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AO JUÍZO DA 7ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG. XXXXXXXXXX, já devidamente qualificada nos autos do processo supra, que move em face de XXXXXXXXX, vem, respeitosamente e tempestivamente, através de suas advogadas legalmente constituídas, opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fulcro no art. 1.022 do CPC, pelas razões a seguir aduzidas: I – TEMPESTIVIDADE É absolutamente inequívoca a tempestividade destes Embargos de Declaração. A tempestividade é comprovada, uma vez que a ciência da sentença foi dada pela embargante no dia xx/xx/xxxx, sendo o prazo para opor embargos de 05 (cinco) dias úteis, findando assim em xx/xx/xxxx. II – CABIMENTO As hipóteses legais de cabimento do recurso de Embargos de Declaração encontram-se traduzidas no artigo 1.022 do CPC. Destinam-se, portanto, em princípio, a aclarar, dar coerência ou integrar o conteúdo de uma determinada decisão judicial. Por outras palavras, são oponíveis nos casos de omissão, obscuridade, contradição e erros materiais. Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. Os embargos de declaração se justificam pela contrariedade, omissão, obscuridade e erro material verificados na sentença, que extinguiu o processo com resolução do mérito, conforme será demonstrado a seguir. III – DO ERRO MATERIAL Em que pese a bem lançada sentença, onde consta que as partes possuem dois filhos menores de idade, nota-se do discorrer da referida decisão prolatada que V. Exa considerou a análise somente de um deles, como se pode ver nos trechos a seguir: “Deve-se analisar os temas atinentes ao filho menor, bem como à partilha de bens” e; “Compulsando os autos, bem como os feitos em apenso, denota-se que o menor XXXXXXXX permanece em companhia da genitora, motivo pelo qual a formalização de tal situação fática faz-se necessária”. Portanto, é de se ver que não restam dúvidas quanto ao erro material referente à ausência de qualquer menção ao segundo filho das partes, o que, por conseguinte, prejudicou a análise da guarda e das visitas do menor XXXXXXX. IV – DA OMISSÃO Com o devido respeito e acatamento que são devidos a esse D. Juízo, a embargante avia os presentes Embargos de Declaração por entender, com a devida vênia, que o decisório em apreço foi omisso quanto aos argumentos que serão a seguir descritos: a) QUANTO À GUARDA E À REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS Registre-se que, Vossa Excelência fundamentou acerca da guarda e das visitas do filho XXXXXXX, no entanto, não há nada que conste na parte dispositiva acerca do julgamento desta questão, tampouco acerca da guarda e visitas relativas ao menor que não fora sequer mencionado na fundamentação da sentença, sendo evidente a ocorrência de omissão, na forma do art. 1.022, inciso II, CPC. Observe-se que a falta de decisão acerca da guarda e regulamentação de visitas prejudica tanto as partes quanto os menores, devendo, portanto, ser sanada a dita omissão, constando no dispositivo da sentença a decretação da guarda unilateral dos filhos para a genitora, bem como a regulamentação das visitas livres, conforme fundamentado por V. Exa. b) QUANTO AOS BENS MÓVEIS Da análise da petição inicial, é de se ver que o requerente, ora embargado, lista os bens a serem partilhados nesta ação de divórcio litigioso, quais sejam: · Imóvel, constituído por casa e lote, localizado à rua XXXXX, nº X, bairro XXXXXX, Belo Horizonte/MG; · Automóvel Fiat, placa XXXXXXX; · Automóvel Volkswagen, placa XXXXXXX; · Empresa Individual XXXXXXX – ME; · Bens móveis e; · Dívidas contraídas pelo autor, em favor do casal. No entanto, depreende-se da leitura da fundamentação e, ainda, do dispositivo, a omissão quanto à análise da partilha dos bens móveis que guarnecem a residência das partes, os quais, em nenhum momento, sequer foram mencionados. Desta feita, como não houve a deliberação a respeito dos bens móveis, elencados na inicial, requer que seja suprida a referida omissão e, consequentemente, obter essa partilha. Comunhão parcial de bens → 08/07/1994 2 filhos Pede o divórcio - Contestação – bens oferecidos pelo requerente para partilha - Tem 2 ou 1 menores? Não dá para saber. Decidiu acerca da guarda somente de um, que ficará com a genitora. Visitas normais, serão mantidas. Bens que o autor listou para partilha: - Imóvel - Automóvel Fiat - Automóvel Volkswagen - Empresa Individual – ME - Bens móveis - Dívidas contraídas pelo autor, em favor do casal. Em sede de contestação: requerida pede que seja elencado cláusula de usufruto em favor dos filhos menores. Ou, subsidiariamente, alimentos em 20%. Ainda, que o imóvel não deve ser vendido, tendo em vista que montou um pequeno comércio lá. Concorda com os veículos Dívidas contraídas quando já estavam separados de fato. DECISÃO: 1) Não fala da partilha dos bens móveis 2) Decidiu pela partilha 50% do imóvel e não considerou o argumento da autora só porque o varão não concordou. 3) Não analisa o pedido subsidiário porque a autora não fez o pedido reconvencional no sentido. 4) Divide a ME em 50% 5) Não acolheu o pedido de partilha das dívidas porque o autor não comprovou Devia ter homologado o pedido de divórcio, somente, já que era incontroverso. Na audiência de conciliação. Usufruto em favor dos filhos só entra se tiver acordo, porque a divisão do patrimônio é entre o casal. -> pedido inócuo para um divórcio litigioso Não é óbice da partilha de bens o imóvel ser utilizado para comércio. 1) Vício formal: juíza falou somente de um filho menor, sendo que no relatório falou de dois. -> a partir disso ela julgaria a guarda e as visitas 2) Omissão: não falou das visitas relativas aos filhos no dispositivo, somente na fundamentação 3) Juíza esquece de julgar os bens móveis 4) Juíza esquece de julgar a cláusula de usufruto 5) Esquece de julgar as dívidas no dispositivo 6) Esquece de julgar alimentos para a ré (pedido subsidiário) 7) Pelo entendimento da juíza, ela deveria extinguir sem resolução do mérito por falta de pedido reconvencional, por ausência de pressupostos de constituição. 8) Mandou expedir mandado para o Cartório para a varoa voltar ao nome de solteira, sem ela ter pedido isso. -> isso é erro in judicando – gera nulidade e não é objeto de embargos de declaração. Objeto de apelação. 9) Obscuridade: Não ficou claro quem que deveria pagar os honorários de sucumbência. 10) Obscuridade: destina 50% dos valores dos automóveis para cada autor, mas ela não individualizou os automóveis. Qual veículo ficará com quem? 11) A juíza não pode impor o autor para ser sócio da ré (MEI), não se partilha a empresa (qualquer uma) pelo quadro societário, o que é partilhado o capital integralizado e os frutos ávidos durante a constância do casamento. É 50% do ganho patrimonial, e não da empresa.
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