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ad II legislação comercial

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AD 2 2022.2
 Legislação Comercial – Curso de Administração 
Profa. Debora Lacs Sichel 
I. João da Silva sacou um cheque no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), em 26 de março de 2022, para pagar a última parcela de um empréstimo feito por seu primo Benedito Souza, beneficiário da cártula. A praça de emissão é a cidade “X”, Estado de Santa Catarina, e a praça de pagamento a cidade “Y”, Estado do Rio Grande do Sul. O beneficiário endossou o cheque para Dilermando de Aguiar, no dia 15 de agosto de 2022, tendo lançado no endosso, além de sua assinatura, a data e a menção de que se tratava de pagamento “pro solvendo”, isto é, sem efeito novativo do negócio que motivou a transferência.
No dia 25 de agosto de 2022 o cheque foi apresentado ao sacado, mas o pagamento não foi feito em razão do encerramento da conta do sacador em 20 de agosto de 2022. Considerando os fatos e as informações acima, responda aos seguintes itens. 
A) O endossatário pode promover a execução do cheque em face de João da Silva e de Benedito Souza? Justifique 
R: Ainda que apresentado fora do prazo, o endossatário pode promover a execução em face do sacador João da Silva, O endossatário não pode promover a execução em face de Benedito Souza, pois o endosso ocorreu após o prazo de apresentação, tendo efeito de cessão de crédito  
B) Diante da prova do não pagamento do cheque é possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque por Benedito Souza? Justifique 
R: É possível ao endossatário promover ação fundada no negócio que motivou a transferência do cheque (ação causal, extracambial), uma vez que o endosso foi em caráter “pro solvendo”, sem efeito novativo 
2. Pedro emite nota promissória para o beneficiário João, com o aval de Bianca. Antes do vencimento, João endossa a respectiva nota promissória para Caio. Na data de vencimento, Caio cobra o título de Pedro, mas esse não realiza o pagamento, sob alegação de que sua assinatura foi falsificada. Após realizar o protesto da nota promissória, Caio procura um advogado com as seguintes indagações.
A) Tendo em vista que a obrigação de Pedro é nula, o aval dado por Bianca é válido? 
R: Sim. Em razão do princípio da autonomia das obrigações cambiais, a obrigação do avalista se mantém mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja vício de forma.
B) Contra qual(is) devedor(es) cambiário(s) Caio poderia cobrar sua nota promissória? 
R: Caio, poderá cobrar de Bianca, como avalista, e de João como endossante 
3. Marcos e Juliana casaram-se logo depois de formados. Decidiram, então, constituir a sociedade “ABC” Ltda., tendo como sócios, Susana e Felipe. Marcos e Juliana possuem, em conjunto, 70% das quotas de “ABC” Ltda., enquanto Susana e Felipe possuem 15% cada um. Marcos e Felipe são os administradores da sociedade. Marcos convoca uma reunião por e-mail, a ser realizada no dia seguinte, para tratar de uma possível incorporação de outra sociedade do mesmo ramo. Todos se dão por cientes do local, data, hora e ordem do dia da reunião. Por e-mail, com todos os demais sócios copiados, Susana formula algumas indagações a respeito da proposta de incorporação referida acima. Após diversas trocas de e-mails, Marcos, Juliana e Felipe aprovaram a operação, enquanto Susana votou contra. Marcos imprime todos os e-mails e os arquiva na sede da sociedade. De acordo com o enunciado acima e com a legislação pertinente, responda fundamentadamente aos itens a seguir.
A) Marcos poderia convocar a reunião para o dia seguinte, por email? 
R: Sim, desde que todos os sócios estejam cientes do local, data, hora e ordem do dia da reunião, Como o enunciado informa que “todos se dão por cientes”, não há nenhuma irregularidade na convocação.
B) Haveria necessidade de realizar a reunião no dia seguinte ao da convocação? 
R: Não há necessidade de realização da reunião no dia seguinte, pois todos os sócios decidiram, por escrito, sobre a matéria que seria objeto dela, Marcos, Juliana e Felipe aprovaram a operação e Susana votou contra, conforme expressamente indica o enunciado. 
4. Pedro, 15 anos, Bruno, 17 anos, e João, 30 anos, celebraram o contrato social da sociedade XPTO Comércio Eletrônico Ltda., integralizando 100% do capital social. Posteriormente, João é interditado e declarado incapaz, mediante sentença judicial transitada em julgado. Os sócios desejam realizar alteração contratual para aumentar o capital social da sociedade.
A) João poderá permanecer na sociedade? Em caso positivo, quais condições devem ser respeitadas? 
R:  Independentemente de autorização judicial, o sócio João pode permanecer na sociedade, desde que devidamente assistido, ou representado 
B) Quais critérios legais a Junta Comercial deve seguir para que o registro da alteração contratual seja aprovado? 
R: Para que seja arquivada a alteração contratual, a Junta Comercial deverá verificar o cumprimento dos requisitos 
 i- nenhum dos sócios incapazes poderá exercer a administração da sociedade; 
ii- o capital social estar totalmente integralizado; 
iii- o sócio Bruno deve estar assistido, o sócio Pedro deve estar representado e o sócio João, representado ou assistido, conforme a causa de sua interdição. 
5. João, economista renomado, foi durante cinco anos acionista da Garrafas Produção e Comércio de Bebidas S.A. Seis meses depois de ter alienado a totalidade de suas ações, é nomeado Conselheiro de Administração da Companhia. Preocupado com as suas novas responsabilidades, João consulta um advogado para esclarecer as seguintes dúvidas:
A) João pode residir no exterior? 
R: É possível o conselheiro de administração ter domicílio no exterior, A posse do conselheiro fica, contudo, condicionada à nomeação de representante no país com poderes para receber citação, com validade de no mínimo até 3 anos após o término de seu mandato.
B) João já ocupa o cargo de conselheiro fiscal de Alfa Comércio de Eletrônicos S.A. Ele precisa renunciar ao cargo? 
R: Não, pois as sociedades não podem ser consideradas concorrentes no mercado. Assim, é possível o acúmulo dos cargos de conselheiro fiscal e de conselheiro de administração nas companhias  
C) O fato de João ter alienado a totalidade das ações de emissão da companhia que possuía em sua titularidade, não sendo, portanto, acionista da Garrafas Produção e Comércio de Bebidas S.A, representa um fato impeditivo à ocupação do cargo?
R: A qualidade de acionista não é condição para se ocupar o cargo de conselheiro de administração.

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