente (turbinas, rotores de bombas centrífugas etc). 
Nas ETA’s brasileiras é muito empregado o medidor hidráulico Parshall
1
, conforme 
mostrado na Figura 1.4. 
 
a b
 
Figura 1.4. Medidor Parshall da ETA Moro Redondo – Belo Horizonte – MG (a), Ajuste de pH 
ETA Morro redondo – Belo Horizonte – MG (b) 
 
 
Os produtos químicos reagem quimicamente com as impurezas presentes na 
água, em geral de carga negativa em meio aquoso, reduzindo a força de repulsão entre 
essas impurezas (coagulação) e possibilitando, assim, a sua aglutinação na unidade 
seguinte (floculação). 
 
Os principais produtos químicos coagulantes são o sulfato de alumínio, o sulfato 
ferroso, o sulfato ferroso clorado, o sulfato férrico e o cloreto férrico, os quais têm 
eficiência que dependem das características da água bruta e das condições operacionais. 
Em algumas situações, é necessário a utilização de produtos químicos complementares, 
como os auxiliares de floculação e os que alteram o valor do pH da água bruta. 
 
1
 Também utilizado para medição indireta d vazão 
 
Comumente, são realizados ensaios em equipamento jarteste (Figura 1.5) ou em 
escala piloto para determinação da(s) dosagem(ns) do(s) produto(s) químico(s). Nesses 
ensaios são avaliadas a agitação da massa líquida (determinada pelo gradiente de 
velocidade) e a remoção de impurezas presentes na água. 
 
 
 
Figura 1.5. Equipamento de jarteste 
 
Floculação 
 
 A floculação pode ser hidráulica ou mecanizada, tendo a finalidade de aglutinar 
as partículas desestabilizadas (redução da força de repulsão) na unidade de mistura 
rápida, ou seja, é empregada para a formação de flocos de tamanho e massa especifica 
adequados para remoção na unidade seguinte (decantação ou flotação). 
 
 O encontro das partículas para formação dos flocos é conseguido pela redução 
na agitação da massa líquida (gradiente de velocidade menor do que na unidade 
anterior), as unidades de floculação podem ser hidráulicas ou mecanizadas, Nos 
floculadores mecanizados são utilizados equipamentos que promovem a agitação da 
massa líquida, enquanto na floculação hidráulica, a agitação da massa líquida é 
conseguida, geralmente, pela constante mudança de velocidade e direção do escoamento 
água. 
 
 A floculação hidráulica apresenta as seguintes vantagens: a) menor custo de 
construção e manutenção, pois não necessita equipamentos eletromecânicos; b) não 
consome energia elétrica e apresenta maior simplicidade operacional. No entanto, esses 
floculadores apresentam a desvantagem de não permitir a alteração do gradiente de 
velocidade, o que, segundo Di Bernardo et. al. (2003), pode inviabilizar a sua utilização 
em ETA’s em que a qualidade da água bruta apresenta grande variação sazonal. 
 
 Por sua vez, os floculadores mecanizados alteram o gradiente de velocidade e 
proporcionam agitação mais homogênea da massa líquida. No entanto, consomem 
energia elétrica e necessitam de mão de obra especializada para manutenção. 
 
 A agitação da massa líquida (gradiente de velocidade) e o tempo de detenção são 
parâmetros fundamentais para o bom desempenho da unidade de floculação, os quais 
devem ser primeiramente determinados em sistema piloto ou em equipamento de 
jarteste. 
 
No início da floculação são numerosas e menores as partículas desestabilizadas 
(coagulação), as quais vão sendo aglutinadas em flocos que aumentam de tamanho e se 
tornam mais sensíveis, Portanto, é importante determinar a redução gradativamente do 
gradiente de velocidade (agitação da massa líquida) nas câmaras de floculação, visando 
evitar a quebra de flocos já formados. 
 
A eficiência da unidade de floculação pode ser melhorada com a utilização de 
auxiliares de floculação, como polímeros naturais e sintéticos. 
 
Decantação / Flotação 
 
 A clarificação da água ocorre pela remoção dos flocos na unidade de decantação 
ou de flotação, Quando o peso específico dos flocos é maior que o da água é utilizado 
decantador para sedimentação dos flocos para o fundo (ação da gravidade), conforme 
representado na Figura 1.6 
Água Cagulada
Floculador DecantadorCanal de descarga
 de lodo
Água Clarificada
Figura 1.6. Decantador convencional 
 
A unidade de flotação é utilizada nos casos em que os flocos apresentam baixa 
decantabilidade, Nesse processo é empregado dispositivo para introduzir água 
pressurizada e liberar microbolhas de ar (solução Ar+Água), as quais no movimento 
ascendente, arrastam os flocos formados na unidade de floculação, sendo a água 
clarificada removida no fundo e os flocos na superfície do tanque de flotação, conforme 
representado na Figura 1.7. 
 
Flotador
Água
 Clarificada
Água Cagulada
Floculador
Sistema de raspagem
 de lodo
Microbolhas Ar+Água ( )
Câmara de 
Saturação
Canal de coleta
 de lodo
 
Figura 1.7. Unidade de Flotação 
 
 
 No projeto da unidade de remoção dos flocos devem ser consideradas as 
velocidades de sedimentação (VS) e de flotação (VF), as quais podem ser determinadas 
em sistema piloto, equipamento de jarteste (VS) ou de flotateste (VF). 
 
Em comparação com a sedimentação, normalmente a flotação tem área menor, 
menor consumo de coagulante primário, menor tempo de detenção da massa líquida e 
produção de lodo com maior teor de sólidos. Contudo, PÁDUA (2006) observa que a 
flotação requer equipamento para a formação das microbolhas, o que aumenta o 
consumo de energia elétrica e exige operadores mais qualificados. 
 
O material formado pelos flocos retidos no fundo do decantador ou na superfície 
dos flotadores é denominado de lodo e é potencialmente perigoso (apresenta 
microrganismos, metais etc). Portanto, deve ser removido, de forma contínua ou 
periódica, e condicionado/tratado antes da sua destinação final. 
 
Filtração 
 
 Na unidade de filtração ocorre a remoção de partículas suspensas e 
microrganismos ainda presentes na água. É importante ressaltar que a filtração é o 
último processo de remoção de impurezas na ETA, tendo, portanto, grande influência na 
qualidade da água final produzida. 
 
 A remoção de impurezas na unidade de filtração ocorre quando a massa líquida 
atravessa a camada filtrante, que geralmente é constituída de areia (filtros da camada 
simples) ou de areia e antracito (filtros de dupla camada).De acordo com a 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, na NBR 12216, as 
características granulométricas (tamanho efetivo e coeficiente de uniformidade) e a 
espessura da camada filtrante devem ser determinadas com base em ensaios realizados 
em filtro-piloto. NaFigura 1.8 são mostrados sistemas piloto de filtração em areia e de 
filtração em areia e antracito. 
 
 
Figura1.8. Sistema piloto de filtração com areia (a) e com areia e antracito (b) 
 
 O meio filtrante de camada dupla (carvão antracitoso e areia) permite carreiras 
de filtração mais longas e usode taxas de filtração mais altas. No entanto, requer maior 
atenção e tem custo de aquisição do antracito superior ao do leito formado apenas por 
areia. 
 
No projeto da unidade de filtração devem ser estabelecidas a taxa de filtração e a 
carreira de filtração. A taxa de filtração é a quantidade de água que pode ser filtrada por 
área de filtro em determinado tempo. Os filtros de camada dupla possibilitam que seja 
filtrado maior volume de água por unidade de área de filtro, quando comparado aos 
filtros de camada simples, o que implica em menor área construída. 
 
O tempo decorrido entre duas lavagens consecutivas é denominado de carreira 
de filtração, sendo determinado pelo valor da perda de carga ou pela característica do 
efluente do filtro, os quais são relacionados com a quantidade de impurezas retida no 
leito filtrante. 
 
A água utilizada na lavagem dos filtros é um resíduo do tratamento de água, 
devendo ser tratada antes da sua destinação final.Após a filtração, a água é encaminhada 
para e etapa de desinfecção, fluoretação e caso necessário correção de pH. 
 
Desinfecção fluoretação e Correção de pH 
 
 Na desinfecção ocorre a inativação de microrganismos ainda presentes na massa 
líquida, com a finalidade de garantir a qualidade microbiológica da água na saída da 
ETA. Essa inativação pode ser obtida com a utilização de agentes físicos (radiação 
ultra-violeta) ou produtos químicos (compostos de cloro, ozônio etc). Na Figura 1.9 são 
mostrados cilindros que armazenam cloro utilizado na desinfecção de água de 
abastecimento. 
 
 
 
 
 
Figura 1.9. Cilindros de cloro gasoso da ETA Bolonha Belém-PA 
 
Os fatores relacionados com a eficiência da desinfecção são as características do 
desinfetante, a dosagem e o tempo de contato do desinfetante, as características dos 
microrganismos, a homogeneidade da dispersão do desinfetante na massa líquida e as 
características da água, como o pH, compostos inorgânicos, presença de matéria 
orgânica e turbidez (DANIEL, 2001). Após o processo de desinfecção, a água deve ter 
residual mínimo do agente desinfetante, para garantir a qualidade microbiológica da 
água entre a ETA e o consumidor final. 
 
PÁDUA, (2006) observa que a portaria n
o
 635/75 do Ministério da Saúde 
recomenda a fluoretação da água de abastecimento. Para isso é adicionado flúor na água 
na forma de ácido fluorsilícico, fluorsilicato de sódio, fluoreto de sódio ou fluoreto de 
cálcio, para agir preventivamente contra a decomposição dos esmaltes dos dentes. 
 
Em algumas situações, é necessária a correção do pH da água tratada, 
especialmente em águas corrosivas ou incrustantes, que podem causar danos nas 
adutoras, tubulação de distribuição, bombas e outros. As incrustações geralmente estão 
relacionadas com águas de pH elevado, enquanto as águas com baixo pH são corrosivas. 
Na Figura 1.10 émostrada tubulação com processo de corrosão. 
 
 
Figura 1.10. Tubulação que sofreu processo de corrosão 
 
 
5.2 Filtração direta 
 
 Em algumas situações a água coagulada e floculada é encaminhada diretamente 
para a unidade de filtração, ou seja, não existe unidade para sedimentação ou flotação. 
As impurezas são removidas diretamente na unidade de filtração. Nessa configuração de 
ETA a água ainda passa pelas etapas de desinfecção, correção de pH (se for o caso) e 
fluoretação, descritas anteriormente. 
 
 Segundo Di Bernardo (2003), a filtração direta apresenta as seguintes vantagens 
em relação ao tratamento convencional: 
 Menor número de unidades envolvidas; 
 Menor consumo de produtos químicos no processo de tratamento; 
 Menor geração de lodo (resíduo do tratamento de água). 
 
 No entanto, esse mesmo autor comenta que nem todas as águas tratadas por 
meio de ETA’s de ciclo convencional podem ser potabilizadas com a utilização da 
filtração direta, ou seja, existem limites de aplicabilidade da filtração direta em relação à 
qualidade da água bruta. 
 
Assim, a utilização da filtração direta é indicada para águas brutas que 
apresentem cor e turbidez relativamente baixas e que não apresentem variações bruscas 
de qualidade durante as estações do ano. 
 
 
5.3. Estação de desferrização 
 
 As estações de desferrização são utilizadas normalmente para tratamento de 
águas subterrâneas, as quais apresentam boas características físicas, químicas e 
biológicas, porém com elevadas concentrações de ferro. 
 
Dependendo das concentrações, o ferro presente na água quando oxidado, 
confere a água coloração amarelada, podendo causar manchas em roupas e aparelhos 
sanitários, sabor desagradável, interferência em processos industriais e outros 
inconvenientes. Para as águas destinadas ao consumo humano, a portaria 2914 do MS 
estabelece limite máximo de 0,3 mg/l de ferro. 
 
A remoção de ferro pode ser realizada pela transformação do ferro solúvel na 
água em insolúvel, com posterior remoção por decantação e /ou por filtração da massa 
líquida. Após a remoção de ferro, a água deve passar pelas etapas de desinfecção, 
correção de pH (se for o caso) e fluoretação, descritas anteriormente. 
 
A transformação FeO2 em FeO3 pode ser realizada pelos seguintes métodos: 
 Aeração – consiste na exposição da massa líquida ao ar atmosférico, para 
introdução de oxigênio responsável pela oxidação do ferro presente na água. 
Segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, na NBR 
12216, esse sistema tem a finalidade de introduzir ar na água para a remoção de 
compostos voláteis e oxidáveis e gases indesejáveis. Na Figura 1.11 é mostrado 
aerador tipo bandeja. 
 
 
 
Figura 1.11. Aerador tipo bandeja da ETA de desferrização da UFPA Belém -PA 
 
 Utilização de oxidantes químicos – oxidação do ferro com a utilização de cloro, 
ozônio, permanganato de potássio e outros. Segundo Pádua (2006), o tempo de 
oxidante químico, sua dosagem e o tempo de contato devem ser estabelecidos 
em laboratório, em função da qualidade da água bruta, sendo necessário avaliar 
os subprodutos gerados; 
 Controle do pH da água – a precipitação do ferro também pode ser realizada 
com a modificação do pH da água, pois a solubilidade do ferro, assim como de 
outros metais, apresenta valores deferentes em função do pH da massa líquida. 
 
5.4. Tratamento e classificação das águas 
 
 A seleção da tecnologia utilizada no tratamento da água depende, 
principalmente, das características da água bruta e da qualidade da água final desejada, 
sendo sempre recomenda a realização de ensaios em laboratório ou em sistema piloto. 
 
A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 357, 17 
de março de 2005, que dispõe sobre qualificação das águas doces, salobras e salinas em 
função dos usos preponderantes atuais e futuros, indica a classificação do corpo d’água 
e o tipo de tratamento necessário para águas destinadas ao abastecimento para consumo 
humano, conforme apresentado no Quadro 1.4. 
 
 
 
Quadro 1.4. Tipo de tratamento de acordo com a classe da água 
Classificação da água Tipo de Tratamento 
Classe especial 
Desinfecção (remoção ou inativação de organismos 
potencialmente patogênicos) 
Classe 1 
Tratamento simplificado (clarificação por meio de filtração, 
desinfecção e correção de pH quando necessário) 
Classe 2 
Tratamento convencional (clarificação com utilização de 
coagulação e floculação, seguida de desinfecção e correção de 
pH) 
Classe 3 
Tratamento convencional ou avançado (técnicas de remoção 
e/ou inativação de constituintes refratários aos processos 
convencionais de tratamento, os quais podem conferir à água 
características, tais como: cor, odor, sabor, atividade tóxica ou 
patogênica) 
Fonte: Conselho Nacional do Meio Ambiente (2005) 
 
 Em função da origem da água e de alguns parâmetros físicos, químicos e 
biológicos,A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, na NBR 
12216/1992, apresenta a seguinte classificação das águasa serem utilizadas para 
abastecimento público 
 Tipo A - Águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias 
sanitariamente protegidas, com características básicas definidas no Quadro 1.5 e 
as demais atendendo aos padrões de potabilidade; 
 Tipo B – águas subterrâneas ou superficiais, provenientes de bacias não 
protegidas, com características básicas definidas na Quadro 1.5 e que possam 
enquadrar-se nos padrões de potabilidade, mediante processo de tratamento que 
não exija coagulação; 
 Tipo C – águas superficiais provenientes de bacias não protegidas, com 
características básicas definidas na Quadro 1.5, e que exija coagulação para 
enquadrar-se nos padrões de potabilidade; 
 Tipo D – águas superficiais provenientes de bacias não protegidas, sujeitas a 
fontes de poluição, com características básicas definidas na Quadro 1.5, e que 
exijam processos especiais de tratamento para que possam enquadrar-se nos 
padrões de potabilidade. 
 
Quadro1.5 - Características básicas 
TIPO A B C D 
DBO 5 dias (mg/L) 
 Média Até 1,5 1,5 – 2,5 2,5 – 4,0 > 4,0 
 Máxima, em 
qualquer amostra 
1 – 3 3 - 4 4 - 6 > 6 
Coliformes (NMP/100ml) - 
 Média mensal em 
qualquer mês 
50 – 100 100 - 5000 5000 - 20000 > 20000 
 Máximo 
> 100 cm menos 
de 5% das 
amostras 
> 5000 cm 
menos de 20% 
das amostras 
> 20000 cm 
menos de 5% 
das amostras 
- 
pH 5 – 9 5 - 9 5 - 9 3,8 – 10,3 
Cloretos < 50 50 – 250 250 – 600 > 600 
Fluoretos < 1,5 1,5 – 3,0 > 3,0 - 
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (12216) 
 
 Em função da classificação da água, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, na NBR 12216/1992, estabelece os seguintes tratamentos 
mínimos: 
 
 Tipo A – desinfeção e correção de pH 
 Tipo B – desinfecção e correção de pH e, além disso: 
o Decantação simples, para águas contendo sólidos sedimentáveis, quando, 
por meio desse processo, suas características se enquadrem nos padrões 
de potabilidade ou; 
o Filtração, precedida ou não de decantação, para águas de turbidez 
natural, medida na entrada do filtro, sempre inferior a 40 unidades 
Nefelométricas de turbidez (UNT) e cor sempre inferior20 unidades, 
referidas aos padrões de platina; 
 Tipo C – coagulação, seguida ou não de decantação, filtração em filtros rápidos, 
desinfecção e correção do pH; 
 Tipo D – Tratamento mínimo do tipo C e tratamento complementar apropriado a 
cada caso. 
 
6. RESERVATÓRIO E ELEVATÓRIA 
 
Na unidade de reservação ocorre o armazenamento de água em períodos 
determinados. A capacidade de reservação deve ser suficiente para compensar as 
variações horárias e diárias de consumo, manter a distribuição de água durante a 
paralisação de unidades instaladas a montante e dispor de volume de água para combate 
de eventual incêndio. 
 
De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 
(1004), na NBR 12217, o reservatório de distribuição é um elemento do sistema de 
abastecimento de água destinado a regularizar as variações entre as vazões de adução e 
de distribuição e condicionar as pressões na rede de distribuição. 
 
Os reservatórios podem ser construídos em concreto armado, concreto 
protendido, aço, fibra de vidro, PVC etc. De acordo com a ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1004), o material da estrutura do 
reservatório deve ser escolhido após estudos técnico e econômico que considere as 
condições de fundação, a disponibilidade do material na região e a agressividade da 
água a armazenar e do ar atmosférico. 
 
A estrutura do reservatório pode ser construída toda em cota inferior a do 
terreno (enterrado), toda acima da superfície do terreno (elevado) ou apenas com parte 
abaixo da superfície do terreno (apoiado ou semi-enterrado). 
 
No sistema de abastecimento de água pode ser utilizado apenas o reservatório 
inferior (apoiado, enterrado ou semi-enterrado), com o bombeamento de água sendo 
realizado diretamente na rede de distribuição. 
 
Contudo, a maioria dos sistemas apresenta reservatório inferior, estação 
elevatória (bombeamento) e reservatório superior, para que a maior parte da água 
demandada seja armazenada no reservatório inferior e, então, bombeada para o 
reservatório superior, que tem a finalidade de estabilizar a pressão narede de 
distribuição de água. Na Figura 1.12 são mostrados conjuntos motor e bomba da estação 
elevatória e o reservatório superior (elevado). 
 
 
Figura 1.12. Reservatório elevado (a) e conjuntos motor e bomba do 3º setor de distribuição de 
água da COSANPA (b). 
 
Tsutiya (2004) observa que o volume do reservatório superior é menor do que o 
do reservatório inferior, sendo, comumente adotado valores de 10 e 20% do valor total 
da capacidade de reservação. 
 
A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, na NBR 
12217/1994, recomenda que o fundo do reservatório enterrado ou apoiado esteja acima 
do nível de água máximo do lençol freático e da cota de inundação máxima. 
 
Em relação ao ponto de instalação no sistema, os reservatórios podem ser 
localizados antes (montante), no meio ou depois (jusante) da rede de distribuição. Na 
Figura 1.13 são mostrados reservatório de montante e de jusante. 
 
R
e
s
e
rv
a
tó
ri
o NA
Montante 
Jusante 
R
e
s
e
rv
a
tó
ri
o
 
Figura 1.13. Reservatórios de montante e de jusante 
 
 De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, na 
NBR 12217/1994, o volume necessário para atender às variações de consumo deve ser 
avaliado a partir de dados de consumo diário e do regime previsto de alimentação do 
reservatório, aplicando-se o fator 1,2 ao volume calculado, para levar em conta 
incertezas dos dados utilizados. 
 O estudo da variação horária do consumo de água na comunidade é uma das 
maneiras para determinar o volume do reservatório. Para isso são realizados estudos 
(volume consumido)x(hora), conforme representado na Figura 1.14. 
 
 
Figura 1.14. Representação de Curva de Variação horária de consumo de água. 
 
 
Na curva de variação horária de consumo é possível verificar os horários de 
consumo mínimo, médio e máximo. Os valores menores do que o suprimento médio 
horário corresponde aos períodos em que o reservatório está enchendo, enquanto os 
acima são referentes aos períodos de esvaziamento do reservatório. 
 
Essa variação do consumo de água faz com a unidade de reservação tenha como 
principais finalidades: 
 
A1 
A2 
A3 
Consumomédio 
 m3 
h 
1. Regularizar a vazão, acumulando e fornecendo água nas horas em que a 
demanda é menor e maior do que o consumo, respectivamente; 
2. Propiciar segurança ao sistema, garantindo o abastecimento de água nos 
momentos de paralisação de energia elétrica ou manutenção de unidades 
anteriores. Além disso, disponibilizar água para combate a incêndios; 
3. Reduzir custos operacionais, programando a rotina dos conjuntos motor e bomba 
para reduzir os desgastes nesses equipamentos e para que o bombeamento ocorra 
em horários diferentes do período em que é maior o custo da energia elétrica. 
 
7. REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA 
 
 A rede de distribuição é o conjunto de tubulações, conexões, registros e peças 
especiais, destinados a disponibilizar a água potável nos pontos de consumo do sistema 
(residências, prédios públicos, indústrias, etc.), o que precisa ocorrer com continuidade 
e segurança, para que a água seja distribuída na quantidade e na qualidade requerida 
pelos consumidores. 
 
As redes são formadas por condutos principais e condutos secundários. Os 
condutos principais são os de maior diâmetro e têm a finalidade de abastecer os 
condutos secundários que estão mais próximos do ponto de consumo e apresentam 
diâmetro menor. 
 
A disposição dos condutos principais e secundários depende de vários fatores, 
como: características físicas, topografia, traçado do arruamento e da forma de ocupação 
da cidade. 
 
Quanto a disposição dos condutos principal e secundárioe ao sentido do 
escoamento, as redes podem ser classificadas em ramificada, malhada com anel e 
malhada sem anel. 
 
Na rede ramificada ocorre distribuição da vazão do conduto principal (tronco) 
para derivações que distribuem as vazões aos coletores secundários. Logo, o sentido do 
escoamento é direcionado do ponto de abastecimento (normalmente da unidade de 
reservação) até a ponta da rede (extremidades mortas ou pontas secas). 
 
Os pontos de ramificação e de mudanças de diâmetro recebem a denominação 
de nós, sendo o conduto entre dois nós denominado de trecho de rede. 
 
As redes malhadas com anel são constituídas por condutos troncos que formam 
anéis ou malhas. Essa configuração em anel possibilita a reversibilidade no sentido das 
vazões em função da demanda. Nessa disposição é possível abastecer qualquer ponto do 
sistema por mais de um caminho, o que resulta em grande flexibilidade no 
abastecimento e na manutenção da rede, porém essa configuração é mais dispendiosa 
devido às conexões e acessórios requeridos. Na Figura 1.15 são representadas a rede 
ramificada e a rede malhada. 
 
 
a b
 
 Figura 1.15. Rede ramificada (a) Rede malhadas com anel (b) 
 
Para o funcionamento da rede de distribuição de água, a Associação Brasileira 
de Normas Técnica, na NBR 12218/1994, recomenda os limites das pressões estática 
máxima e dinâmica mínima de 500 kPa (50 mca) e 100 KPa (10 mca), respectivamente. 
Também recomenda que esses valores limites de pressões (estática e dinâmica) sejam 
observados em áreas delimitadas, ou seja, a rede deve ser subdividida em zonas de 
pressão. 
 
Assim, a medição e o registro das pressões são importantes para garantir o 
controle operacional da rede de distribuição de água na área atendida, que deve ser 
isolada hidraulicamente de outras áreas (setorização). 
 
A setorização melhora o controle ao possibilitar a adequação e/ou redução de 
pressão quando necessário, bem como proporciona maior confiabilidade na análise dos 
valores macromedidos (volume de água que entra no setor) e micromedidos (volume de 
água consumida no setor), bem como precisão nas ações relativas ao controle de perdas. 
 
Além disso, a vazão de água transportada e distribuída deve atender as variações 
na demanda de água, razão para nos projetos serem adotadoscoeficientes de reforço do 
dia de maior consumo (K1) e da hora de maior consumo (K2), conforme mostrado na 
Equação 1. 
 
Eq1: 
 . 
 
Onde: 
Q= Vazão de distribuição 
K1= Coeficiente relativo ao dia de maior consumo 
K2=Coeficiente relativo a hora de maior consumo 
q= Cota per capita 
P= População 
 
8. PERDAS DE ÁGUA EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
 Atualmente, no Brasil, a identificação e redução das perdas de água nos sistemas 
de abastecimento de água tem sido uma meta de muitas das companhias de 
saneamento. 
 
 O conhecimento dos volumes de água distribuído, consumido e perdido na 
entrada, nas etapas e na saída do sistema de abastecimento de água é denominado de 
balanço hídrico, e é fundamental para a determinação do consumo e das perdas. 
 
86400
K2.q.P K1.
Q  
K2.q.P/86400 
 Para determinação do balanço hídrico é importante a limitação da área do 
sistema de abastecimento de água e a utilização de equipamentos para a medição dos 
volumes de água. Segundo Tsutiya (2004), o balanço hídrico permite representar e 
quantificar todos os possíveis usos da água no sistema de abastecimento, desde a 
captação até a distribuição aos consumidores. No Quadro 1.6são relacionadas 
informações necessárias para o balanço hídrico. 
 
Quadro 1.6. Balanço hídrico 
 
Fonte: Alegre et al. (2000) apudTsutiya (2004). 
 
Em sistemas de abastecimento os volumes de água que geram faturamento são 
micromedidos ou estimados, sendo faturados pela empresa de saneamento. Também 
existem volumes de água que não geram receita, pois são utilizados em operações 
inerentes à prestação do serviço e em situações especiais, como a lavagem de rede, 
limpeza de reservatórios, consumo de água nos processos de tratamento e os usos 
especiais (corpos de bombeiros e os suprimentos sociais). 
 
 As perdas em sistemas de abastecimento de água são classificadas em perdas 
reais e perdas aparentes. As primeiras correspondem aos volumes não consumidos em 
decorrência de vazamentos ou de consumo excessivo de água em procedimentos 
operacionais, enquanto as outras são relacionadas aos volumes de água não computados 
pela empresa, como o uso em ligações clandestinas. 
 
As perdas reais ocorrem entre a captação de água bruta e o cavalete do 
consumidor e podem ser classificadas em perdas operacionais e de vazamentos. As 
perdas operacionais estão relacionadas ao processo produtivo (ex: limpeza de filtros e 
decantadores) ou aos procedimentos operacionais (ex: limpeza de rede ou reservatório) 
e ocorrem toda vez que são utilizados volumes superiores ao necessário para o correto 
procedimento operacional. Já as perdas por vazamentos são decorrentes de rupturas nas 
tubulações, conexões e peças especiais; trinca e/ou problemas de impermeabilidade nas 
estruturas das ETA’s e reservatórios, entre outros. 
 
No Quadro 1.7 são apresentados os principais tipos de perdas reais por unidade 
do sistema de abastecimento e suas principais causas. 
 
Quadro 1.7. Origem das perdas reais e principais causas por unidade do sistema de abastecimento. 
Unidade Origem das Perdas Causa 
Adução 
 Vazamento nas 
tubulações 
 Limpeza de poços de 
sucção 
 Descarga 
 Pressão; 
 Características e movimento do solo; 
 Baixa qualidade de instalações e de 
materiais; 
 Falhas na concepção de projeto; 
 Falhas na construção e manutenção; 
 Tráfego de veículos; 
 Idade das adutoras. 
Tratamento 
 Lavagem de filtros e 
decantadores 
 Descarga de lodo 
Vazamentos nas 
estruturas, comportas e 
válvulas. 
 Mão de obra não qualificada; 
 Equipamentos inadequados; 
 Deficiência de projeto; 
 Rachaduras e/ou problemas de 
impermeabilidade nas estruturas da ETA; 
 Problemas de vedação em comportas e 
válvulas; 
 Deficiência de projeto. 
Reservação 
 Vazamentos nas 
estruturas 
 Rachaduras e/ou permeabilidade das paredes 
do reservatório; 
 Extravasamentos 
 Limpeza 
 Extravasamento devido à operação 
deficiente; 
 Mão de obra não qualificada; 
 Meios de comunicação ineficientes ou 
inadequados. 
Distribuição 
 Descargas 
 Vazamento nas redes e 
ramais 
 Ligações clandestinas; 
 Ligações não hidrometradas; 
 Hidrômetros parados ou que submedem; 
 Ligações inativas reabertas. 
Fonte: Adaptado de BRASIL (2004). 
 
 
A redução das perdas reais permite a diminuição dos custos operacionais, devido 
à redução do consumo de energia elétrica, produtos químicos e outros. Já as perdas 
aparentes correspondem aos volumes consumidos e não registrados, ou seja, não 
faturados, decorrentes de ligações clandestinas, fraudes, submedição e outros. A 
redução das perdas aparentes permite o aumento de receita e ampliação da oferta de 
água. 
 
 No Quadro 1.8 são apresentados os principais tipos de perdas aparentes e suas 
causas. 
 
 Quadro 1.8 - Origem e causas das perdas aparentes e suas principais causas. 
Origem das Perdas Causa 
 Desvio fraudulento 
 Desperdício de 
usuários 
 
 Falta de manutenção corretiva e preventiva de hidrômetros 
 Superdimensionamento de hidrômetros 
 Ligações clandestinas 
 Ligações inativas reabertas 
 Ligações não hidrometradas 
 Hidrômetros parados 
 Hidrômetros que submedem 
 
 
 Dessa forma, as perdas em sistema de saneamento provocam, principalmente, 
aumento dos custos operacionais, causam redução no faturamento e na arrecadação e 
aumento do custo final da água tratada. 
 
Assim, a realização de ações voltadas para a redução das perdas é fundamental 
para a redução do desperdício de recursos materiais, produtosquímicos, energia elétrica 
e outros, bem como, para a utilização racional dos recursos hídricos. 
 
.9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A água deve ser disponibilizada em qualidade adequada e em quantidade 
suficiente para que o homem atenda todas suas necessidades, pois é essencial à proteção 
da saúde pública e ao desenvolvimento econômico e social das comunidades. 
 
 Do ponto de vista da potabilização, somente pequena parcela da água existente 
no planeta é facilmente utilizável para consumo humano. Contudo, a degradação da 
qualidade dessa água obriga a utilização de corpos d’água cada vez mais distantes e/ou 
que empreguem tecnologias sofisticadas. 
 
 Nesse sentido, é grande o desafio do poder público de implantar o sistema de 
abastecimento de água potável em áreas urbanas, principalmente pelo aumento da 
população ocorrer, na maioria das vezes, de forma desordenada, com impacto direto na 
degradação dos mananciais e no aumento do consumo de água. 
 
Na tentativa de reduzir os custos da produção, tratamento e distribuição de água, 
são realizados estudos de alternativas de concepção do sistema de abastecimento de 
água, nos quais são analisados os tipos de manancial disponível (superficial ou 
subterrâneo), os custos de implantação e operação de cada unidade do sistema, os 
impactos econômicos, sociais e ambientais na área atendida e o período de alcance em 
função doincremento populacional. 
 
Portanto, é fundamental que o Sistema de Abastecimento de Água seja 
planejado de acordo com as diretrizes e recomendações do Plano Diretor do Município, 
que as etapas de projeto e de construção sejam realizadas de forma rápida, segura 
tecnicamente e com custo adequado e, principalmente, que a água potável seja utilizada 
adequadamente, não devendo ser perdida nas unidades do sistema e nem desperdiçada 
pelos consumidores. 
 
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