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Controle da Atividade Motora

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Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
Os neurônios motores mediais fazem o 
controle da musculatura axial e proximal, 
enquanto os neurônios motores laterais 
realizam o controle da musculatura distal. 
Os neurônios motores superiores fazem 
projeção de centros supra espinais a 
neurônios motores inferiores (alfa e gama) 
no tronco encefálico e na medula espinal. 
 Eles podem ser classificados de acordo 
com o ponto em que fazem sinapse: 
Sistema ativador medial: termina 
medialmente e controla os neurônios 
motores inferiores que inervam os músculos 
posturais e proximais dos membros; 
Sistema ativador lateral: termina 
lateralmente e controla os neurônios 
motores inferiores que inervam músculos 
distalmente localizados, usados para 
movimentos finos; 
Tratos ativadores inespecíficos: termina em 
todo o corno ventral e contribui para os 
níveis basais de excitação na medula 
espinhal e facilita os arcos reflexos locais. 
 
1) Trato córticoespinal lateral; 
2) Trato rubroespinal; 
3) Trato retículoespinal medular; 
4) Trato vestíbuloespinal; 
5) Trato retículoespinal anterior; 
6) Trato tetoespinal. 
O tronco encefálico serve como uma 
estação de passagem para "sinais de 
comando" de centros neurais superiores. 
As vias descendentes do tronco espinal 
modula a ação dos circuitos motores 
espinhais estão envolvidas com o tônus 
muscular, ajuste postural, movimentos dos 
olhos e da cabeça. São eles: 
Vias descendente medial: controle 
postural; 
 Trato Vestíbulo-Espinal; 
 Trato Retículo-Espinal; 
 Trato Teto-Espinal. 
Via descendente lateral: controle do 
movimento dos membros; 
 Trato Rubro-espinal. 
Essa via tem início nos colículos superiores, 
da onde os neurônios se projetam até a 
medula espinal, cruzando seus feixes na 
decussação de Meynert, ainda no tronco 
encefálico. Na medula, esses tratos que se 
projetam dos colículos fazem sinapse com 
motoneurônio alfa, que inervam músculos 
envolvidos no posicionamento do 
pescoço, da cabeça e dos olhos (essa via 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
termina, então, nas porções mais 
superiores da medula espinal). 
 
Se originando da formação reticular (rede 
de circuitos localizados no centro do 
tronco encefálico), esse trato cruza em 
vários níveis e se ramifica continuamente 
conforme as fibras descendem. Elas 
finalmente formam sinapses nos neurônios 
motores alfa e gama (mediais) para 
produzir a iniciação ou inibição de 
movimentos voluntários. 
 
A formação reticular pode ser dividida em 
duas porções, sendo: 
Formação reticular pontina: ativa neurônios 
motores inferiores (ipsilaterais) que inervam 
músculos posturais e extensores dos 
membros; 
Formação reticular bulbar: inibe neurônios 
motores inferiores (ipsilaterais) que inervam 
músculos posturais e extensores dos 
membros. 
Além disso, a 
formação reticular 
bulbar tem 
tendência flexora 
e recebe sinais 
excitatórios vindo 
de outros tratos, 
como o 
corticoespinal e 
rubroespinal, além 
de influência dos 
núcleos da base 
(é dependente 
dessas estruturas). Essa formação está 
envolvida com manutenção da postura 
normal, contrabalanceando os sinais 
excitatórios da formação reticular 
pontinha. 
São tratos que saem dos núcleos 
vestibulares e atuam em conjunto com a 
formação reticular 
pontina 
(excitabilidade 
gama) e atuam em 
músculos 
antigravitacionais 
axiais. Essa via 
controla 
seletivamente os 
sinais excitatórios a 
esses músculos e 
exercem uma 
atividade facilitadora 
reflexora. 
 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
Trato vestibular medial: inerva os 
motoneurônio do segmento cervical, 
torácico e lombar, controlando os 
músculos cervicais até os lombares 
superiores. 
Trato vestibular lateral: inerva 
motoneurônios inferiores ipsilaterais 
excitando músculos extensores e inibindo 
flexores (atividade gama, que realiza o 
tônus muscular dos músculos 
antigravitários). 
Os núcleos vestibulares recebem 
informações sensoriais de diversos locais, 
como dos olhos, dos músculos, nervo 
vestibulococlear, etc. Ou seja, integra 
informações sensoriais e visuais. 
OBS: a via vestibuloespinal está envolvida 
com o reflexo vestíbulo-ocular, que diz 
respeito aos movimentos oculares 
corretivos, que compensam o movimento 
da cabeça, estabilizando a imagem visual 
durante a rotação da cabeça. 
 
O córtex motor é caracterizado, 
sobretudo, pelo lobo frontal, no qual 
localizam-se os motoneurônio superiores. 
Essa área é dividida em três regiões, sendo: 
 Córtex motor primário (área 4): 
localizado no giro pré-central; 
 Córtex pré-motor (área 6): localizado 
na frente do giro pré-central; 
 Área suplementar (área 6): localizada 
próxima a fissura sagital. 
É o principal contribuinte para a geração 
de impulsos neurais que descem para a 
medula espinhal e controlam a execução 
do movimento. A função do córtex motor 
primário é de estimular a contração 
muscular, estimular o tônus, planejamento 
de movimento, além de direcionar a força 
produzida. 
OBS: no córtex motor primário existe um 
mapeamento do corpo humano, disposto 
numa organização somatotópica 
(homúnculo motor de Penfild), na qual as 
musculaturas que requerem um controle 
motor mais fino, ocupam maior porção 
desse mapa. Como por exemplo, mãos e 
face. 
 
Além disso, o córtex motor primário modula 
a ação dos neurônios motores e 
interneurônios do tronco e da medula 
espinal para movimentos complexos e 
precisos. 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
É responsável por alguns aspectos do 
controle motor, possivelmente incluindo a 
preparação para o movimento, a 
orientação sensorial do movimento, a 
orientação espacial do alcance ou o 
controle direto de alguns movimentos com 
ênfase no controle dos músculos proximais 
e do tronco do corpo. Essa área envia 
sinais para a área motora primária, núcleos 
da base, tálamo e para a via 
corticoespinal, além de receber 
informações sensoriais advindas no lobo 
parietal (córtex sensivitivo). 
Além de contribuir com a via 
corticoespinal, também produz 
movimentos complexos e apresenta 
conexões com o córtex motor primário. 
A expressão facial é controlada pelo 
Nervo Facial, que possui um núcleo 
localizado na ponte, que, por sua vez, é 
modulado pelo córtex motor primário, 
através do trato corticobulbar. 
Os movimentos faciais são controlados por 
dois neurônios que saem do córtex e 
inervam, contralateralmente, o núcleo do 
nervo facial. A parte medial do núcleo 
estimula a porção superior da hemiface, 
enquanto a parte lateral do núcleo, 
estimula a porção inferior da hemiface. 
Além disso, existe outro neurônio que 
também sai do córtex, porém no mesmo 
lado, ou seja, ipsilateral, que inerva a 
porção medial no núcleo (estimulando a 
parte superior da hemiface). 
Da mesma forma, a outra metade da face 
também é controlada por esses três 
neurônios inervando o núcleo do nervo 
facial. 
 
Quando ocorre uma lesão na região do 
córtex contralateral, um quadrante inferior 
da face fica paralisado, sendo observado 
a queda do lábio inferior, mas a 
preservação dos movimentos da testa e da 
sobrancelha. 
Isso se dá, uma vez que, mesmo com a 
lesão no córtex, a porção medial do 
núcleo do nervo facial continua sendo 
inervada pelo neurônio ipsilateral do córtex 
cerebral. 
 
Quando ocorre uma lesão no nervo facial 
após seu núcleo, ou no próprio núcleo, 
ocorre a paralisia de Bell, onde toda a 
hemiface fica comprometida, sendo 
observada a queda do lábio inferior e a 
inabilidade de fechar os olhos e a ausência 
de lacrimejamento dos olhos, além da 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
perda dos movimentos da musculatura da 
testa e da sobrancelha. 
O trato corticoespinal (trato piramidal) éresponsável pela musculatura voluntaria, 
sendo formada por: 
 30% do córtex motor primário; 
 30% do córtex pré-motor e motor 
suplementar; 
 40% das áreas somatossensoriais 
(influência da região parietal). 
O trato corticoespinal se origina no córtex 
cerebral através de axônios de neurônios 
que formam a coroa radiada (aglomerado 
de fibras que passam nessa região) e 
chegam até o mesencéfalo e depois 
descem pelo pedúnculo cerebral até o 
bulbo. Numa região chamada de 
decussação das pirâmides, cerca de 75 a 
90% das fibras descendentes cruzam para 
o lado oposto, chegando na medula 
espinal pelo funículo lateral formando o 
trato corticoespinal lateral. 
O restante das fibras desce até a medula 
espinal ipsilateralmente, descendo pelo 
funículo anterior e formando o trato 
costicoespinal anterior. Quando essa via 
chega ao tronco encefálico, algumas 
fibras vão se juntando a outras vias e 
desviando da rota. 
Trato corticoespinal anterior: faz sinapses 
nas regiões mais mediais do corno anterior 
da medula, sendo mais relacionada a 
inervação do esqueleto axial (postura) e 
de músculos proximais. As fibras do trato 
corticoespinal anterior ocupam o funículo 
anterior da medula e, após cruzamento na 
comissura branca, terminam em relação 
com os neurônios motores contralaterais, 
responsáveis pelos movimentos voluntários 
da musculatura axial. Ele pertence, pois, ao 
sistema anteromedial da medula. 
Trato corticoespinal lateral: ocupa o 
funículo lateral ao longo de toda a 
extensão da medula e suas fibras 
influenciam os neurônios motores da 
coluna anterior de seu próprio lado. As 
fibras motoras do trato corticoespinal 
lateral terminam na substância cinzenta 
intermédia, fazendo sinapses com 
intemeurônios, os quais, por sua vez, se 
ligam aos motoneurônios da coluna 
anterior. Além dessas conexões indiretas, 
um número significativo de fibras 
corticoespinais faz sinapse diretamente 
com os neurônios motores alfa e gama. 
 
OBS: vale ressaltar que nem todas as fibras 
do trato corticoespinal são motoras. Um 
número significativo delas, originadas na 
área somestésica do córtex, termina na 
coluna posterior e estão envolvidas no 
controle dos impulsos sensitivos. Entretanto, 
a principal função do trato corticoespinal 
lateral é motora somática. A maioria de 
suas fibras termina em relação com 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
neurônios motores que controlam a 
musculatura distal dos membros e é o 
principal feixe de fibras responsáveis pela 
motricidade voluntária, e pertence ao 
sistema lateral da medula. 
Esta função é exercida também pelo trato 
rubroespinhal, que age sobre a 
musculatura distal dos membros, e pelos 
tratos reticuloespinhais, que agem sobre a 
musculatura axial e proximal dos membros. 
O núcleo rubro está localizado entre os 
colículos superiores e inferiores no tronco 
encefálico. No entanto, juntamente com o 
trato corticoespinal é chamado de sistema 
motor lateral, uma via alternativa para a 
transmissão dos sinais corticais para a 
medula espinal. 
Essa via controla a 
motricidade dos 
músculos distais dos 
membros e favorece 
a resposta flexora. 
Esse trato inicia-se no 
núcleo rubro e cruza 
a linha média, 
passando pelo 
tronco encefálico e 
juntando-se ao trato 
corticoespinal lateral 
no funículo lateral da medula. 
Conexão com motoneurônio da região 
lateral do corno anterior da medula: 
 Via corticoespinal lateral; 
 Via rubroespinal. 
Conexão com motoneurônio da região 
medial do corno anterior da medula: 
 Via corticoespinhal anterior; 
 Via corticoreticulo espinhal; 
 Via tetoespinal; 
 Via vestibuloespinhal; 
 
 
Quadros de trauma, tumores ou de 
hemorragia que acometam áreas 
cerebrais localizadas acima do colículo 
superior no tronco encefálico, de modo a 
eliminar a influência do córtex sobre os 
tratos motores, resultam numa condição 
patológica denominada decorticação. 
Nessa condição, é afetado e interrompido 
o trato motor corticoespinal, responsável 
pela flexão dos músculos. Já o trato rubro-
espinal, responsável pela flexão dos 
músculos do membro superior, encontra-se 
íntegro apesar de ter perdido a conexão 
Leonardo Vinícius Ribeiro Moreira 
BBPM II - Fisiologia 
 
com vias ativadoras do córtex. Esse trato 
também possui conexão com vias 
ativadoras do cerebelo e por isso ele 
manterá sua funcionalidade, apesar de 
que esta se dá de forma anormal devido à 
perda de vias do córtex. 
Descerebração é uma condição 
patológica resultante de quadros de 
trauma, tumores ou de hemorragia que 
acometam áreas cerebrais acima da 
região localizada entre o colículo superior 
e o inferior no tronco encefálico, de modo 
a eliminar a influência do córtex sobre os 
tratos motores. 
Nessa condição são afetados e 
interrompidos os tratos motores rubro-
espinal e corticoespinal, ambas vias 
responsáveis pela flexão de músculos 
sendo que o trato rubroespinal está 
associado a flexão da parte proximal dos 
membros superiores. 
Por conta disso, a via reticular pontina é 
intensificada, causando a extensão dos 
músculos (posição opistótono), uma vez 
que deixa de ser controlada pela via 
reticular bulbar que, por sua vez, é 
modulada pelo córtex cerebral.

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