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E D I T O R A 2022 Jonas Rodrigo Gonçalves • Márcio Wesley • Daniella Matos • Fabrício Wagner Silva • Racquel Barros Edgard Antônio Lemos Alves • Rui Santos • Marcelo Andrade • Samantha Pozzer Kühleis • Carolina Rodrigues • Tatiani Carvalho © 2022 Avançar Serviços Educacionais Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, repro- gráficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas. IGP SC Auxiliar Criminalístico – Nível Médio Conhecimentos Gerais e Específicos (AI33) (De acordo com o Edital nº 001/2022) Língua Portuguesa • Noções de Direito Constitucional • Noções de Direito Penal • Noções de Direito Processual Penal • Noções de Direito Administrativo • Raciocínio Lógico • Informática • Noções de Criminalística e Medicina Legal • Noções de Administração Geral • Legislação Específica Autores: Jonas Rodrigo Gonçalves • Márcio Wesley • Daniella Matos • Fabrício Wagner Silva Racquel Barros • Edgard Antônio Lemos Alves • Rui Santos • Marcelo Andrade Samantha Pozzer Kühleis • Carolina Rodrigues • Tatiani Carvalho GESTÃO DE CONTEÚDOS E PRODUÇÃO EDITORIAL Tatiani Carvalho EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA Marcos Aurélio Pereira E D I T O R A www.editoraavancar.com.br PARABÉNS. VOCÊ ACABA DE ADQUIRIR UM PRODUTO QUE SERÁ DECISIVO NA SUA APROVAÇÃO. Com as apostilas da Avançar Serviços Educacionais, você tem acesso ao conteúdo mais atual e à metodo- logia mais eficiente. 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Conheça, também, nosso catálogo completo de apostilas, nossos livros e cursos online no site www.editoraavancar.com.br Avançar Editora AvancarEditora (61) 99870-4287 Ortografia oficial .................................................................................................................................................................. 14 Classes de palavras: flexões nominais e verbais ................................................................................................................. 23 Análise sintática: relações e sentidos entre orações, períodos e funções sintáticas dos termos ......................................51 Sintaxe de regência: verbos e sua predicação; regência verbal e nominal, crase ..............................................................78 Sintaxe de concordância: concordância nominal e verbal; concordância gramatical e ideológica (silepse) .....................71 Colocação de pronomes: próclise, mesóclise e ênclise ................................................................................................ 37/89 Significação das palavras: homônimos e parônimos ...................................................................................................... 8/91 Estilística: denotação e conotação; figuras de linguagem: metáfora, metonímia, prosopopeia, antítese e pleonasmo....3 Semântica: sinonímia e antonímia .................................................................................................................................. 8/91 Pontuação: vírgula, ponto-e-vírgula, dois pontos, ponto de exclamação, ponto de interrogação e ponto final ..............64 Redação oficial: formas de tratamento, correspondência oficial ....................................................................................... 92 Compreensão e interpretação de texto. ............................................................................................................................... 3 SUMÁRIO Língua Portuguesa IGP SC Lí n g u a P o r tu g u es a 3 Língua Portuguesa Jonas Rodrigo Gonçalves • Márcio Wesley INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreensão e Interpretação de Textos de Gêneros Variados É difícil conceituar a manifestação artística chamada Lite- ratura. Aristóteles (384 a.C. a 322 a.C.), na obra Arte Poética, definiu o que hoje é conhecido como gêneros literários. Logo, convém reparar que a história da teoria dos gêneros pode ser contada a partir da Antiguidade greco-romana, quando surgiram também as primeiras manifestações poéticas da cultura ocidental. Gêneros literários se caracterizam como divisões feitas em obras literárias de acordo com características formais comuns, agrupando-as conforme critérios estruturais, con- textuais e semânticos, entre outros. Os gêneros literários se constituem como categorias dos textos literários, classifica- dos de acordo com a forma e com o conteúdo. Dessa forma, englobam o conjunto de características formais e temáticas das manifestações literárias. O termo “gênero” vem do latim ( genus e eris) e significa origem e nascimento. Nesse sentido, os gêneros literários reúnem um conjunto de obras que apresentam características análogas de forma e de conteúdo. Essa classificação pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais, entre outros. Eles se dividem em três categorias básicas: gêneros épico (“palavra narrada”), gênero lírico (“pa- lavra cantada”) e gênero dramático (“palavra representada”). Convém salientar também que, na atualidade, os textos literários se organizam em três gêneros: gênero lírico; gênero narrativo; gênero dramático. Dentro de um determinado gê- nero literário há o predomínio de uma estrutura típica, que não corresponde à estrutura de outro gênero literário, visto que cada um apresenta características próprias. Gênero Lírico O gênero lírico é escrito em verso, em primeira pessoa do discurso (eu); expressa sentimentos e emoções; exterioriza um mundo interior; apresenta um caráter subjetivo; usa palavras no seu sentido conotativo; recorre a muitas figuras de linguagem. O gênero lírico apresenta textos em versos por inter- médio de uma linguagem poética, de caráter sentimental com predominância da subjetividade do eu-lírico (primeira pessoa). O nome “lírico” surgiu de “lira” (latim), instrumento utilizado para acompanhar as poesias cantadas. Convém res- saltar que o “eu-lírico” se distingue do(a) autor(a), ou seja, o eu-lírico pode ser masculino ou feminino, independente de sua autoria. Alguns exemplos de textos líricos são: Soneto; Poesia; Ode; Haicai; Hino; Sátira, Elegia; Idílio, Écloga; Epitalâ- mio (também conhecidos como subgêneros do gênero lírico). Os textos do gênero lírico, os quais expressam sentimen- tos e emoções, são permeados pela função poética da lingua- gem. Neles existe a predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa, além da exploração da musicalidade das palavras. Gênero Épico ou Narrativo No gênero épico ou narrativo existe a presença de um(a) narrador(a), responsável por contar uma história cujas persona- gens atuam em um determinado espaço e tempo. Pertencem a esse gênero as seguintes modalidades: Épico; Fábula; Epopeia ou Poesia Épica; Novela; Conto; Crônica; Ensaio; Romance (também conhecidos como subgêneros do gênero narrativo). O gênero narrativo é escrito majoritariamente em prosa; apresenta um(a) narrador(a) que conta a ação; narra uma sucessão de acontecimentos reais ou imaginários; apresenta a estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclu- são; desenrola-se numtempo e num espaço; utiliza discurso direto, indireto e/ou indireto livre. O gênero épico representa a mais antiga das manifesta- ções literárias e nele estão contidas as narrativas histórico- -literárias de grandes acontecimentos, com presença de temas terrenos, mitológicos e lendários. Observe-se que o termo “épico” vem da palavra “epopeia”, que, do grego (épos), simboliza a narrativa em versos de fatos grandiosos centrados na figura de um herói ou de um povo. Os elementos essenciais das narrativas épicas são: nar- rador (quem narra a história), enredo (sucessão dos acon- tecimentos), personagens (principais e secundárias), tempo (época dos fatos) e espaço (local dos episódios). Gênero Dramático O gênero dramático é feito para que haja a sua encena- ção; está dividido em atos e cenas; conta a história através da fala das personagens; apresenta indicações cênicas as quais auxiliam a representação. De acordo com a definição de Aristóteles em sua Arte Poé- tica, os textos dramáticos são próprios para a representação e apreendem a obra literária em verso ou prosa passíveis de en- cenação teatral. A voz narrativa está entregue às personagens, atores que contam uma história por intermédio de diálogos ou monólogos. Pertencem ao gênero dramático os seguintes textos: Auto; Comédia; Tragédia; Tragicomédia; Elegia; Farsa (também conhecidos como subgêneros do gênero dramático). O gênero dramático envolve a literatura teatral em prosa ou em verso, aquela para ser apresentada e encenada. Do grego, a palavra “drama” significa “ação”. Por essa razão, o diálogo é um recurso muito utilizado, de modo que a tríade essencial dos textos literários dramáticos são: o autor, o texto e o público. A classificação de gêneros literários sofreu algumas altera- ções ao longo dos anos. Atualmente, é entendida como algo flexível, sendo possível a mistura de gêneros e a subdivisão em vários subgêneros. Apesar da divisão em lírico, narrativo e dramá- tico, há uma característica comum aos três gêneros: a literatura. Sendo gêneros literários, apresentam aspectos comuns que definem a literatura como uma expressão artística que possui funções recreativas, sociais e críticas. Assim, não só ocorre a manifestação de sentimentos e invenção de histórias por parte do autor, como também ocorre a crítica à sociedade e há referências a momentos históricos. O texto literário, quer ocorra em verso ou em prosa, trans- mite a noção artística do autor, que trabalha com a função conotativa da linguagem, que utiliza uma linguagem mais po- ética e rebuscada, recorrendo ao uso de figuras de linguagem e que respeita estruturas no estilo e forma, como a métrica e a rima. O autor debruça-se sobre a seleção e combinação de palavras, para que transmitam o sentido pretendido, contri- buindo para a concretização da intenção do autor. Reconhecimento de Tipos e Gêneros Textuais Tipologia Textual Texto Dissertativo: denotativo, objetiva provar uma tese, um posicionamento, possui introdução, desenvolvimento e conclusão. Lí n g u a P o r tu g u es a 4 Texto Argumentativo: usa argumentos e exemplos para comprovar algo. Texto Narrativo: conta uma história (fato, tempo, lugar, personagens, detalhes etc.). Texto Descritivo: descreve coisa, lugar ou pessoa, com muitos adjetivos. Esquema do texto dissertativo 1º parágrafo (introdução): tema e o objetivo na primeira frase; citação dos argumentos na segunda frase. 2º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do argumento 1 em pelo menos duas frases. 3º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do argumento 2 em pelo menos duas frases. 4º parágrafo (desenvolvimento): desenvolvimento do argumento 3 em pelo menos duas frases. 5º parágrafo (conclusão): tema e o objetivo na primeira frase com outras palavras; soluções otimistas com verbos no infinitivo de preferência. Exemplo de texto dissertativo • Introdução Acredita-se que Brasília se firmará como provável polo turístico do século XXI. Mesmo concorrendo com belíssimas praias na costa brasileira e com a evidente exploração turísti- ca nas cidades vizinhas, a capital federal encanta brasileiros e estrangeiros por seu patrimônio histórico-cultural, sua organização e segurança. • 1º argumento = 2º parágrafo Impossível não conceber que o litoral é um forte concor- rente da cidade-sede do Brasil, já que é disputado na alta e baixa temporada por turistas do mundo inteiro. Além disso, o cerrado constitui atração interessantíssima por suas riquezas naturais, como as cachoeiras e quedas d’água de várias cidades circunvizinhas (Pirenópolis e Alto Paraíso, por exemplo), as águas termais de Caldas Novas, bem como a beleza histórica de Goiás Velho. Tudo isso há poucos quilômetros de Brasília. • 2º argumento = 3º parágrafo No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Oscar Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade latente aos turistas que a pretendem desvendar. Prova disso são os hotéis, com fluxo frequente de visitantes de várias origens e etnias, que aqui encontram empatia com este povo mes- clado, migrante de todo o território nacional, construtor da diversidade cultural e culinária da jovem capital. • 3º argumento = 4º parágrafo Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do Centro de Convenções, bem como as construções da Terceira Pon- te e do reservatório de água Corumbá IV, tornam-na rota certa. A segurança – também respaldada pela premiação da ONU como a melhor cidade para uma criança crescer, no quesito qualidade de vida – e a organização da capital federal, evidenciada pela exatidão dos endereços facilmente encontrados pelo sistema inteligente de transportes, dão ao visitante sensação única de conforto. • Conclusão Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração da capital do país, evidenciando-a como polo turístico do século XXI. Urge, entretanto, a garantia de condições favoráveis à execução plena de planejamentos turísticos. Esquema Narrativo 1º parágrafo: fato, tempo, lugar. 2º parágrafo: causa do fato, personagens. 3º parágrafo: detalhes do fato, discursos. 4º parágrafo: consequências do fato. Discursos • Discurso Direto Simples Ela disse: – Vamos ao cinema? Ele respondeu: – Claro! • Discurso Direto com Travessão Explicativo – Vamos ao cinema? – disse ela. – Claro! – respondeu ele. • Discurso Direto Livre Ela disse: “Vamos ao cinema?” Ele respondeu: “Claro!” • Discurso Indireto Simples Ela o convidou para ir ao cinema. Ele aceitou o convite. • Discurso Indireto Livre Ela o convidou para ir ao cinema. Ele aceitou o convite. “Tomara que ele realmente vá!” Domínio dos Mecanismos de Coesão Textual Ernani Terra e José de Nicola (2001, p. 226-227) explicam sobre a coesão textual: Assim como um osso liga-se ao outro num esqueleto, as palavras, os termos da oração e as orações ligam-se para formar um texto. Essa ligação se dá pelo nexo estabelecido entre várias partes do texto, tornando-o coeso (nexo significa ‘ligação, vínculo’; daí expressões do tipo ‘Ficou falando coisas sem nexo’). A coesão é decorrente de relações de sentido que se operam entre elementos do texto. Muitas vezes a interpreta- ção de um termo depende da interpretação de outro termo ao qual faz referência, ou seja, a significação de uma palavra vai pressupor a de outra. A avaliação da capacidade de expressão na modalidade escrita tem como base a observação da norma culta padrão da Língua Portuguesa. O uso das normas do registro formal culto da Língua Portuguesa pressupõem o domínio das regras da gramática normativa. Já a clareza, a precisão, a consis- tência e a concisão do texto produzido são qualidades que agregam uma boa escrita a textos dissertativos. [...] clareza, que torna o texto inteligível e decorre: do uso de palavras e expressões em seu sentido comum, salvo quando o assunto for de natureza técnica, hipó- tese em que se empregarão a nomenclatura e termi- nologia próprias da área;da construção de orações na ordem direta, evitando preciosismos, neologismos, in- tercalações excessivas, jargão técnico, lugares-comuns, modismos e termos coloquiais; do uso do tempo verbal, de maneira uniforme, em todo o texto; do emprego dos sinais de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos estilísticos [...] (BRASIL, 1000, p. 9) Segundo o Dicionário Online de Língua Portuguesa (2012), precisão é “Substantivo Feminino. Qualidade do que é preciso, exato, rigoroso. Exatidão na execução. Nitidez ri- gorosa no pensamento ou no estilo.” Ernani Terra e José de Nicola (2001, p.228-229) explicam sobre a coesão textual: A coesão também é resultante da perfeita relação de sentido que deve haver entre as partes de um texto. Por isso, o uso adequado de conectivos (palavras que relacionam partes da oração ou orações de um Lí n g u a P o r tu g u es a 5 período) é importante para que haja coesão textual. Não há coesão em um texto quando, por exemplo, empregam-se de modo inadequado conjunções e pronomes, deixando palavras ou frases desconec- tadas, quando a escolha vocabular é inadequada, quando há ambiguidades, regências incorretas, etc. Conforme orienta Gonçalves (2015b, p.14) acerca da produção coesa e concisa: “Peque pela simplicidade, escre- va um texto simples, claro e objetivo, sem contorcionismos sintáticos.” Primar pela clareza, precisão, consistência, concisão e aderência às normas do registro formal é fundamental. Deve- -se escrever de forma clara e precisa, com consistência argu- mentativa para conseguir convencer o leitor de determinado ponto de vista. A concisão, arte de dizer muito com poucas palavras, atentando ao padrão culto da língua colaborará positivamente para o texto. Concisão: resultado. É o ato de dizer a mesma coisa com um menor número de palavras. Usa recursos coesivos para que esse objetivo seja atingido. Por exemplo: usa-se um menor número de palavras para dizer a mesma coisa. (GONÇALVES, 2008, p.98) Emprego de Elementos de Referenciação, Substituição e Repetição, de Conectores e de Outros Elementos de Sequenciação Textual Vários elementos de referenciação podem ser em- pregados em um texto. No entanto, são os pronomes a classe de palavras recordista em questões de concursos públicos. Entendamos mais sobre o Pronome. Macetes dos Pronomes Demonstrativos Tempo • este, esta, isto: presente • esse, essa, isso: passado e futuro próximos • aquele, aquela, aquilo: passado e futuro distantes Espaço (distância) Quando houver apenas 1 pronome demonstrativo no período: • Quero isto: a paz. (certo = Catáfora) • Quero isso: a paz (errado) • Paz: é isto que eu quero. (errado) • Paz: é isso que eu quero. (certo = Anáfora) Quando houver mais de um pronome demonstrativo na mesma frase, usa-se: “regra de fluxo invertido de distribuição pronominal para alocação dos pronomes demonstrativos”. • este, esta, isto: t=teu (grudado) • esse, essa, isso: s=separado (próximo) • aquele, aquela, aquilo: l=longe (distante) Pronomes Relativos: 4 passos para substituir os invari- áveis (que/quem) pelos variáveis: qual/quais; cujo(a,os,as). • Veja se “qual/quais” concordam com substantivo que vem antes. Se forem seguidos de substantivos, exigem artigo. • Veja se “cujo(a,os,as)” concordam com substantivo que vem depois, dando ideia de posse. Proíbem artigo. • Se houver verbo entre o pronome e o substantivo que vem depois, o pronome atuará como sujeito e não po- derá ser substituído por “cujo(a,os,as)”, já que o verbo estabelece uma barreira que impede a concordância com o substantivo posterior ao pronome. • Veja a regência do que vem depois do pronome, para checar se a preposição que o antecede está certa. Dicas • Os pronomes pessoais eu e tu não podem vir antece- didos de preposição, por isso devem ser substituídos pelos pronomes oblíquos mim e ti. Exemplos: O pro- blema será resolvido por mim e ti. O papo será entre mim e ti. Isso não se resolveria sem mim e ti. O dinheiro será dado para mim e ti. Observação: usa-se eu e tu quando o pronome funcionar como sujeito. Exemplo: Traga água para eu beber. • Os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós serão oblíquos quando precedidos de preposição para complementar verbos. Exemplos: A aula foi dada por ele. Passeamos com ela. O convite será feito por vós. • Pronomes reflexivos são os pronomes pessoais oblí- quos que se referem ao sujeito da oração. Exemplos: Ela se machucou. Eu me vesti bem. Ele aproximou-se e levou consigo sua ira. • Nos, vos e se atuam como pronomes recíprocos quando expressam ação mútua. Exemplos: Nós nos vestimos bem. Eles se amaram muito. • Quando há ênclise em verbos terminados em -r, -s, -z, tais terminações saem e acrescenta-se l nos oblí- quos o, a, os, as. Exemplos: O bolo, eu vou: comprar (comprá-lo); vender (vendê-lo); partir (parti-lo); com- por (compô-lo). O bolo: nós compramos (compramo- -lo); ela fez (fê-lo). Observação: quando seguido do pronome pessoal oblíquo nos (1ª pessoa do plural), sai o s e mantém-se o oblíquo. Exemplos: Afastamo-nos infelizmente. Sentamo-nos para conversar. • Quando há ênclise em verbos terminados em -m, -ão, -õe, acrescenta-se n nos pronomes pessoais oblíquos enclíti- cos o, a, os, as. Exemplo: Eles consideraram-no inocente. A dúvida, dão-na como perdida. Ele supõe-nos bandidos. • As expressões com nós, com vós podem ser usadas quando seguidas de uma palavra de reforço (ambos, mesmos, dois, etc) Exemplos: A bagagem seguirá com nós dois. A bagagem seguirá conosco. Preciso falar com vós mesmos. Preciso falar convosco. (Sarmento, p. 185) • O pronome oblíquo é sujeito dos seguintes verbos no infinitivo: deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir e ver. Exemplo: Deixe-me ouvir esta música. (Deixe que eu ouça esta música.) • Cuidado para não confundir o pronome possessivo seu com a redução do pronome de tratamento senhor. Exemplo: Seu João é honesto. • Usa-se dele(s), dela(s) no lugar de seu(s), sua(s) para tirar a ambiguidade. Exemplos: Ela arrumou sua cama. Ela arrumou a cama dela. • Usa-se esse(s), essa(s), isso em referência a algo que já foi dito ou a uma pessoa já mencionada num texto. Usa-se este(s), esta(s), isto em referência ao que vai ser dito. Exemplo: Leve esta mensagem ao seu rei: “Rendam-se ou serão aniquilados.” (Sarmento, p. 195) • Pronomes indefinidos: a) algum: sentido positivo quan- do colocado antes do substantivo e negativo quando depois. Exemplos: Algum aluno tomará posse. Aluno algum tomará posse. b) certo: será pronome indefinido quando vier antes do substantivo e será adjetivo quan- do vier depois. Exemplos: Certas coisas são importantes (algumas). As coisas certas são importantes (corretas). c) todo: tem valor de advérbio quando substitui comple- tamente. Exemplo: O pátio ficou todo alagado. d) todo e toda significam qualquer quando não são seguidos de artigo e inteiro quando seguidos de artigo. Exemplos: Todo cidadão deve votar. Todo o povo deve votar. • Onde indica permanência em lugar, e aonde indica movi- mento a determinado lugar. Exemplos: O hotel onde dormi fica em Praia Grande/SP. Não sei aonde passarei as férias. Lí n g u a P o r tu g u es a 6 Ideia Central e Secundária Identificando o tema de um texto o tema é a ideia central do texto, a ideia principal. O texto se desenvolve com base nessa ideia central. Para fazer a identificação do tema de um texto, é essencial relacionar as diferentes informações de modo a construir o seu senti- do global, isto é, você deve relacionar as várias partes que compõem um todo significativo, que é o texto. Nossa proposta inicial é que você acompanhe um exer- cício bem simples: reconhecer o seu tema. Leia o texto a seguir e identifique o tema. Acredita-se que Brasília se firmará como provável polo turístico do século XXI. Mesmo concorrendo com belíssimas praias na costa brasileira e com a evidente exploração turística nas cidades vizinhas, a capital federal encanta brasileiros e estrangeiros por seu patri-mônio histórico-cultural, sua organização e segurança. Impossível não conceber que o litoral é um forte con- corrente da cidade-sede do Brasil, já que é disputado na alta e baixa temporada por turistas do mundo inteiro. Além disso, o cerrado constitui atração interessantís- sima por suas riquezas naturais, como as cachoeiras e quedas d’água de várias cidades circunvizinhas (Pire- nópolis e Alto Paraíso, por exemplo), as águas termais de Caldas Novas, bem como a beleza histórica de Goiás Velho. Tudo isso há poucos quilômetros de Brasília. No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Os- car Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade latente aos turistas que a pretendem desvendar. Prova disso são os hotéis, com fluxo frequente de visitantes de várias origens e etnias, que aqui encon- tram empatia com este povo mesclado, migrante de todo o território nacional, construtor da diversidade cultural e culinária da jovem capital. Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do Centro de Convenções, bem como as construções da Terceira Ponte e do reservatório de água Corumbá IV, tornam-na rota certa. A segurança – também respal- dada pela premiação da ONU como a melhor cidade para uma criança crescer, no quesito qualidade de vida – e a organização da capital federal, evidenciada pela exatidão dos endereços facilmente encontrados pelo sistema inteligente de transportes, dão ao visi- tante sensação única de conforto. Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração da capital do país, evidenciando-a como polo turístico do século XXI. Urge, entretanto, a garantia de condi- ções favoráveis à execução plena de planejamentos turísticos. (GONÇALVES, 2015, p. 154-155) O tema do texto acima é “Brasília se firmará como pro- vável polo turístico do século XXI”. Essa é, portanto, a ideia central. Para apoiar essa ideia central, o autor a sustenta em três linhas argumentativas: litoral e turismo do entor- no; patrimônio histórico-cultural; organização e segurança. Repare que, na sequência, o texto trará um parágrafo para desenvolver cada argumento. E cada um desses argumentos é uma ideia secundária, usados para reforçar a ideia central. Intertextualidade A intertextualidade é a capacidade de relacionar um texto a outros textos e à realidade. Logo, constitui-se como uma questão intertextual o exercício cuja resolução dependa não só das informações explícitas naquele texto motivador, mas também da leitura de mundo e da capacidade de relacionar o tema principal desse texto a outros textos. Leia o texto a seguir para aprofundarmos a questão da intertextualidade. Acredita-se que Brasília se firmará como provável polo turístico do século XXI. Mesmo concorrendo com belíssimas praias na costa brasileira e com a evidente exploração turística nas cidades vizinhas, a capital federal encanta brasileiros e estrangeiros por seu patrimônio histórico-cultural, sua organização e segurança. Impossível não conceber que o litoral é um forte concorrente da cidade-sede do Brasil, já que é disputado na alta e baixa temporada por turistas do mundo inteiro. Além disso, o cerrado constitui atração interessantíssima por suas riquezas naturais, como as cachoeiras e quedas d’água de várias cidades circunvizinhas (Pirenópolis e Alto Paraíso, por exem- plo), as águas termais de Caldas Novas, bem como a beleza histórica de Goiás Velho. Tudo isso há poucos quilômetros de Brasília. No entanto, em seu gigantismo de inigualável beleza arquitetônica, a cidade do poder, desenhada por Os- car Niemeyer, surge majestosa causando curiosidade latente aos turistas que a pretendem desvendar. Prova disso são os hotéis, com fluxo frequente de visitantes de várias origens e etnias, que aqui encon- tram empatia com este povo mesclado, migrante de todo o território nacional, construtor da diversidade cultural e culinária da jovem capital. Ressalte-se, ainda, que ações, como a reforma do Centro de Convenções, bem como as construções da Terceira Ponte e do reservatório de água Corumbá IV, tornam-na rota certa. A segurança – também respal- dada pela premiação da ONU como a melhor cidade para uma criança crescer, no quesito qualidade de vida – e a organização da capital federal, evidenciada pela exatidão dos endereços facilmente encontrados pelo sistema inteligente de transportes, dão ao visi- tante sensação única de conforto. Nesse sentido, há que se propagar toda essa atração da capital do país, evidenciando-a como polo turístico do século XXI. Urge, entretanto, a garantia de condi- ções favoráveis à execução plena de planejamentos turísticos. (GONÇALVES, 2015, p. 154-155) O tema do texto acima é “Brasília se firmará como pro- vável polo turístico do século XXI”. Essa é, portanto, a ideia central. Você observou que, para apoiar essa ideia central, o autor a sustenta em três linhas argumentativas: litoral e turismo do entorno; patrimônio histórico-cultural; organi- zação e segurança. No entanto, o primeiro argumento é de oposição, pois foi utilizado o tipo de desenvolvimento por oposição, no qual o primeiro argumento é contrário ao objetivo e os outros dois argumentos são favoráveis ao tema. Com isso, o autor do texto pode confrontar ideias opostas sem ficar em cima do muro, ou seja, mostrando o posicionamento que uma dissertação pede. Por que o argumento de oposição é o litoral brasileiro e o ecoturismo do entorno de Brasília? Porque é sabido que o turismo nacional e internacional prioriza monumentos históricos; praias em países tropicais; belezas da natureza (cachoeiras, rios, lagos etc.). Porém, isso que é sabido por todos não está escrito no texto, é, portanto, intertextual, pois depende de informações de outros textos ou da leitura de mundo acerca da realidade. Lí n g u a P o r tu g u es a 7 Estratégias Argumentativas Na composição de um texto, várias estratégias argu- mentativas podem ser utilizadas. O termo “estratégias ar- gumentativas” guarda relação direta com argumentos, ou argumentação. Logo, relaciona-se ao fenômeno dissertativo. A dissertação engloba vários tipos textuais, dos quais se destacam o texto argumentativo e o texto expositivo. No texto argumentativo, numa prova discursiva, o(a) candidato(a) rece- be o tema, mas não recebe os argumentos, os tópicos a serem desenvolvido, de forma que ele(a) terá de escolher argumentos que sustentem sua tese. Já no texto expositivo, a banca exa- minadora oferece o tema e os tópicos a serem abordados na redação (argumentos), isto é, o(a) candidato(a) terá de argu- mentar sobre aqueles tópicos escolhidos pelos examinadores. Independentemente de se tratar de texto argumentativo ou de texto expositivo, o(a) candidado(a) a cargo público ou o(a) redator(a) terá de estabelecer estratégias argumentati- vas, formas de convencer o(a) leitor(a) de seu ponto de vista. Na organização da elaboração de um texto, há alguns tipos de desenvolvimento que podem ser utilizados como estraté- gias argumentativas: tempo; espaço; tempo e espaço; defini- ção; definição, semelhança; exemplos, citações, dados estatís- ticos; enumeração; perguntas [GONÇALVES, 2015b, p.53-57]. Desses tipos de desenvolvimento do texto, dois são organizacionais: causa e consequência, e oposição. No de- senvolvimento por causa e consequência, o(a) redator(a) desenvolve a dissertação com argumentos que são causas ou consequências do tema e/ou do assunto. Já no desenvol- vimento por oposição, o(a) redator(a) apresenta dois pontos de vista antagônicos sobre o mesmo tema. Informações Implícitas, Explícitas e Pressupostos Informações implícitas são informações no campo da inferência. Já as informações explícitas estão contidas no texto e podem ser constatadas pela simples leitura. Os pres- supostos tem um relação com a questão da coerência textual. Entendamos melhor acerca da coerência, conforme Gonçal- ves e Silva (2017, p. 9-10). O critério da Coerência Argumentativa avalia a ordenaçãoe a sequencialização de argumentos. Deve haver uma argumentação destinada a conduzir racionalmente a inteligência do leitor às conclusões sintetizadas no ponto de vista ou opinião do autor. Daí a organização do texto dissertativo em parágrafos coerentes. Cada parágrafo deve conter o seu desen- volvimento (explicações, exemplificação, recursos retóricos destinados a persuadir, etc.). O tópico frasal pode estar no começo ou no final do parágrafo; pode também ficar implícito. (ANDRÉ, 1988, p. 77) Ainda sobre a questão da coerência, não se pode deixar de ressaltar a importância da sequência das ideias, concate- nando os argumentos na construção dos parágrafos. A coerência é outra qualidade do parágrafo. Enquanto a unidade seleciona as ideias, central e secundárias, es- colhendo as mais importantes e cimentando-as através de um ponto comum, a coerência organiza a sequência dessas ideias (central e secundárias), de modo que o leitor perceba facilmente “como” elas são importantes para o desenvolvimento do parágrafo. Mesmo que todos os períodos do parágrafo estejam relacionados entre si, ou deem suporte à ideia principal, se faltar a organização dessas ideias, o parágrafo será confuso, sem coerência. (FIGUEIREDO, 1995, p. 34) Na análise da coerência, no âmbito da ordenação, cabe enfatizar que seguir uma ordem na apresentação das ideias garantirá compreensão rápida e lógica por parte do leitor. Selecionar ideias pertinentes constitui relevante estratégia de ordenação do texto dissertativo. [...] coerência, que implica a exposição de ideias bem elaboradas, que tratam do mesmo tema do início ao fim do texto em sequência lógica e ordenada. Isso significa que o texto deve conter apenas as ideias pertinentes ao assunto proposto [...] (BRASIL, 1999, p. 10) Entendida a questão da coerência, passemos a estudar a questão das informações explícitas e implícitas. Por exemplo, vamos supor que um texto fale de uma árvore com folhas verdes e frutas vermelhas. Se a questão perguntar a cor das frutas ou das folhas, essas informações estão explícitas, são constatáveis pela simples leitura do texto. Porém, se a questão cogitar a possibilidade de árvore ser uma macieira (árvore de maçãs), logo, tem-se uma questão no âmbito da inferência, que tem por pressupostos as informações implícitas, envolvendo, portanto, raciocínio e não mera constatação. Níveis de Formalidade Formal e Informal Texto formal é informativo, segue o padrão culto da língua portuguesa. Já o texto informal tem a informalidade como característica, ou seja, é mais livre em relação à nor- ma culta. Os contextos são distintos, por isso precisamos saber diferenciar essas duas variantes linguísticas, embora ambas possuam o objetivo de comunicar. Ao falar com familiares ou com amigos, usamos a linguagem informal. Porém, numa reunião onde trabalhamos, numa entrevista de emprego, ou na escrita de um texto, devemos usar a linguagem formal. Observemos as ponderações de Daniela Viana (2018, p. 1-2): Diferenças Na tirinha acima podemos notar a presença da linguagem formal e informal A linguagem formal, também chamada de “culta” está pautada no uso correto das normas gramaticais bem como na boa pronúncia das palavras. Já a linguagem informal ou coloquial representa a linguagem cotidiana, ou seja, trata-se de uma linguagem espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais. Lí n g u a P o r tu g u es a 8 Texto Literário e não Literário, Verbal e não Verbal Entre as diferenças do texto literário e do texto não lite- rário estão a forma da linguagem (verbal ou não verbal) e a forma como se apresenta a informação. O texto literário se apresenta em uma linguagem pessoal, envolvida em emo- ção, emprego de lirismo e valores do autor ou do ser (ou objeto) retratado. Já o texto não literário possui como marca a linguagem referencial e, por isso, também é chamado de texto utilitário. Nesse sentido, o texto literário se destina à expressão, com a realidade que se demonstra de maneira poética, podendo haver ou não subjetividade. O texto não literário, porém, é marcado pelo retrato da realidade desnuda e crua. É possível tratar sobre o mesmo assunto nas duas formas de texto e apontar o tema ao re- ceptor sem prejuízo a informação. Observemos as diferenças apresentadas por Daniela Diana (2018, p. 1) Diferenças Texto Literário Texto Não Literário A linguagem empregada é de con- teúdo pessoal, cheia de emoções e valores do emissor e há o em- prego da subjetividade. Uso da linguagem im- pessoal, objetiva em linha reta. Emprego da linguagem multidisci- plinar e cheia de conotações. Linguagem denotativa. Linguagem poética, lírica, expres- sa com objetivos estéticos na re- criação da realidade ou criação de uma realidade intangível, somen- te literária. Representação da reali- dade tangível. Primor da expressão. Atenção, prioridade à informação. Variação Linguística A variação linguística é um fenômeno natural o qual ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua com relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Sua existência se dá pelo fato de as línguas possuírem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográ- fica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação. Convém ressaltar que toda variação linguística é ade- quada para atender às necessidades comunicativas e cog- nitivas do(a) falante. Nesse sentido, ao julgar determinada variedade como errada, estamos emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico. Existem alguns tipos de variedade linguística, segundo Mariana Rigonatto (2018, p. 1): Variedades Regionais São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes regiões do país, diferentes es- tado e cidades. Por exemplo, os falantes do Estado de Minas Gerais possuem uma forma diferente em relação à fala dos falantes do Rio de Janeiro. Observe a abordagem de variação regional em um poema de Oswald de Andrade: Vício da fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Agora, veja um quadro comparativo de algumas variações de expressões utilizadas nas regiões Nordeste, Norte e Sul: Região Nordeste Região Sul Região Norte Racha – pelada, jogo de futebol. Campo Santo – cemitério. Miudinho – pe- queno. Jerimum – abó- bora. Alçar a perna – montar a cavalo. U m b o r i m b o - ra? – Vamos em- bora? Sustança – energia dos alimentos. Guacho – animal que foi criado sem mãe. Levou o fare- lo – morreu. Variedades Sociais São variedades que possuem diferenças em nível fono- lógico ou morfossintático. Veja: • Fonológicos: “prantar” em vez de “plantar”; “bão” em vez de “bom”; “pobrema” em vez de “problema”; “bicicreta” em vez de “bicicleta”. • Morfossintáticos: “dez real” em vez de “dez reais”; “eu vi ela” em vez de “eu a vi”; “eu truci” em vez de “eu trouxe”; “a gente fumo” em vez de “nós fomos”. Variedades estilísticas São as mudanças da língua de acordo com o grau de for- malidade, ou seja, a língua pode variar entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal. • Linguagem formal: é usada em situações comunicati- vas formais, como uma palestra, um congresso, uma reunião empresarial etc. • Linguagem informal: é usada em situações comunicati- vas informais, como reuniões familiares, encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem colo- quial. .Gíria ou Jargão: é um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo social, fazendo com que se diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é normalmente relacionada à linguagem de grupos de jovens (skatistas, surfistas, rappers etc.). O jargão é, em geral, relacionado à linguagem de grupos profissionais (professores, médicos, advogadosetc.) Semântica Sentido e Emprego das Palavras Em Linguística, a Semântica estuda o significado e a inter- pretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. Campos Semânticos a semântica é o ramo da Linguística que estuda os sig- nificados e/ou sentido dos vocábulos da língua. Do grego, a palavra semântica (semantiká) significa “sinal”. Lí n g u a P o r tu g u es a 9 De acordo com duas vertentes, “sincrônica” e “diacrô- nica”, a semântica é dividida em: • Semântica Descritiva: denominada de semântica sin- crônica, essa classificação indica o estudo da significa- ção das palavras na atualidade. • Semântica Histórica: denominada de semântica diacrô- nica, se encarrega de estudar o significado das palavras em determinado espaço de tempo. A fim de conhecer as palavras apropriadas para empregá- -las em determinados discursos, recorremos à semântica, ou seja, a significação dos termos. Para isso, alguns conceitos são basilares para o estudo das significações, a saber: Monossemia, Polissemia e Ambiguidade Monossemia A monossemia (de monos = um; semia = significado) é a característica das palavras que têm um só significado. Isso dificilmente acontece, uma vez que o significado é passível de interpretações variadas. Os termos monossêmicos se en- contram nos textos técnicos e científicos, porque neles se procura uma mensagem objetiva para ser entendida de modo igual por todos os leitores ou ouvintes. Exemplo: A porcelana foi criada pelos chineses. A jarra é de porcelana. Outras palavras: Logaritmo, Manganês, Decassílabo Num texto literário, porém, qualquer palavra pode ga- nhar outros significados. Exemplos: Ficaram todos de boca aberta. a boca da garrafa está quebrada. Observe que há relação de “abertura”, “orifício” da pala- vra boca em ambas as frases. É isso que torna a polissemia diferente da homonímia. Outros exemplos: Ela me pediu para sair (ou ficar). (Sair e ficar podem ser denotativo ou uma gíria) Doe nesta páscoa, ponha (ou bota) ovo em cima da mesa. As frases acima apresentam a ambiguidade, ou seja, tem dois sentidos, e causam estranheza. Para não ocorrer esse problema, seria melhor trocar as palavras polissêmicas por outras palavras: sair = ir para fora; ficar = permanecer; por/botar = colocar. Polissemia a polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o original, por exemplo: O rapaz quebrou a perna no acidente. a perna da cadeira é marrom. Que letra ilegível! a letra dessa canção é muito linda. Ambiguidade A Ambiguidade também é considerada um vício de lin- guagem. É também chamada de Anfibologia e ocorre quando existe a duplicidade de sentido em palavras ou expressões do texto. Muitas vezes, certas orações não são constituídas com clareza. Isso ocorre quando alguns termos apresentam enten- dimento ambíguo ou duvidoso, o que acontecer quando são usadas palavras ou expressões as quais não possibilitam uma interpretação precisa. Nesse caso, existe um entendimento duvidoso da sentença e a Ambiguidade se estabelece. Apesar de ser uma alternativa linguística admissível den- tro do contexto poético e também na linguagem literária, seu uso não é recomendado em casos de escrita mais objetiva, em textos informativos e em redação de cunho técnico. Exemplos: A garota disse à amiga que sua mãe havia chegado. (A oração deixa um entendimento duvidoso, pois não se sabe ao certo quem chegou. A mãe da garota ou a mãe da amiga). O motociclista falou ao amigo caído no chão. (Não há como saber quem está caído. Se é o motociclista ou o amigo.) Perseguiram o porco do meu primo. (Quem foi persegui- do? O porco que é um animal, ou o primo que está sendo chamado de porco?) Sinonímia e Antonímia Os sinônimos designam as palavras que possuem signi- ficados semelhantes, por exemplo: andar e caminhar usar e utilizar fraco e frágil Do grego, a palavra sinônimo significa “semelhante nome” sendo classificados de acordo com a semelhança que compartilham com o outro termo. Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário). Já os sinônimos im- perfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho). Os antônimos designam as palavras que possuem signi- ficados contrários, por exemplo: claro e escuro triste e feliz bom e mau Do grego, a palavra “antônimo” significa “nome oposto, contrário”. Homonímia e Paronímia Homônimos são palavras que ora possuem a mesma pronúncia, (palavras homófonas), ora possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem signifi- cados diferentes. São chamados de “homônimos perfeitos”, as palavras que possuem a mesma grafia e a mesma sonoridade na pro- núncia, por exemplo: o pelo do cachorro é curto. Pelo caminho da vida. Tenho que chegar cedo. Cedo meu lugar aos idosos. Parônimos são aquelas palavras que possuem significa- dos diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na escrita, por exemplo: soar (produzir som) e suar (transpirar); acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar); acender (dar luz) e ascender (subir). Clareza A clareza precisa ser a qualidade básica de todo texto escrito com base na norma culta padrão. Muitas vezes as pessoas pensam que ser escrever dentro do padrão culto da Lí n g u a P o r tu g u es a 10 Língua Portuguesa é escrever com vocabulário rebuscado, com uso de palavras difíceis de circulação restrita. Isso não procede. Ser culto é ser claro, e ser claro é escrever com simplicidade e objetividade. Pode-se definir como claro o texto que possibilita com- preensão imediata pelo(a) leitor(a). Entretanto, a clareza não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente das demais características da norma culta escrita: • a impessoalidade, a qual evita a duplicidade de inter- pretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto; • o uso do padrão culto de linguagem inicialmente de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão; • a formalidade e a padronização, as quais possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos; • a concisão, a qual faz desaparecer do texto os excessos linguísticos que nada lhe acrescentam. Redige-se com clareza pela correta observação dessas características A ocorrência, em textos escritos, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. Na revisão de um texto, deve-se avaliar, ainda, se ele será de compreensão imediata por seu destinatário. O que parece óbvio a uns pode ser desconhecido por terceiros. O domínio adquirido sobre certos assuntos em decorrência de expe- riência profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas abreviações e os conceitos específicos que não possam ser dispensa- dos. A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunica- ções quase sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir. (MENDES, 2002, p. 6) Barbarismo, Cacofonia, Eco, Estrangeirismo, Solecismo, Arcaísmo Barbarismo o Barbarismo se constitui como um vício de linguagem relacionado ao uso equivocado de uma palavra ou enunciado, seja na pronúncia, grafia ou morfologia. Convém ressaltar que o vício de linguagem é um desvio da gramática norma- tivao qual pode ocorrer por descuido do falante ou mesmo pelo desconhecimento das normas da língua. O barbarismo ocorre em vários níveis da língua, isto é, fonético, morfoló- gico e semântico. • Silabada: também denominada de barbarismo pro- sódico (ou simplesmente prosódia), indica os erros na pronúncia em relação à acentuação das palavras Exemplos: gratuíto ao invés de gratuito; rúbrica ao invés de rubrica. • Cacoépia: também chamada de barbarismo ortoépi- co, indica os erros cometidos pela pronúncia errada das palavras. Exemplos: bicicreta ao invés de bicicleta; decascar ao invés de descascar. Quando ocorre em nível semântico, isto é, na signi- ficação das palavras, ele é chamado de barbarismo semântico. Exemplos: absolver (perdoar) e absorver (aspirar); comprimento (extensão) e cumprimento (saudação). • Cacografia: também chamada de barbarismo gráfico, indica os erros de grafia da palavra. Exemplos: adevogado ao invés de advogado; geito ao invés de jeito. No caso do barbarismo gramatical o erro ocorre na troca de termos ou expressão: Exemplos: “meio” no lugar de “meia” (São meio dia e meio); “ver” no lugar de “vir” (Quando eu te ver amanhã...). Por fim, o barbarismo morfológico implica no erro quanto ao uso da forma dos vocábulos: Exemplos: cidadões no lugar de cidadãos; mamãos no lugar de mamões. Cacofonia Cacofonia se constitui como um Vício de Linguagem e consiste em sons produzidos pela junção do final de um vocá- bulo e começo de outro, que se encontra a seguir. Ecoam de maneira desagradável, causando tonalidades feias ou muitas vezes que levam à não distinção da mensagem. A pronúncia emitida é, em alguns casos, engraçada, porém, existem também situações em que esta figura gera termos ofensivos ou inconvenientes. Exemplos: Ela deu um beijo na boca dela (ca + dela = cadela) Não se preocupou, já que tinha terminado a prova. (ja + que+ tinha = jaquetinha) Eu vi ela na igreja. (vi + ela= viela) ela tinha uma bolsa de couro. (la + tinha= latinha) A palavra Cacofonia tem origem etimológica em dois termos gregos. São eles: Kako e phóne, os quais unidos for- mam o vocábulo kakophónía, que significa “algo que soa mal”. Convém notar que a Cacofonia não aparece somente na informalidade da fala ou em textos populares. Ela também está presente até mesmo na literatura clássica. Podemos en- contrar este desvio de linguagem em grandes obras literárias. Eco Ocorre Eco quando existem palavras na frase com termi- nações iguais ou semelhantes, provocando dissonância. Por exemplo: A divulgação da promoção não causou comoção na população. Estrangeirismo o estrangeirismo corresponde ao uso de palavras es- trangeiras que foram incorporadas ao vocabulário popular brasileiro. Solecismo Solecismo se constitui como desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis: • Concordância: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia) • Regência: Eu assisti o filme em casa. (ao) • Colocação: Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé) Lí n g u a P o r tu g u es a 11 Arcaísmo Arcaísmo é uma palavra ou uma expressão antiga a qual já caiu em desuso. Pode ser dividido em arcaísmos linguís- ticos e em arcaísmos literários. O arcaísmo linguístico é en- contrado no uso da língua em determinado local, em que existem traços fonéticos, morfológicos, sintáticos e léxicos os quais são conservadores e antigos na língua. Já o arcaísmo literário é aquele encontrado nas obras literárias, usado frequentemente como um recurso de estilo para tornar o texto mais solene, culto, decadente etc. Eles consistem no uso de expressões típicas da época a que o texto literário se refere, mas que já não são mais usadas na no momento no qual o texto foi escrito. Quando se fala de um texto naturalmente antigo, logo, os arcaísmos encontra- dos não são propositais, porque são expressões próprias da época em que o mesmo foi escrito. Quando se fala em linguagem técnica ou científica, o arcaísmo consiste numa construção que já caiu em desuso, e que, portanto, prejudica a compreensão do texto. O cos- tume de empregar no texto expressões antiquadas deve ser evitado, porque pode comprometer a clareza do texto para um(a) leitor(a) que não tenha os conhecimentos históricos necessários para recuperar o significado de tais termos. Palavras que hoje são usuais para nós, no futuro fatal- mente se tornarão arcaísmos, e os que hoje existem, anti- gamente foram palavras usuais. Isso acontece naturalmente devido ao processo de evolução da língua, devido a ela ser modificada pelos próprios falantes ao longo do tempo. Pode- -se facilmente perceber algumas palavras que hoje são ainda utilizadas, mas que devido ao seu uso estar diminuindo cada vez mais, são certamente futuros arcaísmos. São exemplos desse fenômeno: • O pronome vós (2ª pessoa do plural), que está sendo substituído pelo pronome de tratamento vocês. A mesóclise do pronome oblíquo (dar-se-á, dedicar-nos- -emos). O pretérito mais-que-perfeito (comprara, vendera, re- duzira). Vejamos outros exemplos de arcaísmos: ceroula (cueca); vosmecê (você); outrossim (também); quiçá (talvez); à guisa de (à maneira de); apalermado (bobo); magote (grande quantidade). Significação das Palavras Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto o significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, ho- monímia etc. Compreender essas relações nos proporciona o alarga- mento do nosso universo semântico, contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e intenções comunicativas. Sinonímia e Antonímia a sinonímia indica a capacidade de as palavras apresenta- rem significados parecidos. A antonímia indica a capacidade de as palavras apresentarem significados opostos. Assim, por meio da sinonímia e da antonímia, as palavras estabelecem relações de proximidade e de contrariedade. Exemplos de palavras sinônimas: importante: significativo, considerável, prestigiado, in- dispensável, fundamental. necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, imprescindível. Exemplos de palavras antônimas: dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desapli- cado, relapso. pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irres- ponsável. Denotação e Conotação a denotação indica a capacidade de as palavras apre- sentarem um sentido literal e objetivo. A conotação indica a capacidade de as palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico. Exemplos de palavras com sentido denotativo: O navio atracou no porto. A anta é um mamífero. Exemplos de palavras com sentido conotativo: Você é o meu porto. Pense pela sua própria cabeça, sua anta! Reescrita de Textos de Diferentes Gêneros e Níveis de Formalidade Os níveis de formalidade têm relação direta com a inten- ção comunicativa, ou seja, com o objetivo do texto e o con- texto em que a comunicação é veiculada. Quem é o emissor e para quem é dirigida a Comunicação? Por exemplo, se a fala de um juiz em um tribunal for endereçada a uma criança, ela não entenderá. A comunicação entendível é aquela que es- colhe vocabulário adequado à compreensão do público-alvo. Nesse sentido, os níveis de linguagem levam em conta esses estratos (camadas sociais, econômicas, culturais, etárias, si- tuacionais), a cujo contexto a linguagem deve se adaptar. O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se encontra. Logo, para cada ambiente sociocultural existe uma medida de vocabulário, um modo de se falar, uma entonação empregada, uma forma de se fazer a combinação das palavras, e assim por diante. A linguagem culta ou padrão é aquela que é ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências nas quais se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas instruídas das diferentes classessociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na lingua- gem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente em diversos gêneros textuais, como nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais etc. REFERÊNCIAS AGUIAR, Jaqueline da Silva, BARBOSA, Ednir Melo. Descom- plicando a redação. São Paulo: FTD, 2003. ANDRÉ, Hildebrando A. de. Curso de redação: técnicas de redação, produção de textos, temas de redação dos exames vestibulares. 5. ed. São Paulo: Moderna, 1998. Lí n g u a P o r tu g u es a 12 ARAÚJO, Ana Paula de. Arcaísmo. Acesso em 24 set. 2018. Disponível em <https://www.infoescola.com/linguistica/ arcaismo/>. BARTHES, Roland. S/Z (1970). Acesso em 3 maio 2012. Dispo- nível em: < http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_ mtree&task=viewlink&link_id=893&Itemid=2> BELLINE, Ana Helena Cizotto. A dissertação. São Paulo: Ática, 1988. 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EXERCÍCIOS Cebraspe/EMAP/Analista/2018 Texto CB1A1AAA O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e tange. Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem, obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples. Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado por um olhar heroicamente exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que começava a falar chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo... Porque as pessoas sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse continuava... E que impasse! Estavam-lhe ministrando a extrema-unção. E, quando o sacerdote lhe fez a tremenda pergunta, chamando-o pelo nome: “Juca, queres arrepender-te dos teus pecados?”, vi que, na sua face devastada pela erosão da morte, a Dúvida começava a redesenhar, reanimando-a, aqueles seus trejeitos e caretas, numa espécie de ridícula ressurreição. E a resposta não foi “sim” nem “não”; seria acaso um “talvez”, se o padre não fosse tão compreensivo. Ou apressado. Despachou-o num átimo e absolvido. Que fosse amolar os anjos lá no Céu! E eu imagino o Juca a indagar, até hoje: — Mas o senhor acha mesmo, sargento Gabriel, que ele poderia ter-me absolvido? Mário Quintana Prosa & Verso Porto Alegre: Globo, 1978, p 65 (com adaptações) Com relação às estruturas linguísticas e aos sentidos do texto CB1A1AAA, julgue os itens a seguir. 1. O trecho “Que fosse amolar os anjos lá no Céu!” (l.24) expressa o que o padre havia dito no momento em que Juca morreu. 2. Caso seja suprimido o pronome “lhes” (l.2), a correção gramatical do texto será mantida, embora o trecho se torne menos enfático. 4. Caso o advérbio “heroicamente” (l.7) fosse deslocado para logo após “contrabalançado” (l.7), haveria altera- ção de sentido do texto, embora fosse preservada sua correção gramatical. 5. É correto estabelecer a referência do pronome “que” (l.9) tanto com “voz do interlocutor” (l.8) quanto com “outras coisas” (l.10). Ainda a respeito das estruturas linguísticas do texto CB1A- 1AAA, julgue os próximos itens. 7. No trecho “Pois, meus amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse continuava...” (l. 13 e 14), o elemento “Pois” introduz uma concessão. 8. Em “reanimando-a” (l.19), o pronome “a” refere-se a “Dúvida” (l.17). 9. Sem prejuízo para a correção gramatical e para o sentido do texto, o trecho “que ele poderia ter-me absolvido” (l. 26 e 27) poderia ser assim reescrito: que ele poderia ter absolvido-me. 1 5 10 15 20 25 Lí n g u a P o r tu g u es a 13 O orgulho é a consciência (certa ou errônea) do nosso valor próprio; a vaidade é a consciência (certa ou errô- nea) da evidência do nosso valor aos olhos dos outros. Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser a um tempo vaidoso e orgulhoso, pode ser — pois tal é a natureza humana — vaidoso sem ser orgulhoso. À primeira vista, é difícil compreender como podemos ter consciência da evidência do nosso valor no conceito dos outros sem a consciência do nosso valor em si. Se a natureza humana fosse racional, não haveria qualquer explicação. No entanto, o homem vive primeiro uma vida exterior, e depois uma vida interior; a noção do efeito precede, na evolução do espírito, a noção da causa inte- rior desse mesmo efeito. O homem prefere ser tido em alta conta por aquilo que não é a ser tido em meia conta por aquilo que é. Assim opera a vaidade. Walmir Ayala (Coord. e introd.) Fernando Pessoa Antologia de Estética. Teoria e Crítica Literária Rio de Janeiro: Ediouro, 1988, p 88-9 (com adaptações) Acerca dos aspectos linguísticos do texto precedente e das ideias nele contidas, julgue os próximos itens. 10. De acordo com os sentidos do texto, “a noção da causa interior” (l.12) refere-se à expressão “a consciência do nosso valor em si” (l. 8). 11. Infere-se do texto que, na evolução espiritual do ser humano, o processo de autoconhecimento provém da consciência das impressões alheias sobre o indivíduo. 12. Na linha 14, as expressões “por aquilo que não é” e “por aquilo que é” exprimem causa. 13. Na linha 15, a forma verbal “opera” foi empregada com o sentido de produz. 14. A correção gramatical e as informações do texto seriam preservadas caso o período “À primeira vista, (...) do nosso valor em si” (l. 6 a 8) fosse assim reescrito: Como é possível ser vaidoso sem ser orgulhoso, parece algo, à um primeiro olhar, difícil de se entender. Serviço de tráfego de embarcações (Vessel Traffic Service – VTS) O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções. Internacionalmente, os sistemas de VTS são regula-mentados pela International Maritime Organization, sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International Association of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha do Brasil, autoridade marítima do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua implantação e operação. Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar o tráfego nas imedia- ções do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divul- gar informações ao navegante. Adicionalmente, o Centro VTS 1 5 10 15 pode fornecer informações que contribuam para o aumento da eficiência das operações portuárias, como a atualização de horários de chegada e partida de embarcações. Internet: <www defensea com br> (com adaptações) Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue os itens que seguem. 15. O primeiro parágrafo do texto apresenta uma definição. 16. Infere-se do texto que os elementos que compõem estruturas de VTS citados no período “Uma estrutura de VTS (...) e apresentação de dados” fazem parte das recomendações da International Association of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. 19. O sentido do texto seria preservado se o trecho “Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle” fosse substituído por: Todos esses sensores integrados operam em um centro de controle. 20. A correção gramatical e o sentido do texto seriam pre- servados se as vírgulas empregadas logo após “maríti- mo” e “poluição” e a conjunção “e” fossem substituídas por ponto e vírgula. Cebraspe/Ebserh/Nível Superior/2018 Texto CB1A1AAA Já houve quem dissesse por aí que o Rio de Janeiro é a cidade das explosões. Na verdade, não há semana em que os jornais não registrem uma aqui e ali, na parte rural. A ideia que se faz do Rio é a de que é ele um vasto paiol, e que vivemos sempre ameaçados de ir pelos ares, como se estivéssemos a bordo de um navio de guerra, ou habitando uma fortaleza cheia de explosivos terríveis. Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; mas, se ela é indispensável para certos fins industriais, convinha que se averiguassem bem as causas das explosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que fossem remo- vidas na medida do possível. Isso, porém, é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as autoridades chegado a resultados positivos. Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a dadas condições, explodem espontaneamente, e tem sido essa a explicação para uma série de acidentes bastante do- lorosos, a começar pelo do Maine, na baía de Havana, sem esquecer 19 também o do Aquidabã. Noticiam os jornais que o governo vende, quando ava- riada, grande quantidade dessas pólvoras. Tudo indica que o primeiro cuidado do governo devia ser não entregar a particulares tão perigosas pólvoras, que explodem assim sem mais nem menos, pondo pacíficas vidas em constante perigo. Creio que o governo não é assim um negociante ganan- cioso que vende gêneros que possam trazer a destruição de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda sempre zangado com os farmacêuticos que vendem cocaína aos suicidas. Há sempre no Estado curiosas contradições. Lima Barreto Pólvora e cocaína In: Vida urbana, 5/1/1915 Internet: (com adaptações) Com relação às ideias do texto CB1A1AAA, que data de janeiro de 1915, julgue os itens a seguir. 21. Infere-se do texto que seu autor concorda com a ideia de que a cidade do Rio de Janeiro, à época, assemelha- va-se a um vasto paiol. Lí n g u a P o r tu g u es a 14 22. Conforme o texto, o governo vendia a particulares todo o excedente de explosivos não utilizados. 23. Conclui-se do texto que as autoridades do estado do Rio de Janeiro eximiam-se de investigar as causas das explosões que ocorriam no estado. No que se refere às estruturas linguísticas do texto CB1A1A- AA, julgue os itens seguintes. 24. Feitas as devidas alterações nas letras maiúsculas e minúsculas e retirada a vírgula após “Na verdade”, esta expressão poderia ser deslocada para o final do período, logo após “rural”, sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos do texto. 25. O trecho “se são acidentais ou propositais” exprime uma condição sobre a ideia expressa na oração anterior. 26. A inserção de caso fossem imediatamente antes do termo “submetidas” explicitaria o sentido con- dicional do trecho “submetidas a dadas condições” sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical do texto. 28. A correção gramatical do penúltimo parágrafo do texto seria preservada, embora seu sentido fosse alterado, caso o advérbio “não” fosse deslocado para imediata- mente após “governo”. GABARITO 1. e 2. C 4. C 5. C 6. e 8. e 9. e 10. C 11. e 12. C 13. e 14. e 15. C 16. C 19. e 20. C 21. C 22. e 23. e 24. e 25. e 26. e 28. C ORTOGRAFIA OFICIAL O Alfabeto Com a Nova Ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare- cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), w (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Emprego das Letras • Ortho = Correta. Graphia = Escrita. • A Nova Ortografia, desde 2016, vigora como forma obrigatória. Emprego do “S” • O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”: casa, mesa, acesa etc. • O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”: sílaba, sabonete, seno etc. Usa-se o “S” • Depois de ditongos: Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão, mausoléu etc. • Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi- cadores de abundância): cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc. • Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios, cargo ou profissão): duquesa, chinês, poetisa etc. • Nas palavras em que haja “trans”: transigir, transação, transeunte etc. • Nos substantivos não derivados de adjetivos: marquesa (de marquês), camponesa (de camponês), defesa (de defender). • Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”: ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc. • Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação científica, ou erudita – culta): trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os- mose etc. • Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são escritos com “s”: análise – analisar, analisado atrás – atrasar, atrasado casa – casinha, casarão, casebre Porém há algumas exceções: catequese – catequizar síntese – sintetizar batismo – batizar • Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”: Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: pires – piresinho casa – casinha, casita empresa – empresinha • Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e “-ender”. dividir – divisão colidir – colisão aludir – alusão rescindir – rescisão iludir – ilusão Lí n g u a P o r tu g u es a 15 EXERCÍCIOS 1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli- nhada esteja escrita incorretamente.a) Paula saiu da sala muito pesarosa. b) Esta água possui muita impuresa. c) Faça a gentileza de sair rapidamente. d) A nossa amizade é muito sólida. e) A buzina do meu carro disparou, o que faço? 2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli- nhada esteja escrita incorretamente. a) O rapaz defendeu uma tese. b) O teste será realizado amanhã. c) Comerei, mais tarde, um sanduíche misto. d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene. e) A usina de açúcar fica distante da fazenda. 3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa: a) É necessário bisar muitas músicas. b) De longe, não consigo divisar as coisas. c) É necessário pesquisar incansavelmente. d) É muito importante paralisar as obras, agora. e) Não há erro em nenhuma alternativa. 4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo: a) pesaroso – previsão – empresário. b) querosene – gasolina – música. c) celsa – virose – maisena. d) quiser – puser – hipnotisar. e) anestesia – dosagem – divisa. 5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es- crita incorretamente. a) Eu não quero acusar ninguém. b) Ela é uma mulher obesa. c) Ela está com náusea, está grávida. d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes. e) Devemos suavisar o impacto. GABARITO 1. b 2. d 3. e 4. d 5. e Emprego do “Z” Usa-se o “z” • Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada com “z”: cruz – cruzamento – cruzeta – cruzeiro juiz – juízo – ajuizado – juizado desliza – deslizamento – deslizante • Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs- tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados: beleza – belo + eza gentileza – gentil + eza insensatez – insensato + ez • Nos diminutivos “inho” e “inha”: Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”, basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado: juiz – juizinho raiz – raizinha xadrez – xadrezinho Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”: sofá – sofazinho mãe – mãezinha pé – pezinho EXERCÍCIOS 1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas com “z”, exceto: a) limpeza – beleza. b) canalizar – utilizar. c) avizar – improvizar. d) catequizar – sintetizar. e) batizar – hipnotizar. 2. Complete corretamente os espaços do período a seguir com uma das alternativas abaixo. “Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a ______.” a) amizade – praso – meretriz b) amisade – prazo – meretris c) amizade – prazo – meretris d) amizade – prazo – meretriz e) amisade – praso – meretriz 3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do grupo em relação à ortografia: a) avidez, beleza. b) algoz, baliza. c) defesa, limpeza. d) gozado, bazar. e) miudeza, jeitoza. 4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação à ortografia, exceto: a) utilizar. b) grandeza. c) certeza. d) orgulhoza. e) agonizar. 5. Complete os espaços do período abaixo com uma das alternativas que se seguem de forma correta e ordenada. “Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com ______.” a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa c) incapas – atualizar – finalizar – presteza d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa GABARITO 1. c 2. d 3. e 4. d 5. a Emprego do “G” • Nas palavras que representam o mesmo som de “j” quando for empregada antes das vogais “e” e “i”: gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc. Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao uso. Nos demais casos, usa-se o “g”. • Nas palavras derivadas de outras que já são escritas com “g”: ágio – agiota – agiotagem Lí n g u a P o r tu g u es a 16 gesso – engessado – engessar exigir – exigência – exigível afligir – afligem – afligido • Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”: margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem, garagem, origem etc. Exceção: pajem, lajem, lambujem. Note bem: O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem (forma verbal de viajar) escreve- se com “j”: Dica: Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos o substantivo “viagem”, com “g”. A viagem para Búzios foi maravilhosa. Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere- mos o verbo, escrito com “j”: Que eles viajem muito bem. • Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”, “ege”, “oge”: pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio, prodígio, egrégio, herege, doge etc. • Nos verbos terminados em “ger” e “gir”: corrigir, fingir, fugir, mugir etc. EXERCÍCIOS 1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es- critas com “g”, exceto: a) Joga esta geringonça no lixo. b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil. c) A giboia é uma serpente não venenosa. d) Guarde a tigela no armário da sala. e) Pessoas cultas não falam muita gíria. 2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas em relação à ortografia, exceto: a) gengiva – Sergipe – evangelho. b) trage – ogeriza – cangica. c) giz – monge – sargento. d) vagem – ogiva – tangerina. e) gim – ogiva – sugestão. 3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas em relação à ortografia, exceto: a) ultrage – lage – berinjela. b) cangerê – cafageste – magé. c) refúgio – estágio – ferrugem. d) geca – girau -cangica. 4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação à ortografia, exceto: a) fuselagem. b) aflige. c) angina. d) grangear. e) fuligem. 5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas com “g”, exceto: a) ceregeira. b) cingir. c) contágio. d) algema. e) página. GABARITO 1. c 2. b 3. c 4. d 5. a Emprego do “J” Usa-se o “j”: • Nos vocábulos de origem tupi: maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc. Exceção: Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe. • Nas palavras cuja origem latina assim o exijam: majestade, jeito, hoje, Jesus etc. • Nas palavras de origem árabe: alforje, alfanje, berinjela. • Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”: gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha loja – lojinha, lojista granja – granjear, granjinha, granjeiro • Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis: manjerona, jerico, jia, jumbo etc. • A terminação “aje” é sempre com “j”: ultraje, laje etc. EXERCÍCIOS 1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. a) pajem. b) varejo. c) gorjeta. d) ajiota. e) rijeza. 2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia. a) refújio. b) estájio. c) rijeza. d) pedájio. e) ferrujem. 3. Observe as frases que se seguem: I – Minha coragem é algo incontestável. II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso. III – A giboia é uma serpente brasileira. Agora, responda, em relação à ortografia das palavras sublinhadas. a) Todas estão corretas. b) Somente a III está correta. c) Todas estão incorretas. d) Somente a III está incorreta. e) Somente a I está correta. 4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia. a) Jertrudes. b) jestão. c) jerimum. d) jesso. e) jerminar. Lí n g u a P o r tu g u es a 17 5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. a) jereré. b) jeropiga. c) jenipapo. d) jequitibá. e) jervão. GABARITO 1. d 2. c 3. d 4. c 5. e Emprego do “ch” O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la- tinos: CI - clave / Ch – Chave FI – Flagrae / Ch – Cheirar PI – Plenu / Ch – Cheio PI – Planu / Ch – Chão. • Na palavra derivada de outra que já vem escrita com “ch”: charco / encharcar, encharcado chafurda / enchafurdar chocalho / enchocalhar chouriço / enchouriçar chumaço / enchumaçar cheio / encher, enchimento enchova / enchovinha • Nas palavras após “re”: brecha, trecho, brechó • Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio- mas: salsicha / do itálico “salsíccia” sanduíche / do inglês “sandwich” chapéu / do francês “chapei” chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen” • O “ch” provém, também, da
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