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LivroLivro
Mulheres boazinhas não enriquecemMulheres boazinhas não enriquecem
Lois P. FrankelLois P. Frankel
Editora Gente, São Paulo, 2005Editora Gente, São Paulo, 2005
CAPÍTULO 1CAPÍTULO 1
 AS MULHERES E A RIQUEZA AS MULHERES E A RIQUEZA
“A cultura feminina destrutiva fez uma lavagem cerebral tão completa nas“A cultura feminina destrutiva fez uma lavagem cerebral tão completa nas
mulheres, ensinando-as a associar o dinheiro com o pecado, o mal e tudo quantomulheres, ensinando-as a associar o dinheiro com o pecado, o mal e tudo quanto
há de ruim, que seria preciso um livro inteiro para desemaranhar os medoshá de ruim, que seria preciso um livro inteiro para desemaranhar os medos
subconscientes e as fantasias inacreditáveis que a simples palavra ‘dinheiro’ subconscientes e as fantasias inacreditáveis que a simples palavra ‘dinheiro’ 
evoca na maioria delas.” evoca na maioria delas.” 
Betty Lehan Harragan,Betty Lehan Harragan,
Games Mother Never Taught You Games Mother Never Taught You 
[Truques que a Mamãe Não lhe Ensinou][Truques que a Mamãe Não lhe Ensinou]
Mulheres e dinheiro. Que relação complexa! Lamentamos o fato de nãoMulheres e dinheiro. Que relação complexa! Lamentamos o fato de não
termos o suficiente. Não economizamos tanto quanto sabemos que deveríamos. Etermos o suficiente. Não economizamos tanto quanto sabemos que deveríamos. E
é muito comum a gente contar com outros indivíduos para administrar o queé muito comum a gente contar com outros indivíduos para administrar o que
temos. Apesar do fato de, na infância, a maioria de nós ter recebido astemos. Apesar do fato de, na infância, a maioria de nós ter recebido as
mensagens certas sobre a importância de ser independente financeiramente,mensagens certas sobre a importância de ser independente financeiramente,
fazemos tudo errado quando se trata de acumular a riqueza de que precisamosfazemos tudo errado quando se trata de acumular a riqueza de que precisamos
para ser realmente independentes em termos econômicos. Por quê? Porque,para ser realmente independentes em termos econômicos. Por quê? Porque,
durante toda a nossa vida, recebemos muitas mensagens, e muitas delasdurante toda a nossa vida, recebemos muitas mensagens, e muitas delas
conflitantes. Por um lado, ensinaram-nos o valor do dinheiro e a necessidade deconflitantes. Por um lado, ensinaram-nos o valor do dinheiro e a necessidade de
economizá-lo e gastá-lo com sabedoria. Por outro, ensinaram-nos implícita oueconomizá-lo e gastá-lo com sabedoria. Por outro, ensinaram-nos implícita ou
explicitamente que é igualmente importante sermos boas, acolhedoras eexplicitamente que é igualmente importante sermos boas, acolhedoras e
cooperativas; que nosso verdadeiro papel gira menos em torno do dinheiro quecooperativas; que nosso verdadeiro papel gira menos em torno do dinheiro que
das relações afetivas.das relações afetivas.
Essa mensagem dúbia faz com que as meninas limitem seu interesse pelaEssa mensagem dúbia faz com que as meninas limitem seu interesse pela
aquisição de riqueza e, em última instância, sua capacidade de adquiri-la. Nãoaquisição de riqueza e, em última instância, sua capacidade de adquiri-la. Não
aspiram à riqueza, não conseguem se ver como pessoas ricas e muitas vezes lhesaspiram à riqueza, não conseguem se ver como pessoas ricas e muitas vezes lhes
faltam as qualificações necessárias para gerar riqueza. Enriquecer exige duasfaltam as qualificações necessárias para gerar riqueza. Enriquecer exige duas
coisas: planejamento financeiro e raciocínio financeiro. Se você é como a maioriacoisas: planejamento financeiro e raciocínio financeiro. Se você é como a maioria
das mulheres, não “pensa” em ficar rica – e, se não  pensa em ficar rica,
certamente não vai se empenhar conscientemente em fazer coisas que
contribuam para ficar rica. O momento em que você pode dizer que está rica é
determinado por seus valores, seu modo de vida e sua tolerância aos riscos. Não
é determinado pelas definições, necessidades ou expectativas que os outros têm
em relação a você. Ser rica significa ter a capacidade de levar a vida em meio à
abundância – seja lá qual for  a sua definição de abundância.
Embora eu saiba que a vida pode ser rica de muitas formas diferentes, para os
objetivos deste livro, quando uso o termo rica, estou me referindo à aquisição de
riqueza financeira. A maioria de nós sabe que podemos desfrutar a riqueza do amor,
do trabalho, da família etc. Você não precisa de mais um livro que lhe diga isso. Definir 
riqueza em termos financeiros é outra história. A quantidade de recursos, o momento
em que você se considera rica, é algo que só você pode dizer. A maioria de nós
nunca vai ser tão rica quanto as pessoas que constam da lista anual da revista
Forbes, que apresenta as maiores fortunas do mundo. Mas você pode aspirar a ter 
mais do que tem agora. Portanto, ao longo de todo este livro, quando uso o termo rica,
estou me referindo à capacidade de viver sua vida como você quer, sem
 preocupações financeiras.
Conversando com mulheres do mundo todo sobre as maneiras de
enriquecer, tive a clara sensação de que elas se sentiam pouco à vontade para
falar de dinheiro. Era como se o termo rica fosse um palavrão. Embora em inglês
se possa chamar uma mulher de “ rich bitch” (literalmente, puta rica), não existe um
termo igualmente pejorativo nessa língua para descrever um homem. E Deus sabe
que evitamos a palavra puta mais ainda que falar de dinheiro! Parece não ser 
importante você ter 25 ou 55 anos. Sendo mulher, você tem menos probabilidades
de se concentrar em métodos para enriquecer e mais em “ser boazinha”.
Tendo sido criada como uma “boa menina” típica, passei a primeira metade
de minha vida adulta acreditando que fazer o bem e dar-se bem na vida eram
coisas mutuamente exclusivas. Enquanto meus dois irmãos eram encorajados a
tirar seu diploma universitário que levaria a profissões mais bem pagas, eu era
incentivada a entrar no ramo da assistência social – de preferência no setor 
educacional, para eu poder dar conta de meus filhos hipotéticos durante as férias de
verão. Embora eu estivesse trabalhando como secretária no departamento de
radiologia do hospital municipal durante o meu curso de ensino médio, minha mãe
(diretora do setor de enfermagem desse mesmo hospital) estava apresentando meu
irmão caçula a médicos da instituição e incentivando-o a se tornar médico. Embora
eu tenha conseguido concluir meus cursos de mestrado e doutorado, só
recentemente descobri que minha mãe tinha se oferecido para pagar o curso
universitário de meu irmão mais velho se ele considerasse a possibilidade de se
tornar advogado. Não é de admirar que ambos os meus irmãos tenham ficado bem
de vida muito mais cedo que eu! Enquanto eles estavam pensando em ganhar 
dinheiro, eu pensava em “ser uma mulher boazinha”.
“Mulheres boazinhas” não enriquecem em grande parte por causa das
mensagens sociais que recebem quando estão crescendo:
• Dinheiro é poder, e a maioria das meninas não é ensinada a ser poderosa
 – a maioria é ensinada a ser “boa”.
• As meninas são educadas para cuidar dos outros, para ser acolhedoras e
acomodar as coisas na vida em sociedade – e não necessariamente para ser 
arrimo de família.
• Sendo mães responsáveis pelos filhos, muitas mulheres trabalham de
forma assistemática – e são penalizadas por isso. Ou então são postas em cargos
que têm a conotação pejorativa de “trabalho de mãe”.
• As mulheres têm mais probabilidade de gastar seu dinheiro com os filhos
e a casa, ao passo que os homens têm mais probabilidade de ser prudentes na
hora de fazer um investimento.
• As mulheres relutam em pedir um salário, mordomias e aumentos que
reflitam o valor que acrescentam às empresas em que trabalham por não terem a
certeza de “merecê-los”.
Preciso continuar essa lista? Está claríssimo que nós, mulheres, não
enriquecemos porque 1) não nos vemos ficando ricas, 2) nossa maior 
preocupação é desempenhar nossos papéissociais de uma forma que os outros
consideram adequada e 3) não desenvolvemos as capacidades necessárias para
tomar decisões financeiras acertadas. Será que isso quer dizer que não temos
condições de adquirir riqueza por nossa conta e risco? Não! Significa que você
tem aquilo em que concentra sua atenção, e está mais do que na hora de
concentrar sua atenção em ficar rica. Como em meu livro anterior, no qual chegar 
à cúpula administrativa era apenas uma metáfora para alcançar seus objetivos
profissionais, ficar rica é uma metáfora para viver a vida como você quer, sem
preocupações financeiras. Não é a quantidade de dinheiro que importa, e sim a
capacidade de agir com independência que define uma vida boa e rica. E você
nunca vai tê-la se não começar a  pensar e agir como uma pessoa rica.
Dados esses parâmetros, uma mulher que tem sua casa própria quitada, que
trabalha com algo que adora fazer e sabe que tem dinheiro suficiente para viver 
confortavelmente pelo resto da vida pode ser considerada rica. Não é menos (nem
mais) rica que uma mulher que vive numa casa que vale 500 mil reais, tem 3 milhões
de reais no banco, trabalha de modo a poder se dar ao luxo de viajar e que não se
incomodaria nem um pouco se fosse despedida amanhã. Quanto seria suficiente para
você? Veja-se nesse modo de vida. Se não é onde você está agora, então este livro
foi escrito para você.
Todos os direitos desta edição são reservados à Editora Gente
Copyright © 2005 by Lois P. Frankel, Ph.D.

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