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Islamismo Trabalho de Geografia (Tra Bims 2, 2017)

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz parte do tema bimestral ‘Choque de civilizações’, da disciplina de Geografia. Dentro desse conteúdo, iremos abordar a religião Islâmica, visando explicitar melhor os aspectos da mesma, e elucidar conceitos errôneos, que foram sendo propagados ao longo do tempo devido a preconceitos, e distorções, seja por parte da mídia, ou da sociedade.
O trabalho está divido em 21 tópicos principais, que vão desde a origem do Islamismo até dados recentes, contando ainda com uma parte de mitos e curiosidades; cada item servindo para basear a tese a seguir. 
Islamismo
1. Histórico
O Islam (palavra árabe que significa submissão a Deus) foi
fundado em 622 d.C., na cidade de Madina, Arábia. 
Seu fundador, Muhammad, nasceu na cidade de Makka, em 570 d.C, num contexto religioso que mesclava animismo, politeísmo, monoteísmo etc. Cristãos e judeus vivam nas imediações. Havia em Makka um santuário chamado Caaba, que conserva até hoje uma pedra negra, considerada sagrada pelos árabes. Alguns desses praticavam a adoração a “Allah”, porém, este era visto como um deus tribal, sem caráter universal.
Maomé casou-se com Khádidja � uma rica viúva bem mais velha 
que ele � quando tinha 25 anos. Estabeleceu-se em Meca e tornou-se um próspero mercador, iniciando uma vida contemplativa. Quinze anos depois, na caverna do monte Hira, ao norte de Meca, Maomé declarou ter recebido uma revelação de Alá, na qual teria sido ordenado que pregasse uma nova religião em todo o mundo.
Em 610 d.C., aos quarenta anos, Mohammad, enquanto meditava 
numa caverna, teria recebido a visita do anjo Gabriel (Jibril, em árabe), que lhe revelou o que hoje é conhecido como o Alcorão (veja Escrituras). Começou a pregar que só havia um único Deus, o Juízo Final e que ele era o derradeiro mensageiro de Deus, o restaurador da religião verdadeira que há muito havia desaparecido. Essa pregação trouxe forte oposição de seus contemporâneos. Isso levou Mohammad a fugir para Madina, em 16 de julho de 622. Esse acontecimento, conhecido como Hégira (migração), marcou o início do calendário muçulmano.
Nessa cidade ele estabeleceu sua doutrina, recrutou adeptos e construiu a primeira mesquita. Em 630, com seus seguidores, entrou em Makka, submetendo-a, sem combate, à nova fé. Sua primeira atitude foi destruir os ídolos da Caaba. Morreu dois anos depois, aos 63 anos. Antes disso, a maior parte da Arábia já era muçulmana.
Depois da sua morte, em 8 de junho de 632, seu fiel discípulo Abu 
Bakr se empenhou na islamização das tribos e empreendeu expedições para a conquista da Síria e da Pérsia. Abu Bakr foi morto em 634 e teve por sucessor Umar, que governou por um período de dez anos, durante o qual estendeu os domínios do Estado islâmico até a Índia, vencendo as forças de Bizâncio para tomar a Síria, a Palestina, o Egito e outros territórios pertencentes ao império persa.
Umar foi assassinado em 644, e Otman o substituiu à frente do já 
então império muçulmano. Otman se dedicou a redigir a versão definitiva do Alcorão.
Governou até 655 e foi morto por Ali, cunhado de Maomé, que seria o quarto dos califas eleitos. Depois dele, a chefia dos muçulmanos passou a ser hereditária.
Atualmente o Islam é a segunda maior religião do mundo � 
depois do Cristianismo contando com cerca de 1 bilhão de adeptos. A sede no Brasil fica em São Bernardo do Campo, SP. 
2. Escrituras
O Alcorão (literalmente: recitação) é a autoridade primeira do 
Islam, que ensina ter Deus revelado cada palavra através do anjo Gabriel a Mohammad, que era analfabeto. Este teve de memorizar todas as palavra, ditando-as aos seus discípulos. Depois de sua morte, um grupo de escribas começou a assentar tudo por escrito. O resultado final é uma obra contendo 114 suratas (capítulos). Há extensa citação (indireta) tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos (embora apregoe que estas obras literárias tenham sido corrompidas através dos séculos). A segunda fonte de autoridade para os muçulmanos é a Sunna, a coleção da tradição das declarações e dos feitos de Mohammad, apresentados em forma de hadis (breves narrativas).
3. Deus
A fé Islam é essencialmente monoteísta (Hanif). Sua concepção 
da unicidade de Deus, leva-a a rejeitar a crença cristã na doutrina da Trindade, afirmando que esta deturpa o monoteísmo bíblico. Diz que os cristãos “inventaram a Trindade ou a copiaram da idolatria pagã”.
4. Jesus Cristo
Jesus é respeitado e reverenciado no Islamismo como um dos 
maiores mensageiros de Deus para a humanidade (Mohammad é o maior e o último deles). Crêem que nasceu da virgem Maria, contudo, ele não pode ser considerado “Filho” de Deus num sentido especial como o Cristianismo atribui. Negam também sua divindade, bem como sua morte na cruz, e assim, conseqüentemente, negam seu sacrifício vicário e a redenção do gênero humano por meio de sua morte, que são sustentáculos do Cristianismo. Isso se dá devido ao fato de que o retrato feito de Jesus no Alcorão é baseando nos evangelhos apócrifos � que foram rejeitados pelo Cristianismo � e não nos canônicos (Mateus, Marcos, Lucas e João). A idéia da Encarnação (veja Cristianismo � Jesus Cristo) parece aos olhos dos muçulmanos como algo degradante, diminuindo a transcendência de Deus.
5. Espírito Santo
Os eruditos muçulmanos dizem tratar-se do anjo Gabriel. Crêem 
também que as palavras de Jesus referentes ao Espírito Santo sejam aplicadas a Mohammad.
Este seria o Consolador, o Espírito da verdade, que Jesus havia profetizado no Evangelho de João, cap. 16, vv. 12 e 13.
6. Salvação
A salvação no Islam depende da aplicação dos cinco pilares 
sobre os quais o Islam está fundamentado, a saber: a fé (chahada), a oração (salat), a caridade (zakat), jejum (siyam) e a peregrinação à Makka (hajj).
7. Vida após a morte
O Islam prega a sobrevivência da alma após a morte física e o 
Dia do Juízo Final. Antes do Juízo, porém, os mortos vão para um lugar ou estado intermediário, conhecido como Barzakh, onde os justos vivem períodos de felicidade e os ímpios de sofrimento. Ambos aguardam a ressurreição no Juízo Final. Os que reconheceram que “não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é seu mensageiro” � esse é o resumo de tudo o que o muçulmano deve crer � receberão as alegrias do Paraíso eternamente e contemplarão a Deus. Os que não viveram de acordo com essa profissão de fé serão lançados no inferno.
Quanto ao inferno, os peritos muçulmanos divergem em relação à durabilidade do castigo: para alguns, Deus poderá perdoar todos os pecados dos infiéis, com exceção da descrença em Deus; para outros, contudo, haverá a salvação universal, ou seja, todos serão perdoados, até mesmo o que cometeram o pecado da descrença em Deus.
8. Trindade: O islamismo não aceita a doutrina cristã da Trindade. 
Acredita no Espírito Santo como uma força emanada de Deus e vê em Jesus Cristo apenas um profeta posterior a João Batista.
9. Céu: O Céu é, para os muçulmanos, um superoásis; o sonho de 
um povo que vive no deserto. Nele, os bem-aventurados que seguiram os preceitos do Senhor, encontrariam rios de leite, mel, vinho e multidões de virgens com olhos negros de gazeta… A situação inferior ocupada pela mulher nos clãs particulares dos beduínos seria perpetuada no Céu. Os soldados mortos em guerra santa para expandir o Islã teriam entrada garantida nos supostos oito círculos do paraíso, mesmo antes do julgamento final.
10. Inferno: O inferno para o islamismo nada tem de especial; 
apenas leo fervente e fogo para aqueles que não seguiram os preceitos de Alá.
11. Oração: Os muçulmanos rezam cinco vezes por dia. Nas orações 
que têm por objetivo dar graças e glorificar a Alá (Deus).
12. Imagens: Homens, animais, plantas e pedras são criação divina 
e, por isso, os homens não devem recriá-los.
13. Predestinação: Para os muçulmanos, o homem tem um destino 
traçado e, por isso, quando acontece um fato qualquer, o árabe costuma dizer: Estava escrito!
14. Guerra: Chamava-se guerra santa� toda aquela promovida com 
a finalidade de expansão do islamismo.
15. O Jihad, Ou GuerraSanta
É a batalha por meio da qual se atinge um dos objetivos 
do islamismo, que é reformar o mundo. Qualquer muçulmano que morra numa guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna garantida. Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não têm medo de morrer ou de passar por nenhum risco 
Baseados no principio da Guerra santa, o Islã dividiu o 
mundo em duas partes: O Dhar-ul-Islam e o Dhar-ul-Harb, isto é, o território do Islã (suposto território de paz) e o território de guerra. 
16. A expansão
Apesar de alguns períodos de luta civil entre muçulmanos, a 
expansão do islamismo prosseguiu durante um século. No Ocidente, os muçulmanos ocuparam o Norte da África até o Atlântico, atravessaram para a Espanha e por alguns anos mantiveram em seu poder a região de Narbona, no Sul da França.
Na famosa batalha de Tours, em 732, uma expedição de ataque 
muçulmana foi derrotada pelo exército francês, mas isso não abrandou o domínio muçulmano sobre a Espanha.
Para o Norte, avançaram até Constantinopla (a moderna 
Istambul), mas não conseguiram ocupar nenhum território da Ásia Menor (Turquia). Para Leste, depois de conquistar toda a Pérsia e o Afeganistão, penetraram na Ásia Central e atravessaram a linha do rio Indo, no atual Paquistão. Até o ano 750, toda essa área constituiu um único Estado, governado pelos califas da dinastia Omíada.
A maioria dos habitantes dessas regiões não se converteu logo
ao Islã, mas tornaram-se minorias protegidas.
A idéia de que aos oponentes era dado escolher entre �o Islã ou 
a espada� é falsa, exceto no caso das tribos pagãs árabes.
No seu conjunto, as minorias protegidas� eram bem tratadas, 
uma vez que os governantes consideravam ponto de honra uma proteção� eficiente. Contudo, os membros dessas minorias viam-se como cidadãos de segunda classe, de modo que se verificou uma constante corrente de conversões ao longo dos séculos.
Foi desse modo que o Islã tornou-se a religião predominante nas 
terras que, originalmente, constituíam a pátria do cristianismo.
Antes do aparecimento de Maomé, os árabes viviam em tribos. 
Eram politeístas e não tinham governo centralizado. Maomé, através da religião, controlou toda a Arábia e, à medida que dominava os povos pela guerra, impunha-lhes também a religião muçulmana. Surgiu então o império árabe politicamente falando.
Após a morte de Maomé, os quatro primeiros califas (sucessores
de Maomé) expandiram o Islã.
A máxima expansão dos árabes, no século XI, já não correspondeu a um império unido, pois governavam califados independentes. Atualmente, entre as principais áreas de influência do islamismo estão o Oriente Médio, o Norte da África, a Ásia Ocidental e numerosas comunidades na Indonésia, Malásia e Filipinas. Essa influência aumenta ainda rapidamente nos países africanos do Sul do Saara.
17. Facções
Antigos debates sobre o califa (sucessor de Maomé) levaram a 
cisões dentro do islamismo.
O Islã é formado por dois grupos básicos: os sunitas e os xiitas.
As suas origens remontam à questão enfrentada pelos primeiros 
muçulmanos: quem iria suceder Maomé como líder da comunidade islâmica? Para os muçulmanos, essa foi sempre tanto religiosa como política.
· Sunitas: o consenso da comunidade
A resposta ou pensamento dos sunitas, que constituem maioria 
muçulmana (cerca de 90%), pode ser resumida da seguinte forma:
 Ninguém pode suceder Maomé na sua natureza e qualidade 
de profeta, pois o Corão termina e aperfeiçoa a revelação da vontade divina, e declara Maomé como o último dos profetas�.
Assim, o sucessor de Maomé não poderia ser mais do que o 
guardião do legado profético.
· Xiitas: autoridade e liderança
Para os muçulmanos xiitas, a principal figura de autoridade 
religiosa é o imã. Maomé completou o ciclo dos profetas e com ele a possibilidade de mais revelações divinas. Porém, os muçulmanos xiitas acreditam que ele instituiu o ciclo da iniciação� como contínuo da comunidade, ao nomear um imã como seu sucessor. Este estava investido com as qualidade necessárias para uma interpretação inspirada e infalível do Corão. Desse modo, os xiitas referem-se a si mesmos como povo de nomeação e identificação.
O primeiro imã foi Ali. Como primo, filho adotivo e mais tarde 
genro de Maomé, não era apenas um membro da tribo de Maomé, mas também uma pessoa da casa.
Essa relação familiar íntima é significativa: os xiitas acreditam que 
Ali herdou as capacidades espirituais� de Maomé, a sua wilaya. Era infalível na interpretação do Corão e na liderança da comunidade e passou essa característica aos filhos do seu casamento com Fátima, Hassan e Hussein, e estes aos seus descendentes da linha dos imãs.
Os xiitas acreditam que o ciclo da wilaya prosseguirá até o fim da história humana quando, no Última Dia, a humanidade será ressuscitada e julgada para a segunda vida. A maioria dos xiitas, conhecidos por imamis� (vivendo quase todos no Irã), acredita que o ciclo ficará completo com o messiânico regresso do décimo segundo imã, muitas vezes citado como o mã do período, que se diz ter sido retirado para um estado de ocultação� desde o século III do Islã. Os seus conselhos são ainda acessíveis através de agentes ou doutores da lei (mujtahidun), entre os quais os mais importantes no Irã são os aiatolás. São eles que têm o direito de interpretar a Sharia e de estabelecer as regras religiosas.
18. Termos e seus significados
Caaba: sagrada mesquita muçulmana em Makka; também 
designa a pedra negra sagrada que se encontra no interior dessa mesquita.
Califa: nome dado aos sucessores de Mohammad.
Chahada: literalmente: “testemunho”; é o primeiro dos cinco 
pilares do Islam (sua profissão de fé): “Não há divindade além de Deus e Mohammad é seu mensageiro”.
Hajj: O quinto pilar do Islam, que consiste numa peregrinação 
anual à cidade sagrada de Makka (para quem tiver condições físicas e econômicas para isso) ou pelo menos uma vez na vida.
Islam: palavra árabe que significa “submissão”; no contexto 
muçulmano, significa “submissão ou entrega total a Deus”; no contexto histórico, refere-se à religião iniciada por Mohammad.
 Jibril: nome árabe para o anjo Gabriel, que supostamente
forneceu a Mohammad a “revelação” (Alcorão).
Mesquita: local de adoração dos muçulmanos (masjid, em 
árabe).
Ramadan: mês do calendário Islam em que os adeptos 
devem jejuar, pois nesse mês Mohammad teria recebido a “revelação”.
Salat: orações obrigatórias que os muçulmanos devem 
praticar cinco vezes ao dia; são recitadas em árabe, contendo versículos do Alcorão. É o segundo pilar do Islam.
Siyam: é o quarto pilar do Islam, o jejum, que deve ser 
observado durante todo o mês de Ramadan, do nascer ao pôr-do-sol, seguido da abstenção de comida, bebida e dos relacionamentos sexuais.
Surata: cada capítulo do Alcorão.
Zakat: literalmente: “purificação”; é o terceiro pilar do Islam, 
consistindo na prática obrigatória se de dar uma porcentagem do que se ganha ao Islam para sua propagação e outros fins.
Suna: Coleção de tradições (provérbios morais e anedotas) que 
identificam a tradição árabe com o islamismo.
Ijma: Estabelece a crença de que a maioria dos muçulmanos não 
poderia concordar em erro. O alcorão, a Suna e o Ijma são três alicerces da doutrina islâmica.
19. Atos históricos que contribuíram para a expansão do Islã
Os historiadores apresentam as seguintes causas para a 
expansão árabe:
· Causas Religiosas
Estudando as causas das conquistas árabes no século 7, temos 
de considerar o entusiasmo religioso dos muçulmanos que alcançava o grau supremo do fanatismo e da intolerância, e vê-se nele uma das causas determinantes dos espantosos êxitos militares obtidos pelos árabes em sua luta contra a Pérsia e contra o Império Bizantino no século 7. Deduz-se que os árabes se tenham precipitado sobre as províncias asiáticas e africanas com a determinação de cumprir a vontade de seu profeta que lhes havia prescrito a conversão de todo o mundo nova fé. Em resumo, costuma-se explicar em geral as vitórias árabes pelo entusiasmo religioso que preparava os muçulmanosfanáticos para encarar a morte com desprezo, fazendo-os assim invencíveis na ofensiva, mas também existe o lado da atração da pilhagem e das rapinas, o entusiasmo religioso dos muçulmanos contratados com um mundo profundamente dividido e etnicamente heterogêneo. É importante mencionar ainda que os chefes muçulmanos eram discípulos apaixonados de Maomé, oravam mais do que lutavam e, com o tempo, inspiraram aos seus adeptos um fanatismo que aceitava a morte numa guerra santa como um passe livre para o paraíso.
· Causas Econômicas
A Arábia, reduzida em recursos naturais, não poderia satisfazer já 
às necessidades físicas de sua população e, então, sob a ameaça da miséria e da fome, os árabes viram-se na necessidade de fazer um esforço desesperado para libertar-se da ardente prisão do deserto. A isca do saque e da rapina constituiu, sem dúvida, um poderoso atrativo para as hordas beduínas. A promessa de uma rica presa incitou as tribos a se alistarem sob a bandeira do Califa. O êxodo triunfante da península recebeu um enorme estímulo bem depressa ao chegarem notícias das fabulosas riquezas encontradas na Síria e no Iraque.
· Causas Militares
As tropas árabes eram mais rigorosamente disciplinadas e 
conduzidas com habilidades, estavam habituadas às agruras e eram recompensadas com os despojos.
Podiam lutar com o estômago vazio e dependia da vitória a sua 
comida. Finalmente havia causas militares da invasão, à medida que os vitoriosos exércitos árabes cresciam com recrutas famintos ou ambiciosos, criava-se o problema de lhes fornecer novas terras e conquistar apenas para prover-lhes alimentos e soldos. Cada vitória exigia outra, até que as conquistas árabes � mais rápidas do que as romanas e mais duradouras do que as dos mongóis resultaram no mais espantoso feito da história militar.
Além disso, o exército árabe era mais adaptado ao meio onde se 
movimentara para atacar o inimigo � o deserto vasto e uniforme. A cavalaria árabe soube tirar proveito do uso do camelo especialmente como eficiente meio de transporte a longas distâncias, em relativamente pouco tempo. Camelo e deserto formavam um quadro harmônico em que o guerreiro árabe atuava com vantagem sobre o adversário.
· Afinidade racial e cultural
Outro fato importante foi que os conquistadores árabes 
encontraram em algumas regiões populações de origem semítica. Na Palestina e na Síria, existiam numerosos habitantes de origem árabe. No Iraque, havia muito, processara-se uma infiltração de tribos árabes.
Assim, para as províncias conquistadas, os árabes não eram 
considerados bárbaros ou estrangeiros; por intermédio do comércio, essas populações sempre tiveram relações com os árabes.
· Fraqueza dos adversários
O Império Bizantino possuía os seguintes pontos fracos: 
problemas religiosos, o descontentamento existente entre a população ortodoxa das províncias orientais em relação ao governo central por causa de certas concessões de compromissos outorgados aos monofisistas; problemas socioeconômicos e impostos exagerados pesavam sobre a população revoltada, especialmente quando a população teve de arcar com as despesas da guerra com o Império Persa. Em relação aos problemas militares, o Império Bizantino estava profundamente enfraquecido em virtude da tremenda luta contra os persas. As tropas esgotadas não podiam opor uma resistência eficaz aos exércitos árabes constituídos por soldados bem dispostos à luta. Ainda havia outros fatores como as constantes invasões persas na Síria e Palestina; as fronteiras do Império Bizantino estavam desguarnecidas.
As lutas entre o Império Bizantino e o Império Persa haviam 
enfraquecido a ambos, os persas tinham sido derrotados pelo Império Bizantino; estavam desmobilizados, com sérios problemas econômicos e com profundas divisões na sociedade e na religião zoroastrista.
· Tolerância muçulmana e benefícios econômicos
Os árabes eram extremamente tolerantes, exigiam apenas que 
admitissem a supremacia política do Islã, materializada, sobretudo no pagamento de impostos especiais, na interdição de qualquer proselitismo junto a muçulmanos e no caráter puramente árabe do exército.
Essa tolerância explica porque os judeus de Jerusalém 
receberam os árabes como verdadeiros libertadores (637 d.C.) e que os cristãos monofisistas de Alexandria tenham acolhido o maometano Omar (643 d.C.). Quando da última tentativa de Heráclito para conquistar a Síria, os cristãos colaboraram com os muçulmanos e, segundo o historiador Abd-A1-Hakam, as autoridades eclesiásticas do Egito, ordenaram aos coptas que não se opusessem aos árabes, por ódio pelas perseguições bizantinas, e o patriarca Ciro, representante da autoridade imperial, entendeu-se facilmente com os árabes.
Além do bom entendimento entre árabes e cristãos, encontramos 
aqui os benefícios econômicos que o jovem império árabe trouxe a essas regiões, com contato comercial em vários lugares da Síria à Índia, da Mesopotâmia até as ilhas distantes, tudo sob a administração árabe.
20. O choque teológico entre o Islamismo e o Cristianismo
Existem várias doutrinas que poderíamos aqui contrastar com a 
Bíblia e mostrarmos como o Islã é diferente do Cristianismo, além de termos e conceitos, como a vida após a morte, anjos, salvação etc.
I. O islamismo afirma que a Bíblia foi corrompida – Entretanto
há só do Novo Testamento mais de 24 mil manuscritos, sendo que grandes partes desses manuscritos são anteriores à Hégira e a fundação do Islã no século VII. A variação desses manuscritos é de menos de 5% e todas irrelevantes teológica e historicamente, ou seja, temos subsídios suficientes para acreditarmos que a Bíblia é perfeitamente confiável. Já do Alcorão; não podemos dizer o mesmo.
II. O Céu que Alá oferece é cheio de virgens para serem 
desfrutadas pelos fiéis (Surata 3:15); – A Bíblia mostra uma outra realidade de céu, onde a paz, e a justiça reinarão sendo uma pátria de santos (Fl.3:20).
III. O Islã permite que o marido possua até quatro esposas 
(Sura 4,3) – A poligamia nunca foi parte do plano de Deus (Gn 1,27; 2,24; Deut 17,17; 1Cor 7,2; 1Tim 3,2).
IV. O Alcorão permite que se mate em nome de Alá (Sura 9:5)
– Jesus nos ensinou oferecer a outra face (Mt. 5:39).
V. Negam a crucificação de Cristo (Sura 4,157) – O 
muçulmano nega a verdadeira razão pela qual Jesus Cristo veio ao mundo! A Bíblia é clara – Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado (I Cor. 2:2).
VI. Não aceitam a Trindade e afirmam que os cristãos que 
assim pensam são idolatras.
VII. O Alcorão erra em seu retrato da Trindade ao ter Jesus e
Maria como dois deuses, além de Alá
VIII. Acreditam que a justificação é feita pelas obras e não pela 
Graça – No Islamismo os pecados são erros que você faz e, se você diz “lamento” a Deus, Ele lhe perdoa. Na soma, nossas boas obras apagam nossas más obras (Sura 11,114). Mas, segundo a teologia cristã, somente pela Graça de Deus é que somos salvos (Ef. 2:8-9).
IX. Festas Islâmicas
· Ramadãm ou Ramadan (fevereiro/março): durante o nono 
mês do calendário muçulmano….
· Pequena Festa (Eid Al-Fitr): celebrada nos três primeiros 
dias do mês de Shaual (março/abril), ao final do jejum do mês de Ramadãm, comemora a revelação do Corão.
· Grande Festa ou Festa do Sacrifício (Eid Al-Adha): é
celebrada no dia 10 do mês de Thul-Hejjah (maio/junho).
· Hégira (fuga de Maomé de Meca), marca o Ano-novo do 
calendário muçulmano, no dia 1° do mês de Al-Moharam (junho/julho).
· Aniversário de nascimento do Profeta, no dia 12 do mês de 
Rabi’I (agosto/setembro).
X. Calendário muçulmano
Mede o ano pelas 12 revoluções completas da Lua em torno da Terra e é, em média, 11 dias menor do que o ano solar. O ano 1994/1995 foi o 1.415° da hégira.
Abaixo, um de uma série de 4 selos, emitida 29/11/2004 pelo Irã, com valor facial de 500 Rial iranianos, sobre “The First International Biennial of Islamic World Poster”. O selo mostra a meia-lua, um dos símbolos do Islã.
XI. O Estado Islâmico e a diferença entre islamismo e
terrorismo
O Estado Islâmico é um grupo terrorista e extremistaque age em torno da religião islâmica. Surgiu de outra célula terrorista, pois se intitulava “Al Qaeda no Iraque” – e estava presente lutando contra as tropas estadunidenses que invadiram o país em 2003. Depois desse grupo quase se dissolver, ele renasceu em 2006 com o nome de Estado Islâmico.
É considerada a organização terrorista mais poderosa e perigosa no mundo hoje.
É também um grupo fundamentalista, ou seja, crêem na interpretação literal do livro sagrado, o Alcorão. O fundamentalismo, porém, não é parte do islamismo. O que ocorre é que alguns grupos interpretam
 que a religião deve ser seguida estritamente e tentam impor essa visão à sociedade. Assim como grupos fundamentalistas islâmicos como a Al Qaeda, o Boko Haram e o Estado Islâmico, há grupos fundamentalistas também no judaísmo, como o Kach Kahane Chai – que objetiva restabelecer os territórios judaicos como determina a Torá e expulsar os palestinos da região – e no cristianismo, como Christian Voice (Voz Cristã), da Inglaterra – que condena o divórcio, as clínicas de aborto e faz a promoção da cura de homossexuais.
XII. Como o E.I se financia
O Estado Islâmico toma posse de bases militares, bancos, campos de petróleo, em todas as áreas que conquista, a fim de dominar tudo o que existe no território. Dessa forma, também exerce controle sobre a população que reside ali, uma vez que agem como um verdadeiro Estado, com o líder (o califa), governo próprio, com ministérios, cortes islâmicas, segurança. Cobram impostos e taxas da população, também, além de vender petróleo ilegalmente.
O E.I. é conhecido por querer destruir a história – monumentos, estátuas, templos históricos -, mas também pela truculência com que age com civis, realizando sequestros e extorsões. A venda ilegal de petróleo, os sequestros e as extorsões garantem ao E.I. uma renda diária estimada em 2 milhões de dólares.
21. Mitos sobre o Islamismo
I. 1- Islâmicos, Muçulmanos e Árabes são a mesma coisa
É mentira, pois os Mulçumanos são aqueles que acreditam e seguem a fé islâmica, já o termo “árabe” se refere à uma etnia.
II. Muçulmanos declararam guerra ao resto do mundo
Isso também não é verdade. Esse conceito de que todo árabe ou mulçumano é terrorista não passa de um estereótipo.
Mas além desses há muitos outros mitos causados por
estereótipos e falta de informação e claro, preconceito.
22. Curiosidades
· Nega a idéia de pecado original, pois crê que a pureza é 
inerente ao homem, que, ao corromper-se, pagará por seus pecados pessoais.
· O Islam possui um calendário próprio, que tem como 
marco inicial a Hégira, ou migração, de Mohammad de Makka para Madina. Sendo assim, eles contam o ano de 622 d.C. como o ano 1 H. Seu calendário é o lunar; tendo seu ano, portanto, 354 dias.
· O Islamismo vai ser a maior e mais popular religião do 
mundo já em 2070, concluiu um estudo realizado num centro de pesquisas em Washington, o Pew Research Center, visto que a religião cristã, atualmente a maior no mundo, tende a perder fieis.
· O Islamismo é sim uma religião pagã.
· O deus Alá não é o mesmo Deus retratado na Bíblia.
CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho, minha maior conclusão foi a respeito da grande importância da busca de informação. Alguns conceitos deturpados que eu tinha no início foram desconstruídos, pois vi que grande parte das opiniões que eu tinha sobre o Islamismo eram visões causadas pelo choque de civilizações, que há séculos vem causando intrigas e divisões, pelo simples fato de que vários grupos religiosos não aceitam uns aos outros.
Também foi possível compreender que não é necessariamente as doutrinas de uma religião que farão com que surjam grupos com atitudes violentas e preconceituosas, e sim as próprias pessoas que decidem interpretá-la ao pé da letra.
Vi ainda que alguns ensinamentos da religião islâmica são extremamente parecidos, e até mesmo iguais, aos de religiões que já segui.
Em suma, o Islamismo é uma religião que procura a paz, mas a sociedade de certa forma o corrompe, manchando sua imagem e criando estereótipos, que são motivos para descriminação, violência, guerras etc.
Portanto, é evidente que não devemos nos deixar levar pelas opiniões formadas de outros, não nos limitar a apenas algo que lemos, e sim pesquisar a fundo sobre determinada questão, a fim de evitar a propagação de conceitos destorcidos. Devemos nos respeitar, mesmo não aceitando a visão do outro, a fim de tentar aos poucos melhorar a situação em que vivemos.

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