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INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS 
ESSA VERSÃO É APENAS PARA FINS EDUCACIONAIS 
ADQUIRA A VERSÃO IMPRESSA NO SITE DA SUA INSTITUIÇÃO 
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Diretor de EAD: Enzo Moreira 
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes 
Coordenadora educacional: Pamela Marques 
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa 
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tíago da Rocha 
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
Rodrigues, Sofia Maria Amorim Falco. 
1 nstalações elétricas/ Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues. - São Pa ui o: Cengage, 2020. 
Bibliografia. 
ISBN 9786555582581 
1. Instalações Elétricas. 2. Eletricidade. 1. Título.
Grupo Ser Educacional 
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
- PALAVRADOGRUPOSEREDUCACIONAL
"É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fi zeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil. 
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade. 
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer­
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade." 
Janguiê Din iz 
' 
Autoria 
Sofia Maria Amorim Falco Rodrigues 
Graduada e mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de São João dei Rei (UFSJ), 
doutoranda em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente é 
professora conteudista de Engenharia Elétrica e áreas afins nas empresas Sagah - Soluções Educacionais 
Integradas, DTCOM - Fábrica de Conteúdo & Estúdio, DP Content Consultoria em Produção Editorial 
Digital e na Evolke - Aprendizagem Corporativa. Também trabalho como professora particular de 
Matemá tica, Físíca e conteúdos de Engenharía Elétríca, realízando o acompanhamento de vários 
alunos, em aulas presenciais e online. 
SUMÁRIO 
Prefácio ................................................................................................................................................. 8 
UNIDADE 1- Luminotécnica, dispositivos de comando e de proteção .... ......................................... 9 
lntrodução ......................................................................................................................................... .... 10 
1 Fundamentos de luminotécnica ......................................................................................................... 11 
2 Grandezas luminotécnicas ................................................................................................................. 18 
3 Dispositivos de comando ................................................................................................................... 26 
4 Dispositivos de proteção .................................................................................................................... 30 
PARA RESUMIR .............................................................................................................................. 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 34 
UNIDADE 2 - Estudo de materiais de instalações de baixa tensão, capacidade de pontos de consumo 
e divisão da instalação entre circuitos de iluminação e força ................. ............. ....................... .... 35
Introdução ............................................................................................................................................. 36 
1 Estudo básico dos mater iais utilizados nas instalações de baixa tensão ........................................... 37 
2 Determinação da capacidade dos pontos de consumo de energia elétrica ....................................... 47 
3 Visão geral dos principais parâmetros da insta lação elétrica de baixa tensão .................................. 51 
4 Divisão da i nstalação em circuitos de iluminação e força .................................................................. 54 
PARA RESUMIR ..................................................................... .......... ........................... ......... ........... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............... . .. .... ..................... ................... ........................................ 58 
UNIDADE 3 - Dimensionamento de circuitos terminais, elaboração do quadro 
de cargas e de listas de materiais ......................................................... ......................................... 59 
Introdução ......................................................................................................................................... .... 60 
1 Dimensionamento de circuitos terminais .......................................................................................... 61 
2 Dimensionamento de condutores ..................................................................................................... 66 
3 Dimensionamento de eletrodutos ..................................................................................................... 71 
4 Dimensionamento da proteção para circuitos terminais ................................................................... 72 
5 Dimensionamento de disjuntores ...................................................................................................... 76 
6 Elaboração do quadro de cargas e listas de materiais ....................................................................... 77 
PARA RESUMIR ............................................................................................................................ .. 82
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... .. ..... .. . ...... ....................................... . ......... .................. ............. 83 
' 
UNIDADE 4 -Aterramento elétrico, proteção contra descargas atmosféricas e o projeto 
de instalações elétricas prediais .................................................................................................... 85 
Introdução ..................................... ........................................................................................................ 86 
1 Aterramentos elétricos ...................................................................................................................... 87 
2 Esquemas de aterramento e principais tipos de aterramento ........................................................... 90 
3 Proteção contra descargas atmosféricas ............................................................................................ 93 
4 Ligação equipotencial, para-raios e antenas ...................................................................................... 95 
5 Condutores de proteção .................................................................................................................... 99 
6 Projeto de instalações elétricas prediais ............................................................................................ 102 
7 Exemplo de desenvolv
i
mento do projeto elétrico de uma instalação predial ...................................104 
PARA RESUMIR ... .......... ................................................................................................................. 107 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 108 
PREFÁCIO 
A abordagem deste livro sobre instalações elétrica oferece um entendimento dos 
principais aspectos que o profissional precisa conhecer para que possa atuar com 
eficiência. Veja a seguir os assuntos que vão ser amplamente discutidos neste livro, 
que se divide em quatro unidades. 
Na primeira unidade, Luminotécnica, dispositivos de comando e de proteção, 
apresentamos os fundamentos principais da luminotécnica abordando os pontos que 
você precisa conhecer para desenvolver e compreender um projeto de instalações 
elétricas como um todo. Os principais dispositivos de comando e de proteção utilizados 
nas instalações elétricas residenciais, prediais e industriais, e como funcionam na prática 
serão abordados nesta unidade, onde você será introduzido aos estudos deste livro. 
A segunda unidade, Estudo de materiais de instalações de baixa tensão, capacidade de 
pontos de consumo e divisão da instalação entre circuitos de iluminação e força,descreverá 
os principais materiais utilizados nas instalações elétricas de baixa tensão. Você verá como 
desenvolver diagramas e exemplos das principais simbologias e padrões. Na sequência, 
passaremos a mostrar como determinar a capacidade dos pontos de consumo de energia, 
como calcular e prever as cargas nestes pontos e, por fim, você conhecerá a maneira como 
é feita a divisão da instalação nos circuitos de iluminação e de força. 
Dimensionamento de circuitos terminais, elaboração do quadro de cargas e de 
listas de materiais será o tema da terceira unidade, onde você aprenderá sobre as 
principais premissas para o dimensionamento de circuitos terminais, entendendo 
como dimensionar eletrodutos e condutores e como deve ser dimensionado o circuito 
de proteção nestes casos. Em seguida, verá como elaborar o quadro de cargas dos 
diagramas unifilar e trifilar e ainda como desenvolver a lista de materiais. 
A unidade que fecha esta obra, trata de Aterramente elétrico, proteção contra 
descargas atmosféricas e o projeto de instalações elétricas prediais, onde explicaremos 
as principais premissas para o desenvolvimento do aterramente elétrico em uma 
instalação de baixa tensão, para segurança da instalação como um todo. Além disso, 
trataremos de como implementar também a proteção contra descargas atmosféricas 
para este tipo de instalação. Uma visão geral como é feito um projeto elétrico de 
instalação predial é o assunto final desta unidade. 
Aproveite os ensinamentos deste livro para que tenha sucesso na sua formação. 
Bons estudos! 
UNIDADE 1 
Luminotécnica, dispositivos de 
comando e de proteção 
Introdução 
Olá, 
Você está na unidade Luminotécnica, dispositivos de comando e de proteção. Conheça 
aqui os fundamentos principais da Luminotécnica, com os pontos mais importantes que 
você precisa saber para desenvolver e compreender um projeto de instalações elétricas 
como um todo. 
Além disso, aqui você verá os principais dispositivos de comando e de proteção utilizados 
nas instalações elétricas residenciais, prediais e industriais, também compreendendo 
como estes funcionam na prática. 
Bons estudos! 
11 
1 FUNDAMENTOS DE LUMINOTÉCNICA 
Por luminotécnica entende-se o estudo da aplicação da iluminação artificial nos ambientes, 
externos e internos. Além disso, para entender o que e como usar, é importante compreender de 
antemão como a energia chega até as residências, aos pontos comerciais e às indústrias. Assim, 
veja o vídeo abaixo: 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo: 
A seguir iniciaremos então nosso estudo, compreendendo os conceitos físicos por trás da luz. 
1.2 A física da luz 
Sabe-se que a luz advém de uma forma de onda de natureza eletromagnética, um tipo de 
oscilação de campo, em uma determinada frequência e comprimento de onda que a tornam visível 
(KNIGHT, 2009; BAUER et ai., 2013). A luz visível irá se referir, então, a ondas eletromagnéticas de 
comprimentos de 400 nm, o que corresponde, na prática, à cor azul, até 700 nm, correspondentes 
à cor vermelha, como pode ser visto pelo espectro eletromagnético geral apresentado: 
• 
12 
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10' 10 º 111 1" 10'1 10 1
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Figura 1 - Espectro eletromagnético geral 
Fonte: BAUER et ai., 2013. p. 325 
#ParaCegoVer: Na imagem, vemos um espectro eletromagnético com o comprimento de 
onda das luzes e suas frequências. 
Uma outra forma de se compreender o conceito de cor, ainda, é visualizar que esta se 
trata, então, de uma percepção visual, gerada pela ação de um feixe de fótons sobre as células 
especializadas que formam a retina do olho, transmitida pelo nervo óptico em impressões para 
o sistema nervoso. Um objeto tem sua cor correspondente aos raios luminosos não absorvidos,
dados por esta frequência correspondente. 
Além d isso, como demonstrado ainda pelo próprio diagrama do espectro, visto na figura, tem­
se ainda as ondas infravermelhas, correspondentes, na prática, à sensação de calor perceptível. 
Com isto, uma aplicação comum é utilizar este princípio para a medição da fuga de calor de uma 
residência, através de suas instalações físicas. Por outro lado, um outro ponto importante é que 
existem animais capazes de enxergar ondas infravermelhas e, desta forma, tornam-se capazes de 
enxergar no escuro, por exemplo (BAUER et ai., 2013). 
d> 
FIQUE DE OLHO 
Diversos tipos de torneiras automáticas utilizam o princípio da aplicação de feixes luminosos, 
para abertura e fechamento. 
13 
A este ponto é importante compreender, ainda, o papel dos raios ultravioletas, que possuem 
comprimento de onda mais curto com relação à luz visível, como visto no diagrama da figura 
anterior. Este tipo de raio é capaz de trazer danos à saúde, como queimaduras na pele e, um 
exemplo de proteção destes efeitos indesejáveis, é a própria camada de ozônio. Ademais, 
sabe-se que raios ultravioletas são usados na esterilização de equipamentos hospitalares e na 
fluorescência (KNIGHT, 2009; BAUER et ai., 2013). 
Por último, quanto à sensibilidade visual, sabe-se que está diretamente relacionada à
luminosidade e que, de fato, mais especificamente quanto à visão humana, observa-se que esta 
varia caso seja dia ou noite. Radiações com comprimento de onda inferior, como visto nas cores 
violeta e azul, geram com maior intensidade a sensação luminosa quando há pouca luz ambiente, 
o que engloba períodos de crepúsculo ou à noite. Por outro lado, as radiações de comprimento
de onda superior, como é o caso das cores laranja e vermelho, a maior intensidade está associada 
a períodos ou locais com mais luz. 
1.3 Tipos de lâmpadas e luminárias e de iluminação 
As lâmpadas elétricas pertencem basicamente a quatro tipos principais: incandescentes, 
halógenas, de descargas e dispositivos de estado sólido (NERY, 2018). Começando pelas lâmpadas 
incandescentes, sabe-se que estas são formadas basicamente por um bulbo de vidro que, 
dentro, possui um filamento feito de tungstênio, que possui o efeito de incandescência por suas 
propriedades físico-químicas na passagem de corrente, devido ao Efeito Joule (CREDER, 2007). 
Além disso, geralmente estas possuem um tubo em sua estrutura, que contém um gás inerte ou 
então está em vácuo, para minimizar o processo de oxidação do filamento.Passando agora para o estudo das lâmpadas halógenas, observa-se que estas são dispositivos 
incandescentes, mas com outro tipo de elemento no interior, geralmente elementos como o iodo 
ou o bromo, que se combinarão com o tungstênio, devido à reação química gerada que produz 
um elemento halogêneo. Esta reação química faz com que, na prática, este tipo de lâmpada 
seja mais eficiente que a anterior, pois o filamento poderá apresentar temperaturas superiores 
em comparação a outra lâmpada (COTRIM, 2009; NERY, 2018). Além disso, observa-se outras 
vantagens como uma maior temperatura da cor do fluxo luminoso, o que ficará mais claro adiante, 
quando analisarmos com detalhes as principais grandezas dentro do estudo da luminotécnica e, 
adicionalmente, será um dispositivo de maior eficiência luminosa. 
Desta forma, é possível observar, de maneira geral, que as lâmpadas halógenas apresentam 
grande potência, são mais duráveis, além de possuírem também melhor rendimento, como já 
visto e sabe-se, também, que, geralmente, são de menor dimensão e reproduzem mais fielmente 
as cores. Uma desvantagem, por outro lado, está no valor, que é relativamente superior quando 
comparado a outros tipos de lâmpadas (CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Quanto ao uso destas, 
observa-se, na maior parte dos casos, para a iluminação externa, em ambientes como quadras e 
• 
14 
praças e, além disso, deve-se ter em mente os seguintes cuidados na instalação: 
• Lâmpadas halógenas de maior potência devem ser protegidas por fusíveis, pois observa­
-se na prática que devido às dimensões geralmente reduzidas destas, estão mais propen­
sas à formação arcos elétricos internamente;
• É necessário estar atento à ventilação das bases e dos soquetes, pois geralmente as tem­
peraturas dos dispositivos se elevam e isto poderá danificá-los;
• Além disso sabe-se que o contato direto com as mãos, sobretudo com o bulbo da lâmpa­
da (geralmente de quartzo), poderá levar a falhas de funcionamento devido às manchas
de gordura formadas.
Por fim, ainda sobre as lâmpadas halógenas, é possível citar um outro tipo importante: a 
lâmpada dicroica. Estas lâmpadas poderão ainda ser fechadas ou abertas, dependendo da relação 
construtiva estabelecida pelo uso de um vidro na parte da frente e observa-se que estas, em 
geral, possuem um facho de luz mais delimitado e também mais homogêneo, além de operarem 
em muitos casos com valores bem delimitados de tensão, normalmente 12 V, o que demanda 
o uso de um transformador em sua instalação (COTRIM, 2009). Outras vantagens, ainda, deste
tipo de lâmpada é a iluminação de cor branca, mais brilhante e mais intensa, além da menor
transferência de calor para o ambiente.
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FIQUE DE OLHO 
As lâmpadas halógenas dicroicas são geralmente usadas na decoração de ambientes. 
Agora, em relação a este ponto, veremos outro tipo importante de lâmpada: os elementos 
de descarga. Desta forma, sabe-se que as lâmpadas de descarga funcionam devido aos efeitos do 
que ocorre em determinados elementos químicos na circulação de corrente elétrica, onde o fluxo 
luminoso é gerado diretamente ou indiretamente pela corrente em um gás ou vapor. Com isto, 
este tipo de lâmpada pode ser classificado pelo tipo do gás ou vapor utilizado para promover a 
iluminação: fluorescente, luz mista, luz negra, multivapores, vapor de sódio, vapor de mercúrio, 
entre outras (CREDER, 2007; COTRIM, 2009). 
As lâmpadas fluorescentes podem ser tubulares, por exemplo, que possuem em sua 
construção, na maior parte dos casos: 
• Um bulbo cilíndrico de vidro;
• Eletrodos metálicos feitos de tungstênio e óxidos específicos nas extremidades para au­
mentar o poder emissor;
• Um tipo de vapor, que pode de mercúrio ou argônio, armazenados à baixa pressão no
interior da lâmpada;
• Pinturas nas paredes do bulbo, feitas com materiais fluorescentes, como por exemplo
cristais de fósforo.
15 
Outra informação importante sobre as lâmpadas fluorescentes é que, normalmente, este 
tipo de dispositivo possui o que chamamos de "partida lenta" e, com isto, na prática, utiliza-se 
na instalação o starter (ignitor) e o reator. O starter provoca um pulso de tensão para ignição da 
lâmpada e o reator, por sua vez, pode ser eletromagnético ou eletrônico, capaz de provocar uma 
diminuição na corrente que circula na lâmpada ao longo de seu funcionamento e um aumento na 
tensão durante a ignição (CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Além disso, observa-se que os reatores 
eletrônicos são mais frequentes nos modelos atuais de lâmpadas fluorescentes, devido a diversas 
vantagens como o menor consumo de energia e a minimização da cintilação, sendo este o resultado 
de variações inerentes na tensão e que refletem em variações de luminosidade perceptíveis. 
Mais especificamente quanto aos modelos, tem-se que as lâmpadas tubulares são utilizadas 
em áreas maiores, como estabelecimentos comerciais e apresentam tonalidades de cor distintas, 
além disso, a partida destas pode ser feita de forma eletrônica também. As lâmpadas fluorescentes 
podem ser, também, circulares, compactas, dependendo da necessidade de aplicação e, com 
isto, tem-se, ainda, outros tipos conhecidos, como as lâmpadas fluorescentes compactas 
integradas. Nos modelos integrados, o que se visou, principalmente, foi o desenvolvimento de 
dispositivos cujo starter está diretamente associado à base, de forma compacta e que estes 
fossem dispositivos para substituir, com eficiência, lâmpadas incandescentes comuns, com baixa 
eficiência. Assim, estima-se que estas lâmpadas são capazes de oferecer valores médios de 80% 
de economia no consumo de energia, maior vida útil e, também, fatores importantes como a boa 
reprodutibilidade de cores (CREDER, 2007). Além disso, existem também os modelos compactos 
não integrados, formadas normalmente por tubos revestidos de material em pó fluorescente 
interligados e um reator eletromagnético acoplado. Geralmente são usadas em luminárias de 
mesa, arandelas e em outros tipos de sistemas de iluminação embutida, tanto no meio comercial 
quanto residencial. Ademais, quanto aos modelos circulares tem-se boas opções para lâmpadas 
incandescentes convencionais, sendo dispositivos circulares e com adaptador para os modelos 
comuns de soquetes. 
Agora veremos outros tipos importantes: as lâmpadas a vapor. A lâmpada de vapor de 
mercúrio, por exemplo, geralmente é utilizada em locais abertos de iluminação, como vias 
públicas. Apresenta algumas propriedades particulares de funcionamento devido ao tipo de 
relação estabelecida com o vapor, como o fato de que a partida desta leva alguns segundos e só 
entrará, de fato, em operação em até 6 minutos. Adicionalmente, observa-se que o mercúrio não 
pode ser reionizado (já que ocorre um processo de ionização para a geração da luminosidade), 
até que diminua a temperatura que se atingiu anteriormente (CREDER, 2007). Um outro exemplo 
• 
16 
de lâmpada de vapor é a que funciona com vapor de sódio, geralmente implementada em locais 
onde há a necessidade de uma luz monocromática amarela com nada de ofuscamento, como em 
locais onde costuma ocorrer névoa, como em estradas, pontes, aeroportos e outros locais. Por 
último, a este ponto é importante observar, ainda, as lâmpadas multivapor metálico, geralmente 
estabelecidas com a introdução de elementos como iodetos e brometos, ao vapor de mercúrio. 
Isto faz com que seja potencializada a eficiência luminosa, comparada ao modelo de vapor de 
mercúrio, especialmente, tornando-as indicadas em instalações nas quais é necessária uma ótima 
qualidade na reprodução das cores, como lojas e shoppings por exemplo e, também, sabe-se que 
estas dependerão para funcionar da presença de um reator e de um starter (COTRIM, 2009). 
A figura seguinte apresenta um exemplo típico de uma lâmpada a vapor de mercúrio, 
demonstrando, no esquemático, os principais elementos que fazem parte desta lâmpada 
geralmente: 
Selo prensado 
Bulbo externo 
!=letrados 
principaisRcsistor 
da partida 
Base 
Figura 2 - Lâmpada a vapor de mercúrio 
Fonte: CREDER, 2007. p. 154. 
#ParaCegoVer: desenho esquemático de uma lâmpada a vapor de mercúrio, formada de 
baixo para cima pela base (metálica), o resistor de partida, os eletrodos principais e o auxiliar, o 
suporte do tubo de arco, um selo prensado e o bulbo externo da lâmpada. 
As lâmpadas de luz mista, por sua vez, são formadas basicamente por um tubo com gás e 
com paredes revestidas de fósforo, além de um tubo de descarga em série com um filamento 
de tungstênio, onde, assim como no caso da lâmpada de mercúrio, a radiação ultravioleta da 
descarga do gás ou vapor é convertida em luz pela camada de fósforo. Além disso, neste caso, 
tem-se, também, a radiação do próprio tubo e do filamento e, com isto, forma-se a iluminação 
proveniente deste dispositivo. Por tais características é possível fornecer uma luz branca difusa, 
com um tom confortável à visão e não se faz necessário o uso de um reator, vantagem considerável, 
apesar da baixa eficiência luminosa, o que tornam as aplicações limitadas (COTRIM, 2009). 
17 
Já as lâmpadas de luz negra são, também, lâmpadas de vapor de mercúrio, mas, neste caso, 
no bulbo externo utiliza-se um material conhecido como vidro de Wood, onde utiliza-se o óxido de 
níquel. Este, por ser transparente ao raio ultravioleta próximo, irá absorver a maior parte do fluxo 
luminoso produzido e, assim, gerar a "luz negra". Como aplicações é possível citar o levantamento 
de impressões digitais, a busca por determinadas adulterações e outros fins específicos, devido à 
esta emissão de luz (COTRIM, 2009). 
Por fim, as lâmpadas de estado sólido, como os LEDs por exemplo, que tendem a substituir 
boa parte das lâmpadas utilizadas nos ambientes em geral, que já são usadas em aparelhos 
eletrônicos e aplicações como o trânsito. Estas são lâmpadas de alto rendimento em geral, que 
tem vida útil de pelo menos 100 mil horas (CREDER, 2007). A figura seguinte mostra um exemplo 
destas lâmpadas: 
.. 
Fonte: Murattellioglu, Shuterstock, 2020 
#ParaCegoVer: Lâmpada de LED em fundo branco, de cor branca. 
A tabela a seguir, obtida a partir da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de 
Produtos de Iluminação (ABilumi), resume alguns exemplos de utilização e equivalência das 
lâmpadas mais utilizadas nas instalações residências e de baixa tensão em geral, para iluminação 
típica: 
• 
18 
POTêNCIA 
INCANDESCENTE (W) 
._;( 
l>l 
Lll 
POTêNCIA 
FLUORESCENTE (W) 
"(\ 
_, 
)O 
POTêNCIA - LED (W) 
7 
J 
Tabela 1 - Exemplos de potência e equivalências entre lâmpadas para iluminação comum 
Fonte: ABilumi 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta exemplos de potência e 
equivalências entre lâmpadas para iluminação comum, como potência incandescente, potência 
fluorescente e potência - LED. 
A seguir você verá as principais grandezas envolvidas no estudo da luminotécnica. 
2 GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS 
Agora, veremos, então, as principais grandezas referentes à intensidade luminosa (1), que 
é uma das principais grandezas dentro do estudo da Luminotécnica e se refere à potência da 
radiação luminosa, medida em uma determinada região de emissão e, com isto, geralmente, é 
utilizada como uma das grandezas de base para o desenvolvimento dos sistemas de iluminação 
em geral. Pode ser medida por um valor constante, entretanto, como boa parte das lâmpadas 
não possui uma relação de distribuição de luz necessariamente uniforme, isto faz com que seja 
definida, em muitos casos, a curva de distribuição luminosa, também conhecida pela sigla (CDL) 
(CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Ademais, ainda sobre a intensidade luminosa, tem-se que esta 
pode ser medida pela quantidade direcionada à um plano, por exemplo, e a unidade de medida 
geralmente utilizada é a candeia (cd). 
Assim, tem-se que a curva de distribuição luminosa é obtida pelo traçado em um plano polar, 
de forma que a lâmpada ou luminária é localizada em um ponto no centro, por exemplo, e se 
observa a intensidade luminosa direcionada às várias direções possíveis do ambiente, sendo 
uma informação geralmente fornecida nos catálogos dos fabricantes das lâmpadas e luminárias 
(CREDER, 2007). 
Fluxo luminoso (<I>) 
Medido em lumen (lm), se refere ao cálculo da potência da radiação total emitida, ou, 
em outras palavras, à potência de energia luminosa, percebida pela visão. A tabela seguinte 
19 
apresenta alguns valores típicos de fluxo para alguns tipos de lâmpadas, com a potência elétrica 
especificada ao lado: 
POTêNCIA ELÉTRICA FLU)(O LUMINOSO 
ll<._d l!c'oL'c'lll'c! 
f J() ;><; p tf> 
V iJ I t: '1-'L ,, 
'-1u t1"=ir,-1 
l!_U V 
4n w 
1. o w
7c:,ow 
Tabela 2 - Valores típicos de fluxo luminoso 
Fonte: NERY, 2018 (Adaptado) 
L il, 1 
'7000 IP, 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta valores típicos de fluxo luminoso, 
de acordo com o tipo de lâmpada e a potência elétrica. 
Existe, ainda, a relação do fluxo pela área, fornecendo uma espécie de cálculo de densidade 
sendo, assim, a densidade do fluxo luminoso (E), na prática, como mostra a Equação 1 (CREDER, 
2007; COTRIM, 2009): 
A unidade utilizada, neste caso, é lux, definida em função da densidade em uma superfície 
tipicamente de 1m2, com uma luz puntiforme sobre ela a 1 metro de distância e normal a esta 
superfície, com fluxo de llm uniformemente distribuído pela superfície. 
d> 
FIQUE DE OLHO 
Alguns exemplos de valores típicos de densidade de fluxo: a 1 m de uma vela tem-se 1 
lux, já no sol no verão tem-se uma média de 100000 lux. 
luminância traduz a relação abstrata, muitas vezes difícil de compreender entre tons claros e 
escuros (COT RI M, 2009). Para compreender, então, o que esta representa, considere a seguinte 
situação: imagine que você está em uma praça aberta em um dia de sol, admirando uma escultura. 
O que te auxilia a entender as sombras e as partes iluminadas e te traz, também, a percepção 
de realidade e de perspectiva real faz parte da luminância. Além disso, do ponto de vista prático 
de instalações elétricas, sabe-se que a luminância (ou iluminamento) geralmente faz parte de 
orientações gerais para a decisão na instalação, com base no tipo de tarefa a qual o cômodo ou 
ambiente se destina, olhando, assim, a "tarefa visual" e definindo algumas orientações. 
• 
20 
É medida em cd por metro quadrado, como pode ser visto na Equação 2 adiante 
L
=- p; 
na qual p é a refletância (ou coeficiente de reflexão) e E pode ser, além da densidade, 
interpretado como o parâmetro que traduz a luminância sobre a superfície. Uma outra forma de 
se calcular a luminância, diretamente em função da área, é dada pela Equação 3, seguinte: 
L= I 
_1 cosa 
Neste caso, a representa o ângulo formado entre os raios de luz e a superfície. Assim, note 
que, caso estes sejam normais à superfície, , a luminância é mínima pois o denominador é 
máximo. Na prática, significará que a luz incidente não será visível. 
Ademais, o que é feito na prática, na maior parte dos casos, com relação à luminância, pode 
ser visto então no quadro seguinte, dividido em 3 classes, com 3 situações distintas desta forma 
e as atividades mais comuns associadas ao contexto: 
P., 11 .. rnin.:,ç.:ío gerul, eõt�be ecidu pü1,1 
áreas .j,3 J.;c ininten J.Jto ou c:e ta,�fas 
v1� 1_ a1c; .:rm�les 
L' -1 Lr.- rac;"l',o geral oora a,ea d"=" bata­
lho 
C -1 •_r- ração adi:: ·Y1ãl, .-::s:aocl:,:1da 
Pdfd lt><..:dl= <..Tdl:: ";;d".) JBdl Lddd� ldteÍd!S 
v1�1�c:1s :lthce1s 
se. 75 ou 10c,
100, 15J ou 20(' 
300. 75:) ou IODO 
incn �·.1n º" Jnn�-, 
,''._)(.)(.1 S(.\IJ() OU L.( ().) 
SCO:), 7:00 ou 10000 
JIJ:){)(0, ,L():)C: r.t /(!')()(, 
TIPO DAATIVIDADIE 
A -1 )1e-r:.;,� 1· E,: r t-r,ta,�iii: -sin1pl-?s. p,?11� 
tt:-1T1;: e, de perrnan-=-n,: 1a r:ur to 
Recintos que n:k> õ.:íc u,iJ,jos er:- t .:ioo 
lhos ,:crt•m ,:,; 
1\ 1.J1�1 .d.:: c..nj4:1 1.tld:.> lc1reíct� ·._c_:.1· 1'd­
qu1s1t,:,5. v1sJ:1s 11·11!:ados i:01-r, t ·:, )alt-o 
01 l r,:, dei-na :1u11=-110� AJd1b:11 i:-s 
P. ·101er:e:c crde terõo tarefus :or re 
qUl$1t:)� '1isJ:, � not n"'a1s corr trabal � ·J 
mediano de maquinários; Esct 1tc1:o; 
A. l )li?r:�s ( 1-de, tt"rà :i n-:>qu1s1tc,s vlsl eis 
e-sp;-,:1,:us L0cC11s d:" 1rspeça-:,; nci -1stn=i; 
tt=::.dFI" 
P "'"1::>1cr:�: CTd(: \c1á::> tcn-cTct$ v suais de 
b!)o,d .iJ::11.; d/OU <Jy, Pó:?f lUl 1_•':.- Jld d�dlCd­
C.,..:d:J JJ ulc.>rir+Jddc.;�. P1<..:dutu'=' �l�L, ,_, 1 1..:<J� 
de e,u1lc1 , edu-1 ,ld 
A-1-,1i=-r-:=-:: rr<it=> r.,:.rn:-> rn1··.;!:>fi!.<. v·:Slh"'il� 
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_b. l�)l�I .�::. t. I;:- li::,,;::. _j� \11':,l,dl� 11 lllt .o 8�­
pe(.l :Is. CBnh.)-.! CU\.11':I cc.s 
Quadro 1 - Relação da luminância recomendada pelo tipo de atividade 
Fonte: CREDER, 2007; COTRIM, 2009 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta relação da luminância 
recomendada de acordo com o tipo de atividade e classe. 
21 
Agora, antes de entrarmos diretamente na parte das cores, tem-se, ainda, um outro fator 
importante: a eficiência energética (ou luminosa), representada tanto pela incógnita ri ou por 
K. Esta mede então a relação entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a potência elétrica
dela, ou seja: 
(!) 
·11 = _;_ 
'I p 
É medida, então, em lm/W e a tabela seguinte apresenta alguns valores típicos: 
LÂMPADA 
Vci or cl.,. n �r u o 
i"1 rlt , 1p, 
POTêNCIA ELfiRICA 
J v. 
1< W 
L'.:i \ • 
2r:11w 
EFICl�NCIA ENERGfilCA 
O ·1 V. 
r . 4;;,,... .it , 1 r. 1 1. w 
O ln V. 
1,í ln W 
Tabela 3 - Valores típicos de eficiência energética em função da potência e do tipo de lâmpada 
Fonte: CREDER, 2007; COTRIM, 2009 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta os valores típicos de eficiência 
energética em função da potência e do tipo de lâmpada. 
Assim, iniciando, agora, nossa análise quanto à cor, tem-se a grandeza que mede a 
temperatura da cor, que geralmente será dada em Kelvin (K) e sabe-se que cores mais quentes 
estão relacionadas normalmente a temperaturas até 3000K, neutras entre 3000 e 4000K e cores 
frias acima de 4000K (CREDER, 2007). Para entender como isto ocorre, considere, como exemplo, 
o processo de fundição de ferro. Na temperatura ambiente o ferro possui então a coloração
natural, escura,já a 800K sua cor será vermelha, passando para temperaturas por volta de 3000K,
em que se observa uma cor mais amarelada e a SOOOK a cor da peça fundida será mais próximo
do branco, com um fundo azulado. Adicionalmente, define-se também o índice de reprodução
de cor (IRC), que, junto com a temperatura, traduz, então, as relações estabelecidas para cada
dispositivo, como as lâmpadas incandescentes, normalmente com cor em torno de 2700K e com
IRC de 90. Além disso, tem-se para comparação que a própria luz do dia apresenta em torno de
5200K e 70 de IRC, pelo menos.
Assim, em geral, é possível também definir a seguinte relação entre o IRC e o tipo do ambiente: 
• 
22 
�,:., a lUIJ 
t!Oa 8!:J 
/Oº' /� 
êO a 69 
40 a :>!:J 
40 a ::,!:J 
1::xccl:n:c 
Muito bc111 
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R�zocvel 
µ,c,qulc,1 
1 n5u'1c1cntc 
Loca-:. cor�, t:)t:tc d,) cor, escntonoi:i, lo1a5, 1 e& de nc1a� 
2. Jl.tcas :,ndc ha moetor c11cula,;áo de pcs�oa�. c:;c,'icla5 
Quadro 2 - Relação entre o índice de reprodução de cores e o tipo de ambiente 
Fonte: CREDER, 2007; COTRIM, 2009 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta a relação entre o índice de 
reprodução de cores, a avaliação feita o nível e o tipo de ambiente. 
Como exemplo, ainda, apresenta-se que uma lâmpada incandescente geralmente apresenta 
um IRC de até 100 e a fluorescente por volta de 60. Além disso, é importante lembrar também, 
a este ponto, que há relação entre a cor utilizada na iluminação proporcionada pela instalação 
elétrica, com outras sensações humanas, inclusive. Com isto, estabelece-se as seguintes premissas 
em geral: as cores mais quentes geralmente são usadas para estabelecer uma atmosfera mais 
íntima no ambiente, de forma mais pessoal, e já as cores frias, geralmente fazem parte de 
ambientes que devem ser capazes de estabelecer uma atmosfera mais direta e limpa (CREDER, 
2007; COTRIM, 2009; NERY, 2018). 
d) 
FIQUE DE OLHO 
Exemplos de ambientes onde geralmente se utiliza cores mais quentes: restaurantes, 
residências, mostruários de lojas, entre outros. Além disso, para cores frias geralmente 
observa-se ambientes como fábricas e escritórios. 
Por outro lado, a vida útil de uma lâmpada é calculada normalmente com base na duração 
média para um lote de lâmpadas produzidas, considerando o funcionamento destas em períodos 
contínuos de 3 horas de duração, até o momento em que a lâmpada não acende mais (CREDER, 
2007; COTRIM, 2009). Com isto, neste período, para alguns modelos, isto pode significar períodos 
com menos capacidade de iluminação em geral, embora se observe, também, que há um pouco 
de variabilidade no contexto do que é de fato vida útil para cada fabricante. Desta forma, o que 
foi apresentado aqui é o que geralmente é praticado. 
23 
2.1 Fatores de desempenho 
Agora vamos às grandezas consideradas diretamente como medidas de fatores de 
desempenho. Assim, tem-se que um outro parâmetro, também importante quanto à eficiência, 
é a eficiência de recinto, onde se considera a curva de distribuição luminosa da lâmpada e o 
coeficiente de reflexão desta e outras informações do ambiente, como o índice de recinto. Para 
iluminação direta, tem-se que a eficiência K vale: 
Já para a iluminação indireta: 
Nas equações, a corresponde ao comprimento do local, b diz respeito à medida de largura 
deste, h é a medida do pé direito útil, h' a distância do teto até o plano de trabalho. Além disso, 
sabe-se que a medida de pé direito útil se refere ao valor do pé direito total menos a altura 
do plano de trabalho e a altura de um possível pendente associado à lâmpada, por exemplo, 
traduzindo a distância real vista entre a luminária e o plano (COTRIM, 2009). 
Já o fator de utilização (u), por sua vez, será uma medida de eficiência que relaciona as 
eficiências isoladamente, sendo resultado, então, da eficiência luminosa do conjunto formado 
pela lâmpada, a luminária e o ambiente na qual está inserido. Geralmente, o que é adotado pode 
ser, também, relacionado à porcentagem da reflexão, como mostra o quadro seguinte: 
]r_ l�c ,,d 
,; 7) t,\c•cf1 
.) �- _ld � 
7 7(' Rt ,0,1-·- 0, 
Tabela 4 -Quadro para análise da relação de refletância, para cálculo do fator de utilização 
Fonte: CREDER, 2007. p. 166. 
#ParaCegoVer:A imagem mostra um quadro que apresenta a análise da relação de refletância, 
para cálculo do fator de utilização. 
Adicionalmente, tem-se o fator de depreciação (d), que pode ditar diretamente possíveis 
manutenções, inclusive, dependendo da forma como a instalação foi feita e o tipo da iluminação, 
também presente em orientações gerais (COTRIM, 2009). 
• 
24 
Um outro fator importante a este ponto, traduz o poder de reflexão das superfícies, como 
já visto na tabela anterior. Assim, tem-se o fator de reflexão, que mede a relação entre o fluxo 
luminoso refletido e o fluxo incidente,que demonstra a preocupação ao longo do desenvolvimento 
do projeto com o fato que a luz reflete. (CREDER, 2007; COTRIM, 2009). Por último, você verá 
então as considerações gerais principais para o cálculo luminotécnico. 
2.2 Cálculo luminotécnico 
De maneira geral, demonstra-se a importância de o(a) projetista/engenheiro(a) atentar-se a 
quatro pontos principais: 
1 O tipo de lâmpada e/ou luminária mais adequados ao ambiente;. 
2 A definição do iluminamento; 
3 o cálculo do fator do local, relacionado à eficiência em geral; 
4 A determinação do fator de uso da instalação/ambiente. 
Para isto, é importante ter em mente que existem orientações gerais técnicas, disponibilizadas 
pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),como é o caso da NBR 5413, que trata da 
iluminância de interiores e da norma regulamentadora NR 15, que é a norma para atenção a 
condições insalubres de trabalho, que envolve, entre outros fatores, características importantes 
da iluminação e percepção do ambiente. Desta forma, tem-se basicamente dois métodos 
principais: o método ponto por ponto e o método de lumens (ou método do fluxo luminoso). 
Método de lumens 
Leva em consideração inicialmente a seleção da luminância, que pode ser feita conforme 
a NBR 5413, para seleção, conforme o tipo de atividade exercida no ambiente e as faixas de 
tolerância a estes, por conta desta aplicação. Além disso, em seguida, tem-se o processo de 
escolha da luminária, que deverá levar em conta fatores como o objetivo da instalação (residencial, 
comercial etc), fatores econômicos e de facilidades de manutenção, além de outros motivos, 
como a própria decoração do ambiente. Logo após, determina-se o índice de recinto, calculado 
como apresentado anteriormente nas Equações 5 e 6, conforme a forma de iluminação, direta 
ou indireta e, em seguida, determina-se o coeficiente de utilização e de depreciação, sendo este 
último relacionado a informações importantes como o período de manutenção normalmente 
gasto conforme a limpeza do ambiente (CREDER, 2007). 
Em seguida, deve-se estimar outras duas relações importantes: o fluxo total, o número de 
luminárias e o espaçamento entre elas. No fluxo total (cp) calcula-se geralmente 
A.E
u.d
E quanto ao número de luminárias (n), tem-se: 
25 
Já para o espaçamento, tem-se orientações gerais como, por exemplo: para pés direito de 
3 metros e sistema indireto, geralmente a distância entre luminárias é de aproximadamente a 
altura de montagem desta, acima do piso (CREDER, 2007). 
Por último, neste método, deve-se determinar, nem que seja de forma aproximada, a relação 
de refletância das superfícies envolvidas, algo que pode ser feito a partir da experiência do 
próprio projetista, por dados de fabricantes e, também, conforme medições práticas. 
Método ponto a ponto 
Foi desenvolvido baseado nas leis de Lambert, relações emp1ricas que correlacionam a 
absorção da luz e as propriedades dos materiais envolvidos, além d isso, é chamado de método 
das intensidades luminosas. O que ocorre neste caso, então, basicamente, é a utilização da 
referência como a quantidade de luz que irá incidir em um determinado ponto no ambiente. 
Para isto, tem-se o uso de fontes puntiformes, com iluminamento inversamente proporcional 
ao quadrado da distância e lineares infinitas como, por exemplo, onde o iluminamento é 
simplesmente inversamente proporcional à distância. Além disto, observa-se fontes superficiais 
de área infinita, nas quais na prática o iluminamento não variará com a distância e neste mesmo 
tipo o feixe paralelo de luz (CREDER, 2007). Ademais, na prática, deve-se, então, determinar a 
luminância em qualquer ponto da superfície, de forma que cada projetor, em seu facho, consiga 
atingir o ponto considerado de referência. 
Por último, deixa-se claro que, para compreender como é possível realizar um projeto 
elétrico por computador, é importante entender o funcionamento básico de ferramentas como 
o AutoCAD.
• 
26 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo: 
A seguir você verá outros elementos muito importantes de uma instalação elétrica em geral: 
o dispositivo de comando.
3 DISPOSITIVOS DE COMANDO 
Existem vários tipos de dispositivos de comando de circuitos, como interruptores, dispositivos 
de minuteria, contatares e chaves magnéticas, que permitem o desenvolvimento de circuitos de 
intertravamento e, também, para controle de intensidade luminosa de lâmpadas, por exemplo. A 
seguir você verá o primeiro tipo principal: os interruptores. 
3.1 Interruptores 
Estes podem ser dispositivos de comando para várias seções, destinados a comandar diversas 
lâmpadas do mesmo ponto de luz ou diversos pontos de luz. A figura a seguir ilustra este tipo de 
situação: 
Lámpada 
Uimpada 
Figura 3 - Ligação com interruptor de várias seções 
Fonte: CREDER, 2007. p. 65 (Adaptado) 
27 
N 
F 
#ParaCegoVer: desenho esquemático de um interruptor de 3 seções, demonstrando chaves 
que acendem 3 lâmpadas e as ligações de neutro (N) e fase (F). O interruptor tem então do 
lado esquerdo os três pontos vindos das lâmpadas, as chaves que se fecham ao acender estas 
lâmpadas e do lado direito as ligações de fase. 
Por outro lado, pode ser necessário apagar ou acender um mesmo ponto de luz por 
dispositivos diferentes. Para isto, utiliza-se os interruptores three-way, ou paralelo, que pode ser 
representado de forma esquemática como visto a seguir: 
N 
r 
Interruptor 1 lnlerruplor 2 
Figura 4 - Ligação com interruptor three-way 
Fonte:CREDER,2007. p.65 
#ParaCegoVer: Esquema de ligação three-way para acendimento de uma lâmpada, com dois 
interruptores. Neutro ligado em uma extremidade e fase na outra da lâmpada, sendo que esta 
extremidade está ligada pelo lado direito do interruptor 2, que está em série com o 1 e com a fase. 
Além do three-way, existe também o interruptor intermediário, ou four-way, também para 
comando do circuito em vários pontos diferentes. Este tipo pode ter dois tipos de ligações, como 
mostra a figura seguinte: 
• 
28 
Fonte: CREDER, 2007. p. 66 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: duas ligações possíveis do interruptor four-way. Considere então os quatro 
pontos, numerados da esquerda para a direita e de cima para baixo de 1 a 4. No lado esquerdo 
então tem-se a ligação em X, com 1 ligado com 3 e 2 com 4 e do direito 1 com 2 e 3 com 4. 
Assim, um exemplo de ligação de uma lâmpada é visto a seguir. Na parte de cima, a lâmpada 
está acesa e em baixo apagada: 
1-ase 
Neutro 
7 3 4 
• 
Figura 5 - Ligação para interruptor four-way (possibilidade 1) 
Fonte: CREDER, 2007. p. 66 (Adaptado) 
5 
#ParaCegoVer: Ligação possível do interruptor four-way. Considere os quatro pontos, 
numerados da esquerda para a direita e de cima para baixo de 1 a 4 , tem-se, então, a ligação 1 
com 2 e 3 com 4. 
r " 
N 
2 4 
Figura 6 - Ligação para interruptor four-way (possibilidade 2) 
Fonte: CREDER, 2007. p. 66 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: Ligação possível do interruptor four-way. Considere então os quatro pontos, 
numerados da esquerda para a direita e de cima para baixo de 1 a 4. Na segunda imagem tem-se 
a ligação em X, com 1 ligado com 3 e 2 com 4 e do direito 1 com 2 e 3 com 4. 
29 
A seguir você verá os principais tipos de minuteria. 
3.2 Minuteria 
Na maior parte de instalações de edifícios residenciais, utiliza-se interruptores capazes de 
apagar de forma automática o circuito de serviço do condomínio, proporcionando vantagens 
como a economia de energia, evitando que todas as lâmpadas fiquem acesas, por exemplo, e que 
se acendam quando alguém chega. Devido ao período de tempo (1 minuto) que a maior parte 
destas lâmpadas geralmente são programadas para ficar ligadas, deu-se o nome de minuteria 
para tal tipo de circuito (CREDER, 2007). 
3.3 Contatares e chaves magnéticas 
Os contatares e as chaves magnéticas são elementos com circuitos básicos, de comando e 
de força, que se destinam a controlar manualmente ou remotamente certos circuitos dentro 
de uma insta lação. A chave magnética trifásica, por exem pio, poderá ser usada para I iga r um 
motor elétrico e circuitos elétricos em geral, através de botões interruptores, chaves unipolar, 
chave-bóia, pressostato, termostato, entre outros tipos de dispositivos. Já os contatares são 
semelhantes às chaves, porém são dispositivos mais simples por não incluírem em sua construção 
um relé térmico de proteção contra sobrecargas (CREDER, 2007). 
A figura a seguir apresenta um exemplo de contatar: 
. . !:'
!,. 
pi . ; • 1 ::ii, i -...
íi 
. 
-
Figura 7 - Exemplo de contatar 
Fonte: Shutterstock, 2020 
#ParaCegoVer: foto de um contatar, em fundo branco. 
A seguir, você verá, nesta últimaparte, os dispositivos mais utilizados para a proteção de 
circuitos elétricos de instalações. 
• 
30 
4 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 
Antes de iniciarmos este último tópico, é importante que você tenha uma visão geral do que 
é a proteção de sistemas elétricos de potência e de circuitos elétricos em geral. 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo: 
Assim, um primeiro exemplo a ser citado é o fusível, que é especificado conforme a corrente e 
a tensão. A corrente nominal que circula neste representará a corrente máxima que o dispositivo 
consegue conduzir sem fundir, por exemplo, correspondente também à condição de plena carga. 
Além disso, uma observação importante é que, quando os fusíveis são subdimensionados, poderão 
derreter com grande facilidade e, quando superdimensionados, não conseguirão desarmar o 
circuito como deveriam. Já a tensão nominal corresponderá ao valor máximo, no qual se interrompe 
a corrente com segurança, pelo menos igual ou superior que a tensão na qual o circuito já opera, tal 
que, para circuitos de 110 V estabelece-se, 125 V, por exemplo. Ademais, é a tensão que reflete a 
capacidade de abrir o circuito em caso de sobrecarga ou curto (PETRUZELLA, 2014). 
A figura seguinte apresenta a representação do fusível no diagrama unifilar: 
Figura 8 - Representações mais comuns de um fusível no diagrama un ifilar 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020 
31 
#ParaCegoVer: do lado esquerdo tem-se uma das representações de um fusível, com um 
retângulo e dois terminais nas laterais, sendo que há uma borda vazada em cada lateral. Do 
lado direito tem-se a outra representação, onde o fusível é representado por uma espécie de S 
espelhado e dois terminais. 
A seguir, tem-se um quadro com alguns exemplos dos principais tipos de fusíveis: 
_ Cll : l, ,: 'l : t 1- •::i ! t 1 � 1 :i 
CcH tu,:'lo e po -.:ic:i 
1 1 u-;L,c ou ,oi 'e,
Quadro 3 - Exemplos de fusíveis 
Fonte: PETRUZELLA, 2014 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta tipos de fusíveis e imagens de 
cada um desses exemplos. 
Além de fusíveis, adicionalmente, tem-se utilizado os disjuntores, que, de forma bastante 
similar aos fusíveis, também são especificados com relação à tensão e a corrente, exceto pelo 
fato que o disjuntor deverá, então, desarmar e abrir o circuito em sua operação. A figura seguinte 
apresenta a representação deste tipo de dispositivo no diagrama unifilar: 
• 
32 
Figura 9 - Representação mais comum de um disjuntor no diagrama unifilar 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020 
#ParaCegoVer: Quadrado ligado a dois terminais. 
E, além disso, o quadro seguinte apresenta alguns exemplos de disjuntores: 
.l'i.ilc1s U 11 E"l\�5 
Quadro 4 - Exemplos de disjuntores 
Fonte: PETRUZELLA, 2014 (Adaptado) 
#ParaCegoVer: A imagem mostra um quadro que apresenta tipos de disjuntores e imagens 
de cada um desses exemplos. 
Os fusíveis e os disjuntores são os principais elementos da proteção de instalações elétricas, 
sobretudo residenciais. 
() 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de: 
• estudar os princípios básicos da Luminotécnica;
33 
• entender as principais premissas que devem ser consideradas no projeto de
iluminação;
• aprender duas formas importantes de desenvolver os cálculos de um projeto
luminotécnico;
• aprender mais detalhes sobre dispositivos de comando e controle;
• estudar os fusíveis e os disjuntores.
]i\ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FABRICANTES E IMPORTADORES DE PRODUTOS DE ILUMI­
NAÇÃO (ABilumi)- Equivalências. Disponível em: https://www.abilumi.org.br/wp-con­
tent/uploads/2019/04/TabelaAbilumiAbr-19.pdf. Acesso em: 15 mai 2020. 
BAUER, Wolfgang; WESTFALL, Gary D.; DIAS, Helio. F ísica para Universitários-Relativida­
de, Oscilações, Ondas e Calor. AMGH Editora, 2013. 
COTRIM, A. Instalações Elétricas. 5 ed. São Paulo: Editora Pearson Prentice-Hall, 2009. 
CREDER, H. Instalações elétricas. Livros Técnicos e Científicos, 2007. 
KNIGHT, R. Física volume 2: uma abordagem estratégica. Porto Alegre: Bookman, 2009. 
NERY, N .. Instalações elétricas: princípios e aplicações. 3 ed. Editora Érica, 2018. 
PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica 1. Porto Alegre: AMGH, 2014. 
UNIDADE 2 
Estudo de materiais de instalações de 
baixa tensão, capacidade de pontos 
de consumo e divisão da instalação 
entre circuitos de iluminação e força 
Introdução 
Você está na unidade Estudo de materiais de instalações de baixa tensão, capacidade de 
pontos de consumo e divisão da instalação entre circuitos de iluminação e força. Conheça 
aqui os principais materiais utilizados nas instalações elétricas de baixa tensão, além de 
como desenvolver diagramas e exemplos das principais simbologias e padrões. 
Em seguida, você verá como determinar a capacidade dos pontos de consumo de energia, 
compreendendo como calcular e prever as cargas nestes pontos e, por fim, verá como é 
feita a divisão da instalação nos circuitos de iluminação e de força. 
Bons estudos! 
37 
1 ESTUDO BÁSICO DOS MATERIAIS UTILIZADOS 
NAS INSTALAÇÕES DE BAIXA TENSÃO 
As instalações elétricas de baixa tensão são definidas conforme uma norma técnica brasileira 
de regulamentação principal, que definirá as diretrizes de base para o projeto elétrico deste 
tipo. Esta norma é a NBR 5410, feita pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e 
possui grande detalhamento do que deve ser feito para as instalações de baixa tensão, além de 
estabelecer, de maneira geral, o que é a instalação elétrica de baixa tensão: circuitos que operem 
até 1000 V e 400 Hz máximos, em corrente alternada e até 1500 V em corrente contínua. 
A este ponto estudaremos, então, baseando na norma, os principais tipos de materiais 
usados nas instalações de baixa tensão e, também, as simbologias e padrões associados no 
desenvolvimento dos projetos elétricos, algo que é regulamentado por normas nacional e 
internacionais como você verá adiante. 
1.1 Visão geral dos principais materiais de instalações elétricas de 
baixa tensão 
Neste subtópico, veremos os principais componentes das instalações elétricas de baixa 
tensão, que podem ser divididos basicamente entre dispositivos de comando da iluminação, 
condutores de energia, tomadas e pontos de iluminação. O dimensionamento destes é feito 
também conforme a NBR 5410. 
Começando a análise sobre os interruptores, define-se que estes são os equipamentos 
responsáveis pelo estabelecimento do fornecimento ou da interrupção da circulação de corrente 
no circuito elétrico (GEBRAN & RIZZATO, 2017). Além disso, é importante lembrar que estes 
dispositivos exercerão a função de comando na instalação. Tomando como exemplo os principais 
dispositivos usados nas instalações elétricas residenciais, é possível elencar alguns tipos principais 
de interruptores, conforme o tipo de ligação estabelecida: 
• Simples de seção única
Onde o interruptor será capaz de comandar apenas um ponto de iluminação na residência. 
• Simples de duas seções (interruptor duplo)
Neste caso, o interruptor irá comandar dois pontos de iluminação. 
• Simples de três seções (interruptor de várias seções)
Estes dispositivos são usados, embora com menor frequência, para o acionamento de três 
pontos de iluminação na residência. 
• 
38 
• Three-way (paralelo)
Neste caso, tem-se, na verdade, um tipo de arranjo. É bastante comum em residências e 
também em prédios, usados de forma que dois interruptores comandarão, de dois pontos locais 
diferentes, o acionamento de um mesmo ponto de luz. 
• Four way (série ou intermediário)
Semelhante ao caso anterior, neste caso, tem-se um arranjo que é estabelecido com dois 
interruptores em paralelo para o controle de um mesmo ponto de iluminação por mais de dois 
pontos. 
Além disso, também existem os relés fotoelétricos, que mais recentemente se tornaram 
alguns dos exemplos principais dentro da implementação, cada vez mais comuns, da automação 
residencial. Sua principal função érealizar o desligamento ou a ligação de um determinado 
circuito, de forma automática, através da quantidade de luz. Funcionalmente falando, este tipo 
de dispositivo se configura basicamente como um contato que se abre ou se fecha mediante 
alguma ocorrência e, neste contexto, esta configuração dependerá, então, da quantidade de luz, 
algo possível através do uso de um sensor LDR (do termo inglês Light Dependent Resistor, ou seja, 
um resistor dependente de luz). Afigura seguinte apresenta um exemplo de um relé fotoelétrico: 
Figura 1 - Exemplo de relé fotoelétrico 
Fonte: TRANCI L, 2020 
#ParaCegoVer: relé fotoelétrico em fundo branco. 
Ademais, um dos exemplos principais de aplicação dos relés fotoelétricos, além de 
instalações residenciais, é a na iluminação pública, já que estes relés são utilizados em postes 
para que a luz acenda quando o sol se põe. O relé visto na figura é um exemplo destinado a 
este tipo de aplicação. 
d> 
FIQUE DE OLHO 
Outro exemplo importante que pode ser visto em instalações elétricas residenciais são 
os sensores de presença, também utilizados para o acendimento ou desligamento de 
lâmpadas quando detectam o movimento. 
39 
As tomadas de corrente, por sua vez, são componentes usados para possibilitar o fornecimento 
de energia elétrica para um equipamento e, analisando novamente no âmbito residencial, estes 
elementos fornecerão tipicamente 127 V (monofásica) ou 220 V (bifásica). Além d isso, sabe-se 
que há uma orientação no Brasil, nos últimos anos, para o uso de tomadas de três pinos, como o 
modelo apresentado na figura seguinte: 
Figura 2 - Tomada de três pinos 
Fonte: Gabriel_Ramos, Shutterstock, 2020 
#ParaCegoVer: tomada de corrente de três pinos, instalada em uma parede de tijolos brancos. 
O ponto de iluminação é o local no qual a lâmpada será instalada, sendo que este processo 
demanda o uso de um receptáculo, o adaptador para ligação da lâmpada, popularmente 
conhecido no Brasil como bocal, e o modelo E127 é o mais utilizado (GEBRAN & RIZATIO, 2017). 
Adicionalmente, outro tipo importante de elemento é o condutor elétrico, responsável por 
estabelecer a ligação entre o ponto de alimentação até o componente que será energizado. Estes 
podem ser de diversos tipos de materiais condutores, como o cobre e o alumínio, por exemplo, 
que são, inclusive, os mais, além de contarem também com um elemento de isolação. Assim, 
sobre este, sabe-se que geralmente é utilizado o PVC (policloreto de vinila), pois este material 
possui proteção antichamas, algo necessário conforme estabelecido pela NBR 5410. Ademais, as 
cores dos condutores também são especificadas pela NBR 5410, sendo azul claro para neutro e 
verde com amarelo, ou simplesmente verde, para condutor de sistema de proteção. 
• 
40 
(§) 
FIQUE DE OLHO 
Embora não exista um padrão normatizado pela NBR 5410, geralmente utiliza­
se para a fase condutores vermelhos e, para a outra, a cor preta. 
Os eletrodutos são utilizados, basicamente, para proteção da fiação na instalação elétrica, 
sendo materiais desenvolvidos em tubos, pelos quais passam os fios e cabos. Assim, podem 
ser classificados conforme o tipo de material, metálico ou não metálico; quanto à flexibilidade; 
quanto à forma de conexão, roscáveis ou soldáveis e quanto à espessura da parede e a cor 
correspondente, podendo ser: leve, amarelo; semipesado, cinza; pesado, preto ou reforçado, 
neste caso normalmente azul ou laranja (GEBRAN & RIZZATO, 2017). 
A figura a seguir apresenta alguns exemplos de eletrodutos: 
Não Metálico 
Leve. Semipesado. Pesado 
Figura 3 - Exemplos de eletrodutos 
Fonte: GEBRAN; RIZZATO, 2017 
#ParaCegoVer: na parte superior, é possíve I ver dois exem pios, no lado esquerdo um eletrod uto 
metálico e do direito um modelo não metálico. Já na parte de baixo da figura, é possível ver do 
lado esquerdo um eletroduto flexível e do lado direito eletrodutos leve, semi pesado e pesado. 
O quadro de distribuição, por sua vez, é o responsável pela distribuição da energia que chega, 
fornecida pela concessionária, para os circuitos da casa. Por outro lado, como já visto na unidade 
anterior, os dispositivos de proteção também farão parte da instalação elétrica, o que inclui 
as instalações de baixa tensão e sabe-se, pela própria NBR 5410, que a instalação destes será 
obriória, como mostra a imagem a seguir, de um quadro de distribuição: 
ermomagnéticos 
monopola res 
Figura 4 - Exemplo de quadro de distribuição de uma residência 
Fonte: CLAMPER, 2020 
41 
#ParaCegoVer: quadro de distribuição em fundo branco, apresentando exemplos das ligações 
feitas em uma instalação elétrica residencial, com proteção contra surtos, com os dispositivos 
demarcados em preto, contra correntes residuais, com os dispositivos demarcados em amarelo 
e, também, com dispositivos termomagnéticos monopolares, com os dispositivos também 
demarcados, neste caso em verde. 
Assim, o dispositivo de proteção contra surtos (DPS) é usado para proteger o sistema contra 
surtos de tensão, algo que pode ocorrer com a queda de um raio, por exemplo. Já os dispositivos 
de proteção contra correntes residuais, também conhecidos pela sigla DR, destinam-se à proteção 
contra choques elétricos, para animais e pessoas que utilizam a instalação. Já os dispositivos 
termomagnéticos monopolares, ou disjuntores (como são mais conhecidos) , protegem contra 
a sobrecorrente nos condutores dos circuitos, sendo um disjuntor por circuito (CREDER, 2007; 
GEBRAN & RIZZATO, 2017). 
<§) 
FIQUE DE OLHO 
Sabe-se, então, que há um disjuntor por circuito na residência e a residência tem 
diversos circuitos, como você verá a seguir, conforme a distribuição de carga. 
• 
42 
1.2 O diagrama elétrico no desenvolvimento do projeto de baixa tensão 
e a padronização usada 
No vídeo a seguir, você entenderá quais os principais tipos de diagramas que são utilizados 
em um projeto elétrico de baixa tensão: 
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo: 
Assim, compreendendo-se o uso das ferramentas principais do projeto elétrico, os diagramas 
unifilares e multifilares, estudaremos agora a simbologia mais utilizada, também baseando-se 
nos dispositivos, materiais e elementos mais usados nas instalações elétricas de baixa tensão. 
As normas técnicas que nos fornecem a simbologia que deve ser utilizada são as normas 
internacionais IEC 60417 e 60617, de 2002 e de 2012 respectivamente, desenvolvidas pelo 
INTERNATIONAL ELE TRO TECH NICAL COMISSION e a norma brasileira NBR 5444. Além disso, sabe­
se que a NBR 5444, embora já cancelada e sem substituição pela própria ABNT, ainda é usada como 
referência do conteúdo na língua portuguesa e as demais normas técnicas internacionais tratam 
sobre símbolos gráficos e padronizações para equipamentos e para diagramas, respectivamente. 
Começando nossa análise da simbologia pelas lâmpadas e luminárias, observa-se as seguintes 
representações mais frequentes, como mostra o quadro adiante: 
SÍMBOLO 
10
°
JtV\ 
-" 
C..>J 
1 © I' 
IC )W 
SIGNIFICADO 
Pu11• 1 d- luL 111c dlHll::'':-l..., it"" 
I�() f Pt 1. 
Í'll11 11 ,li':, li d d<, J .., f U'lll 
Llo. 1 L 11 �, o ti , 1.-11 <.. ,rto de' 
.=,IJm.=-r t,=.ç1r. P PIT) qp•·,1 1 Hl' cl 
l•ffdl llil",I)! 11l,11tl' ))Ili 
ler r L.ptu1 de o<..J01ldll c'llLCJ. 
A1a11delu. punlo de luL li' 
ç;:iricie.;;,PntP nr1 par.:>rlP 
Pc 11•0 d ... 11 rz -'-l'lf 1• ide 11 ·) 
t,·r, 
Ponto d"' luz .-r"lh 1t1cio no 
tero 
OBSERVAÇÕES 
1 /\ '" 1p,. if, dr· <.rn t- il) 1, 
1)1< .. ''., .. J ld L <_\LI•_;' d 1.1 llld lé
( n llt'I d -i - :l )- O! ler a l l {fl t' 
,-. 1-1,·J',; •'·nco 1t I ad ·1 n.-, p1 :.t
CI 
}- t:.ll1fJt !d i OJ...- - 11 dict -,e-Jct 
mPrYl-. r 1•1111rn , 1<. -i ri," lei ri, 
J t1 lc.., 11 1, !t_._, , 11tv...,J .. 1 i' 1 
e::,ld::, de X.ctl dl ll ..le ::.e f d 11-
í illla<.. 1 c:;11rh,,ln,i1,0 r1p1p,;p11-
l 1d.i ,, V d l I J>, ld 1
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11 lJ>l ! 1-. 
de LlU, 1 IL 1.. r esce 1le::. 1: 
vc1 11.=1"' 1 ,t,a.;,.Mc,c;•i-1, e; ohse1vc1çoec, <1ntf' 
IIUIV,. 
Frd·or,1 hnJP <'I'� -J,·1 ,e•'! 
1 IL: li >', <.. Y I llllll I LISü dt l.""1 ll 
f ci ld.., li< ai d--., elll<:!'=' jd fl,1:'. 
t=",-,._ rfr· xr11 ·,m 'iP ""'' hhr1-
'- ll Ll'>. l ',l'l ! l ,1 1<JiL dJ)l l . .,,_ 11 
l iÜct e Vc.tl clc1 Pc td lc11 1pc1dc1::.
riP 1 -[), til ,·1P<.C'P'Ü,=»; P 
V "p 1. 1, 1 i l t l". 
ML!�l11d obstei Vci _d() dl1Le1 te,. 
Al,,,1 d,,._ 1, ec;ta ,1mbo oq1a 
P 1,.:;·1d I q11,1ndn c:;.'í1 11t l1z,1 
dd� <..dli'd� lkl lll�lc.ticH,.c.U. 
Quadro 1- Principais simbologias para lâmpadas e luminárias. 
Fonte: ABNT, 2020. 
43 
#ParaCegoVer: Na imagem há uma tabela de três colunas e cinco linhas e, apresenta as 
principais simbologias para lâmpadas e luminárias, seus significados e algumas observações. 
Adicionalmente, no próximo quadro você pode ver alguns dos principais exemplos dentro da 
simbologia, utilizados para tomadas: 
• 
44 
.Jrw 
�w
� 
To:JJr,ad.'l oa1xa. tornada de parede, instalada a 
.500 111111 cb PISC. 
P11nc:1p.=ll', 1nrl1c:r1ç:ÕP.�: pot;',1-c:iri P. 0 nL1rnP.rc) rio 
c11 cuito deu w,cntu•;do . 
fomad:1 11édrê: tomada de pared2. instalada a 
13CO mm do piso. 
To)mad::i alta· t,)rnêdê1 de parede instalada a 
2000 llllll do PISO 
Quadro 2 - Principais simbologias tomadas. 
Fonte: ABNT, 2020. 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma tabela de duas colunas e quatro linhas e apresenta as 
principais simbologias para tomadas e seus significados. 
Quanto aos interruptores, dispositivos destinados ao acionamento dos pontos de iluminação 
utilizados na instalação, como já visto, também é estabelecido um padrão de simbologia próprio, 
conforme pode ser visto adiante: 
SÍMBOLO 
1 
O
ª 
C[f 
�t 
.
ã 
()
õ 
SIGNIFICADO 
lnte1 ru1:,to1 ele Ln1a seção 
Interruptor de duas secc:es 
Interruptor paralelo c,u thre­
e way 
Inter rupto1 111te1rned1ar10 o,_ 
four-way 
OBSERVAÇÕES 
A let1a nnuscula in::lica o 
p:::>11t:) co1-1anclado. 
As let1·as 111111.ISCcil3S indicam 
os pontos comancados. 
Mesna obse1 vação ante11cr 
A letra 1-11nuscula 111::f1ca o 
p)nt) cor-1andadc.
Mesna observação ante1ict 
Figura 5 - Principais simbologias para interruptores. 
Fonte: ABNT, 2020. 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma tabela de três colunas e seis linhas e apresenta as 
principais simbologias para interruptores, seus significados e algumas observações. 
Adicionalmente, um outro elemento importante da instalação elétrica é o quadro de 
distribuição de energia e, para este, também há uma simbologia própria em que, de maneira 
geral, quando o retângulo da simbologia está completamente preenchido significa que o quadro 
é parcial. Tomando como exemplo, os quadros gerais tem os padrões vistos no quadro: 
/)> 
C)t11,lr q,, 1111, 111/ 1,,1 1, ,, 
b ,tido 
1 1111< 1J I', 1 rll• , Jt dc'V ..,, 
ar res-=-ntar as carc1a, cie 1 ,z PIY 
\\f,, 1 lnr 1,·1 W •ll<1IJ1d,1 1• 
kW 
Mec,n,as n, 1<.1rle•aç"es. entre­
ic'll1i(1 11 '',ft d... U q11c1tl• ...... l 
apa1 f-r'i:E' 
Quadro 3 - Principais simbologias para quadros de distribuição. 
Fonte: ABNT, 2020. 
45 
#ParaCegoVer: Na imagem há uma tabela de duas colunas e três linhas e, apresenta as 
principais simbologias para quadros de distribuição e seus significados. 
O penúltimo quadro, nesta parte de estudadas simbologias, apresenta exemplos de aplicações 
de outros importantes elementos genéricos, utilizados em todas as instalações elétricas: os 
condutores e eletrodutos. Note ainda que cada traço representará um condutor: 
SÍMBOLO SIGNIFICADO 
Concluto1 de fase. no interior de 
Lllll detroduto 
Principais indicações: seção cio 
condutor em mm e 'J nt.'.rmero do 
CIICllito. 
Mesmas observações anteriores. 
porem neste caso para um con­
dutot de 'leutro. 
Mesmas observaçóes, porem 
neste cas::i tem-se um co11dutor 
para o te1 ra. 
Eletrodut� embutrdo na parede 
ou no teto. P11nc1pa1s ind1cações: 
secção deste em mrn. 
Quadro 4 - Principais simbologias para condutores e eletrodutos 
Fonte: ABNT, 2020. 
#ParaCegoVer: Na imagem há uma tabela de duas colunas e cinco linhas e, apresenta as 
principais simbologias para condutores e eletrodutos e seus significados. 
• 
46 
Ademais, as seguintes padronizações vistas também são largamente utilizadas, demonstrando 
então as simbologias para lâmpadas, fusível, relé térmico e para o motor elétrico, equipamento 
menos comum em instalações de baixa tensão, sobretudo residenciais, mas que pode ser 
largamente utilizados em determinados locais com tensão até 1000 V, por exemplo: 
SÍMBOLO 
-0-
SIGNIFICADO 
:•11111,1 ,. 
t:.11<.ÍVPI 
M Ll 1 1 1t 11ulc1,1, , 
M·. LUI l11f,_1�1 .. 1_l 
OBSERVAÇÕES 
�\>th--- "-cl ,lil1zc1dci I dl cl <. 11ci 
1z:i1 .:.e um '=<llllJ 0ir s:nlc 
....>tc:t >L !1-'I�> 'L lL C>11 �r d, 
P•.ll <'-X""ll pk 
- ltr t1pc d->ro'tatocor
élt1va a ·1 t.=,1rn1 ·a: 
,1- '-,r. y .... f :li ri c"jp.::;)1 a1 •' ·11 -
t t, 110 c=i,o i.=- ;;;oht .... c 1-
1 ent.=-
E--X-"ll'P o -ie u,;;;o: ">e a al1n1.=.11-
raçao r --it t11•.=i.;;1,a. racia tacp 
devP rontP1 , ,rn tus,vel 
t°IY! r Pt:il C.f' lltt 17êl f,=,t ,=j<, P 
ntl llr>l'O<; l)cll =ia l"'f'/f'C.Pt'tr1-
Ç,=t") dn =ilir1,=,ri·,r.,, do 
11,,t· r 
Me,1·1a-; r h,Pt vaçoPs cintP­
fl<irPS 
Quadro 5 - Outras simbologias usadas 
Fonte: PETRUZELLA, 2013 (Adaptado). 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma tabela de três colunas e sete linhas e apresenta as 
principais simbologias usadas que são importantes, seus significados e algumas observações. 
A seguir, começaremos a entender a parte teórica e matemática do desenvolvimento do 
projeto elétrico de baixa tensão. 
47 
2 DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DOS PONTOS 
DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA 
O primeiro passo é definir a previsão de carga dos pontos, que se distinguem especialmente 
entre iluminação e pontos de tomada num projeto elétrico de baixa tensão, na maior parte dos 
casos. Assim, para referência, considere o d ia grama unifilar do projeto elétrico de uma residência, 
visto a seguir: 
Figura 6 - Projeto elétrico de uma residência 
Fonte:CREDER,2007,p.59 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma planta baixa de uma residência, com a distribuição da 
instalação de baixa tensão apresentada pelo diagrama unifilar, que é desenhado sobre a planta, 
a partir do uso da simbologia padrão sugerida. Neste diagrama, então, tem-se as informações 
sobre as lâmpadas, as tomadas usadas e as ligações dos condutores, além de anotações sobre as 
potências e a q uai circuito pertence, como ficará mais claro adiante, ao longo da unidade. 
Perceba, então, que o diagrama é feito com base na planta baixa do local, de forma a elencar a 
distribuição correta da instalação. Geralmente também são utilizadas tabelas junto ao diagrama, 
• 
48 
como os quadros apresentados para o exemplo prático estudado. No primeiro caso, temos a 
potência instalada, analisando os pontos de luz e das tomadas, além de apresentar, geralmente, 
junto a este ponto, informações sobre as dimensões do cômodo: 
5-:do 22 
l' 
20 
l<l 
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4 ISCO A :.;,J11ti. 
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A··c·c, 
El<tCIT,J 
11:: 
10 1-'-
7 
o·.;
4 
1::1l 
1400 
/.,1( h) 
Tabela 1 - Quadro de dimensão de cômodos e da potência instalada 
Fonte:CREDER,2007,p.60. 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma tabela de cinco colunas e oito linhas e apresenta, de 
acordo com o tamanho do cômodo, a potência necessária de luz, tomadas gerais e tomadas 
especí
f
icas. 
Além disso, quando detalhamos na distribuição dos circuitos, tem-se: 
l 
2 
4 
!:, 
Í) 
8 
9 
10 
-.:,t, 
2 
2 
Lãmpadu (V A) 
Pontoa - Tomadas 
gerais (VA) 
Pontos - Tomadas 
fflMCiais(W) 
2 
2 
,1 
.., !., 
s 
2. 
4 
8 10 3 
Tabela 2 - Quadro de pontos de lâmpadas e tomadas 
Fonte:CREDER,2007,p.60 
lCd� 
1500 
büU 
4400 
1:lUO 
. :)Oí, 
.3820 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma tabela de cinco colunas e treze linhas e apresenta 
detalhes na distribuição dos circuitos de lâmpadas, pontos de tomadas gerais e pontos detomadas específicas. 
Continuação: 
• 
Correnta 
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A 
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1 1 / )fi.'1 /1 '1 
1 r ,,;,G 2,S ,L_, 
7 (i '1 R 2.S ?,C. 
( ( 1 1 4 /11 (, 
Tabela 3 - Quadro de corrente e seção 
Fonte:CREDER,2007,p.60. 
49 
#ParaCegoVer: Na imagem há uma tabela de seis colunas e doze linhas e, apresenta a 
contin uação da tabela anterior com corrente e seção. 
2.1 Previsão de carga para a iluminação e pontos de tomadas 
Um outro ponto importante que serve de base para o desenvolvimento e o projeto elétrico, 
sobretudo no ponto onde vamos analisar a previsão de carga, é a potência média de referência 
dos aparelhos mais utilizados nas residências, como mostra o quadro seguinte: 
APARELHO POTÊNCIA (W) APARELHO POTÊNCIA (W) 
/\qUtaC2ciOt d2 arrl::iene lOQO 3elad-=ira co--um 200 
,\spirador de pc, 200 Ge ade ir a duplEx ou freez21 500 
Burb:.:ido 50 G1il 1000 
�atede ra IUU Ll:1u1d1f1c:ido1 ;200 
Chtllit"I -, 4400 Mcq, 11n=, dP lc1\1,'1 1011pn !,00 
r:1c11lad-,1 dê,FJ 1�� S:"r.c1drn .-Jp Ci'i�.f'I,-, 1000 
Exaustc r 300 TP.lev S)I 200 
F:.,rr·u 1111cruu11dd� 12CO Ve11l1 ddur 15:) 
Quadro 6 - Quadro de potência média de referência dos aparelhos mais usados nas casas 
Fonte: CREDER, 2007. p. 62 (Adaptado). 
#ParaCegoVer: Na imagem, há uma tabela de quatro colunas e nove linhas e apresenta a 
potência média de referência dos aparelhos mais usados em caso, como aspirador de pó, 
geladeira comum, televisor, entre outros. 
• 
50 
Na prática, para aparelhos fixos de i luminação à descarga, o que é o caso das lâmpadas 
fluorescentes, deve-se considerar a potência como a potência da lâmpada, as perdas e o fator de 
potência do reator, se for o caso. Além disso, existem as seguintes orientações gerais quanto à 
previsão das cargas de iluminação (CREDER, 2007): 
• Em cômodos de unidades residenciais ou locais como hotéis e similares deve-se prever, 
pelo menos, um ponto de luz fixo no teto, considerando uma potência mínima de 100 VA.
• Em cômodos de área igual ou menor que 6 m2 , prevê-se uma carga de pelo menos 100
VA e, em áreas superiores a 6 m2, prevê-se 100 VA iniciais e acréscimos de 60 VA para
cada aumento de 4 m2 na área.
Quanto à previsão para pontos de tomadas de uso geral (TUG), geralmente segue-se 
os seguintes critérios, embora mais recentemente tenha-se adotado o uso de uma grande 
quantidade de tomadas devido ao maior acesso à tecnologia e, com isso, as pessoas dispõem, na 
prática, de mais equipamentos que dependem da eletricidade (CREDER , 2007): 
Banheiros 
Pelo menos um ponto de tomada de uso geral próximo ao lavatório. 
Cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias 
Pelo menos um ponto de tomada a cada 3,5 m ou fração do perímetro; acima de cada bancada 
com largura de pelo menos 0,3 m pelo menos um ponto também. 
Subsolos, garagens, sótãos, halls de escadaria, varandas ou casas de máquinas 
Pelo menos um ponto de tomada, geralmente. 
Demais cômodos 
Se a área for inferior a 6 m2, pelo menos um ponto de tomada. Se maior, pelo menos um 
ponto a cada 5 m ou fração de perímetro. 
Ademais, para as tomadas de uso geral normalmente atribui-se a seguinte distribuição de 
potência (CREDER, 2007): 
Banheiros, copas, cozinhas, áreas de serviço, lavanderias 
Pelo menos 600 VA por ponto, normalmente até 3 pontos e 100 VA para pontos excedentes. 
Demais cômodos 
51 
Pelo menos 100 VA por tomada. 
Por último, nesta parte, quanto às tomadas de uso específico (TUE), orienta-se que seja 
atribuída, a esta potência, igual à nominal do equipamento, que será conectado a ela e, caso esta 
potência nominal não seja conhecida, escolhe-se como potência nominal de referência a maior a 
ser usada, de um equipamento provável de ser utilizado no cômodo (CREDER, 2007). 
3 VISÃO GERAL DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS DA 
INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE BAIXA TENSÃO 
Visto, então, vários exemplos práticos e as orientações gerais acerca da potência dos pontos 
de iluminação e das tomadas, veremos agora alguns pontos importantes específicos, que nos 
permitem detalhar a instalação e desenvolvê-la corretamente como mostraram os quadros do 
projeto elétrico residencial de exemplo. 
Assim, sabe-se que, para conhecer a potência consumida por um determinado equipamento, 
é necessário saber tanto o nível de tensão quanto a potência nominal. No caso, ainda, dos 
equipamentos que funcionam em corrente alternada (CA), devemos lembrar que o fator de 
potência participa da relação de eficiência do equipamento e, então, considerando estes pontos, 
define-se como IB a corrente elétrica de base, medida em ampéres, consumida pelo equipamento, 
tal que (CREDER, 2007; GEBRAN & RIZZATO, 2017): 
IB - U.;
P 
[it] 
Na equação anterior, P é a potência do equipamento em Watts (W), U é a diferença de 
potencial (tensão) em Volts (V) e FP é o fator de potência. Entretanto, sabe-se que a corrente 
elétrica consumida por um determinado equipamento (IC) será diferente, devendo ser corrigida 
por alguns fatores para o cálculo no projeto elétrico. Assim, o que ocorre na prática é que a 
forma como os condutores foram distribuídos pode ter alguma interferência, por exemplo, e, com 
isto, define-se dois fatores práticos de correção: o fator de correção de temperatura (FCT) e de 
agrupamento (FCA) (GEBRAN & RIZZATO, 2017). Logo, a corrente base corrigida, também medida 
em Ampéres, será igual a: 
Io - FC:�oA. [A] 
A partir da corrente elétrica do equipamento, com as devidas correções em decorrência 
de efeitos intrínsecos da instalação, torna-se possível calcular a este ponto a seção transversal 
do condutor, outro parâmetro importante a ser considerado. Também referido como bitola, é 
definida como a função da corrente elétrica corrigida, da queda de tensão devido ao aquecimento 
do cabo e está, também, diretamente relacionada ao comprimento do condutor e o tipo do 
• 
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material utilizado (GEBRAN & RIZZATO, 2017). Assim, é necessário considerar a queda de tensão 
produzida, que ocorre em função da distância entre a carga e o medidor, dentro da instalação, 
também em função da potência desta carga, conforme mostra a equação seguinte, onde e é a 
queda de tensão percentual: 
e =-
t·�n,·-r�{I -l-;: CtT:9' 11 
• l O Oo/�
v('11.tr!).,j1J 
Conforme a própria N BR 5410 define, a queda de tensão é admitida como: 
• 5% para instalações alimentadas diretamente, através de um ramal de baixa tensão, pela
rede de distribuição pública de baixa tensão da concessionária;
• 7% para instalações alimentadas diretamente por uma subestação de transformação,
neste caso então a partir de uma instalação de alta tensão; ou, ainda, caso possua fonte
própria de energia;
Desta maneira, a seção do condutor (S) pode ser calculada como 
8=2p�I:P.L 
e.\'
" 
Onde P é a potência consumida (W), p corresponde à resistividade no trecho (geralmente 
1/58 Omm2/m, pois a maior parte dos condutores são de cobre), L é o comprimento do trecho 
(m) e V a tensão, normalmente 127 ou 220 V, considerando que são instalações residenciais.
Sabe-se, ainda, que o cálculo da área da seção transversal dos condutores da instalação leva
em consideração aspectos práticos importantes do funcionamento, como o fato da não 
simultaneidade do funcionamento das cargas, já que em um cômodo, por exemplo, nem todas as 
lâmpadas estarão acesas ao mesmo tempo.
� 
FIQUE DE OLHO 
Para facilitar o trabalho do projetista, a norma N BR 5410 apresenta tabelas com este 
valor de seção sugerido já calculado, dada em função do produto entre a potência e a 
distância e a queda de tensão. 
Além disso, sabe-se que a determinação do fator de demanda irá exigir do projetista o 
conhecimento detalhado da instalação, assim como sua experiência com relação às condições 
de funcionamento e de uso dos equipamentos, embora existam diversas orientações práticas, 
até mesmo por parte das próprias concessionárias ou na N BR

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