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Constitucional - EMBARGOS DE DECLARACAO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) RELATOR DA ...ª CÂMARA ... DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relator: Desembargador(a) …..
Processo Nº …..
Ação Rescisória nº …../ano...
EMBARGANTE: Luiz Augusto ...
EMBARGADOS: Jacinto Jacaré, Prefeito do Município de São Caetano e Senhor Sombra, presidente da Associação Comercial de São Caetano
ACÓRDÃO Nº …../ano...
Luiz Augusto ..., já qualificado nos autos, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por meio de seu (sua) advogado (a) infra assinado, opor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Com fulcro nos artigos: 1.022, incisos I, II e III e 1.023 do CPC em face do ACÓRDÃO nº. …../ano..., prolatado em ... de ... de ... pela ... Câmara ... do Tribunal de Justiça de Pernambuco e tendo como EMBARGADOS: Jacinto Jacaré, Prefeito do Município de São Caetano e Senhor Sombra, presidente da Associação Comercial de São Caetano, já devidamente qualificados nos autos desta ação.
1 - DA TEMPESTIVIDADE
Conforme narra o Art. 1.023 do CPC: 
“Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo”.
Posto isto, vale consignar que o prazo de cinco dias foi devidamente respeitado pelo embargante, tendo em vista que o processo foi retirado em carga no dia .../.../... e devidamente devolvidos junto com os embargos de declaração no dia .../.../.…, sendo notório que cumpriu-se o prazo para devolução dos autos assim como para a oposição dos embargados de declaração. Razão pela qual os embargos de declaração são tempestivos.
2 - DO CABIMENTO
No que toca ao cabimento dos embargos de declaração convém mencionar o diploma 1.022 do CPC, este aduz:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material”.
O acórdão já referido, apresenta uma omissão que será devidamente narrada e provada no transcurso destes embargos.
3 - DOS FATOS
No dia .../.../... foi prolatado o Acórdão nº …../ano..., a decisão tomada pelos desembargadores na ... Câmara ... foi pela anulação do DECRETO MUNICIPAL nº 001/2019, criado pela Prefeitura de São Caetano, o qual repassava a cobrança do serviço em locais públicos, denominado “Zona Azul”, como foi requerido na inicial, porém, nada decidiu sobre a devolução de todo o dinheiro recebido aos cofres públicos durante o período em que esteve vigente, nem mesmo enfrentando a questão no corpo do Acórdão, havendo-se assim, uma omissão total acerca do julgamento deste pedido.
4 – DO DIREITO
Para alcançar o fim a que se destina, é necessário que a tutela jurisdicional seja prestada de forma clara e completa, sem obscuridade, omissão ou contradição. A própria Carta Magna faz menção à obrigatoriedade da exposição das motivações judiciais:
Art. 93. (...)
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
Também é reforçada tal obrigatoriedade no âmbito cível através do artigo 489 do Código de Processo Civil:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
(...)
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
(...)
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
O próprio CPC reforça a importância do “Princípio da Motivação das Decisões” ao dispor que o juiz deve se ater, com demonstração concreta, à expressão da fundamentação judicial de forma clara e precisa.
Art. 926, CPC. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação. .
A jurisprudência cível já teve a oportunidade do confronto das questões de sentenças sem fundamentação, posicionando-se majoritariamente no sentido de que a sentença nesse âmbito deve ser modificada.
Neste sentido, temos decisão recente do Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO. ACOLHIMENTO.
1. A existência de omissão no acórdão embargado conduz ao acolhimento da pretensão.
2. Embargos de declaração acolhidos, sem efeitos infringentes.
(STJ - EDcl no AgInt nos EDcl no AREsp: 875139 MG 2016/0053672-0, Relatora: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 19/10/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 31/10/2017)
Desta forma, por meio desta exposição, demonstra-se que, ainda tendo uma sentença favorável para a parte autora, devido à falta de um dos elementos essenciais durante a sua prolação, o direito da mesma encontra-se em risco.
Para sanar o referido vício, a doutrina aduz que cabe embargos declaratórios em caso de sentença omissa. Segundo o diploma processual civil:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: (…)
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento.
Portanto, estando clara a omissão, com fulcro no art. 1.022, II, do Código de Processo Civil, os embargos declaratórios configuram-se como meio eficaz e necessário para a garantia do direito líquido e certo da parte autora.
5 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer-se:
a) que sejam conhecidos os presentes embargos recebidos;
b) que, no prazo de 05 (cinco dias) disposto no art. 1.024 do Código de Processo Civil, os mesmos sejam providos, de forma que seja reformada a respeitável sentença, para o fim de sanar a omissão apontada para garantir os direitos da parte autora.
Nesses termos,
Cidade ….., data ….
Assinatura do Advogado …..
OAB nº …..
assinado digitalmente

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