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Primeiros socorros 
DEFINIÇÃO .................................................................. 2 
HISTÓRIA .................................................................... 2 
Cruz vermelha ........................................................ 2 
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES ................................. 3 
Avaliação do local do acidente ............................. 3 
Avaliação da vitima ................................................ 3 
Posição lateral de segurança (PSL) .................... 3 
FUNÇÕES VITAIS ....................................................... 4 
TEMPERATURA CORPORAL ................................. 4 
Temperatura alta e baixa ...................................... 4 
Verificação da temperatura ................................... 4 
RESPIRAÇÃO ............................................................ 5 
Valores normais ...................................................... 5 
Tipos de respiração ............................................... 5 
PULSO ......................................................................... 5 
PRESSÃO ARTERIAL ............................................... 6 
Medição da pressão arterial ................................. 6 
ASFIXIA ....................................................................... 7 
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS ................... 7 
MANOBRA DE HEIMLICH ........................................ 7 
RESSUCITAÇÃO CARDÍO-RESPIRATÓRIA (RCR) ....... 8 
CAUSAS ...................................................................... 8 
Identificação de PCR ............................................. 8 
PRIMEIROS SOCORROS ........................................ 8 
Massagem cardíaca ............................................... 9 
Suporte básico de vida (SBV) .............................. 9 
Suporte respiratório ............................................. 10 
Corrente de sobrevivência .................................. 10 
ESTADO DE CHOQUE .............................................. 11 
TIPOS DE CHOQUE ................................................ 11 
Choque hipovolêmico .......................................... 11 
Choque cardiogênico ........................................... 11 
Choque septicêmico ............................................ 11 
Choque anafilático ............................................... 11 
Choque neurogênico ........................................... 11 
RECONHECIMENTO .............................................. 11 
Sintomas ................................................................ 11 
Prevenção ............................................................. 11 
HEMORRAGIAS ......................................................... 12 
TIPOS DE HEMORRAGIAS ................................... 12 
Hemorragias arteriais .......................................... 12 
Hemorragias venosas .......................................... 12 
Hemorragias externa ........................................... 12 
Hemorragias interna ............................................ 12 
Consequência das hemorragias ........................ 12 
PRIMEIROS SOCORROS ....................................... 12 
Torniquete .............................................................. 12 
QUEIMADURAS ........................................................ 13 
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS .............. 13 
Queimadura de 1º grau ........................................ 13 
Queimadura de 2º grau ........................................ 13 
Queimadura de 3º grau ........................................ 13 
EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS ........................ 13 
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS .................. 14 
Queimaduras térmicas ......................................... 14 
Queimadura química ............................................ 14 
Queimadura elétrica ............................................. 14 
Queimadura por radiação .................................... 14 
Queimadura biológico .......................................... 14 
LESÕES ORTOPÉDICAS ......................................... 15 
ENTORSES ............................................................... 15 
Primeiros socorros ................................................ 15 
DISTENSÕES ............................................................ 15 
Primeiros socorros ................................................ 15 
LUXAÇÃO .................................................................. 15 
Primeiros socorros ................................................ 15 
CONTUSÕES ............................................................ 16 
Primeiros socorros ................................................ 16 
FRATURAS ................................................................ 17 
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS ...................... 17 
Primeiros socorros ................................................ 17 
ESTADO DE CONSCIÊNCIA ................................... 18 
DESMAIO ................................................................... 18 
Primeiros socorros ................................................ 18 
CONCEITOS TÉCNICOS EM PS ............................. 19 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ................................. 19 
Urgência ................................................................. 19 
Emergência ............................................................ 19 
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E IMPERICIA .... 19 
CONTATOS TELEFÔNICOS .................................. 19 
COMPROMISSOS DOS SOCORRISTAS ............. 19 
CONTROLE DOS 3 C,S ........................................... 19 
Competência .......................................................... 19 
Confiança ............................................................... 19 
Compaixão ............................................................. 19 
PASSOS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS .. 19 
Observações .......................................................... 19 
Proteção ................................................................. 19 
Sinalização ............................................................. 19 
Localização ............................................................ 19 
2 
 
DEFINIÇÃO 
 São uma série de procedimentos simples, com 
intuito de manter a vida em situações de emergência, 
consiste em ações imediatas a fim de manter as 
funções vitais. Feitas por pessoas comuns com esse 
conhecimento, até a chegada de atendimento médico 
especializado. Independentemente do local de 
atuação, todos precisam ter conhecimentos de 
primeiros socorros. 
 
HISTÓRIA 
Jean Henry Dunant, em 1859, com apoio de 
Napoleão III instruiu pessoas comuns para ajudar os 
feridos de guerra.Das ações desenvolvidas por 
Dunant, surgiu a cruz vermelha em 1863. 
 
Figura 1: Jean Henry Dunant (1828-1910)Filantropo suíço, co-
fundador da cruz vermelha. Ao presenciar o sofrimento na frente 
de combate na Batalha de solferino em 1859, organizou um 
serviço de primeiros socorros 
 
 
Figura 2: Carlos Luís Napoleão Bonaparte (1808-1873) 
Primeiro presidente francês e também um imperador, 
responsável por um considerável desenvolvimento 
indústria e econômico. 
 
 Desde a sua criação até os nossos dias, as 
técnicas de primeiros socorros são tidas como de 
fundamental importância para a vida humana. Nota-
se, estatisticamente, que muitas pessoas feridas ou 
acidentadas acabam vindas a óbito antes de chegar a 
uma unidade de saúde, devido à falta de um 
atendimento adequado nos primeiros socorros, 
atendimento esse que poderia ser realizado por 
qualquer tipo de pessoa devidamente e previamente 
instruída. 
 
 
 
 
Cruz vermelha 
A cruz vermelha é uma entidade internacional com 
sede em vários países. No Brasil foi fundada em 1908 
pelo Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, seu primeiro 
presidente foi Oswaldo Cruz. A Cruz Vermelha atua 
em beneficio das pessoas acometidas por desastres 
e na capacitação em primeiros socorros e saúde 
comunitária.Sempre expandindo seus serviços com 
o objetivo de prevenir e aliviar o sofrimento. 
 
Figura 3: equipe da Cruz vermelha esperando refugiados 
líbios desembarcarem na ilha de Creta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
PRIMEIRAS OBSERVAÇÕES 
Avaliação do local do acidente 
Etapa básica na prestação de primeiro socorros. 
Deve-se assumir o controle da situação e proceder a 
uma rápida e segura avaliação do ocorrido. É 
importante também: 
 Evitar o pânico e procurar a colaboração de outras 
pessoas. 
 Manter afastados os curiosos, evitando confusão 
e ter mais espaço. 
É importante observar se existem perigos para o 
acidentado e para quem estiver prestando socorro, 
como exemplo fios elétricos soltos e desencapados, 
tráfego de veículos, andaimes e vazamento de gás. 
Avaliar o acidentado na posição em que se encontra 
só mobilizá-lo com segurança. 
 
Avaliação da vitima 
É a segunda etapa básica na preparação dos 
primeiros socorros. Devendo ser realizada 
simultaneamente ou imediatamente a avaliação do 
acidente e proteção do acidentado, devem ser 
observadas as seguintes prioridades: 
 Estado de consciência: avaliação de 
respostas lógicas como nome e idade. 
 Respiração: movimentos torácicos e 
abdominais com entrada e saída de ar 
pelas narinas ou boca. 
 Hemorragias: avaliar a quantidade, o 
volume e a qualidade do sangue se é 
arterial ou venoso. 
 Pupilas: verificar estado de dilatação e 
simetria. 
Em seguida proceder a um exame rápido das 
diversas partes do corpo. Se o acidentado está 
consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo 
e incapacidade funcionais de mobilização. O 
acidentado inconsciente é uma preocupação, pois 
temos poucas informações sobre seu estado e 
podem surgir, complicações devido à 
inconsciência. O primeiro cuidado é manter as vias 
respiratórias superiores desimpedidas fazendo a 
extensão da cabeça, ou mantê-la em posição 
lateral para evitar asfixia de vômito. A observação 
das seguintes alterações são prioridades acima de 
qualquer outra iniciativa: 
 Falta de respiração. 
 Falta de circulação (pulso ausente). 
 Hemorragia abundante. 
 Perda dos sentidos. 
 Envenenamento. 
 
Figura 4: (a) avaliação da cena; (b) avaliando o estado de 
consciência da vítima; (c) pedindo ajuda para as outras 
pessoas; (d) desobstruindo as vias aéreas; (e) verificando 
se a vítima está respirando. 
 
Posição lateral de segurança (PSL) 
Permite manter a permeabilidade da via aérea em 
qualquer vítima inconsciente que respira 
normalmente. Prevenindo que a língua bloqueie a via 
aérea. Evita que possível vômito ou saliva seja 
aspirada para os pulmões. É importante nunca aplicar 
esta técnica em vítimas com suspeita de leões graves 
na coluna vertebral. 
 
 
Figura 5: (a) ajoelhe-se a direita da vitima, coloque o braço 
mais próximo da vítima em angula reto e vire o antebraço 
num ângulo de 90° , com a palma da mão voltada para 
cima; (b)traga o braço mais afastado da vítima por cima do 
torax de modo que as costas da mão dela fiquem junta a 
face. (c) coma outra mão, levante a perna mas afastada da 
vítima, logo acima do joelho e mantenha a mão apoiada na 
face, puxe a perna mais afastada e role a vítima para seu 
lado; (d) ajuste a vítima de modo que a anca e o joelho 
façam ângulos retos. Ajuste a inclinação da cabeça de 
modo que as vias aéreas permaneça permeável. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
FUNÇÕES VITAIS 
É importante ter conhecimento dos sinais que o 
corpo emite e servem como informações para a 
determinação do seu estado físico. Sinais vitais são 
aqueles que indicam a existência de vida, são reflexos 
que permitem concluir sobre o estado geral de uma 
pessoa. As alterações da função corporal refletem na 
temperatura, na pulsação, na respiração e BA 
pressão arterial, podendo indicar enfermidade. 
Os sinais do corpo que devem ser conhecidos são: 
 Temperatura. 
 Respiração. 
 Pulso. 
 Pressão arterial. 
 
TEMPERATURA CORPORAL 
Resulta do equilíbrio térmico mantido pelo 
organismo. Ela é um importante indicador da 
atividade metabólica. O nosso corpo mantém uma 
temperatura normal que varia de 35,9 a 37ºC a 
avaliação da temperatura é uma das maneiras de 
identificar o estado de uma pessoa, em alguma 
emergência a temperatura muda muito. 
Variação da temperatura do corpo 
Estado térmico Temperatura (ºC) 
Subnormal 34-36 
Normal 36-37 
Estado febril 37-38 
Febre 38-39 
Febre alta 39-40 
Febre muito alta 40-41 
Tabela 1: Mostra os estados térmicos do corpo humano e 
sua temperatura. 
 
Temperatura alta e baixa 
O termo regulação térmica é o mecanismo que 
mantém o organismo na temperatura operacional 
ótima.a febre e a hipertemia é quando a temperatura 
do corpo está alta. A maioria das febres é causada por 
infecções e a hipertemia ocorre quando o corpo 
produz ou absorve muito calor. O sintoma da 
hipertensão é dor de cabeça, confusão e fadiga. O 
tratamento da hipertemia envolve resfriar o corpo, 
isso pode ser feito retirando a vítima do sol, bebendo 
água, ou sentar em frente ao ventilador. 
Na temperatura corporal baixa ou hipotermia a 
temperatura baixa para menos do que é necessário 
para o metabolismo e funções corporais normais. 
Essa baixa é geralmente decorrente da exposição ao 
ar frio ou água gelada. Os sintomas aparecem quando 
a temperatura baixa de 1° a 2°C. 
 
 
Verificação da temperatura 
Medir a temperatura do corpo nos fornece varias 
informações a respeito da saúde de uma pessoa. A 
mensuração da temperatura corporal, pode ser feita: 
axilar, oral, retal, timpânico e etc. mas para o 
socorrista a oral e a axilar são fundamentais. 
Oral ou bocal: a temperatura média é de 36,2 a 
37ºC o termômetro deve ficar três minutos, sob a 
língua. 
Axilar: temperatura média de 36 a 36,8ºC o 
termômetro deve ser mantido sob axila seca, por 3 a 
5 minutos. 
 
Figura 6: (a) verificação da temperatura corporal oral, 
agite o termômetro antes de colocá-lo na boca; coloque o 
termômetro sob a língua, feche a boca e respire pelo nariz. 
(b) desnute o braço deixe a axila exposta, agite o 
termômetro e coloque na axila, mantenha o termômetro 
por três minutos e remova o termômetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESPIRAÇÃO 
 É uma das funções essenciais a vida. Seu 
funcionamento processa-se de maneira involuntária e 
automática. A observação do estado da respiração de 
um acidentado é básica no atendimento de primeiro 
socorros. A freqüência da respiração é contada pela 
quantidade de vezes que uma pessoa realiza os 
movimentos combinados de inspiração e expiração 
em um minuto. A contagem pode ser feita 
observando a elevação do tórax se o acidentado for 
mulher ou do abdome se for homem ou criança. 
 
Valores normais 
Homem 16 a 18 mpm (movimentos por minutos) 
Mulher 18 a 20 mpm 
Criança 20 a 25 mpm 
Lactentes 30 a 40 mpm 
 
Tipos de respiração 
 Eupneia: Respiração que se processa por 
movimentos regulares, sem dificultada na 
frequência. 
 Apneia: É a ausência dos movimentos 
respiratórios. Equivale a parada 
respiratória. 
 Dispneia: Dificuldade na execução dos 
movimentos respiratório. 
 Bradipneia: Diminuição na frequência 
média dos movimentos respiratórios. 
 Taquipneia: Aceleração dos movimentos 
respiratórios. 
 Ortopneia: O acidentado só respira 
sentado. 
 Hiperpneia ou hiperventilação: É quando 
ocorre o aumento da frequência dos 
movimentos respiratórios. 
 
Procedimentos: 
 Deitar o paciente ou sentar confortavelmente. 
 Observar os movimentos de abaixamento e 
elevação do tórax. Os 2 movimentos 
(inspiração e expiração) somam um movimento 
respiratório. 
Colocar a mão no pulso do paciente a fim de 
disfarçar a observação. 
 Contar durante 1 minuto. 
 Lavar a mão. 
 
 Observação: não permitir que o paciente fale, 
não contar a respiração logo após esforços do 
paciente. 
 
 
 
 
 
PULSO 
É a onda de distensão de uma artéria transmitidapela pressão que o coração exerce sobre o sangue. 
Esta onda é perceptível pela palpação de uma artéria 
e se repete com regularidade. O pulso pode ser 
apresentado variando de acordo com sua frequência, 
regularidade, tensão e volume. 
Regularidade: Pulso rítmico: normal 
 Pulso arrítmico: anormal 
Tensão: Frequência: existe uma variação média de 
acordo com a idade como pode ser visto abaixo. 
Volume: Pulso cheio: normal 
 Pulso filiforme: anormal 
Pulso normal Faixa etária 
60-70 bpm Homens adultos 
70-80 bpm Mulheres adultas 
80-90 bpm Crianças acima de 7 anos 
80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos 
110-130 bpm Crianças abaixo de um ano 
130-160 bpm Recém-nascidos 
Tabela 2: mostra as principais pulsações, e a idade dos 
indivíduos correspondente. 
Alterações nas frequências do pulso denunciam 
alterações na quantidade de fluxo sanguíneo. Pode 
se sentir o pulso com facilidade: 
 Procurar acomodar o braço do acidentado 
em posição relaxada. 
 Usar o dedo indicador, médio e anular 
sobre a artéria escolhida para sentir o 
pulso, fazendo uma leve pressão sobre 
qualquer um dos pontos onde se verifica 
mais facilmente o pulso de uma pessoa. 
 Não usar o polegar,para não correr o 
riscodesentiropróprio pulso. 
Contar no relógio as pulsações num período de 60 
segundos. O pulsoradialpodesersentido na parteda 
frentedopunho. Usar as pontas de 2 a 3 dedos 
levemente sobre o pulso da pessoa do lado 
correspondente ao polegar. O pulso carotídeo é o 
sentido na artéria carótida que se localiza de cada 
lado do pescoço. Posicionam-se os dedos sem 
pressionar muito para comprimir a artéria e 
impedira percepção do pulso. 
 
Figura 7: (a) medição da pulsação radial (b) medição da 
pulsação carótida; (c) principais artérias do corpo 
humano. 
6 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
É a pressão do sangue, dependente da força de 
contração do coração, do grau de dispensabilidade do 
sistema arterial, da quantidade de sangue e sua 
viscosidade.No adulto normal a pressão arterial varia 
da seguinte forma: 
 Pressão arterial máxima ou sistólica de 100 a 140 
mmHg. 
 Pressão arterial mínima ou diastólica, de 60 a 90 
mmHg. 
A pressão varia com a idade: uma pessoa com a 
idade entre 17 a 40 anos apresenta a pressão de 
140x90, entre 41 a 60 anos apresenta pressão, de 
150x90 mmHg. 
A pressão arterial alta sofre de hipertensão e 
apresenta, pressão arterial mínima acima de 
95mmHg e pressão arterial máxima acima de 
160mmHg. Uma pessoa com hipertensão deverá ser 
mantida com a cabeça elevada, reduzir a ingestão de 
líquidos e sal e ficar sob observação até a chegada 
do médico. A pressão baixa (hipotensão) é aquela 
em que a pressão máxima chega a baixar até a 
80mmHg.O hipotenso deve ser promovidoà ingestão 
de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e chamar 
ummédico. 
 
Medição da pressão arterial 
Posição da pessoa: sentada, ou deitada. 
Material: esfigmomanômetroe estetoscópio. 
Técnica 
 Tranquilizar a pessoa. 
 Braço apoiado ao mesmo nível do coração. 
 Colocar o manguito ao redor do braço, 2 dedos 
da dobra do cotovelo. 
 Prender o manguito. 
 Fechar a saída de ar e insuflar até que o ponteiro 
atinja a marca de 200mmHg. 
 Posicionar o estetoscópio na artéria umeral, 
abaixo do manguito e ouvir se tem batimentos. 
 Abrir a saída de atentamente e ouvir os 
batimentos regulares. 
 Anotar a pressão indicada pelo ponteiro que 
será a pressão arterial máxima. 
 A pressão do manguito vai baixando e o som 
dos batimentos muda de nítido desaparecendo. 
Neste ponto deve-se anotar a pressão arterial 
mínima. 
 
Figura 8: (a) Mostra como deve ficar o braço do paciente 
no mesmo nível do coração; (b) o manguito é posicionado 
a 2 dedos do cotovelo e o estetoscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ASFIXIA 
Pode ser definida como sendo uma parada 
respiratória, com o coração ainda funcionando. É 
causado por certos tipos de traumatismo como os que 
atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; por 
fumaça no decurso de um incêndio por afogamento 
ocasionando dificuldade respiratória pela respiração 
arquejante nas vítimas inconscientes. 
 
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS 
Bloqueio da passagem de ar, Pode acontecer nos 
casos de afogamento, secreções e espasmos da 
laringe, estrangulamento, soterramento e bloqueio do 
ar causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo 
estranho na garganta. Nos primeiros socorros 
primeiramente deve-se favorecer a passagem do ar 
através da boca e das narinas.Verificar se o 
acidentado está consciente.Desapertar as roupas do 
acidentado, principalmente em volta do pescoço, 
peito e cintura.Retirar qualquer objeto da boca ou da 
garganta do acidentado. 
 
MANOBRA DE HEIMLICH 
Manobra de Heimlich em adulto 
 É o melhor método de desobstrução das vias aéreas 
superiores por corpo estranho. A pessoa a aplicar a 
manobra aérea deverá se posicionar atrás da vítima, 
fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para 
dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra 
mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as 
mãos em sua direção, com um rápido empurrão para 
cima e para dentro a partir do cotovelo. Deve-se 
comprimir a parte superior do abdômen contra a base 
dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e 
forçar a eliminação do bloqueio. 
 
Figura 9: imagem ilustrativa da manobra de Heimlich. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manobra de Heimlich em crianças 
 Em criança a técnica de desobstrução de vias 
aéreas pode variar um pouco, como demonstrado na 
figura abaixo e nas crianças maiores pode-se 
executar a manobra tradicional. Em bebês: apoiar o 
bebê no braço do socorrista, com a cabeça mais 
abaixo que o corpo, tendo o cuidado de manter a boca 
do bebê aberta. Aplicar 5 batidas com o “calcanhar” 
da mão do socorrista nas costas do bebê, na região 
entre as escápulas. Virar o bebê com a barriga para 
cima, mantendo a inclinação original e a boca aberta, 
e iniciar 5 compressões no osso do peito da criança, 
logo abaixo da linha imaginária traçada entre os 
mamilos. Repita esse ciclo até o bebê expelir o objeto 
ou desmaiar. 
 
Figura 10: ilustração da manobra de Heimlich em bebes. 
 
Manobras em mulher grávida e obesos 
Neles a manobra encontra uma variação na 
posição da mão devido ao volume do abdome a 
manobra não pode ser executada na forma 
tradicional. Posicione-se atrás da vítima.Encontre a 
posição mediana na linha intermamilar.Posicione os 
punhos sobre o esterno. Execute a manobra de 
desobstrução. 
 
Figura 11: ilustração da manobra de Heimlich em 
mulheres gravidas e obesas. 
 
 
Figura 12: Henry Jay Heimlich (1920) Médico norte 
americano defensor do uso controverso e sem 
comprovação da malária como tratamento do HIV. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
RESSUCITAÇÃO CARDÍO-
RESPIRATÓRIA (RCR) 
É um conjunto de medidas utilizadas no 
atendimento à vítima de parada cardiorrespiratória 
(PCR). A RCR é uma das atividades que exige 
conhecimento e sua execução deve ser feita com 
calma e disposição. Podemos definir parada cardíaca 
como sendo a interrupção repentina da função de 
bombeamento cardíaco, que pode ser constada pela 
falta de batimentos do acidentado, pulso ausente. 
Chamamos de parada respiratória o cessamento 
total da respiração devido à falta de oxigênio e 
excesso de gás carbônico no sangue. 
 
CAUSAS 
Podem ocorrer por diversos fatores, atuando de 
modo isolado ou associado. Em determinadas 
circunstância, não é possível estabelecer com 
segurança qual ou quais os agentes que as 
produziram podem ser divididos em dois grupos: 
 Primárias: se deve a um problema do próprio 
coração causando arritmia cardíaca, geralmente a 
fibrilação ventricular. Sua causa principal é a 
isquemia (chegada de pouca quantidade de 
sangue oxigenado no coração). 
 Secundária: a disfunção do coração é causada 
por problemas respiratórios ou por uma causa 
externa, causasprincipais: 
1. Oxigenação deficiente: obstrução de vias 
aéreas e doenças pulmonares. 
2. Transportes inadequadas de oxigênio: 
hemorragia grave, estado de choque, 
intoxicação por monóxido de carbono. 
3. Ação de fatores externos sobre o coração: 
drogas e descargas elétricas. 
A rápida identificação da parada cardíaca e da 
parada respiratória é essencial para o salvamento de 
uma vida potencialmente em perigo. Se o coração 
parar primeiro, as complicações serão maiores, pois 
a chegada de oxigênio ao cérebro estará 
comprometida: os músculos respiratórios perdem 
rapidamente a eficiência funcional, ocorre imediata 
parada respiratória podendo ocorrer lesão cerebral 
irreversível e morte. 
O gráfico abaixo dá uma noção da relação entre o 
lapso de tempodecorrido entre a identificação de para 
cardiorrespiratória e a possibilidade de sobrevivência. 
 
Gráfico 1: Mostra a relação do tempo em que foi 
identificado a parada e a possibilidade de sobrevivência. 
Identificação de PCR 
A identificação e os primeiros atendimentos devem 
ser iniciados dentro de um período de no máximo 4 
minutos a partir da ocorrência, pois centros vitais do 
sistema nervoso ainda continuam em atividade. 
No atendimento de primeiros socorros, durante a 
aproximação, devemos observar elementos como 
mobilidade, palidez e os seguintes sinais que 
identificarão uma parada cardiorrespiratória. 
Inicialmente devemos verificar o nível de consciência, 
tentando observar as respostas do acidentado aos 
estímulos verbais: você está bem? Se o acidentado 
não responder, chamar atendimento especializado. 
Posicionar o acidentado em decúbito dorsal, sobre 
superfície plana rígida. Verificar a ausência de pulso, 
a ausência representa um sinal importante para o 
PCR e determinará o inicio imediato das manobras. 
 Apneia ou respiração arquejante. 
 Espasmos da laringe. 
 Cianose. 
 Inconsciência. 
 Dilatação das pupilas. 
Na figura abaixo, a sequência de suporte básico de 
vida num adulto, para as orientações do pessoal que 
fará os primeiros atendimentos emergenciais em 
casos de acidentes. 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
A primeira providência a ser tomada é estabelecer 
o suporte básico da vida, o acidentado deverá estar 
posicionado adequadamente de modo a permitir 
adotar medidas de autoproteção colocando luvas e 
máscaras, o suporte básico da vida consiste na 
administração de ventilação das vias aéreas e de 
compressão torácica externa. Estas manobras de 
apoio vital básico constituem-se três principais que 
devem ser seguidas: 
 Desobstrução das vias aéreas. 
 Suporte respiratório. 
 Suporte circulatório. 
O reconhecimento da existência de obstrução das 
vias aéreas pode ser feita pela incapacidade de ouvir ou 
sentir qualquer fluxo de ar pela boca ou nariz da vítima. 
A ventilação e a circulação constituem o atendimento 
imediato para as vítimas de PCR. Para execução da 
ventilação é necessário à manutenção das vias aéreas 
permeáveis, tomando-se as medidas necessárias para 
a desobstrução. 
 
 
 
Para manter as vias aéreas abertas e fazer a 
desobstrução é necessário, colocar o acidentado 
deitado e fazer hiperextensão da cabeça, colocando 
9 
 
a mão sob a região posterior do pescoço do 
acidentado e a outra na região frontal, com isso a 
mandíbulas se desloca para frente e promove o 
estiramento dos tecidos que ligam a faringe, 
desobstruindo-se a faringe. Duas manobras são 
recomendadas para a desobstrução manual das vias 
aéreas. 
 
Massagem cardíaca externa ou 
compressão torácica 
 Método efetivo de ressuscitação c cardíaca, 
consiste em aplicações rítmica de pressão sobre o 
terço inferior do esterno. 
 O aumento da pressão no interior do tórax e a 
compressão do coração fazem com que o 
sangue circule. 
 Para realizar a massagem cardíaca externa 
deve se posicionar a vítima deitada, posicione 
o joelho, ao lado do acidentado e num plano 
superior, de modo que possa executar a 
manobra com os braços em extensão. 
 Em seguida apoiar a mão uma sobre a outra, 
na metade inferior do esterno. A compressão 
deve ser feita sobre a metade inferior do 
esterno. 
 Com os braços em hiperextensão, aproveite o 
peso do seu próprio corpo para aplicar a 
compressão, tornando-a mais eficaz e menos 
cansativa do que se utilizada à força dos 
braços. 
 Aplicar pressão suficiente para baixar o 
esterno de 4 a 5 centímetros para um adulto 
normal e mantê-lo assim por 1,5 segundo. 
 Em seguida remover subitamente a 
compressão que, junto com pressão negativa, 
provoca o retorno do sangue ao coração. 
 As compressões torácicas e a respiração 
artificial devem ser combinadas para que a 
ressuscitação cardío-respiratória seja eficaz. 
 A frequência das compressões deve ser 
mantida em 80 a 100 por minuto. Com a 
pausa que é efetuada para a ventilação, a 
frequência real de compressões cai para 60 
por minutos. 
 
Figura 13(a) localizar a metade inferior do esterno; 
(b)apoiar a mão uma sobre a outra, na metade inferior do 
esterno; aproveitando o peso do seu próprio corpo para 
aplicar a compressão 
Suporte básico de vida (SBV) 
 São as medidas iniciais aplicadas a uma vítima, 
fora de o ambiente hospitalar, realizado por pessoas 
treinadas para realizar a manutenção dos sinais vitais 
e evitar o agravamento das lesões. Seu protocolo é: 
EPI e avaliação da cena 
AVDI: 
 A- acordar, alertar. 
 V-responde a estímulos verbais. 
 D- responde a estímulos dolorosos. 
 I-Vitima inconsciente. 
ABCD: 
 A: air- vias aéreas (controle da coluna cervical) 
estenda a cabeça da vítima, utilizando uma de suas 
mão sobre a região frontal e incline a cabeça para 
trás, deixando seus dedos indicador e polegar livres, 
com os dedos indicador e médio da outra mão, 
localize a porção inferior do mento da vítima e tracione 
a para cima e para frente, abrindo as vias aéreas. 
 B: Breath- boa ventilação; pince as narinas da 
vítima com os dedos polegar e indicador da mão que 
apoia a testa, mantendo a inclinação da cabeça. 
Inspire profundamente e coloque a boca firmemente 
sobre a boca da vítima, envolvendo a totalmente. 
Insufle o ar nos pulmões da vítima até que o tórax se 
eleve, retire sua boca da boca da vitima e solte as 
narinas, para que o ar seja exalado, faça a segunda 
respiração do mesmo modo. 
 C: circulation- circulação. Massagem cardíaca 
na relação 30⁄2 até a chegada da ambulância. 
Localize o apêndice xifoide, deslizando seu dedo 
médio pelo rebordo costal da vítima, acrescentando 
seu dedos indicador e localize então a metade inferior 
do esterno, coloque a região hipotênar de sua outra 
mão sobre esta região e a outra mão sobre a primeira, 
Inter lace os dedos e levante-os, de modo a não 
tocarem o gradeado costal, posicione-se 
perpendicularmente ao tórax da vítima e, com os 
braços estendidos, pressione o esterno cerca de 4 a 
5 cm, utilizando o peso do corpo, libere a pressão e 
repita o procedimento a uma frequência de 100 vezes 
por minuto, sem retirar as mão do tórax da vítima. 
D: desfibrilação. Quando apresentar fibrilação 
ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, 
utilizar o desfibrilador automático. 
 
Figura 14: demonstração simplificada da utilização do 
desfibrilador. 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Suporte respiratório 
A ventilação é indicada em casos de as vias aéreas 
estarem permeáveis e na ausência de movimento 
respiratório. Constatada a abertura das vias aérea se 
a ausência de movimento respiratório passar à 
aplicação da respiração boca a boca. 
 
 
Respiração boca a boca 
 O ar exalado de quem está socorrendo contém 
cerca de18% de oxigênio e é considerado um gás 
adequando para a ressuscitação deste que os 
pulmões da vítima estejam normais e que se use 
cerca de duas vezes os volumes correntes normais. 
Para iniciar a respiração boca a boca e promover a 
ressuscitação cardiorrespiratório, deve-se obedecer 
as seguintes sequência: 
 Deitar o acidentado de costas. 
 Desobstruir as vias aéreas remover próteses 
dentárias (casohaja), limpar sangue ou 
vômito. 
 Pôr uma das mãos sob a nuca do acidentado 
e a outra mão na testa. 
 Inclinar a cabeça do acidentado para traz até 
que o queixo fique em um nível superior ao do 
nariz de forma que a língua não impeça a 
passagem de ar, mantendo-a nesta posição. 
 Fechar bem as narinas do acidentado, usando 
os dedos polegar e indicador, utilizando a mão 
que foi colocada anteriormente na testa do 
acidentado. 
 Inspira profundamente. 
 Colocar a boca com firmeza sobre a boca do 
acidentado, vendando a totalmente. 
 Soprar rigorosamente outra vez e continuar o 
procedimento, por cerca de 15 minutos até 
que o acidentado possa receber a assistência 
médica. 
 
Figura 15: (a) verificar se a vítima está respirando; (b) 
iniciando a respiração boca a boca. 
 
 
 
 
 
Corrente de sobrevivência 
 Esse conceito nos informa que as chances de 
sobrevivência das vítimas de parada cardíaca 
poderão crescer muito se observarmos os quatros 
elos da corrente. 
 Primeiro elo: acesso rápido ao serviço de 
emergência médica (SEM) compreende desde os 
primeiros sinais de problema cardíaco, ao 
acionamento de equipes especializadas. 
 Segundo elo: RCP imediato, o RCP é mais efetivo 
quando iniciado imediatamente. 
 Terceiro elo: rápida desfibrilação, esse elo 
representa a maior chance de sobrevivência 
numa emergência cardíaca. 
 Quarto elo: cuidados avançados sem demora, 
este, elo diz respeito as manobras de suporte 
avançado, providencias no local da cena por 
médico ou paramédicos para tratamento de 
problemas cardíaco de forma mais efetiva. 
 
Figura 16: mostra os principais elos da corrente de 
sobrevivência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
ESTADO DE CHOQUE 
É completo grupo de síndrome cardiovasculares 
agudas que não possui, uma definição única que 
compreenda todas as suas diversas causas e origem. 
O estado de choque se dá quando há mal 
funcionamento entre o coração, vasos sanguíneos e 
o sangue, instalando-se um desequilíbrio no 
organismo. O choque é uma grande emergência 
médica. O atendimento médico deve ser imediato. Há 
vários tipos de choque: 
 
TIPOS DE CHOQUE 
Choque hipovolêmico 
Ocorre devido à redução do volume intravascular 
por causa da perda de sangue, de plasma ou de água 
perdida em diarreia e vômito. 
 
Choque cardiogênico 
Ocorre na incapacidade do coração bombear um 
volume de sangue suficiente para atender às 
necessidades metabólicas dos tecidos. 
 
Choque septicêmico 
Pode ocorrer devido uma infecção sistêmica. 
 
Choque anafilático 
É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que 
ocorre quando um indivíduo é exposto a uma 
substância à qual é extremamente alérgico. 
 
Choque neurogênico 
Decorre da redução do tônus vasomotor normal 
por distúrbio da função nervosa. Pode ser causado, 
por exemplo, transecção da medula espinhal ou pelo 
uso de medicamento, como bloqueadores 
ganglionares ou depressores do sistema nervoso 
central. 
 
RECONHECIMENTO 
O reconhecimento do choque é de grande 
importância para o salvamento da vítima, ainda que 
pouco possa fazer para reverter a síndrome. Causas 
principais de choque: 
 Hemorragias internas. 
 Infarto. 
 Taquicardias. 
 Braquicardias. 
 Queimaduras graves. 
 Processos inflamatórios do coração. 
 Envenenamento. 
 Afogamento. 
 
 
 
Sintomas 
A vítima de estado de choque ou eminência de 
entrar em choque apresentam os seguintes sintomas: 
 Pele pálida. Úmida e palmas das mãos. 
 Fraqueza geral. 
 Pulso rápido e fraco. 
 Sensação de frio, pele fria e calafrios. 
 Respiração rápida, curto, irregular ou muito difícil. 
 
Prevenção 
Algumas providências podem ser tomadas para 
evitar o estado de choque: 
 Deitar a vítima de costas. 
 Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e 
cintura. 
 Verificar se há presença de prótese dentária, 
objetos ou alimento na boca e os retirar. 
 Os membros inferiores devem ficar elevados em 
relação ao corpo. 
Este processo deve ser feito se não houver 
fraturas desses membros. Ele serve para melhorar o 
retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao 
cérebro. 
 
Figura 17: representação dos primeiros socorros, da 
vitima que está em estado de choque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
HEMORRAGIAS 
É a perda de sangue através de ferimento, podem 
ser classificados inicialmente em arteriais e venosas, 
e, para fins de primeiros socorros, em internas e 
externas: 
 
TIPOS DE HEMORRAGIAS 
 
Hemorragias arteriais 
É aquela hemorragia em que o sangue sai em jato 
pulsátil e se apresenta com coloração vermelho vivo. 
Hemorragias venosas 
É aquela hemorragias em que o sangue é mais 
escuro e sai continuamente e lentamente, escorrendo 
pela ferida. 
 
Hemorragias externa 
É hemorragia causada na qual o sangue é 
eliminado para o exterior do organismo, como 
acontece em qualquer ferimento externo, ou quando 
se processa nos órgãos internos que se comunicam 
com o exterior, como o tubo digestivo. 
 
Hemorragias interna 
É causada na qual o sangue extravasa em uma 
cavidade pré-formada do organismo, como o 
peritoneu, pleura, pericárdio, meninges. 
 
Consequência das hemorragias 
Hemorragias graves não tratadas ocasionam o 
desenvolvimento do estado de choque e morte. 
Hemorragias lentas e crônicas causam anemias. 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
A técnica do ponto de pressão consiste em: 
Comprimir a artéria lesada contra o osso mais 
próximo, para diminuir a fluência de sangue. 
Mantenha o acidentado agasalhado com cobertores 
ou roupas, evitando contato com o chão frio ou úmido. 
Não dar líquido quando estiver inconsciente ou 
houver suspeita de lesão no ventre/abdômen. 
 
Figura 18: (a) controle a hemorragia; (b) aplique uma atadura 
de pano; (c) cubra o acidentado para evitar o choque. 
Torniquete 
Quando uma hemorragia torna-se intensa, com 
grande perda de sangue. Nesses casos, em que 
hemorragia não podem serem contidas pelos métodos 
de pressão, torna-se necessário o uso o torniquete. Para 
fazer um torniquete usa-se a seguinte técnica: 
 Elevar o membro ferido acima do nível do coração. 
 Usar uma faixa de tecido largo, com centímetro ou 
mais, longo suficiente para dar duas voltas, com 
pontas para amarração. 
 Aplicar o torniquete logo acima da ferida. 
 Passar a tira ao redor do membro ferido. 
 Colocar um pedaço de madeira no meio do nó. 
 Apertar o torniquete, girando a vareta. 
 Fixar as varetas com as pontas do pano. 
 Afrouxar o torniquete, girando vareta no sentido 
contrário, a cada 10 ou 15 minutos. 
 
Figura 19: procedimento para se fazer um torniquete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
QUEIMADURAS 
A temperatura, calor ou frio, e os contatos com 
gases, eletricidade, radiação e produtos químicos, 
são os principais causadores de lesões, podem atingir 
graves proporções de perigo para a vida ou para a 
integridade da pessoa. O efeito inicial e local, comum 
em todas as queimaduras é a desnaturação de 
proteínas, com consequente lesão ou morte celular. 
Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer 
atendimento médico especializado imediatamente 
após a prestação de primeiros socorros. 
 
Gravidade das queimaduras 
Depende da causa, profundidade, percentual 
corporal queimada, localização e estado prévio do 
acidentado. Como efeitos gerais das queimaduras 
podem ter: 
 Choque primário: vasodilatação. 
 Choque secundário: nipovolêmico. 
 Infecção bacteriana secundária a lesão. 
 Paralisia respiratória e fibrilação choque 
cardíaco. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS 
O revestimento cutâneo, sendo o mais atingido 
primariamente, apresenta alterações mais visíveis, 
dependendo da profundidade do corpo, as 
queimaduras são classificadas em graus para, 
melhor compreensão e adoção de medidas 
terapêuticas adequadas. 
 
Queimadura de 1º grau 
São caracterizadas pelo eritema, que clareia 
quando sofre a pressão existe dor eedema, mas 
usualmente há bolhas. 
 
Queimadura de 2º grau 
São caracteristicamente avermelhada e dolorosa, 
com bolhas edema abaixo da pele e restos de pele 
queimadas soltas. São profundas provocam necrose 
e visível dilatação do leito vascular. A dor e ardência 
local são de intensidade variável. 
 
Queimadura de 3º grau 
São queimaduras em que toda a profundidade da 
pele está comprometida, podendo atingir a exposição 
dos tecidos, vasos e ossos. Não apresenta dor inicial 
da lesão aguda. 
 
FIGURA 20: 
 
 
TABELA 3: 
 
EXTENSÃO DAS QUEIMADURAS 
É necessário conhecermos a chamada regra dos 
nove, método muito útil para o cálculo aproximado da 
área de superfície corporal queimada o pescoço, que 
está incluído na região da cabeça, representa 1% da 
superfície do corpo. 
 
FIGURA 21 
 
 
 
 
14 
 
CAUSAS E PRIMEIROS SOCORROS 
São agentes térmicos, químicos, elétricos, 
biológico, físicos e radioativos, geralmente restrita a 
pele, decorrente da aplicação de calor ou frio ao 
corpo. 
 
Queimaduras térmicas 
Água alimento quente, vapor exposição, não 
permitir que a vítima corra, pois, pode aumenta o fogo, 
esfria imediatamente a área queimada com água 
corrente com a finalidade de neutralizar a ação do 
calor. 
Queimadura química 
Ácido, bases e inflamáveis, cuidados utilize luvas 
e haja com cuidado! Apagar a chama com um pano 
limpo úmido não alimentar a vítima, lave a região com 
muita água por 10 a 15 minutos. 
 
Queimadura elétrica 
Causada por eletricidade, fios, tomadas 
descobertas e raios. Desligar a fonte de energia ou 
afastar a fonte com um isolante, por exemplo, um 
pedaço de madeira, antes de socorrer a vítima. 
 
Queimadura por radiação 
Radiação nucleares, luz ultravioleta ou 
infravermelha. 
 
Queimadura biológico 
São as queimaduras causadas por animais como 
lagarta-de-fogo, água-viva e medusa e plantas como 
as urtigas, os primeiros socorros consiste em lavar o 
local com água corrente e proteger o local da lesão 
com um pano limpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
LESÕES ORTOPÉDICAS 
O sistema locomotor pode ser afetado por lesões 
traumáticas ou por situações clínicas. As lesões 
traumáticas podem assumir proporções desastrosas 
se não atendidas com o primeiro socorro adequado. 
As atuações dos socorristas resumiram-se a ações de 
ordem preparatória para um atendimento 
especializado. Todas essas lesões são dolorosas. A 
conduta mais importante é a imobilização da parte 
afetada. Imobilização é, suficiente para aliviar a dor 
estabelecer condições favoráveis à cura da lesão. 
 
TABELA 4 
ENTORSES 
São lesões dos ligamentos das articulações, onde 
esticam além de sua amplitude normal rompendo-se, 
quando ocorre entorse há uma distensão dos 
ligamentos, mas não há o deslocamento completo 
dos ossos da articulação. As causas mais frequentes 
da entorse são violência como puxões ou rotação que 
forçam a articulação. Os locais onde mais ocorre são 
as articulações do tornozelo, ombro, joelho, punhos e 
dedos. 
 
FIGURA 22 
Primeiros socorros 
 
 
 
 
 
 
DISTENSÕES 
São as lesões aos músculos e seus tendões, 
geralmente são causadas por hiperextensão ou por 
contrações violentas, em casos graves pode haver 
ruptura do tendão. 
 
FIGURA 23 
Primeiros socorros 
Aplicar gelo ou compressas frias durante as 
primeiras 24 horas. Após este tempo aplicar 
compressas mornas. Imobilizar o local. 
 
LUXAÇÃO 
São lesões em que a extremidade de um dos 
ossos que compõem uma articulação é deslocada de 
seu lugar. O dano a tecido moles pode ser muito 
grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsulas 
articular. Para identificar uma luxação deve-se 
observar as seguintes características: 
 Dor intensa no local afetado. 
 Edema. 
 Impotência funcional. 
 Deformidade visível na articulação. 
 
FIGURA 24 
 
Primeiros socorros 
O tratamento é atividade exclusiva de pessoas 
especializada em atendimento a emergência 
traumato-ortopéticas. Os primeiros socorros limitam-
se a aplicação de bolsa de gelo ou compressas frias 
no local afetado e a imobilização da articulação. 
 
FIGURA 25 
16 
 
CONTUSÕES 
São lesões provocadas por pancadas, sem 
presença de ferimentos abertos, sem rompimento da 
pele, quando há apenas o acometimento superficial, 
o acidentado apresenta somente dor e inchação da 
área afetada. 
A contusão se deve a uma ação local do agente 
traumatizante, este agente é sólido e a lesão será 
tanto mais grave, quanto maior for a velocidade de 
impacto e o seu peso. 
Logo após a contusão, o acidentado sente dor será 
mais ou menos intensa conforme a inervação da 
região. A mancha inicialmente arroxeada, no local 
contundido, chamada de equimose, vai se 
transformando em azulada ou esverdeada, para, em 
alguns dias, tornando-se amarelada. 
 
FIGURA 26 
 
Primeiros socorros 
 Podem ser tratadas de maneira simples deste que 
não apresentem gravidade. Normalmente bolsa de 
gelo ou compressas de água gelada nas primeiras 24 
horas e repouso da parte lesada são suficientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
FRATURAS 
É uma interrupção na continuidade do osso. 
Apresentam aparência geralmente deformando o 
devido ao grau de deformação que podem impor à 
região afetada. A fratura pode ocorrer por ação direta, 
por exemplo, um pontapé na perna, levando à fratura 
no local do golpe, ou por ação indireta, por exemplo, 
queda em pé de uma altura considerável, ocorrendo 
fratura da parte inferior da coluna vertebral. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS 
Podem ser classificadas de acordo com sua 
exteriorização e com lesão no osso afetado. 
 
Fratura fechada ou interna 
São as fraturas nas quais os ossos quebrados 
permanecem no interior do membro sem perfurar a 
pele. 
 Fratura aberta ou exposta 
São fraturas em que os ossos quebrados saem do 
lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de 
suas partes, que pode ser produzida pelos próprios 
fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. 
 
Fraturas sem fissuras 
São as que as bordas ósseas ainda estão muito 
próximas, como se fosse rachaduras ou fendas. 
 
Fraturas completas 
É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade 
total. 
 
FIGURA 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiros socorros 
Observe o estado geral do acidentado, procurando 
lesões graves como ferimentos e hemorragias: 
 Acalmar o acidentado. 
 Controlar eventual hemorragia e cuidar de 
qualquer ferimento. 
 Imobilizar o membro, procurando coloca-lo na 
posição que for menos dolorosa para o 
acidentado. 
 Usar talas, caso seja necessário. 
 As talas tem que ser de tamanho suficiente pra 
ocupar a lesão e ir até a próxima articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
ESTADO DE CONSCIÊNCIA 
 A consciência plena é o estado em que uma 
pessoa mantém o nível de lucidez que lhe permite 
perceber o ambiente que, o cerca, com todos os 
sentidos saudáveis respondendo aos estímulos 
sensoriais. Uma pessoa pode estar inconsciente por 
desmaio, estado de choque, estado de coma, 
convulsão, parada cardíaca, parada respiratória. 
 Na síncope e nos desmaios há uma subida e 
breve perda da consciência e diminuição do tônus 
muscular. Já o estado de coma é caracterizado por 
uma perda de consciência mais prolongada e 
profunda. 
 
DESMAIO 
 É a perda súbita, temporária e repentina da 
consciência, devido à diminuição de sangue oxigênio 
no cérebro. Principais causas: 
 Hipoglicemia. 
 Cansaço excessivo. 
 Fome. 
 Nervosismo intenso. 
 Emoções súbitas. 
 Sustos. 
 
Sintomas 
 Fraqueza. 
 Suor frio abundante. 
 Náusea ou ânsia de vômito. 
 Palidez intensa. 
 Pulso fraco. 
 
Primeiros socorros 
A: sea pessoa começar a desfalecer 
 Sentá-la em uma cadeira ou local semelhante. 
 Curvá-la para frente. 
 Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a entre 
as pernas pressionar a cabeça para baixo. 
 Manter a cabeça mais baixa que os joelhos. 
 Fazê-la respirar profundamente, até que passe o 
mal-estar. 
 
FIGURA 28 
 
 
 
 
B: havendo o desmaio 
 Manter o acidentado dentado, colocando sua 
cabeça e ombros em posição mais baixa em 
relação ao resto do corpo. 
 Afrouxar as suas roupas. 
 Manter o ambiente arejado. 
 Se houver vômito, lateralizar lhe a cabeça, para 
evitar sufocamento. 
 Depois que o acidentado se recuperar, pode ser 
dado a ela café, chá ou mesmo água com açúcar. 
 Não se deve dar jamais bebida alcoólica. 
 
FIGURA 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
CONCEITOS TÉCNICOS EM PS 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
Urgência 
Ocorrência imprevista de danos à saúde que não 
ocorre com frequência, risco de morte é considerada 
prioridades moderadas de atendimento: 
 Dor torácica; 
 Queimaduras; 
 Fraturas sem sinais de choque; 
 Vômito; 
 Diarreia. 
Emergência 
Condições de danos à saúde, que implicam risco 
de morte, exigindo tratamento imediato. São 
consideradas prioridades de atendimento: 
 Parada cardiorrespiratória (PCR). 
 Dor torácica com desconforto respiratório. 
 Politraumatismo. 
 
NEGLIGÊNCIA, IMPRUDÊNCIA E 
IMPERICIA. 
Negligência: não tomar as devidas precauções. 
Imprudência: agir de forma arriscada. Imperícia: 
falta de técnica ou devido conhecimento. 
 
CONTATOS TELEFÔNICOS 
 Policia: 190 
 Emergência: 192 
 Bombeiros:193 
 Policia de trânsito:194 
 Policia federal: 191 
 Ligar para a família da vítima se 
possível. 
Estas ligações podem ser feitas de qualquer 
aparelho telefônico e é gratuita. 
 
O que falar no telefone 
 Identifique-se 
 Dê o número de seu telefone 
 De uma referência do local do acidente 
 Número de acidentados 
 Se possível faça um pequeno histórico 
do que aconteceu. 
 
Característica para ser socorrista 
 Ter espirito de liderança e tolerância. 
 Ter bom censo e compreensão. 
 Saber planejar e executar ações. 
 Saber promover e improvisar com 
segurança. 
 Ter iniciativa e atitudes firmes. 
 Ter espirito de solidariedade humana. 
 Reconhecer suas limitações. 
 Criatividade. 
 
COMPROMISSOS DOS SOCORRISTAS 
Mantenha se atualizados em técnicas e 
conhecimentos ser honesto e autentico com a vítima. 
Se apresentar e dizer que é socorrista. 
 
Aspectos legais 
Art.35 deixar de prestar assistência quando 
possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança 
abandonada ou extraviado, ou à pessoa inválida ou 
ferida ao desamparo ou à agrave e iminente perigo ou 
não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade 
pública. A não prestação de socorro dá multa e prisão 
de seis a um ano de cadeia. 
 
CONTROLE DOS 3 C,s 
Competência 
É o estado de ter conhecimento, julgamento, 
habilidade, energia, experiência e motivação 
necessárias para responder às demandas das 
responsabilidades profissionais. 
 
Confiança 
Refere-se à qualidade de que promove relação em 
que as pessoas sentem-se seguras envolve outro 
componente que é o respeito. 
 
Compaixão 
Compreende uma relação vivida em solidariedade 
com a condição humana, compartilha alegria, tristeza, 
dores e realizações. 
 
PASSOS EM SITUAÇÕES DE 
EMERGÊNCIAS 
Observações 
Deve-se observar a situação e começar decidir 
com calma, mas rapidamente, o melhor a fazer. 
 
Proteção 
É aconselhável se possível o uso de EPI´s isolar 
a área, usar roupas claras, luvas descartáveis e 
máscaras. 
Sinalização 
Colocar dispositivos de advertências, pelo menos 
10 metros antes do local. 
 
Localização 
Observar o local do acidente, e nem sempre as 
lesões externas são as únicas lesões que a vitima diz 
ter.

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