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1 GESTÃO DOS RESIDUOS EM OFICINAS AUTOMOTIVAS QUANTO AO SEU MANEJO E TRATAMENTO DO OLÉO LUBRIFICANTE1 Andre Filipe Costa Moraes2 Marcelo Caethano Souza Cabeça3 RESUMO Os óleos lubrificantes são de extrema importância para o bom funcionamento de qualquer máquina que para funcionar corretamente tenha peças em constante movimentação, pois sem ele, essas peças teriam seu tempo de vida útil comprometidos e consequentemente o bom funcionamento da máquina ou equipamento, assim afetando diretamente a produção, esse processo não é diferente nos veículos automotivos que necessitam dos óleos lubrificantes para manter suas partes moveis, constantemente lubrificadas, mantendo dessa forma o funcionamento correto do veículo. Mas esse óleo lubrificante usado nos veículos tem um prazo curto de validade e precisam ser trocados constantemente para que eles não venham a prejudicar o veículo, contudo após a troca desse óleo restam rejeitos extremamente prejudiciais à saúde da pessoa que o manuseia e também ao meio ambiente e cabe as oficinas e empresas responsáveis e que se prestam a executar esse tipo de tarefa o descarte correto do óleo lubrificante usado e das embalagens e outros rejeitos. Sendo assim cabe a essas empresas encontrar a melhor maneira de descarte que não prejudique a empresa, o meio ambiente e os colaboradores envolvidos no processo. PALAVRAS CHAVE: Óleo Lubrificante contaminado; Preservação do meio ambiente; Saúde ocupacional; Processos; Reciclagem; Gestão Ambiental 1 Paper apresentado a disciplina Introdução a Engenharia, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB. 2 Aluno do 1° Período do Curso de Engenharia de Produção da UNDB. 3 Professor; Orientador. 2 1 INTRODUÇÃO Os procedimentos de troca de óleo lubrificante automotivo estão presentes na maior parte das atividades de manutenção preventiva que são realizadas em oficinas automotivas, postos combustíveis, garagens, serviços portuários, ferroviários e aeroportuários. Mas devido à falta de informações sobre como o descarte destes óleos de forma irregular, aliada aos elevados custos para coleta e transporte, especialmente no Brasil, pelas dimensões continentais, tornou- se um fator preocupante, principalmente para as empresas de pequeno porte, que mediante isso acabam fazendo o descarte de forma incorreta ou não fazendo. No estado do Maranhão, as oficinas automotivas podem ser consideradas uma das maiores geradoras de óleos lubrificantes usados, isso se levarmos em consideração o aumento considerável dos veículos no estado e como consequência o crescimento do número de oficinas que executam essas tarefas e ao observar-se a forma como esse produto é manuseado e tratados nessas oficinas evidenciam a ausência de conhecimentos necessários para o manejos dos óleos lubrificantes. O desenvolvimento do tema pondera os aspectos tecnológicos, e ambientais das operações de troca de óleos lubrificantes automotivos, tendo em vista o estabelecimento de estratégias de prevenção, a fim de diminuir os impactos ambientais, despesas de gerenciamento, danos à saúde e ao meio ambiente, além de disponibilizar conhecimentos a respeito das formas de tratamento e acomodação adequada para esses resíduos. Os óleos lubrificantes são contaminados, durante sua utilização, com produtos orgânicos de oxidação e outros materiais, produto do desgaste dos metais e outros sólidos, reduzindo sua qualidade. Quando a quantidade desses contaminantes é excessiva, o lubrificante já não cumpre o seu papel e deve ser substituído, sem falar que o óleo tem um prazo pré-estabelecido para ser trocado. Esses são os chamados óleos lubrificantes usados ou contaminados e devem ter a destinação ambientalmente adequada a fim de evitar a contaminação e preservação os recursos naturais. No Brasil, segunda a Resolução nº 362/05 do CONAMA, diz que esses resíduos devem ser recolhidos para refino, pelas empresas responsáveis pela fabricação do óleo lubrificante, mas antes sendo alocados pelos usuários em local adequado para esperar o recolhimento pelo responsável e ter a destinação correta. 3 2 Operações de troca de óleo lubrificante automotivo, manuseio e descarte Nas oficinas por todo o país, onde é feita a troca de óleo, existe um complexo processo, que por fim resulta em rejeitos prejudiciais ao meio ambiente e causadores de doenças ocupacionais, mas antes disso existem diversas etapas, sendo assim antes de se saber como esse óleo lubrificante é descartado é notório se saber, para que ele é usado e quais são as funções que ele tem no veículo. 2.1 Funções e propriedades do óleo lubrificante automotivo 2.1.1 Funções e propriedades do Óleo lubrificante. Óleo lubrificante automotivo tem como principal função evitar o contato direto entre superfícies metálicas, reduzindo o atrito e suas consequências como a geração de calor excessivo, o desgaste, ruídos e vibrações no cárter. As principais funções dos óleos lubrificantes automotivos são: Lubrificar Refrigerar Limpar e manter limpo o motor Proteger o motor contra corrosão, desgaste e formação de ácidos no interior do mesmo Auxiliar na vedação da câmara de combustão As principais propriedades dos óleos lubrificantes automotivos são: Viscosidade - mede a dificuldade com que o óleo lubrificante automotivo escorre (escoa), quanto mais viscoso for um lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto, será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis, fazendo a lubrificação das mesmas. A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a temperatura. Quando esta aumenta, a viscosidade diminui e o óleo lubrificante automotivo escoa com mais facilidade; 4 Índice de viscosidade - mede a variação da viscosidade com a temperatura; Densidade - indica o massa de um volume de óleo lubrificante automotivo a uma determinada temperatura. É importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante. (Gestão de óleo lubrificante automotivo usado em oficinas automotivas) 2.1.2 . Etapas do Processo de troca de óleo. Fluxograma 2.2 Principais causadores de rejeitos e o manuseio desses rejeitos. 2.2.1 Principais responsáveis pela produção do óleo contaminado. No Brasil, o local preferencial para a troca do óleo lubrificante automotivo muda de um estado para outro, segundo o hábito cultural de cada região. Os prestadores de serviços que, por sua atividade de manutenção de veículos, geram óleo lubrificante automotivo usado ou contaminado, são considerados geradores, uma vez que realizam a troca de óleo lubrificante automotivo. A manipulação inadequada e problemas de vazamento na armazenagem ou na Abertura do capô Retirar tampa de Abastecimento de óleo e Vareta de nível Retirar parafuso do carter Escoar óleo usado Verificar nível do óleo Fechar tampa de abastecimento do óleo Abastecer com óleo novo Recolocar parafuso do carter 5 movimentação dos óleos lubrificantes retirados dos veículos possuem elevado potencial de poluição. O gerador de óleo lubrificante automotivo usado ou contaminado é toda pessoa física ou jurídica que, em decorrência de sua atividade, gera óleo lubrificante automotivo usado ou contaminado. A maior geração de óleos lubrificantes automotivos usados ou contaminados, origina- se em: Oficinas automotivas; Postos combustíveis; Garagens; Aeroportos; Embarcações. Na maioria dos postos de combustíveis, onde há troca de óleo lubrificante automotivo, e oficinas automotivas autorizadas existem controles e procedimentos para a realização dessa atividade, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais e à saúde ocupacional. (Gestão de óleo lubrificante automotivo usado em oficinas automotivas)2.2.2 Formas de manuseio mais empregadas nas oficinas visitadas. Nas oficinas visitadas em São Luis – Ma, no bairro do São Cristovão não foi identificado um manuseio totalmente correto do óleo lubrificante usado, devido as oficinas serem pequenas, e não existir uma maior preocupação dos proprietários das oficinas quanto a este caso e também pela falta de fiscalização dos órgãos competentes, mesmo assim foi observado um certo empenho dos funcionários em manusear e reservar o óleo contaminado, afim de evitar a contaminação dos mesmos, pelos rejeitos e óleo lubrificante usado. Na maioria das oficinas o uso de EPI’s é bem precária, já que os funcionários não usavam máscaras protetoras e luvas para fazer a troca de óleo contaminado, e nas que os EPI’s eram usados, já estavam em péssimo estado de conservação ou eram usados de forma esporádica. 6 Generalizando, o manuseio nas oficinas visitadas é feita da seguinte forma: 1. O óleo lubrificante contaminado é retirado do veículo e colocado em tambores identificados. 2. O novo óleo lubrificante é colocado no veículo e a primeira etapa está concluída. 3. As embalagens do óleo lubrificante utilizado, as estopas e panos utilizados para secar resquícios de óleo lubrificante e os EPI’s são armazenados em recipientes separados e apropriados. No entanto em algumas oficinas esses rejeitos são colocados todos juntos em um único recipiente. 4. As embalagens do óleo lubrificante usado e o óleo lubrificante contaminado, em alguma das oficinas, é recolhido pelos revendedores. Contudo na grande maioria o restante de óleo lubrificante contaminado fica guardado por muito tempo nas oficinas e não teve seu destino informado. 5. O óleo lubrificante contaminado coletado é levado para ser refinado e poder ser usado novamente, dessa forma preservando recursos e o meio ambiente. 2.2.3 Novas técnicas empregadas no manuseio e tratamento do óleo lubrificante usado As melhorias no desenvolvimento de novos produtos ainda são pouco significativos ponderando os efeitos agressivos ao meio ambiente. Os óleos lubrificantes não são inteiramente consumidos durante o seu uso, provocando a geração crescente do óleo lubrificante automotivo contaminado. Produtoras de aditivos e formuladores de óleos lubrificantes vêm trabalhando no incremento de produtos com maior vida útil, o que tende a reduzir a geração de óleos lubrificantes usados. No entanto, com o ampliação da aditivação e da vida útil do óleo lubrificante automotivo, crescem as dificuldades no procedimento de regeneração após o uso. Em alguns estados brasileiros, há um sistema de troca de óleo lubrificante automotivo chamado jet oil, onde o lubrificante fica guardado em tanques ou tonéis e é vendido a granel, evitando a geração de embalagens. Mas existem novas técnicas nas etapas no processo de manuseio do óleo que podem auxiliar na vida útil do óleo lubrificante, como verificar o nível de contaminação do óleo e aumentar o tempo de utilização dele pelo veículo. 7 3 Riscos ambientais e a saúde causados pelos óleos lubrificantes A troca de óleo automotivo, gera resíduos com diversas impurezas que tem uma alta capacidade de agredir o meio ambiente se não descartados de forma correta e alta capacidade de causar intoxicação e outras doenças ocupacionais aos funcionários se não utilizarem os EPI’s e EPC’s de forma correta e não existir bastante atenção em seu manuseio. 3.1 Riscos Ambientais 3.1.1 Danos causados ao meio ambiente devido ao descarte incorreto. Assim como causa danos à saúde das pessoas que têm contato direto com resíduo, o óleo lubrificante usado ou contaminado, quando dispersado no meio ambiente, causa grandes prejuízos, afetando grande número de pessoas, a fauna e a flora, principalmente quando associado com outros poluentes comuns nas áreas mais urbanizadas. Os óleos lubrificantes não se dissolvem na água, não são biodegradáveis, formam películas impermeáveis que impedem a passagem do oxigênio e destroem a vida, tanto na água como no solo, e espalham substâncias tóxicas que podem ser ingeridas pelos seres humanos de forma direta ou indireta. Apenas a título de exemplo, alguns dados ambientais relevantes sobre a má destinação desse resíduo: 1. Quando vaza ou é jogado no solo, inutiliza o solo atingido, tanto para a agricultura, quanto para a edificação, matando a vegetação e os microorganismos, destruindo o húmus, causando infertilidade da área que pode se tornar uma fonte de vapores hidrocarbonetos. 2. Além disso, quando jogado no solo o óleo lubrificante usado ou contaminado pode atingir o lençol freático, inutilizando os poços da região de entorno. 8 3. Se jogado no esgoto, o óleo lubrificante ira comprometer o funcionamento das estações de tratamento de esgoto, chegando em alguns casos a causar a interrupção do funcionamento desse serviço essencial. 4. Quando queimados (o que é ilegal e constitui crime), os óleos lubrificantes usados ou contaminados geram grande quantidade de particulados (fuligem), produzindo precipitação de partículas que literalmente grudam na pele e penetram no sistema respiratório das pessoas. 5. Os hidrocarbonetos saturados contidos nos óleos lubrificantes não são biodegradáveis. No mar, o tempo de eliminação de um hidrocarboneto pode ser de 10 a 15 anos. Apenas 1 litro de óleo lubrificante automotivo contamina 1.000.000 de litros de água e 5 litros de óleo lubrificante automotivo, se for despejado sobre um lago por exemplo, seria suficiente para cobrir uma superfície de 5.000 m² com um filme oleoso, danificando gravemente o desenvolvimento da vida aquática, além da bioacumulação de metais pesados. 6. O óleo lubrificante existente no cárter de um único carro, quando descartado indevidamente, é capaz de contaminar uma quantidade de agua que seria suficiente para abastecer uma família de quatro pessoas por ate de 15 anos. A melhor maneira do usuário de veículo automotivo evitar o desperdício e a poluição por óleo lubrificante automotivo, é fazer a troca em local especializado e licenciado para este fim, onde o óleo lubrificante automotivo usado deve ser adequadamente recolhido e encaminhado para o destino adequado, conforme legislação ambiental vigente. (Guia Básico- Gerenciamento de óleos lubrificantes usados ou contaminados) 3.1.2 Principais resíduos gerados na troca de óleo lubrificante automotivo. Além do óleo lubrificante automotivo usado, durante as operações de troca, é comum a geração de outros resíduos contaminados, uma vez que todo material contaminado com óleo lubrificante automotivo, adquire classificação de resíduo perigoso. Principais resíduos que podem ser gerados durante a troca de óleo lubrificante automotivo: • Óleo lubrificado automotivo usado e contaminado; • Embalagens contaminadas; 9 • Filtros usados e contaminados; • Panos, estopas, trapos, areia, serragem e EPIs contaminados com óleo. O óleo lubrificante automotivo usado é resultante da deterioração parcial do produto acabado, que se reflete na formação de compostos, tais como, ácidos orgânicos, compostos aromáticos polinucleares (potencialmente carcinogênicos), resinas e lacas, além de outros contaminantes, que potencializam o risco em relação ao produto acabado. (Gestão de óleo lubrificante automotivo usado em oficinas automotivas) 3.2 Riscos à Saúde Os compostos químicos existentes nos óleos lubrificantes usados, principalmente os metais pesados, produzem efeitos diretos sobre a saúde humana e vários deles são cancerígenos. O contato e a exposição aos óleos lubrificantes provocam lesões na pele. Estas infecções se devem à natureza irritante destes produtos, assim como ao caráter agressivo de muitas substâncias que integram a formulação dos mesmos, uma vez expostos aos efeitos nocivos da exposição aos óleos lubrificantes as doenças causadas podem acarretarproblemas mais sérios se não houver tratamento adequado. 3.2.1 Riscos à saúde do colaborador Apesar da sua importância estratégica econômica, é importante não esquecer que os óleos lubrificantes usados ou contaminados são resíduos perigosos e têm que ser corretamente manuseados, armazenados e destinados para que a saúde dos trabalhadores diretamente ligados à sua manipulação, a saúde da população e o meio ambiente não sofram danos. Um óleo lubrificante novo é em si um produto com certo grau de perigo que aconselha uma manipulação cuidadosa porque, além de ser feito basicamente a partir do petróleo, geralmente contém diversos tipos de aditivos que em altas concentrações são tóxicos. O óleo lubrificante usado ou contaminado, além de carregar essa carga original de perigo, recebe um reforço extra em sua toxidade porque os seus componentes, ao sofrerem 10 degradação, geram compostos mais perigosos para a saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Além disso, o óleo lubrificante usado ou contaminado contém diversos elementos tóxicos (por exemplo cromo, cádmio, chumbo e arsênio), oriundos da formula original e absorvidos do próprio motor ou equipamento. (Guia Básico – Gerenciamento de Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados) Esses contaminantes são em sua maioria bioacumulativos (ficam no organismo) e causam diversos problemas graves a saúde, como mostrado no quadro abaixo: Contaminante Efeitos no Organismo Humano Chumbo Intoxicação aguda – dores abdominais; vômito; diarreia; oligúria; sensação de gosto metálico; colapso e coma. Intoxicação crônica – perda de apetite; perda de peso; apatia; irritabilidade; anemia. Danos nos sistemas nervoso, respiratório, digestivo, sanguíneo e aos ossos. Cancerígeno para rins e sistema linfático. Teratogênico (malformações nos fetos, ossos, rins e sistema cardiovascular). Acumula principalmente nos ossos. Cádmio Intoxicação aguda – diarreia; dor de cabeça; dores musculares; dores no peito e nas pernas; salivação; sensação de gosto metálico; dores abdominais; tosse com saliva sangrenta; fraqueza; danos no fígado e falha renal. Intoxicação crônica – perda de olfato; tosse; dispneia; perda de peso; irritabilidade; debilitação dos ossos; danos aos sistemas nervoso, respiratório, digestivo, sanguíneo e aos ossos. Cancerígeno para pulmões e traqueia. Acumula principalmente nos rins, ossos e fígado. Intoxicação aguda – violenta gastroenterite; queimação no esôfago; diarreia sanguinolenta; vômitos; queda da pressão sanguínea; suor sangrento; dispneia; edema pulmonar; delírio; convulsões e coma. 11 Arsênio Intoxicação crônica – dermatite; escurecimento da pele; edema; danos no sistema nervoso central, cardiovascular, respiratório, digestivo, sanguíneo e aos ossos; nefrite crônica; cirrose hepática; perda do olfato; tosse; dispneia; perda de peso; irritabilidade; debilitação dos ossos. Cancerígeno para pele, pulmões e fígado. Cromo O cromo hexavalente – Cr(VI) - é extremamente toxico diferentemente do cromo trivalente – Cr(III) – que é essencial na potencialização da insulina. O Cr(VI) é gerado em processos a partir do Cr(III). Intoxicação aguda – vertigem; sede intensa; dor abdominais; vômito; oligúria e anúria. Intoxicação crônica – dermatite; edema de pele; ulceração nasal; conjuntivite; náuseas; vomito; perda de apetite; rápido crescimento do fígado. Cancerígeno para pele; pulmões e fígado. Dioxinas São substancias organocloradas, persistentes na natureza, extremamente toxicas, carcinogênicas e teratogênicas. Essas substancias agressivas são geradas quando da queima do óleo lubrificante usado ou contaminado, que é ilegal. As várias dioxinas possuem, cada uma, diversos efeitos danosos à saúde humana. Apesar da variedade de sintomas, a título ilustrativo, é possível generalizar destacando que todas elas são cancerígenas para o sistema respiratório e causam vomito, dores e fraqueza muscular, falhas na pressão sanguínea, distúrbios cardíacos. Hidrocarbonetos Policíclicos (Polinucleares) Aromáticos Compostos caracterizados por possuírem dois ou mais anéis aromáticos (por exemplo benzeno) condensados. Têm longa persistência no ambiente. São cancerígenos. (Tabela retirada do Guia Básico - Gerenciamento de Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados) 12 4 CONCLUSÃO É interessante observar como em uma aparente manutenção rotineira de um veículo automotivo onde se troca apenas o óleo lubrificante que já não atende as expectativas, por um novo, são envolvidas muitas etapas de um processo minucioso, que vai desde a troca até o manuseio e tratamento do óleo lubrificante usado e contaminado e do armazenamento e destinação correta de todos os rejeitos produzidos no processo, que se não feito adequadamente pode vir a ter consequências graves para os que praticam o serviço, o restante da população e para o meio ambiente. Observou-se ainda como as oficinas na cidade de São Luis – Ma que executam esse tipo de atividade, fazem o manejo desses rejeitos que são nocivos à saúde dos colaboradores, notando que na maioria das vezes não são usados EPI’s, ou quando são usados estão em péssimo estado de conservação e ainda como essas oficinas executam o armazenamento desse óleo para ser entregue aos revendedores ou ter outra destinação que muitas vezes não atende as normas. Em suma pode se enxergar que esse campo ainda precisa de constante melhoras, que devem vir desde a fabricação do próprio óleo lubrificante, até seu manejo, entrega e refino, para ficar em condição de reuso. Deve-se procurar novas maneiras de se fazer o manejo desse material ou outros tipos de produto que exerçam o mesmo efeito do óleo lubrificante, mas que não afetem o ser humano e o meio ambiente da mesma forma. 13 REFERÊNCIAS Almeida, Issac e Ferreira Nilson. Gestão de óleo lubrificante automotivo usado. Pernambuco, 2008. FILHO, Vilson Trava Dutra. Gestão de resíduos sólidos em oficinas mecânicas gestão de resíduos sólidos em oficinas mecânicas. São Paulo: Artigos, 2008. Senai. Gestão de óleo lubrificante automotivo usado em oficinas automotivas. Rio de Janeiro, 2010. Gonçalves, Rodrigo Ansaloni de Oliveira. A Importância do Refino de Óleos Lubrificantes. São Paulo, 2010. Wikipédia. Óleos Lubrificantes. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Òleo_lubrificante>. Acesso em19/04/2014. Canal do You Tube: Supercentrifugas. Centrifugas para Tratamento de Óleos Minerais. Disponível em:<http://www.youtube.vom/watch?v=5lZWBJ6B97w>. Acesso em 19/04/2014. AUTONOR. Mecânica Online. Disponível em:http://<www.mecanicaonline.com.br/especiais/autonor_2005.htm>. Acesso em 01/05/2014. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução n. 362, de 23 de junho de 2005. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 jun. 2005. Seção 1. p.128-130. Disponível em: http:/</www.mma.gov.br>. Acesso em: 03/05/2014. Grupo de monitoramento Permanente. Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados - Diretrizes para o licenciamento ambiental. Disponível em: http://www.sindirrefino.org.br/upload/manuaisetreinamentos/00001499.pdf. Acesso em: 09/05/2014. http://www.youtube.vom/watch?v=5lZWBJ6B97w http://www.mma.gov.br/ http://www.sindirrefino.org.br/upload/manuaisetreinamentos/00001499.pdf
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