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Estabelecimento Empresarial 1 📍 Estabelecimento Empresarial Complexo de bens reunidos pelo empresário para o desenvolvimento de sua atividade; Reunião de bens necessários ao desenvolvimento da atividade econômica; 📌 Quando o empresário reúne bens de variada natureza ele agrega a esse conjunto de bens uma organização racional que importará em aumento de seu valor enquanto continuarem reunidos. ➜ aviamento; fundo de empresa Cada bem, isoladamente, possui uma proteção jurídica específica, mas o estabelecimento empresarial, como disposição racional dos bens em vista do exercício da atividade econômica, necessita de uma forma própria de proteção Estabelecimento empresarial ≠ Bens que o compõem 📌 Embora seja resultante da reunião de diversos bens com vistas ao exercício da atividade econômica, o estabelecimento empresarial pode ser descentralizado. Cada parcela descentralizada pode, ou não, ter um valor independente em razão de inúmeros condicionantes de fato. Patrimônio do empresário ≠ Estabelecimento empresarial Todo estabelecimento empresarial integra o patrimônio de seu titular, mas este não se reduz àquele necessariamente. O estabelecimento empresarial é composto por bens corpóreos e incorpóreos Alienação do Estabelecimento Empresarial Contrato de compra e venda do estabelecimento empresarial ➜ trespasse Duas formalidades exigidas por le (CC, art. 1.144): 1. Contrato deve ser celebrado por escrito para que possa se arquivado na Junta Comercial e publicado pela imprensa oficial (art. 1.144, CC) 2. Deve ter anuência de seus credores; a. Expressa; b. ou Tácita ➜ silêncio após 30 dias da notificação (art. 1.145, CC) 📌 Dispensa dessa formalidade se restarem no patrimônio do alienante bens suficientes para o pagamento de suas dívidas. Se não observar a segunda ➜ Vindo a falir, a alienação é ➜ Massa falida pode reivindicar o Estabelecimento Empresarial 2 formalidade, poderá ter a falência decretada (LF, art. 94, III, c) considerada ineficaz perante a massa falida (art. 129, VI) estabelecimento empresarial das mãos do adquirente O antigo titular do estabelecimento continuará responsável pelas obrigações apenas durante 1 ano, contado da publicação do contrato de alienação, para as obrigações vencidas antes do negócio; e contado da data do vencimento, para os demais. 🔎 Está protegido, de modo particular, o credor trabalhista do alienante do estabelecimento empresarial. A lei estabelece a imunidade dos contratos de trabalho em face da mudança na propriedade ou estrutura jurídica da empresa (CLT, art. 448). Mas o empregado não pode demandar o alienante, a menos que tenha havido fraude na transferência (art. 448-A, parágrafo único). 🔎 Também o credor tributário está sujeito a condições específicas, na hipótese de venda do estabelecimento empresarial. Pelo direito tributário, o adquirente tem responsabilidade subsidiária ou integral pelas obrigações fiscais do alienante, respectivamente nos casos de este continuar a explorar atividade econômica ou deixar de fazê-lo (CTN, art. 133). O adquirente não responde pelas obrigações do alienante se adquiriu o estabelecimento empresarial mediante lance dado em leilão judicial promovido em processo de recuperação judicial ou falência (LF, arts. 60, parágrafo único, e 141, II) Proteção do Ponto Local específico em que se encontra Imóvel de sua propriedade Normas ordinárias de tutela de propriedade imobiliária do direito civil Imóvel alheio Disciplina da “locação empresarial” Para que a locação seja considerada empresarial, três requisitos (LL, art. 51): 1. O locatário deve ser empresário (a lei, anterior ao CC, menciona comerciante ou sociedade civil com fim lucrativo). A lei cogita de atividade industrial também, mas trata-se de redundância, porque esta é uma das espécies da atividade empresarial. Por esse requisito, ficam excluídos do regime da locação empresarial os profissionais liberais que individualmente exercem a sua atividade econômica, as associações civis sem fins lucrativos, as fundações etc. 2. A locação deve ser contratada por tempo determinado de, no mínimo, 5 anos, admitida a soma dos prazos de contratos sucessivamente renovados por acordo amigável. Soma esta, inclusive, que pode ser feita pelo sucessor ou cessionário do locatário (STF, Súmula 482). 3. O locatário deve-se encontrar na exploração do mesmo ramo de atividade econômica pelo prazo mínimo e ininterrupto de 3 anos, à data da propositura da ação renovatória. Requisito que a lei cria tendo em vista a necessidade de um tempo de estabelecimento em certo ponto para que este agregue valor minimamente apreciável à empresa lá explorada. A lei reconhece ao locatário empresário a garantia de inerência ao ponto ➜ renovação compulsória do contrato de locação Explorar o mesmo ramo de empresa há, pelo menos, 3 anos ininterruptos + Imóvel locado por prazo determinado não inferior a 5 anos Estabelecimento Empresarial 3 📌 O exercício desse direito se faz por ação judicial própria ➜ renovatória Deve ser proposta no prazo entre 1 ano e 6 meses anteriores ao término do contrato (LL, art. 51, § 5.º) Direito de inércia, no entanto, é relativo ➜ Não pode importar o aniquilamento do direito de propriedade O locatário que não puder exercer o direito de inércia, em virtude de exceção de retomada, deverá ser indenizado pelo valor que acresceu ao bem nas seguintes hipóteses: 1. Insuficiência da proposta de renovação apresentada pelo locatário (LL, art. 72, II). Em sua ação renovatória, deverá o empresário apresentar uma proposta de novo aluguel. Se o valor locatício de mercado do imóvel for superior, a renovação do contrato pelo aluguel proposto importaria em desconsideração do direito de propriedade do locador. Por essa razão, se não melhorar o locatário a sua proposta, a locação não será renovada. Algumas decisões judiciais têm determinado a renovação pelo valor de aluguel apurado em perícia, compatibilizando-se dessa forma os interesses das partes. 2. Proposta melhor de terceiro (LL, art. 72, III). Se o locatário oferece novo aluguel compatível com o mercado, mas o locador possui proposta melhor de outra pessoa, a renovação acarretaria ofensa ao seu direito de propriedade. Assim sendo, a menos que o locatário concorde em pagar o equivalente ao ofertado pelo terceiro, a locação não será renovada. 3. Reforma substancial no prédio locado (LL, art. 52, I). Se o Poder Público obriga o locador a introduzir reformas no imóvel ou se o proprietário mesmo quer reformá-lo, para valorização do seu patrimônio, então o locatário não terá reconhecido o seu direito de inerência ao ponto. Nessa hipótese, será devida a indenização se o início das obras retardar por mais de 3 meses contados da desocupação. 4. Uso próprio (LL, art. 52, II). O proprietário pode querer utilizar o imóvel, seja para finalidades econômicas ou não. A lei restringe essa exceção, vedando-a no caso de pretender o locador explorar no prédio a mesma atividade explorada pelo locatário, mas essa limitação é inconstitucional, incompatível com o direito de propriedade. Assim, o locador pode, em qualquer caso, pretender a retomada para uso próprio, ainda que o seu objetivo seja o de competir com o locatário. Claro que, assim sendo, será devida indenização pela perda do ponto, para que não se caracterize o enriquecimento indevido do locador. Note, aqui, a situação específica da chamada “locação-gerência”, hipótese em que a locação compreende não somente o imóvel, como também um estabelecimento empresarial nele já instalado pelo locador. Neste caso, a exceção de retomada não é decorrência apenas da proteção constitucional ao direito de propriedade. Ela se justifica também por não ter sido o locatário que agregou o valor ao ponto comercial. Na locação-gerência, ademais, não cabe indenização ao locatário em razão da retomada, exatamente porque o ponto de referência dos consumidores foi constituído pelo locador antes da locação. 5. Transferência de estabelecimentoempresarial existente há mais de 1 ano e titularizado por ascendente, descendente ou cônjuge (ou sociedade por eles controlada), desde que atue em ramo diverso do locatário (LL, art. 52, II). Terá este direito à indenização apenas se, a despeito da restrição legal, o novo usuário do prédio explorar atividade igual ou semelhante à sua, ou, entendo, se não se realizar o uso nas condições alegadas que impediram a renovação (se o imóvel é locado a terceiros, p. ex.). Shopping Center Não é um empreendedor imobiliário comum. Deve organizar o tenant mix, isto é, deve haver uma organização da distribuição da oferta de produtos e serviços centralizados em seu complexo; A locação dos espaços deve atender às múltiplas necessidades do consumidor de sorte que não faltem certos tipos de serviços, mesmo se houver uma atividade central desenvolvida pelo shopping; Tudo isso com o objetivo de atrair o consumidor 📌 A lei reconhece o direito de inerência ao ponto aos locatários de espaços em shopping centers (LL, art. 52, § 2.º), mas, em determinadas situações, a renovação compulsória do contrato de locação pode representar entrave ao pleno desenvolvimento do complexo. Estabelecimento Empresarial 4 Possui aspectos bastante específicos, mas não a ponto de descaracterizar a sua natureza locatícia Costuma contemplar um aluguel com características bastante peculiares desdobrado em parcelas fixas, reajustáveis de acordo com o indicie e a periodicidade definidos no instrumento contratual; e parcelas variáveis, geralmente um percentual do faturamento obtido pelo locatário no estabelecimento locado; res sperata (prestação retributiva das vantagens de se estabelecer em um complexo comercial com clientela própria); deve o locatário filiar-se à associação dos lojistas, pagando a mensalidade correspondente; aluguel em dobro em dezembro; ⚠ Estes e outros encargos podem ser livremente pactuados, prevendo a lei apenas a proibição de cobrança de despesas extraordinárias de condomínio e os gastos com obras ou substituição de equipamentos modificativos do projeto originário, bem como as despesas não previstas em orçamento prévio (LL, art. 54, §§ 1.º e 2.º). Outlet centers Semelhantes aos shoppings Os próprios fabricantes, grandes distribuidores e, por vezes, alguns varejistas instalam-se em pequenos stands, para a venda de seus produtos por preços atrativos, com vistas a propiciar o escoamento de estoque Título do Estabelecimento Elemento de identificação do estabelecimento empresarial Loja da Esquina ≠ Nome empresarial Comércio Silva Ltda ≠ Marca Alvorada 📍 Cada um deles possui uma proteção específica Comércio Eletrônico Canal de negócios (compras, vendas, prestação de serviços) específico Atos de circulação de bens, prestação ou intermediação de serviços em que as tratativas pré-contratuais e a celebração do contrato se fazem por transmissão e recebimento de dados por via eletrônica, normalmente no ambiente da internet Três tipos: B2B - business to business direito comercial B2C - business to consumer direito do consumidor C2C - consumer to consumer Possuem sempre um endereço eletrônico ➜ nome de domínio ➜ www.xxxx.com.br Duas funções: 1. técnica; interconexão de equipamentos 2. jurídica identifica o canal de venda de determinado empresário na rede mundial de computadores Estabelecimento Empresarial 5 📌 Tem igual função à do título de estabelecimento em relação ao ponto São registrados, no Brasil, pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), uma associação civil de direito privado sem fins econômicos. http://nic.br/
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