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Pneumonia da Comunidade - RESUMO COMPLETO

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Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 
PNEUMONIA DA COMUNIDADE 
 
• Infecção do parênquima pulmonar, resultante da proliferação virus, bactérias ou fungos nos espaços 
alveolares/bronquíolos e da resposta do hospedeiro a estes 
• PAC → quando adquirida fora do hospital ou até 48h da admissão 
o Exclusões → hospitalizados +2x nos últimos 90d, institucionalizados, pctes que 
receberam antibióticos/quimioterápicos nos últimos 30d, pctes em dialise (germes dif) 
• Clinica característica + EF estertores/alteração percussão + RX “mancha no pulmão” (consolidação) 
o PNEUMONIA ALVEOLAR → inflamação na luz do alveolo 
o INTERSTICIAL → intersticio peribronquiovascular, intersticio alveolar 
o BRONCOpneumonia → inflamação na VA ao lado do bronquio e em sua parede 
• Se apresenta no RX como CONSOLIDAÇÃO → sinal de infecção caracterizado por substituição do ar 
alveolar por liquido prejudicial (transudato, exsudato, tec conjuntivo) lesionando a area 
• Identificada como area opaca (branca) em RX, TC ou US → obscurece vasos e paredes das VA 
 
ETIOLOGIA 
• ~100 agentes, no BR pneumococo, Myco, Haemophilus 
❖ TÍPICOS → Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, S. aureus, Klebsiella pneumonia e 
Pseudomonas aeruginosa 
❖ ATÍPICOS → Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Legionella (resist macrolideo) 
o Vírus respiratórios como influenza, adenovírus, metapneumovírus humano e VSR 
• AIDS → etiologia depende do grau de imunossupressão 
o CD4 > 200 semelhante ao normal 
o CD4 < 200 pneumocistose, stalifo, pseudomonas 
o CD4 < 100 criptococo - CD4 < 50 CMV, bac atípicas 
• PAC não precisa identificar etiologia → quando grave/ñ responde SIM – tto direcionado 
o Identificado em < 50% → não há criterio clinico / radiologico com valor preditivo alto para definir 
uma etiologia – JAMAIS atrasar o tto devido exames p agente 
• Anaeróbios → episódio de aspiração dias ou semanas antes - combinação de VA desprotegidas e 
gengivite - complicadas por formação de abscessos, empiema e derrames 
• S. aureus → relativamente incomum, mas com consequências como pneumonia necrosante 
EPIDEMIOLOGIA 
• Maior incidencia em extremos de idade < 5 e > 65 anos, meses de outono/inverno (contato, IVA, ar 
seco) → FR alcoolismo, asma, imunossupressão, institucionalização 
• No Brasil 2ª causa de internação hosp, 3ª causa de morte → na UTI 40% morrem 
o Idosos - redução reflexos tosse/vomito, resposta anticorpos 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 
• FR para P. Pneumocócica → demência, distúrbios convulsivos, insuficiência cardíaca, doença vascular 
encefálica, alcoolismo, tabagismo, DPOC e infecção por HIV 
o P. aeruginosa → bronquiectasias, fibrose cística ou DPOC grave. 
o Legionella → diabetes, câncer, DRC grave, HIV, tabagismo, sexo masculino 
FISIOPATOLOGIA 
• VA inferiores estéreis → agentes infecciosos penetram por aspiração VAS (sono, redução de consciencia), 
inalação de aerossois, via hematogenica (endocardite...) 
• Influenza, covid19 podem anteceder e facilitar ação de pneumococos, s. Aureus, H. Influenza 
o Lesa intersticio/VA > friavel, proteção diminuida > bacteria oportunista 
❖ Mecanismos de defesa → divisão da arvore bronquica, aparelho mucociliar, mecanismos imunológicos, 
reflexo da tosse/espirro - macrófagos alveolares 
o Surfactante alveolar rico em – IgG, IgM, complemento, fibronectina, lisozimas... 
• Macrofagos ativam a resposta inflamatória - desencadeia a síndrome pneumônica 
• IL-1/TNF causam febre, IL-8/GCSF atraem neutrofilos > extravasamento alvéolo capilar 
o As hemácias podem atravessar a membrana alveolocapilar e causar hemoptise 
• Hipoxemia, broncospasmo pode ser desencadeado pela infecção. 
• Redução da complacência pulmonar = dispneia 
 
 Atualmente se sabe que a via aérea tem microbiota própria – para a infecção acontecer, o patogeno 
deve “ganhar” dos microorganismos da flora normal 
• Em alguns casos os m.o da microbiota vencer o patógeno, porem causam eles mesmos o processo 
pneumonico → pois se proliferam em excesso na tentativa de conter a infecção 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO 
• Pode ser indolente ou fulminante, de gravidade leve a fatal 
• Paciente frequentemente tem febre e taquicardia, ou calafrios e sudorese 
• CRITÉRIOS MAIORES → tosse (80-90%), expectoração (60-80%) mucoide, purulenta, sanguinolenta), 
febre (70-80%) → 1 CRITERIO MAIOR + RX sugestivo = PAC 
o MENORES → dor torárica (pleuritica), dispneia, ausculta alterada, confusão mental, leucocitose 
> 12k → 2 MENORES + RX compatível = PAC 
• Até 20% podem ter náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, cefaleia, mialgias e artralgias 
 
❖ IDOSOS → tosse, febre e dispneia menos prevalentes 
• Confusão mental de início súbito ou agravada, redução da capacidade funcional 
o Descompensação da doença de base, taquicardia + taquipneia em 2/3 
• Risco de complicações cardíacas (inflamação e atv pró- coagulante) → IAM, ICC, arritmias 
o PAC pneumocócica → eventos coronarianos - pneumólise aumenta atv plaquetária 
Exame Físico 
• Varia com a gravidade da condensação e existência/ ausência de derrame pleural 
• SD da condensação → fremito toracovocal aumentado (som se propaga melhor no liquido), macicez à 
percussão, estertores creptantes na ausculta 
o Comum aumento da FR e utilização dos músculos acessórios 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 
o Em alguns casos atenua o frêmito, há sopros brônquicos, atrito pleural... 
• Pacientes graves podem apresentar choque séptico e falência de órgãos 
Raio X 
• Confirmação radiologia é obrigatória → PA e perfil – JAMAIS POSTERGAR ATB 
• Avalia extensão das lesões, complicações, auxilia no DDX, evolução 
o Em pctes baixo risco é o único exame necessário 
• Em 10% RX não identifica (muito pequena, retrocardíaca...) 
• Infiltrado → consolidação do espaço aéreo de segmento/lobo, limitada pela superfície pleural 
o Sinal da silhueta – não consegue delimitar o coração, “borra” 
o Sinal do broncograma aéreo – consolidação com visualização da VA 
 P. Pneumocócica - áreas confluentes desiguais, multilobares ou bilaterais 
 Anaeróbios - pneumonia aspirativa – abcesso pulmonar (nível hidroaéreo), pulmão direito e segmentos 
posteriores de lobos superiores e inferiores 
 Pseudomonas aeruginosas - doença cronica estrutural (DPOC, bronquiectasia), uso cronico de 
corticoide/recente de ATB 
 Pneumonia ATIPICA → quadro insidioso = tosse seca, febrícula, dispneia, infiltrado intersticial... 
mycoplasma, clamidia, legionella – DDX COVID/influ 
 
• Resolução completa das alterações radiológicas em 2 semanas após 
a apresentação inicial na metade dos casos – 6 semanas em 2/3 
o Idade avançada, DPOC, imunossupressao DM, pnm 
multilobar – resolução mais lenta 
TC e US de Tórax 
• US - usa-se mais em gestantes e indivíduos restritos ao leito e em centros de maior complexidade 
• TC melhor exame – sempre aparece alterado 
o Feito na dúvida de infiltrado no RX, com quadro clássico 
mas RX normal 
• Complicações melhor visualizadas – abcesso, derrame, 
empiema... 
 
❖ DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO 
• GRAM E CULTURA DO ESCARRO → S. pneumoniae, S. aureus e bactérias Gram-negativas 
• HEMOCULTURA positividade baixa → 5 a 14%, S. Pneumoniae 
• TESTE DE ANTÍGENO URINÁRIO → S. pneumoniae e Legionella spp 
• TESTES MOLECULARES PCR → incerteza vírus na PAC > coinfecção 20% 
• SOROLOGIA → para germes atípicos, menos usados 
• ASPIRADO/LAVADO BRONCOALVEOLAR → quando pcte em insuficiência respiratória, IOT... 
• Toracocentese quando derrame pleural 
 
 
 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 
ESCORES DE AVALIAÇÃODA GRAVIDADE DA PAC 
• Primordial para a escolha do antibiótico, via de administração e local do tratamento. 
 CURB-65 baseia-se nas variáveis 
o Confusão mental (escore ≤ 8) 
o Ureia > 50 mg/dl 
o Frequência Respiratória > 30 ciclos/min 
o PAS < 90 mmHg ou PAD < 60 mmHg 
o Idade ≥ 65 anos 
• CRB-65, sem dosagem de ureia → ambientes com labs não disponíveis, atenção primária... 
• Limitação - falta de inclusão de comorbidades com maior risco de complicações, imagem radiologia, 
oxigenação, fator financeiro e psicossocial 
 
Critérios de EWIG – Indicação de UTI 
• Pelo menor 2 critérios menores ou 1 critério maior 
• MAIORES → choque séptico ou necessidade de ventilação mecânica 
• MENORES → PAS < 90mmHg, PaO2/FiO2 < 250, infiltrado multilobar, confusão mental, FR > 30 
Biomarcadores 
• Marcam inflamação grave, auxilia no dx e px 
• Proteína C-reativa secretada em resposta a elevação de interleucinas 
o Pico 48h após estímulo agressor, meia vida 19h 
o Identifica piora ou falha no tratamento – se começa aumentar por ex 
o Inespecífica pois eleva em quadro inflamatório 
• Procalcitonina produzida pelas células parenquimatosas em resposta a toxinas bacterianas e citocinas, 
pouco produzida em infecções virais → eleva 2h após estimulo bacteriano 
TRATAMENTO 
• Hidratação, oxigenoterapia p hipoxemia, vasopressores e ventilação quando necessária. 
• Tratamento empírico inicial baseado no patogeno provavel 
o Tempo de ATB inicial < 4h → ajustar apos identificar agente 
 
Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 
• Agentes padrão → S. pneumoniae, H. influenzae, S. aureus, M. pneumoniae, Streptococcus sp. Grupo 
A, Legionella, Chlamydophila e Moraxella catarrhalis 
• Patógenos multirresistentes → CA-MRSA, S. aureus adquirida na comunidade e resistente a meticilina e 
pneumococo resistente à penicilina 
Ambulatorial 
• CURB 0-1 ou CRB 0 
• Previamente sadio e sem uso de ATB < 3 meses 
o Amoxicilina ou amoxi+clavu 7 dias // macrolídeo (azitro 3-5d ou claritromicina 7d) 
• Com fatores de risco, doença mais grave ou uso recente de ATB 
o B-lactamico + macrolídeo por 5-7 dias 
• Se alergia a b-lactamicos e macrolideo – quinolona 5 a 7d 
Enfermaria 
• CURB 2 ou CRB 2 
• Cefalosporina 3ªg (ceftriaxona ou cefotaxina) ou ampicilina/sulbactam + macrolideo 
o Cefalosporina 3ªg ou amoxicilina + clavulanato 
o Levofloxacino ou moxifloxacino ou gemifloxacino monoterapia → 7-10d 
UTI 
• Cefalosporina 3ªg (ceftriaxona ou cefotaxina) ou ampicilina/sulbactam + macrolideo 
o Cefalosporina 3ªg (ceftriaxona ou cefotaxina) + quinolona → 7-14d 
• Corticoides? redução no tempo de internação, estabilização clínica, redução SARA 
• Falha terapêutica - após 48-72h → diagnóstico errado, imunossupressão, droga ou dose errada, má 
adesão, complicação... 
Prevenção 
• Pneumocócica 23 ou 13 → diminui incidência e gravidade 
• Maiores de 65 anos, imunossuprimidos, doenças crônicas, esplenectomizados 
 
*****RESUMO FEITO COM BASE NOS MATERIAIS DO MED/CEL E MED/CURSO*****

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