Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL 7 PRINCIPAIS ESCOLAS DO PENSAMENTO ECONÔMICO Escolas do pensamento econômico? Talvez, você nunca tenha escutado esse termo, mas com certeza você já ouviu falar de alguma dessas escolas. O que acontece é que a economia apresenta ao longo da história diversas interpretações do ambiente econômico. Dessa forma, o pensamento econômico vem se desenvolvendo assim como os modelos econômicos, que são utilizados para entender as interações econômicas. Nesse artigo irei te mostrar as sete das principais escolas do pensamento econômico e a influência de cada uma na forma que os economistas enxergam a economia. 1. Clássica A teoria clássica, aparece como a primeira teoria de modelo econômico mundial, no século XVII e XVIII. Em sua base de pensamento, os teóricos clássicos, eram grandes defensores da lei do mercado (oferta e demanda). Portanto pregavam que o mercado e os preços deveriam se auto gerir a partir das oscilações do mesmo. Sendo assim, seus principais teóricos seriam os fisiocratas, ou seja, pensadores que defendiam a liberdade individual e econômica. Tendo como destaque, François Quesnay e Adam Smith, fisiocratas e pensadores do movimento iluminista, movimento responsável pelas principais ideias de liberdade. Quesnay, economista francês foi o primeiro a defender as ideias de livre concorrência de mercado e as leis da oferta e demanda. Em seus livros ele defende as primeiras formas de representação numérica dos mecanismos da vida econômica. Dentre esses conceitos estão, como o governo e mercado deveriam se gerir em relação às empresas e consumidores. Do mesmo modo, Adam Smith em seu livro A riqueza das nações, defendia que o estado devia se manter alheio à economia e se preocupar só em defender a ordem e sua soberania. 2. Marxismo Em contraponto às teorias e o desenvolvimento capitalistas, o alemão Karl Marx, no século XIX, se mostra como uma saída diferente para a condução da economia. A corrente de pensamento Marxista, representava o contrário das ideias clássicas por conta de pregar a eficiência e controle estatal. O principal manual dessa teoria seria a obra de Marx, O Capital. ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL As principais de idéias de Marx que se mostravam, contra o capitalismo vigente seriam os conceitos de trabalho e mais-valia. No marxismo, o trabalho seria o principal “produto” a ser comercializado no mundo capitalista, e a partir disso o foco seria no trabalhador e não no empresário. Juntamente com isso, a mais-valia seria o conceito mais importante do modelo de Marx. Isso pois, para ele o problema do capitalismo seria a mais-valia, ou seja, a forma de como o empresário usaria o trabalhador para enriquecer. 3. Pós Keynesianismo A escola do pensamento pós-keynesiana, antes de mais nada é identificada por ser a precursora das idéias originais do economista inglês Jhon Maynard Keynes. Keynes desenvolveu suas ideias no início do século XX, porém elas foram difundidas principalmente na década de 30. Seu livro, The General Theory of Employment, Interest and Money publicado em 1936 mudou a forma de se pensar sobre economia. Em resumo, trouxe uma nova perspectiva sobre a intervenção do estado na economia. O estado segundo Keynes deve aderir políticas fiscais expansionistas para causar um choque na demanda agregada. Mas na verdade, o que são essas políticas fiscais expansionistas? Primeiramente, as políticas fiscais expansionistas são aquelas que aumentam a despesa pública. Keynes defendia que o estado aumente seus gastos para gerar empregos, a partir de investimentos em infraestrutura e educação. Dessa maneira o governo estimula o crescimento da demanda agregada na economia, que nada mais é que o consumo total da economia. A maior crítica ao modelo keynesiano é o crescimento da inflação por causa dessas políticas. 4. Neoclássica Anos depois do surgimento do pensamento clássico, no século XIX. A retomada dos conceitos clássicos ocorre a partir de uma nova racionalização dos processos analisados pelos clássicos. Surgindo assim a nova teoria, a Neoclássica. William Stanley Jevons, um dos principais fundadores da teoria neoclássica, defendia uma relação dos agentes econômicos de forma microeconômica. ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL Assim, desenvolvendo a relação de produção e comércio entre os agentes, para um maior desenvolvimento econômico. Outro ponto da escola neoclássica, seria os fatores de produção. Uma vez que ao analisar a produção de forma mais racional, os teóricos neoclássicos se mostram a favor de um mercado mais aberto. Porém, com uma maior interação do estado em relação à produção. 5. Neo Keynesianos Os novos keynesianos são aqueles que reinterpretaram o Pós Keynesianismo, e abandonaram a questão da demanda efetiva apontada por Keynes. Consequentemente essa escola econômica se aproxima mais da escola de pensamento neoclássica do que de sua antecessora. Partimos então da teoria de que os agentes econômicos são racionais, mas o mercado é imperfeito. Por exemplo, a rigidez dos preços e dos salários no curto prazo podem resultar em amplas falhas de mercado levando à recessão. Com isso, as políticas públicas podem garantir o pleno emprego por meio de medidas de estabilização, para combater as falhas de mercado. Atualmente os novos keynesianos são uma das escolas de pensamento econômico mais “populares” atualmente. Grande parte dos livros/textos utilizados atualmente seguem esse pensamento, como o tão conhecido autor Greg Mankiw, por exemplo. Assim como em outros meios de comunicação, os novos keynesianos são parte integrante das principais revistas de economia. Dessa forma, o modelo econômico Neo Keynesiano é o mais utilizado pelos criadores de políticas públicas. 6. Escola Austríaca Tal nome foi dado à escola devido a origem dos seus principais pensadores. A escola austríaca teve como seus principais disseminadores renomados economistas como: Ludwig von Mises Friedrich Hayek Carl Menger Murray Rothbard. ECONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL Segundo essa linha de pensamento econômico, o livre mercado pode por si só resolver todos os problemas de uma economia. Quanto menor a presença do estado, melhor será o desempenho econômico. Acredita-se que a busca individual pela satisfação, movimenta o ser da mesma maneira que coloca a economia em movimento. Os economistas que seguem o pensamento da escola austríaca defendem primordialmente as liberdades individuais. Assim como a livre ação do mercado, e seu principal objetivo é alcançar um capitalismo sem restrições. 7. Monetarismo Durante guerra fria, enquanto os Estados Unidos estavam no auge da produção capitalista por conta das políticas de intervenção do estado. O economista Milton Friedman vem com uma retomada ao liberalismo clássico. De acordo com o pensamento de Friedman, após o auge da ortodoxia estatal, o estado e suas ações keynesianas, era muito menos eficaz e prejudicial à economia. Dessa forma, a doutrina monetária pregava que moeda e a oferta deveriam ser regradas e desenvolvidas para controlar a inflação. Por outro lado, Friedman definia que o estado era o principal adversário à liberdade individual. Como resultado disso, Friedman ganhou um nobel na economia por suas ideias serem as principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico da moeda norte-americana. Para que servem as escolas do pensamento econômico? A economia é a ciência que estuda como alocar os recursos escassos de uma sociedade para obter o maior bem estar possível. A alocação desses recursos, ou melhor, o modo como eles serão utilizados, depende de políticas públicas e da ação do mercado. Quando os formuladores das políticas forem pensar como podem melhorar o ambiente econômico tem de levar em conta qual o melhor caminho a seguir. Daí as diferentes linhas de pensamento econômico. Cada umadas escolas do pensamento econômico apresentada foi influenciada pelo período em que viveram seus pensadores. Os economistas tentam explicar como a economia funciona e como podemos resolver os problemas da sociedade. Cada uma das escolas levanta questionamentos diferentes, mas todas tem o mesmo objetivo de trazer o maior bem estar para as pessoas.
Compartilhar