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Ação de Neps em Atta sexdens rubropilosa Forel, (Hymenoptera, Formicidae)

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1 
 
CONTROLE BIOLÓGICO 
Título informativo: Juvenis Infectivos de Nematóides Entomopatogenicos Como Agentes de 
Controle Biológico de Atta sexdens rubropilosa Forel (Hymenoptera, Formicidae). 
JKA de SOUZA, RAA VENÂNCIO, JA de SOUZA, J da S SANTOS, 
AÇÃO DE NEMATOIDES ENTOMOPATOGÊNICOS EM ATTA SEXDENS 
RUBROPILOSA FOREL (HYMENOPTERA, FORMICIDAE). 
Resumo – Em controle biológico utiliza-se parasitas, predadores ou microorganismos 
patogênicos, a fim de manter sob controle uma determinada população de pragas, diminuindo 
o uso de pesticidas. No entanto não são todas as espécies que se apresentam susceptíveis ao 
agente de controle da maneira que deveriam, como é o caso da espécie de formigas 
cortadeiras Atta sexdens rubropilosa Forel (1908). Contudo duas espécies de agentes parasitos 
de controle em especial se mostram eficientes para controlar diversas pragas, sendo testados 
neste trabalho sob a espécie em questão com o objetivo de avaliar o potencial de controle 
biológico em populações desta formiga através da determinação do período de ocorrência da 
septicemia dos hospedeiros, da quantificação populacional de juvenis infectivos provenientes 
da nova geração e, da determinação da concentração letal (LC50%), sendo usados para isto 
concentrações de 500; 750; 1000 Juvenis infectivos. Houve uma significativa diferença 
populacional das novas gerações quando utilizada a espécie de nematóide entomopatogênico 
Heterorhabditis bacteriophora, e em relação a morte dos hospedeiros apesar de não ser 
significante estatisticamente a espécie Steinernema feltiae necessitou de um tempo maior para 
causar a morte dos hospedeiros, provavelmente devido a dificuldade na penetração do 
tegumento do inseto, determinou-se também que a espécie Heterorhabditis bacteriophora 
apresenta a menor LC 50% em populações do alvo estudado. 
2 
 
Palavras chave: Controle biológico, Formigas Cortadeiras, Heterorhabditis bacteriophora, 
Nematóides Entomopatogenicos, Steinernema feltiae 
 
3 
 
Introdução 
As formigas cortadeiras podem causar cerca de 14,0 a 14,5% de prejuízos referentes ao volume 
de madeira por hectare, devido a capacidade de insetos pertencentes a um formigueiro adulto 
em cortar cerca de 1 tonelada (t) de folhas anualmente (aproximadamente 86 árvores de 
eucalipto), podendo apresentar custos de 75% no reflorestamento e de 30% em florestas até seu 
terceiro ciclo, causando ataques constantes em até 16,07% das espécies plantadas, e cortando 
de 12 a 17% da produção das florestas tropicais, provocando a morte de árvores de eucalipto 
quando estas são desfolhadas totalmente por três vezes consecutivas (AMANTE,1967; 
MENDES FILHO, 1979; NACCARATA, 1983; CHERRET,1986; VILELA,1986; ALIPIO 
1989; ROGLIN et al., 2013). 
Em relação as espécies afetadas, as formigas Atta sexdens rubropilosa Forel, (1908), 
demonstram preferência a plantas dicotiledôneas, principalmente as árvores de Eucalyptus e 
Fabaceae, onde a densidade de formigueiros se apresenta proporcional ao índice de desfolha 
das árvores, reduzindo a produção de madeira em aproximadamente 80% em desfolhas totais 
(100%). Desta maneira, são provocados gastos que giram em torno de $12,33/ha com o controle 
químico (do tipo iscas granuladas) e outros prejuízos econômicos ao produtor mesmo quando 
ocorre uma única vez (no início do plantio), como: a redução de diâmetro e altura das árvores 
(sendo o diâmetro o mais afetado) e a variação da taxa de crescimento e resposta ao crescimento 
em função a mudanças ambientais ou desfolhas drásticas (RIBEIRO & WOESSNER, 1980; 
FREITAS & FILHO, 1994; ZANETTI et al, 1999; MATRANGOLO et al., 2010). 
Em busca do controle das formigas, empresas vêm utilizando iscas e outros produtos químicos, 
que são depositados diretamente no ninho ou em forma de iscas granuladas, sendo este o 
principal gasto das operações de silvicultura, em virtude dos altos custos. Porém pesquisadores 
buscam meios alternativos de controle, como o controle biológico, que utiliza-se de predadores, 
4 
 
parasitóides e microorganismos patogênicos, na regulação da população dos insetos, 
diminuindo a contaminação do ambiente e retomando o equilíbrio entre as espécies. 
(BOARETTO, 1997). 
Como é o caso da utilização de nematóides entomopatogênicos, que são agentes de controle em 
potencial, apresentando níveis satisfatórios de controle em insetos que tenham pelo menos uma 
fase do ciclo de vida no solo. Este agente possui peculiaridades importantes como a capacidade 
de se movimentar no solo em sua fase juvenil infectante (J4) o qual é capaz de penetrar no 
tegumento do inseto a partir da boca, anus, espiráculos e no caso específico de Heterorhabditis 
podem penetrar no hospedeiro diretamente pelo tegumento através de perfurações feitas pelo 
dente córneo do verme, localizado em sua extremidade anterior. Possuem também simbiose 
com bactéria patogênicas de insetos, que em contato com a hemocele do alvo são liberadas e 
começam o processo de degradação de tecidos e órgãos, criando uma sopa nutritiva da qual o 
nematoide se alimenta, além de oferecer ao verme proteção contra outros microorganismos a 
partir da produção de antibióticos, causando a septicemia do hospedeiro de 24 a 48 horas após 
a infecção (DOLINSKI, 2006; VOSS et al, 2009; ALMENARA et al, 2012). 
Os nematóides entomopatogênicos (NEPs) pertencente a ordem Rhabditida (Nematoda: 
Secernentea) a qual encontram-se as famílias Steinernematidae e Heterorhabditidae. Neste 
trabalho utilizou-se as espécies Steinernema feltiae e Heterorhabditis bacteriophora, que 
possuem como bactérias simbiontes Xenorhabdus e Photorhabdus respectivamente, com o 
objetivo de avaliar o potencial de controle das formigas pelas espécies de NEPs, através da 
determinação do período de ocorrência da septicemia dos hospedeiros, da quantificação 
populacional de juvenis infectivos provenientes da nova geração e, da determinação da 
concentração letal (LC50%), e assim identificar qual seria a espécie de NEPs indicada para o 
controle da formiga em questão. 
5 
 
Materiais e Métodos 
A determinação do número de juvenis a serem usados nos tratamentos baseou-se na 
metodologia de Voss et al (2009), a qual realiza a contagem de juvenis através da câmara de 
Peters no microscópio estereoscópico. Os NEPs encontrados são contados em amostras de 1ml 
da suspensão concentrada (utilizando peneiras de mesh 500) da criação de nematóides da 
instituição, descartando o maior e menor número, e calculando a média das cinco repetições 
restantes. Por meio da regra de três, é feito o cálculo do volume de suspensão a ser utilizado. 
𝑐ⅈ ⋅ 𝑣𝐹 = 𝑐𝐹 ⋅ 𝑣𝑖 
Onde: Ci = Concentração inicial; Vi = Volume Inicial; Cf = Concentração final; e Vf = volume final. 
Foram autoclavadas, um dia antes da coleta, 30 placas de Petri de vidro, embrulhadas em papel 
pardo por 60 minutos e secas em estufa a 50°C. Após o processo foram levadas a bancada 
esterilizada com álcool 70% e ácido acético a 5% a fim de evitar contaminações. As placas 
foram forradas com papel filtro esterilizado e então adicionou-se as espécies de nematóides a 
partir da suspensão concentrada, sendo neste trabalho encontrada a média de 127 Juvenis 
infectivos (JIs) de Steinernema feltiae em 1 ml, e 189 JIs de Heterorhabditis bacteriophora em 
1ml, o volume de suspensão em mililitros utilizado nos testes para chegar no número de JIs 
correspondente aos tratamentos é apresentado na tabela 1. 
Tabela 1 Volume de suspensão de Nematoides Entomopatogênicos utilizados nos tratamentos 
Tratamento 
(Concentração) 
Steinernema feltiae 
(ml) 
Heterorhabditis 
bacteriophora (ml) 
500 JIs 3,94 2,64 
750 JIs 5,90 3,96 
1000 JIs 7,87 5,29 
 
 
6 
 
Foram coletadas no Teste de Uso Múltiplo de Eucalyptus (TUME) da Faculdade de Ciências 
Agrárias e Sociais de Itapeva – FAIT, 210 formigas cortadeiras da espécie Atta sexdens 
rubropilosa Forel (1908), conhecidas popularmente comosaúva limão, tendo 60 soldados e 150 
operárias. Estas foram levadas ao laboratório do Núcleo de Estudos em Entomologia onde 
foram desinfetadas com hipoclorito de sódio a 3% por um minuto em béquer, e enxaguadas 
com água destilada em abundância. Após, foram expostas rapidamente a ácido acético 1% para 
limpeza de possíveis ácaros e novamente enxaguadas com água destilada com o auxílio de 
peneira 60 mesh. As formigas não foram mortas no processo, ficando apenas entontecidas, 
facilitando o manuseio dos insetos na montagem das placas, correspondendo a sete insetos por 
placa (dois soldados e cinco operárias). Após 10 minutos as formigas voltaram a se movimentar 
totalmente, como meio de evitar possíveis fugas dos insetos, ao redor das placas colocou-se 
papel filme. As placas foram então levadas a incubadora Biochemical Oxygen Demand 
(B.O.D.) para inoculação, sem fotoperíodo a uma temperatura de 23°C por dois dias. 
Após o período de inoculação, preparou-se as armadilhas de White (WHITE, 1927), para 
recolher os JIs produzidos. Estas armadilhas são constituídas de placas de Petri de tamanho 
médio, com outra placa menor no interior coberta com um papel filtro em forma retangular de 
maneira que metade fique em cima da placa menor e a outra metade na área livre. Ao redor é 
colocada água destilada, e sobre o papel na área elevada coloca-se os hospedeiros mortos de 
modo que não entrem em contato direto com água evitando anoxia e consequente 
apodrecimento. O papel servirá como ponte para os juvenis até a água, a qual é utilizada nas 
avaliações. As armadilhas permaneceram em câmara B.O.D. sem fotoperiodo a 23°C, por 7 
dias para serem coletados os juvenis mais vigorosos. Após a coleta da suspensão, esta foi 
submetida ao peneiramento com peneiras de mesh 500 visando a sua purificação, onde foram 
retirados do contato dos nematoides possíveis bactérias e resíduos dos insetos. O material retido 
em peneira foi então colocado em pote plástico e adicionado um volume de água destilada 
7 
 
qualquer sobre este (quanto mais diluído maior é o tempo de sobrevivência dos NEPs). Os NEPs 
são levados para estufa a 18°C para preservar os espécimes, como recomendado por VOSS et 
al., (2009). A porcentagem obtida foi corrigida de acordo com a equação de Abbott (1925) 
apresentada a seguir: 
% 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙ⅈ𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟ⅈ𝑔ⅈ𝑑𝑎 =
𝑛 𝑑𝑒 𝑣ⅈ𝑣𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒 − 𝑛 𝑑𝑒 𝑣ⅈ𝑣𝑜𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑛 𝑑𝑒 𝑣ⅈ𝑣𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒
 𝑥 100 
Os dados coletados foram submetidos a análise pelo programa Sisvar (Ferreira, 2000), e para 
determinação da concentração letal a 50% dos indivíduos (LC50%) os dados de mortalidade 
foram submetidos a analise Probit, baseada na metodologia de SRINIVASAN (2014) e 
ZAIONTZ (2017), as quais utilizam do programa MS Excel. 
Resultados 
Septicemia vem a ser o tipo de morte causada pelo parasita no corpo do hospedeiro. É uma 
infecção na hemolinfa que se alastra rapidamente devido a multiplicação de bactérias e pelas 
toxinas que estas produzem (DOLINSKI, 2006). Este efeito foi observado no período de 24 
horas sendo ao fechar deste ciclo contabilizados os hospedeiros que ainda estavam vivos ou 
apresentando movimentos dentro da placa de inoculação. Observou-se que em 16 horas após 
inoculação, 100% dos hospedeiros parasitados por Heterorhabditis bacteriophora estavam 
mortos nos testes feitos com as concentrações de 750 e 1000 JIs, enquanto que S. feltiae 
necessitou de 24 horas para causar a morte de 100% dos hospedeiros nas mesmas 
concentrações. O tempo de morte dos hospedeiros difere estatisticamente entre as espécies, 
apresentando ainda coeficiente de variação de ótima precisão e baixa dispersão de dados como 
demonstra a tabela 2 (PIMENTEL-GOMES, 1985; FERREIRA, 1991). 
 
 
8 
 
Tabela 2 Período para ocorrência de septicemia em soldados e operárias de Atta sexdens rubropilosa Forel (1908). 
Tratamentos 
Steinernema 
feltiae - 
Horas 
Heterorhabditis 
bacteriophora – 
Horas 
500 Jis 24h 16h 
750 JIs 24h 16h 
1000 JIs 24h 16h 
% média 24h a 16h b 
CV (%) 0% 
DMS 0 
MÉDIA GERAL 20 
Erro padrão 0 
N° de observações 6 
 
* Médias seguidas de letras diferentes, se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade 
Ambas as espécies atingiram nas populações de 750 e 1000 juvenis dos nematóides, 100% de 
mortalidade ao final das 24 horas de avaliações. No tratamento correspondente a concentração 
de 500 JIs os resultados foram de 92,6% em Steinernema e 96% em Heterorhabditis durante o 
mesmo período, onde H. bacteriophora manteve esta porcentagem desde as 16 horas após 
inoculação (tab. 3). 
Tabela 3 Mortalidade dos hospedeiros ao final das 24 horas avaliadas 
Tratamentos HORAS 
Steinernema feltiae 
- % de Mortalidade 
Heterorhabditis 
bacteriophora - % de 
Mortalidade 
500 Jis 24h 92.60% 96% 
750 JIs 24h 100% 100% 
1000 JIs 24h 100% 100% 
% média 24h 97.5% a 98.7% a 
CV (%) 3.2 
DMS 7.2 
MÉDIA GERAL 98.1 
Erro padrão 1.98 
N° de observações 6 
 
* Médias seguidas de mesmas letras não se diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 
Em relação a mortalidade, a porcentagem média final não se diferenciou estatisticamente entre 
as espécies, sendo ambas recomendadas para o controle se considerado este fator, estabelecendo 
9 
 
coeficiente de variação de 3,2% classificado como de ótima precisão e baixa dispersão de dados 
(PIMENTEL-GOMES, 1985; FERREIRA, 1991). 
Foram obtidos das armadilhas de White, cerca de 5 ml de suspensão concentrada com JIs da 
nova geração em todos os testes. A partir da contagem de 1ml dos JIs de cada espécie pode-se 
determinar que S. feltiae apresenta a menor população no inseto com média de 124,2 juvenis a 
menos que o encontrado em H. bacteriophora, sendo este o que demonstrou populações 
superiores até mesmo na menor concentração (tabela 4). 
Tabela 4 População de Juvenis Infectantes obtidos em média nos tratamentos 
Tratamentos 
Steinernema 
feltiae (1ml) 
Heterorhabditis 
bacteriophora 
(1ml) 
500 Jis 67.8 223.2 
750 JIs 125.6 229.6 
1000 JIs 172 285.2 
Total em 1ml 121.8 a 246 b 
CV (%) 42.86 13.86 
DMS 74,06 142,11 
MÉDIA GERAL 121.8 246 
Erro padrão 20.6 33.9 
N° observações 15 15 
 
* Médias seguidas de letras diferentes, se diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 
Se convertido este valor na ml utilizada para a inoculação dos hospedeiros (500; 750; 1000) 
temos que Heterorhabditis apresenta 89,25; 159,02; 508,71 vermes a mais respectivamente 
apresentando CV% baixo e de ótima precisão (FERREIRA, 1991), e Steinernema 232,87; 8,96 
a menos que o inoculado. Somente no tratamento com 1000 JIs apresentou um valor superior 
do inoculado sendo de 353,64 JIs, com CV% de dispersão de dados muito alta (PIMENTEL-
GOMES, 1985) devido as baixas médias nas populações, visto que a média é inversamente 
proporcional ao coeficiente de variação, a medida que a média aumenta o CV diminui (REIS, 
2018). 
10 
 
A concentração letal foi diferente entre as espécies de acordo com o teste de Tukey (Tabela 5). 
Foram obtidos no teste com a espécie Steinernema feltiae 109.6 NEPs (ponto 2,03 figura 1), 
enquanto que Heterorhabditis bacteriophora apresentou a menor concentração letal sendo de 
102.33 NEPs (ponto 2,01 figura1), com coeficiente de variação (CV%) 0% classificado como 
de ótima precisão e baixa dispersão de dados (PIMENTEL-GOMES, 1985; FERREIRA, 1991). 
Tabela 5 Teste Tukey da LC50% das espécies de nematóides entomopatogênicos testados 
Espécies Médias 
Heterorhabditis bacteriophora 102.33 a 
Steinernema feltiae 109.648 b 
CV% 0 
DMS 4.766 
Média geral 105.989 
Erro padrão 1.65 
N° de observações 30 
 
* Médias seguidas de letras diferentes, se diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 
 
Figura 1 Concentrações Letais a 50% de indivíduos de Atta sexdens rubropilosa Forel (1908), I = LC50% Steinernema feltiae,Coeficiente de correlação = 0,97892979; II = LC50% Heterorhabditis bacteriophora, Coeficiente de correlação = 0,979076376. 
(y=ax+b antilog x). 
 
Discussão 
Em relação ao período necessário para a morte dos hospedeiros, tem-se que os nematóides da 
espécie Heterorhabditis bacteriophora apresentaram uma relação de agressividade (referente a 
velocidade da septicemia) com o aumento da população, visto que causaram a morte de 100% 
dos insetos em 16 horas quando em maiores concentrações. Já a espécie Steinernema feltiae 
necessitou de 24 horas para obter 100% de mortos nas mesmas concentrações. Esta diferença 
y = 2,4853x - 0,0256
R² = 0,9965
0
2
4
6
8
10
0 1 2 3 4
M
O
TA
LI
D
A
D
E
LOG CONCENTRAÇÃO
y = 2,5124x - 0,0083
R² = 0,9986
0
2
4
6
8
10
0 1 2 3 4
M
O
R
TA
LI
D
A
D
E
LOG CONCENTRAÇÃO
II I 
11 
 
pode ser explicada de acordo com KERMARREC et al (1986), em que são poucas as 
possibilidades de S. feltiae penetrar em quaisquer formigas, devido a cutícula espessa e as 
pequenas dimensões dos orifícios naturais do inseto como boca, ânus e espiráculos, que são os 
pontos essenciais para que se ocorra o parasitismo. Além disto os adultos apresentam outras 
particularidades que dificultam a entrada do verme como o filtro infra bucal e a pilosidade do 
ânus que fornecem proteção ao inseto contra invasões. No caso específico do gênero 
Heterorhabditis os parasitas possuem um dente quitinoso situado frontalmente em sua 
extremidade anterior denominado de dente córneo, que permite a entrada forçada no inseto 
atravessando a cutícula (DOLINSKI, 2006; ALMENARA et al, 2012), o que explicaria a 
agressividade e o índice populacional elevado. 
Porém como demostrado, em ambas as espécies as formigas podem ser controladas, isto porque 
uma vez que penetrarem no inseto liberam suas bactérias simbiontes que em contato com a 
hemocele começam a se reproduzir a nível exponencial e a se alimentar, degradando os tecidos 
e órgãos internos do hospedeiro. O mesmo é transformado em uma sopa nutritiva da qual o 
nematóide se alimenta e termina de se desenvolver, passando de J4 para adultos, assim se 
reproduzindo e dano inicio a nova geração, no mesmo inseto podem ocorrer duas gerações, no 
caso de H. bacteriophora a primeira geração é de hermafroditas (GAUGLER & KAYA, 1990). 
No entanto em relação ao número de juvenis das novas gerações e ao tempo de septicemia, H. 
bacteriophora se sobressai para tal função. 
O número inferior de Steinernema feltiae em relação aos juvenis da nova geração deve-se ao 
fato da dificuldade encontrada por este em adentrar no inseto pelas aberturas naturais como já 
mencionado e ao tamanho reduzido dos hospedeiros, sendo S. feltiae maior que Heterorhabditis 
bacteriophora, portanto possui menos espaço no interior do inseto para os Steinernemideos 
(STUART et al., 1997; ACEVEDO & LOPEZ, 2002). 
12 
 
Heterorhabditis necessita de uma menor quantidade de juvenis para causar a morte de 50% dos 
indivíduos de Atta sexdens rubropilosa, Forel (1908), que Steinernema, sendo o recomendado 
a ser utilizado no controle do inseto. Este resultado também é obtido por RODRIGUEZ et al. 
(1997) em que isolados de Heterorhabditídeos são capazes de causar a morte a partir do 2° dia 
após a inoculação. Outro fator de influência neste resultado vem do comportamento de busca 
ao hospedeiro, que nesta espécie é do tipo cruiser, o qual percorre o solo atrás do hospedeiro 
ao invés de esperá-los em emboscada como é o caso de Steinernemideos (LEWIS, 2002). 
Conclui-se com este trabalho que Heterorhabditis bacteriophora demonstra maior 
agressividade no controle de Atta sexdens rubropilosa Forel, (1908). Assim como o menor 
período necessário para a ocorrência da septicemia, sendo necessárias apenas 16 horas. 
Heterorhabditis bacteriophora apresenta a maior população de juvenis da nova geração, se 
sobressaindo em comparação com Steinernema feltiae, porém o número de juvenis Infectivos 
entre as espécies não determinam o índice de mortalidade. 
Os resultados obtidos permitiram verificar que a espécie Heterorhabditis bacteriophora se 
mostrou como de menor demanda de Juvenis Infectivos necessários para o controle de formigas 
cortadeiras, apresentando LC50% de 102,33 JIs. Concluindo assim, que Heterorhabditis 
bacteriophora é a espécie de NEPs indicada ao controle de Atta sexdens rubropilosa Forel, 
(1908). 
 
 
13 
 
Contribuição dos autores 
J.K.A.de S., Planejamento, projeto e execução do trabalho, 
R. A. A. V., J. A. de S. e J. da S.S., conduziram as análises de dados e coleta dos hospedeiros, 
 J.K.A.de S., Escrita do artigo 
 
14 
 
Referências 
ABBOTT WS (1925) A method for computing the effectiveness of an insecticide. Journal of 
Economic Entomology, College Park, v. 18, p. 256-267. 
ACEVEDO JPM, LOPEZ NJC (2002) Producción in vivo de tres entomonematodos con dos 
sistemas de infeccion en dos hospedantes. Revista Colombiana Entomologica, v. 27; p. 73-78. 
ALIPIO AS (1989) Controle de formigas cortadeiras. Belo Horizonte, Normas Técnicas da 
Pains Florestal, 8p. 
ALMENARA DP, ROSSI C, NEVES MR de C, WINTER CE (2012) Tópicos avançados em 
Entomologia Molecular: Nematóides Entomopatogenicos, Cap.16, p. 1-40. Disponível 
em:<http://www.inctem.bioqmed.ufrj.br/images/documentos/biblioteca/Capitulo_16_Nematoi
des_Entomopatogenicos.pdf>. 
AMANTE E (1967) Prejuízos causados pela formiga saúva em plantações de Eucaliptus e 
Pinus no Estado de São Paulo. Silvicultura em São Paulo, São Paulo, v.6, n. 1, p. 355-363. 
CHERRET JM (1986) History the life-cutting and problem. In: LOFGREN CS, 
VANDERMEER R, Fire ants and leaf cutting ants: biology and management. Boulder: 
Westview Press: Studies in insect biology, 435p. 
COUTO L (1999) Efeito da espécie de Eucalipto e da vegetação nativa circundante sobre o 
custo de combate a sauveiros em eucaliptais. Revista Árvore n. 23, p. 321-325. 
DOLINSKI C (2006) Uso de nematóides entomopatogênicos para o controle de pragas. 
ResearchGate. Disponível em: <http://www.researchgate.net/publication/283360372>. 
FERREIRA PV (1991) Estatística Experimental Aplicada á Agronomia. Maceió, EDUFAL. 
437p. 
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