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FORUM III DIREITO EMPRESARIAL

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Isabelly Marsele
Princípios
Da autonomia da vontade – o conteúdo contratual depende da liberdade das partes desde o objeto do contrato ao seu conteúdo, respeitando limite na função social do contrato, ordem publica e bons costumes, conforme o Art. 421 do Código Civil de 2002.
Limitação essa na qual encontra-se na doutrina de dirigismo contratual 155, que significa a intervenção do Estado nas relações contratuais, por meio das normas e das analises judiciais dos contratos. Como por exemplo, nos contratos de prestação continuada a relação entre as partes deve se manter com o mesmo equilíbrio, ou seja, se um fato extraordinário e imprevisível tornar o contrato excessivamente oneroso para uma das partes, ele pode ser revisto por meio do Arts. 478 a 480 do Código Civil de 2002.
Comissão Mercantil
Acordo entre o empresário (comissário) que realiza negócios mercantis, em nome próprio, mas por conta de outra pessoa (comitente). o comissário é quem contrata com o comprador, assumindo a responsabilidade perante terceiro e para tanto recebe uma comissão.
Existe o risco quanto à insolvência, à entrega da mercadoria e riscos dessa mercadoria continuam por conta do comitente, salvo se houver culpa do comissário (art. 697 do Código Civil de 2002). Quando o comprador negocia diretamente com o comissário sem conhecimento da existência do comitente, a eventual reparação de danos será cobrada do comissário que regressivamente cobrará do comitente e (art. 694 do Código Civil de 2002).
É possível a presença da cláusula del credere, que determina que o risco relativo à insolvência de terceiro será assumido pelo comissário, perfazendo com que o comissário solidariamente responsável com o comprador pelo pagamento da obrigação (art. 698 do Código Civil de 2002).
Existindo a cláusula supramencionada o comissário teria direito a uma comissão de valor maior em virtude do risco assumido. Reiteramos que mesmo nesse caso os riscos com a entrega das mercadorias e seus respectivos vícios continuam sendo do comitente (art. 698 do Código Civil de 2002). Em casos de falência do comitente, os créditos devidos ao comissário serão considerados créditos de privilégio geral conforme o art. 707 do Código Civil de 2002.
Concessão Mercantil
É o contrato pelo qual o concessionário se obriga a comercializar, com ou sem exclusividade, os produtos fabricados pela concedente. Apenas foi regulamentada a concessão mercantil de veículos automotores terrestres (Lei n. 6.729/79). Portanto, só é considerado um contrato típico, no caso de veículos automotores. Para outras mercadorias, a concessão mercantil será um contrato atípico.
Para proteger o investimento do concessionário no negócio é que existe uma região de atuação determinada na qual o concessionário tem exclusividade (art. 5º da Lei n. 6.729/79). Não pode, desse modo, um concessionário atuar além de seus limites na captação de clientes, mas não há nada que proíba que o consumidor seja atendido na concessionária que ele escolher, não importando a área de atuação previsto no art. 5º, § 3º, da Lei n. 6.729/79 (Lei Ferrari).
Outra proteção garantida ao concessionário reside no fato de o pagamento do preço das mercadorias fornecidas pela concedente não poder ser exigido, no todo ou em parte, antes do faturamento, salvo ajuste diverso entre a concedente e sua rede de distribuição conforme o art. 11 da Lei n. 6.729/79.
Introdução a Falência
A crise financeira de uma empresa pode não apresentar uma esperança de superação, sendo assim se faz necessário instaurar um procedimento de liquidação do patrimônio do empresário ou sociedade empresária insolvente, realizando o seu patrimônio ativo e com os valores apurados, saldar o patrimônio passivo, no que for possível. Ou seja, a falência.
A empresa é mais do que simplesmente um conjunto de bens, a liquidação do patrimônio do falido pode fazer-se com a preservação da empresa, ou seja, alienação do somatório de estabelecimento (conjunto organizado de bens para o exercício da empresa) e atividade final, quem faliu foi o empresário ou a sociedade empresária, não a empresa, que é mero objeto (universalidade de fato e de direito, com existência dinâmica). Assim, a Lei 11.101/05 permite a preservação da empresa, apesar da insolvência do empresário ou sociedade empresária.
Isso é possível pela transferência da empresa a outrem que, pagando por ela, manterá seu funcionamento, sem alterar à sua função social. O ex-titular mantém falido e o valor da alienação ingressa para a massa. A liquidação do patrimônio empresarial não mais se confunde com a extinção da empresa. Isso é viável pois se transfere apenas do ativo, sem o respectivo passivo, que será mantido na massa falida. (MAMEDE, 2021)
Insolvência / O risco de empreender
A insolvência é marcada em grandes obras literárias como algo vexatório, vergonhoso e desonroso. Com isso, além da perca patrimonial existe o risco da perca moral perante aos demais concorrentes. Podemos citar obras do William Shakespeare, onde um falido é posto em humilhação e outra obra de Alexandre Dumas onde o personagem prefere a morte do que lidar com a falência após um naufrágio.
Entretanto, existe diversos exemplos concretos de pessoas que faliram uma vez no passado e se encontram em completo sucesso no presente. Walt Disney, Albert Aisten. Como certos dizeres que o melhor empresário é aquele que já faliu diversas vezes.

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