Buscar

APOSTILA PRIMEIROS SOCORROS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CLEIDIANE LOPES 
PRIMEIROS SOCORROS 
TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
Apostila 
 
1. PRIMEIROS 
SOCORROS O QUE É ... 
É toda intervenção imediata e provisória, feita por pessoas sem conhecimento médico, 
ainda no local do fato, às vítimas de acidente, mal súbito ou enfermidades agudas e 
imprevistas até a chegada de recursos especializados, ou remoção da vítima para um 
Serviço Especializado. 
IMPORTÂNCIA 
Acidentes acontecem e a todo o momento estamos expostos a inúmeras situações de 
risco que poderiam ser evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa a ter 
contato com o paciente soubesse proceder corretamente na aplicação dos primeiros 
socorros. Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a sobrevivência da vítima. 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
Baseia-se nos três ERRES: 
 
✓ RAPIDEZ NO ATENDIMENTO 
 
✓ RECONHECIMENTO DAS LESÕES 
 
✓ REPARAÇÃO DAS LESÕES 
Função do SOCORRISTA: 
• Contatar o serviço de atendimento emergencial. 
• Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: 
✓ Salvar uma vida 
✓ Prevenir danos maiores 
• Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento. 
• Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança. 
• Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 
• Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as 
do local do acidente, evitando assim causar o chamado "segundo trauma", isto é, 
não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. 
• Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial. 
• Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. 
RECOMENDAÇÕES 
✓ Procure sempre conhecer a história do acidente. 
✓ Peça ou mande pedir um resgate especializado enquanto você realiza os 
procedimentos básicos. 
✓ Sinalize e isole o local do acidente. 
✓ Durante o atendimento utilize, de preferência, luvas e calçados impermeáveis. 
AVALIAÇÃO DO LOCAL 
• A avaliação prévia da cena é fundamental e importante, pois uma vez que 
através dessa medida é possível dimensionar os riscos existentes na cena, 
evitando até que a própria pessoa que presta o socorro acabe se tornando uma 
vítima. 
RISCOS POTENCIAIS 
 
• SEGURANÇA: É necessário verificar se a cena é segura para ser abordada, e 
assim procure tornar o ambiente adequado para o atendimento prévio. 
• CINEMÁTICA: Verificar como se deu o acidente ou mal sofrido pela vítima. 
• BIO-PROTEÇÃO: Deve-se procurar maneiras de evitar possíveis infecções 
através do contato direto com o sangue das vítimas, usando luvas cirúrgicas se 
possível, em situações adversas não deve-se abortar os procedimentos por falta 
de instrumentos. 
 
 
2. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE 
• X: HEMORRAGIAS EXSANGUINANTES 
• A: VIAS AÉREAS 
• B: RESPIRAÇÃO 
• C: CIRCULAÇÃO 
• D: ESTADO NEUROLÓGICO 
• E: EXPOSIÇÃO 
 
 
A (tratamento da via aérea e estabilização da coluna cervical) 
• Verificar a permeabilidade da via aérea e prever a possibilidade de obstrução. 
• Realizar a abertura das vias aéreas através de manobras manuais (elevação do 
mento ou tração da mandíbula em pacientes traumatizados), remoção de sangue 
e corpos estranhos e uso de dispositivos, se necessário (cânulas oro ou 
nasofarígea, turbo orotraqueal). 
• Realizar estabilização da coluna cervical. 
ABERTURA DE VIA AÉREA 
 
 
B (RESPIRAÇÃO) 
Verificar se a vítima está respirando. Observar se o tórax se eleva (INSPIRAÇÃO) e 
retorna a sua posição (EXPIRAÇÃO). Observar qualidade e frequência. 
 
C (CIRCULAÇÃO E HEMORRAGIA) 
Avaliação da circulação através da palpação de pulso central ou periférico. Controle da 
hemorragia utilizando manobras de pressão direta ou torniquete. 
 
 
• CONTROLE HEMORRAGIA 
Compressão de área onde há sangramento. 
 
D (ESTADO NEUROLÓGICO) 
• Observar se o paciente esta alerta (acordado). 
 
3. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA – PCR 
• Paralização abrupta das funções cardíaca, respiratória e cerebral, e alguns 
sinais que possibilitam a sua identificação é a inconsciência, ausência de pulso 
e a ausência de movimentos ventilatórios (apneia) ou dificuldade respiratória. 
• Considerado uma PRIORIDADE a cima de qualquer uma outra, já que o tempo 
de atendimento é crucial para o seu resultado e tendo em vista que, após 2 
minutos, a pessoa que sofre uma parada cardiorrespiratória já começa a 
apresentar lesões cerebrais. 
• Em uma situação de parada cardiorrespiratória fora da Unidade de Saúde 
devemos utilizar o Suporte Básico de Vida através de seus passos chamados de 
“C-A-B-D primário.” 
• C: Checar se a vítima responde e se há respiração, Chamar por ajuda, 
Checar pulso, realizar Compressões (30 compressões); 
• A: Abertura de vias aéreas; 
• B: Boa ventilação (realizar 2 ventilações); 
• D: Desfibrilação. 
 
CONDUTA: 
1. Checar a responsividade (tocar os ombros e chamar o paciente em voz alta). 
2. Se não responsivo, verificar a respiração e o pulso simultaneamente. ATENÇÃO: 
Checar pulso central (carotídeo) em até 10 segundos. 
3. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana, rígida 
e seca. Se respiração ausente: 
• Pulso PRESENTE: abrir via aérea e aplicar uma insuflação a cada 5 a 6 
segundos e verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. 
• Pulso AUSENTE: iniciar ciclos de ressuscitação cardiopulmonar. 
INICIAR RCP PELAS COMPRESSÕES TORÁCICAS, MANTENDO CICLOS DE: 
• 30 compressões eficientes (na frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 
a 6 cm com completo retorno) 
• Duas insuflações eficientes (de 1 segundo cada e com visível elevação do tórax), 
inicialmente com bolsa valva-máscara com reservatório e oxigênio adicional. 
✓ 30:2 
 
Assim que o desfibrilador estiver disponível, posicionar as pás de adulto do desfibrilador 
no tórax desnudo e seco do paciente. 
 
COMPRESSÕES EFICIENTES 
• Mãos entrelaçadas; 
• Deprimir o tórax em no mínimo 5 cm e no máximo 6 cm e permitir o completo 
retorno entre as compressões; 
• Manter frequência de compressões de 100 a 120/min; 
• Alternar os profissionais que aplicam as compressões a cada 2 minutos; 
• Minimizar as interrupções das compressões 
 
 
 
 
INSUFLAÇÕES EFICIENTES E DE BOA QUALIDADE 
• Insuflação de 1 segundo cada 
• Visível elevação do tórax 
ATENÇÃO 
• Não interromper manobras de RCP para administrar drogas. 
• Manter os ciclos de RCP ininterruptamente até chegar apoio, chegar ao 
hospital, ou a vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou 
movimento). 
DECISÃO DE NÃO RESSUSCITAÇÃO 
• Sinais de morte evidente: rigidez cadavérica, livor de hipóstase, decapitação, 
carbonização, segmentação do tronco. 
• Risco evidente de injúria ou de perigo para a equipe (cena insegura). 
• Presença de diretiva antecipada de não reanimação. 
 
 
4. FRATURAS 
Fratura é a quebra de um osso. Pode ser completa (quando separa partes ósseas) ou 
incompleta (fissura). 
 
 
 
Classificação de fraturas: 
• FECHADAS: quando não há solução de continuidade entre a pele e o osso fraturado 
• ABERTAS: quando existe um ferimento no local da fratura, porém o osso não se expõe 
• EXPOSTAS: quando existe uma abertura na pele, por onde se expõe parte do 
osso fraturado 
Os cuidados de emergência das fraturas passam pela imobilização provisória, 
que deve ser o mais correta possível já que: 
✓ Numa fratura não imobilizada as perdas hemorrágicas são mais acentuadas e 
há maior probabilidade de ocorrer lesão vascular e de tecidos adjacentes; 
✓ A dor desencadeada pelo contato dos topos ósseos é extremamente severa. 
Fundamental: 
• Uma fratura ou suspeita de fratura deve ser sempre imobilizada 
independentemente da distância à unidade hospitalar; 
• Controlar a hemorragia por compressão manual direta desde que o local da 
hemorragia não corresponda ao local do foco de fratura. Nesta situação utilizar 
o garrote; 
• Nas fraturas dos ossos longos deve-se imobilizar sempre a articulaçãoacima e 
abaixo da fratura, assim como nas fraturas das regiões articulares os ossos 
longos acima e abaixo desta devem ficar imobilizados. Não tentar corrigir as 
deformações mas sim imobilizar e transportar; 
• A sequência de imobilização de uma fratura passa pela Tração prévia da mesma 
segundo o eixo em que se encontra o membro, seguida de Alinhamento e 
finalmente Imobilização; 
• A imobilização deve ser feita com talas de madeira almofadadas, tendo o cuidado 
de aliviar sempre ao estado circulatório do membro. 
• Após a imobilização vigiar a função circulatória e sensitiva do membro 
imobilizado, avaliando a cor, a temperatura, o pulso distal à fratura e a 
sensibilidade das extremidades no membro afetado. 
• Na presença de fraturas expostas a lavagem e desinfeção abundantes com soro 
fisiológico são fundamentais para minimizar o risco de infeção. Lavar as fraturas 
expostas abundantemente com SF antes de qualquer manobra de alinhamento 
do membro. No caso de fraturas com exposição óssea, com grande 
conspurcação dos tecidos, evitar a reentrada do osso durante as manobras de 
realinhamento do membro; 
Fratura exposta 
• Todas as lesões grosseiramente contaminadas precisam ser irrigadas com soro, 
cobertas com gazes ou compressas úmidas e envolvidas por uma tala. Após 
isso, deve-se obter imagens e solicitar a avaliação do traumatologista. 
 
 
 
 
 
5. CONTROLE DE HEMORRAGIAS 
As hemorragias ou sangramento significam a mesma coisa, ou seja, sangue que 
escapa de vasos sanguíneos. A hemorragia poderá ser interna ou externa. 
❑ HEMORRAGIA INTERNA: Geralmente não é visível, porém e bastante grave, 
pois pode provocar choque e levar a vítima a morte. 
❑ HEMORRAGIA EXTERNA: Geralmente visível, ocorre devido a ferimentos 
abertos. Pode ser dos tipos arterial, venosa ou capilar. 
TIPOS DE HEMORRAGIAS EXTERNAS 
• Hemorragia arterial: Faz jorrar sangue pulsátil de coloração vermelho vivo. 
• Hemorragia venosa: O sangue sai lento e contínuo na cor vermelho escuro. 
• Hemorragia capilar: O sangue sai lentamente por vasos menores. A cor é 
menos viva que na hemorragia arterial. 
 
 
COMO ESTANCAR UM SAGRAMENTO ... 
• Compressão direta: É feita uma pressão direta sobre a ferida, usando um pano 
limpo ou curativo. Mantenha até que ocorra a coagulação. A interrupção precoce 
dessa manobra pode remover o coágulo recém-formado, reiniciando o 
sangramento. 
 
 
 
ATENÇÃO! 
• Torniquete: Aplicar torniquete somente quando existir amputação traumática 
do braço ou da perna: 
✓ Com sangramento abundante e que não tenha respondido às técnicas anteriores; 
✓ Se os centros médicos estiverem a mais de 30 minutos de distância. 
 
 
 
6. EPISTAXE 
• Definido como um sangramento de origem na mucosa nasal e decorrente de 
uma falta de hemostasia normal do nariz. 
Nos casos de sangramento do nariz: 
• Sentar a vítima com a cabeça para frente para evitar que a mesma engula 
sangue, evitando náuseas e vômitos. 
• Pressionar as narinas com o seu dedo indicador e o polegar em forma de pinça 
durante 10 minutos. 
• Orientar a vítima para respirar pela boca. 
• Após cessar o sangramento, orientar a vítima para não assoar o nariz, evitar 
esforços e também evitar exposição ao calor. 
Nos casos de sangramentos da boca: 
• Utilizar técnica de compressão direta para sangramentos nos lábios. 
• Caso o sangramento seja nos dentes, o socorrista deverá visualizar o local do 
sangramento, preparar uma gaze, um chumaço de algodão ou pano limpo para 
colocar no local exato do sangramento e pedir à vítima para morder durante 10 
minutos. 
 
 
7. QUEIMADURAS 
“Lesão resultante da ação do calor direto ou indireto (radiante) sobre o corpo. Pode 
ser provocada por um agente aquecido, agentes químicos (lesões cáusticas 
semelhantes à lesão térmica) ou descarga elétrica. 
Podem ser ... 
• Térmicas: causadas por gases, líquidos ou sólidos quentes, revelam-se as 
queimaduras mais comuns. 
• Químicas: causadas por ácidos ou álcalis, podem ser graves; necessitam de um 
correto atendimento pré-hospitalar, pois o manejo inadequado pode agravar as 
lesões. 
• Por eletricidade: geralmente as lesões internas, no trajeto da corrente elétrica 
através do organismo, são extensas, enquanto as lesões das áreas de entrada 
e saída da corrente elétrica na superfície cutânea, pequenas. 
• Por radiação: causadas por raios ultravioleta (UV), por raios-X ou por radiações 
ionizantes. As lesões por raios UV são as bem-conhecidas queimaduras solares, 
geralmente superficiais e de pouca gravidade. As queimaduras por radiações 
ionizantes, como os raios gama, são lesões raras 
Classificação 
• PRIMEIRO GRAU (ESPESSURA SUPERFICIAL) – Afeta somente epiderme, 
sem formar bolhas. Vermelhidão, dor, edema, descamam 4-6 dias. 
• SEGUNDO GRAU (ESPESSURA PARCIAL- SUPERFICIAL E PROFUNDA) - 
Afeta epiderme e derme, com bolhas ou flictenas. Base da bolha rósea, úmida, 
dolorosa (superf.). Base da bolha branca, seca, indolor (profunda). Restauração 
das lesões entre 7 e 21 dias. 
• TERCEIRO GRAU (ESPESSURA TOTAL) - Indolor. Placa esbranquiçada ou 
enegrecida. Não reepitelizam, necessitam de enxertia de pele. 
 
 
Regra dos 9 – extensão das queimaduras 
 
Atendimento 
1) Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas; 
2) Remover a vítima do ambiente hostil; 
3) Remover roupas que não estejam aderidas a seu corpo; 
4) Promover o resfriamento da lesão e de fragmentos de roupas ou substâncias, como 
asfalto, aderidos ao corpo do queimado. Após interromper o processo de queimadura, 
proceder ao atendimento segundo o A-B-C-D-E. 
Importante! 
8. Nas queimaduras de pequena extensão, podem ser utilizados curativos úmidos, frios, 
com soro fisiológico, para alívio da dor. O uso do soro fisiológico é recomendado para 
evitar a contaminação da ferida; na sua ausência, usar água limpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. CONVULSÃO 
Uma convulsão ocorre quando há uma atividade elétrica anormal do cérebro. Essa 
atividade anormal pode passar despercebida ou, em casos mais graves, pode produzir 
uma alteração ou perda de consciência acompanhada de espasmos musculares 
involuntários - que é definido como crise convulsiva ou convulsão. 
 
 
 
Sintomas 
• Salivação excessiva e perda dos sentidos; 
• Relaxamento dos esfíncteres; 
• Queda inconsciente ao solo; 
• Respiração ruidosa. 
 
9. ASFIXIA 
Dificuldade ou impossibilidade de respirar, que pode levar à anóxia; pode ser causada 
por estrangulamento, afogamento, inalação de gases tóxicos, obstruções mecânicas ou 
infecciosas das vias aéreas superiores etc. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Conforme a gravidade da asfixia, podem ir desde um estado de agitação, lividez, 
dilatação das pupilas (olhos), respiração ruidosa e tosse, a um estado de inconsciência 
com paragem respiratória e cianose da face e extremidades (tonalidade azulada). 
A situação é grave e deve-se intervir rapidamente! 
 
 
 
 
 
10. FERIMENTOS 
• Qualquer rompimento anormal da pele ou superfície do corpo é chamado de 
ferimento. A maioria dessas lesões compromete os tecidos moles, a pele e os 
músculos. 
• Todo ferimento que ocorre logo causam dor, produzem sangramentos e podem 
causar infecções. 
• As roupas sobre um ferimento deverão ser sempre removidas para que o 
profissional de urgência possa melhor visualizar a área lesada. 
• Remova –as com um mínimo de movimento. È melhor cortá-las do que tentar 
retirá-las inteiras, porque a mobilização poderá ser muito dolorosa e causar lesão 
e contaminação dos tecidos. 
• O profissional que está atendendo não deverá tocar no ferimento se for 
provocada por um objeto sujo, deverá ser limpa com uso do soro fisiológico. 
Diminua a probabilidade de contaminação de uma ferida. 
• Todos os ferimentos devem ser cobertos por uma compressa, preparada com 
um pedaço de pano limpo ou gaze esterilizada. 
• Esta compressa deve ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com 
uma atadura.• Deixe sempre as extremidades descobertas para observar a circulação e evite o 
uso de bandagens muito apertadas que dificultam a circulação sanguínea, ou 
ainda, as muitos frouxas, pois soltam. 
• Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços de 
vidro ou ferragens) que estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoção 
do corpo estranho (objeto cravado) podem causar hemorragia grave ou lesar 
ainda mais nervos e músculos próximos a ele. 
FERIDA ABERTA 
• No tórax e, for possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício, o 
profissional deverá imediatamente providenciar seu tamponamento, para tal, 
deverá usar simplesmente a mão sobre a ferida ou fazer um curativo oclusivo 
com material plástico ou papel alumínio. 
• Após fechar o ferimento no tórax, conduza a vítima com urgência para o hospital. 
 
• Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver saída de órgãos ( 
evisceração abdominal), cobrir as vísceras com um curativo úmido e não tentar 
recolocá-las para dentro do abdome. 
• Fixe o curativo com esparadrapo ou com uma atadura não muito apertada. 
• Em seguida, transporte a vítima para um hospital. Não dê alimentos ou líquidos 
para o vitimado. 
 
• Não tentar recolocar as vísceras no interior do abdome 
• Cobrir as vísceras expostas 
• Usar plástico estéril ou compressas cirúrgicas umedecidas em soro fisiológico 
• Não introduzir compressas de gazes nas vísceras 
• Estar atento aos sinais e sintomas de choque hipovolêmico 
 
 
AMPUTAÇÃO 
• Em alguns casos, partes do corpo da vítima poderão ser parcialmente ou 
completamente amputadas. 
• Às vezes, é possível, por meio de técnicas microcirúrgicas, o reimplante de 
partes amputadas. Quando mais cedo a vítima, junto com sua parte amputada, 
chegar ao hospital melhor. 
• É considerada uma lesão de risco à vida pela presença de hemorragia e a hipovolemia. 
• Na amputação traumática ocorre a perda da extremidade, levando a 
sangramentos abundantes, onde a realização do torniquete pode beneficiar o 
paciente até o parecer e intervenção precoce do cirurgião 
Cuidados de enfermagem com o segmento amputado 
• A lavagem do segmento com solução isotônica (solução de ringer lactato ou soro 
fisiológico 0,9%) exaustivamente; 
• Envolvê-lo em gaze ou compressa estéril e transportar/manter em caixa de 
isopor contendo gelo.(Não deixe a parte amputada entrar em contato com o gelo. 
) 
ESMAGAMENTO 
• Se a vítima ficar presa por qualquer período de tempo, duas complicações muito 
sérias poderão ocorrer. Primeiro, a compressão prolongada poderá causar 
grandes danos nos tecidos (especialmente nos músculos). 
• Logo que essa pressão deixa de ser exercida, a vítima poderá desenvolver um 
estado de choque, à medida que o fluido dos tecidos vá penetrando na área 
lesada. 
• Em segundo lugar, as substâncias tóxicas que se acumularam nos músculos são 
liberadas e entram na circulação, podendo causar um colapso nos rins ( podendo 
ser fatal). 
INCISÃO 
• Trata-se de lesão provocada por objeto cortante, por exemplo, faca ou vidro. De 
acordo com a sua profundidade poderá ocorrer intenso sangramento. 
LACERAÇÃO 
• O ferimento é irregular, dilacera a pele e outros tecidos moles. Ocorre por ação 
de força externa exercida sobre o corpo. A destruição tecidual pode ser 
acentuada, favorecendo a necrose e contaminação. 
LESÃO PUNTIFORME 
• Decorre da penetração de objeto pontiagudo na pele, como, por exemplo, prego 
ou projétil de fogo. O sangramento externo, geralmente, é pequeno, porém o dano 
interno pode ser grave. Quando profundo, o risco de tétano é maior. 
TRATAMENTO 
• Evite puxar a vítima tentando liberá-la. Solicite socorro especializado para 
proceder o resgate. 
• Controle sangramento externo; 
• Imobilize qualquer suspeita de fratura; 
• Trate o estado de choque e promova suporte emocional à vitima; 
• Conduza a vítima com urgência para o hospital. 
CUIDADOS GERAIS 
• Lavar a ferida para retirada de corpo estranho 
• Recobrir a área com gaze estéril 
• Aproximar e fixar as bordas com curativo compressivo 
• Controlar a hemorragia por compressão 
• Proteger os orifícios de entrada e saída em Ferimentos por Arma de Fogo – FAF 
• Lembrar do choque hemorrágico e deslocar-se com rapidez para o atendimento 
adequado. 
11. TRANSPORTE DA VITIMA 
Ao tentar levantar a vítima, procure manter as costas retas, abaixando e 
dobrando os joelhos e mantendo o peso junto ao seu corpo. 
Se a vítima estiver consciente, use a técnica da “muleta humana”. Você fica 
ao lado lesado ou mais fraco da vítima e passa o braço da vítima em volta do seu 
pescoço. Seu outro braço passa ao redor da cintura da vítima, segurando no cinto 
ou cós da roupa. Dê passos pequenos e inicie a marcha com o pé do lado de dentro. 
Se for necessário o “arrasto” da vítima, coloque os braços dela sobre o peito. 
Agache- se atrás dela e segure-a pelas axilas. Agora puxe segurando os pulsos com 
firmeza. O transporte em “berço” consiste em agachar atrás da vítima, passando 
um de seus braços em volta do tronco, acima da cintura, e o outro por baixo das 
coxas. 
Quando a vítima é socorrida por duas pessoas, a técnica da “cadeirinha” é 
simples. Os dois agacham-se um de frente para o outro, um de cada lado da vítima, 
cruzando os braços atrás das costas e segurando na cintura. Debaixo das coxas da 
vítima, eles seguram firmemente as mãos. 
A técnica do transporte “longitudinal” consiste em um dos socorristas agachar 
atrás da vítima, passar seus braços por baixo das axilas e pegar firme pelo pulso. O 
auxiliar agacha- se ao lado da vítima e passa seus braços por baixo das coxas, 
segurando as pernas. Ambos levantam vagarosamente e procuram caminhar ao 
mesmo tempo. 
É muito importante saber que as técnicas do “berço”, “arrasto” e “longitudinal” 
são as melhores para vítimas inconscientes. Para pacientes conscientes e falando, 
a “muleta humana” com um ou dois socorristas é a melhor. Para pacientes 
conscientes e que não falam, o “arrasto”, a técnica da “cadeirinha” e “longitudinal” 
são as mais indicadas. 
A técnica do “berço” é ideal para crianças. A técnica do “arrasto” pode agravar 
lesões na cabeça e no pescoço. 
REFERÊNCIAS 
 
 
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o 
SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2a 
edição, 2016. 
• PROTOCOLO DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE (SUS). Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_acolhimento_classificaca o_risco.pdf> 
. Acesso em 10 Dez 2018. 
• PORTARIA nº 354, DE 10 DE MARÇO DE 2014. Disponível em: 
<http://bvsms.Saude.Gov.Br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.Htm l>. Acesso 
em 10 dez 2018. 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_acolhimento_classificaca
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0354_10_03_2014.Htm

Continue navegando

Outros materiais