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Características Gerais do Sistema Respiratório

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E VENTILAÇÃO
Conceitos Gerais
Objetivo Principal: troca gasosa (difusão)
· O CO2 deve ser eliminado para que o organismo consiga capturar o O2
Eventos necessários para que ocorra a troca gasosa:
· Ventilação pulmonar (entrada e saída do ar dos pulmões)
· Difusão gasosa 
· Transporte de gases
· Regulação da ventilação e outros aspectos respiratórios
· Aumento/redução da frequência ventilatória: automático (centros respiratórios bulbares e pontinos) + consciente (córtex)
Funções não respiratórias: 
· Vocalização (a emissão de sons depende da vibração das cordas vocais, o que se dá através da passagem de pulsos de ar pela traqueia)
· Regulação térmica (Ex.: cães ficam com a boca aberta, expondo a saliva para evaporação X sudorese)
· Síntese de angiotensina II (é nas células endoteliais dos capilares pulmonares que se encontra a enzima conversora de angiotensina - ECA)
· Regulação do pH plasmático (CO2 é convertido em HCO3- pela ação da anidrase carbônica → liberação de H+ → redução do pH)
· Quanto mais CO2 é produzido pelo organismo, mais ácido o pH X quanto mais CO2 é eliminado, mais básico o pH (menos ácido no equilíbrio)
· Hipoventilação: acúmulo de CO2 → acidose respiratória → aumento da frequência respiratória para tentar eliminar o CO2
· Defesa (presença de muitas bactérias e fungos no ar respirado; em geral, o ar que chega aos alvéolos é estéril – a anatomia do aparelho respiratório promove a filtração do ar; macrófagos alveolares e linfonodos pulmonares)
Organização Estrutural
Vias Aéreas Superiores: nariz; cavidade oral; faringe posterior; glote; cordas vocais; seios nasais; laringe.
· Tanto o nariz quanto a boca desembocam na traqueia (faringe → laringe → traqueia)
· Inspiração pelo nariz: trajeto mais longo (mais curvo), ou seja, há mais tempo para aquecer o ar. Além disso, a presença de pelos e muco determina melhor capacidade de limpar o ar – retenção de partículas mais pesadas
· Melhor capacidade de aquecimento, filtração e umidificação do ar
Vias Aéreas Inferiores: traqueia, brônquios, bronquíolos, ductos alveolares e saco alveolar
· Traqueia: tubo de condução 
· Brônquios (principais, lobares e segmentares): tubos grandes, com cartilagem em volta (rigidez); sempre abertos
· Bronquíolos (terminais, respiratórios): tubos menores, sem cartilagem; mantem-se abertos pela diferença de pressão (têm menor pressão)
· Expiração: bronquíolos podem se fechar
· Alvéolos: onde ocorre a maior parte das trocas gasosas; envoltos por grande rede de capilares alveolares
· Entre o ar alveolar e os capilares alveolares que ocorrem as trocas gasosas; esses capilares se unem desembocando na veia pulmonar (transporte de sangue arterial – dos pulmões para o átrio esquerdo)
· Saco alveolar = porção terminal dos alvéolos 
· Área total muito grande (170 m2) X pouca quantidade de sangue proveniente dos capilares: função = para garantir que haja superfície de troca
Obs.: o processo de troca gasosa se inicia no bronquíolo respiratório, adquirindo seu máximo nos alvéolos
Fluxo de ar: vias aéreas superiores → tranqueia (tubo comum) → brônquios 
· Fluxo laminar, organizado passa para turbulento à medida que vão havendo divisões (“impactos”, barreiras)
· Partículas ciliadas na traqueia e nos brônquios – produção de muco
· Retenção das partículas de maior massa (se aderem ao muco) – limpeza inicial do ar 
· Cada vez que há novas divisões nas vias aéreas inferiores, o fluxo de ar torna-se turbulento, permitindo uma aderência de partículas de tamanhos cada vez menores ao muco
· O muco, devido à essa aderência de partículas, fica cada vez mais pesado, assumindo um transporte (através das células ciliadas) em direção à traqueia (glote)
· Muco na glote: eliminar ("cuspir”) ou engolir (pH ácido do estômago mata bactérias)
Vantagem da anatomia – grande numero de divisões: maior retenção de partículas (incluindo patógenos, como fungos e bactérias)
· Choque com a parede da divisão: limpeza do ar
· Redução da velocidade: maior tempo para que as trocas aconteçam
Considerando as divisões, a área total das divisões é superior àquela da região que a originou (ex.: área total dos brônquios principais é superior à da traqueia)
Um mesmo volume de ar adentrando uma área total maior determina redução da velocidade do fluxo
Ou seja, até chegar nos bronquíolos respiratórios e alvéolos
Redução progressiva da velocidade: mais tempo permite a difusão, a troca gasosa
 
O ar que acabamos de inspirar não chega diretamente nos alvéolos; aquele que acabamos de expirar não é proveniente dos alvéolos, ou seja, não é esse o ar que está envolvido no processo de trocas; seu papel é renovar o ar dentro dos alvéolos para possibilitar as trocas
VENTILAÇÃO PULMONAR
Definição: renovação cíclica do ar contido nos pulmões (entrada e saída de ar)
· Envolve inspiração e expiração 
· Para que ocorra a inspiração, o pulmão precisa se expandir (INSUFLAÇÃO PULMONAR); para que ocorra a expiração, o pulmão precisa ter seu volume reduzido (DEFLAÇÃO PULMONAR)
Inspiração e Expiração
Processos que ocorrem por diferença de pressão entre o ar intra-alveolar e o meio externo
Músculos expiratórios: músculos que determinam redução de volume da cavidade torácica 
· Processo passivo: relaxamento dos intercostais internos posteriores e do diafragma
· Músculos intercostais internos posteriores: na expiração forçada, quando esses músculos são utilizados, realizam rotação para baixo (“efeito braço de bomba”)
· Músculos abdominais: obliquo externo, obliquo interno, reto e transverso
Obs.: os músculos expiratórios são utilizados apenas em situações de respiração forçada ou quando o individuo está realizando atividade física (do contrário, o processo é passivo – sem utilização desses músculos quando em repouso)
Músculos inspiratórios: músculos que promovem expansão, ou seja, aumento de volume da cavidade torácica 
· Processo ativo: contração dos intercostais externos e do diafragma
· Diafragma: contrai para baixo, determinando aumento do volume da cavidade torácica
· Músculos intercostais externos (maioria): quando contraem, promovem elevação das costelas – expansão da cavidade torácica lateralmente e para cima ("efeito alça de balde”)
· Acessórios (músculos utilizados apenas em inspiração forçada – ex.: atividade física intensa): esternocleidomastoideo; escalenos
· Utilizados quando há necessidade de aumentar a troca gasosa
Principal músculo = diafragma
· Contração: diafragma se desloca para baixo, expandindo a cavidade torácica; o aumento de volume dessa cavidade (fechada) determina redução da pressão interna. Para equilibrar essa pressão, o pulmão expande – pressão intrapulmonar diminui, tornando-se inferior à pressão atmosférica.
· Ar entra por diferença de pressão, para equilibrar a menor pressão intrapulmonar quando comparada à atmosférica (“ar sugado”)
· INSPIRAÇÃO 
· Relaxamento: diafragma se desloca para cima, reduzindo o volume da cavidade torácica; essa redução, considerando uma cavidade fechada, determina aumento da pressão interna. Desse modo, o pulmão retrai – aumento da pressão intrapulmonar, que se torna superior à atmosférica 
· Ar sai por diferença de pressão, para equilibrar a maior pressão intrapulmonar quando comparada à atmosférica 
· EXPIRAÇÃO 
Mecânica da Respiração
 O pulmão não tem ligação direta com o tórax (músculos intercostais, costelas, etc.)
Esse órgão é recoberto por 2 pleuras: visceral (mais interna - acolada ao tecido pulmonar) e parietal (mais externa - acoplada à cavidade torácica)
· Espaço virtual entre o pulmão e a pleura visceral
· Liquido intrapleural ou interpleural: localizado entre os folhetos pleuraisRelaxamento do diafragma → redução de volume da cavidade torácica → aumento da pressão das pleuras e do liquido interpleural → aumento de pressão transmitido ao tecido pulmonar (pleura visceral colada no tecido pulmonar – frente a essa aumento de pressão, o tecido pulmonar se retrai e dessuflar → aumento da pressão intrapulmonar (intra-alveolar) → saída de ar
Contração do diafragma→ expansão da cavidade torácica → redução da pressão das pleuras e do liquido interpleural → redução de pressão transmitida ao tecido pulmonar (pleura visceral colada no tecido pulmonar – frente a essa queda de pressão, o tecido pulmonar se expande e insufla → redução da pressão intrapulmonar (intra-alveolar) → entrada de ar (“sucção”)
As forças geradas pela contração muscular ativa (diafragma e músculos intercostais) são propagadas a partir das pleuras, do líquido interpleural e da parede do pulmão, determinando a insuflação desse órgão – redução da pressão intrapulmonar (intra-alveolar), determinando “sucção” do ar. 
· Forcas de retração elástica do pulmão e da cavidade torácica (tende à dessuflação pulmonar)
· Resistência ao atrito causada pela deformação dos tecidos pulmonares e torácicos 
· Resistência ao atrito do fluxo aéreo 
A pressão do pulmão deve ser suficientemente menor para vencer todos os itens acima e permitir a entrada do ar.
Pressão Pleural ou Interpleural (Ppl ou Pip)
· Pressão entre a pleura visceral e a parietal (face externa ao tecido pulmonar)
· Determinada pelas propriedades elásticas dos pulmões e da caixa torácica 
· Negativa
Pressão Alveolar ou Intra-alveolar (Palv)
· Pressão presente nos alvéolos (face interna ao tecido pulmonar)
· Sua diminuição permite a entrada de ar
Pressão Transpulmonar: Ptp = Palv – Ppl
· Pressão sentida pela parede do órgão (pulmão está entre o alvéolo e a pleura)
· Número sempre positivo, porém baixo
· Determina o quanto o pulmão vai se expandir ou não
· Aumento da Ptp: expansão do pulmão 
· A ocorrência de trocas se dá quando a pressão transpulmonar é elevada
Ciclo Respiratório 
1º) Variação da pressão intrapleural
2º) Variação da pressão alveolar (dependa da expansão ou retração do pulmão)
3º) Variação de fluxo de ar
4º) Variação do volume corrente (= volume de ar trocado numa respiração normal - sem forçar)
Inspiração
Pequena expansão da cavidade torácica: redução da pressão interpleural e alveolar; entrada de fluxo devido à expansão do pulmão 
Aumento da expansão da cavidade torácica: redução da pressão intrapleural X aumento da pressão alveolar (próxima do 0); máximo do volume de ar – devido à entrada de ar
Expiração 
Redução da cavidade torácica: aumento da pressão interpleural e da pressão alveolar; saída de ar
COMPLACÊNCIA PULMONARC = ΔV/ΔP (200ml/cm H2O)
Grau de expansão dos pulmões para cada unidade de aumento na pressão transpulmonar; medida das propriedades elásticas do pulmão 
Capacidade do pulmão de se expandir (“variação do volume”) frente à sua exposição a uma diferença de pressão.
(Maior complacência = maior capacidade de se expandir quando a pressão diminui)
Depende de:
· Forças de retração elástica do pulmão (contrária à expansão; força de dessuflação)
· Forças elásticas do tecido pulmonar: a presença de elastina no pulmão é variável (Ex.: fumantes – mais processos inflamatórios – maior nº de macrófagos – maior secreção de elastase – maior digestão da elastina – menor elasticidade pulmonar)
· Forças elásticas geradas pela tensão superficial (contrária à expansão)
ATENÇÃO! A complacência, portanto, depende não só do tecido pulmonar, mas também da produção de surfactante (substancia que altera a tensão superficial)
Obs.: individuo com fibrose cística (doença na qual há aumento de fibras colágenas, de resistência) tem aumento de rigidez pulmonar e, consequentemente, redução da complacência 
Complacência é o oposto de elastância = capacidade do pulmão de retornar ao seu volume frente à variação de pressão
Elastância = 1/ Complacência 
Roxo = insuflação do pulmão (inspiração)
· Depende da pressão transpulmonar, que é influenciada diretamente pela pressão interpleural (deve ser negativa)
Vermelho = dessuflação do pulmão (expiração)
1. Volume pulmonar estável 
(pulmão não esta expandindo)
· Pip muito pequena
· Ausência de expansão devido à uma resistência inicial – dada principalmente pela tensão superficial
2. Abertura da vias aéreas
· Redução mais intensa da Pip (até –10 cm H2O)
· Expansão inicial
3. Expansão linear das vias aéreas 
· Maior redução da Pip (a partir de -10 cm H2O)
· Expansão mais intensa, linear – associada à inspiração forçada
4. Limite de enchimento das vias aéreas 
· Pip ao redor de -18 cm H2O
· Menor expansão – já atingiu o limite do enchimento das vias aéreas 
Curva de Expansão ≠ Curva de Retração (dinâmicas diferentes)
· O esvaziamento pulmonar é mais lento nas pressões intrapleurais mais intensas (mais negativas) e mais rápido nas pressões mais brandas (menos negativas)
A diferença entre o volume de expansão e o de retração gera a HISTERESE
· Histerese = diferença entre os volumes pulmonares para uma mesma pressão intrapleural; maior quando a respiração é forçada (curvas mais distantes)
· Fatores: complacência não equivale (em números) à elastância; presença de surfactantes (alteram a resistência do pulmão ao longo do enchimento e do esvaziamento)Capacidade Residual Funcional (CRF) = ar que está presente no pulmão para ser trocado o tempo todo; ar que permanece no pulmão depois de uma expiração normal
TENSÃO SUPERFICIAL
Água: polar; neutra (total de carga = 0)
· Oxigênio: mais eletronegativo – atrai mais os elétrons para si
· Polar: água acaba atraindo mais moléculas de agua para si; a parte negativa de uma molécula perto da parte positiva de outra – FORÇAS PARCIAIS DE ATRAÇÃO (fracas). Devido a essas forças, a agua é liquida, e não gasosa
· Contato da superfície da água com o ar (mistura de gases apolares)
A água da superfície é atraída pela água de baixo, mas é repelida pelos gases (apolares) → força de repulsão na superfície da água TENSÃO SUPERFICIALDefinição: tensão superficial é uma força de repulsão entre água e ar, que surge na superfície da água, já que nessa região há moléculas apolares (ar) em contato com moléculas polares (água). Está associada à redução da complacência.
SURFACTANTES (= detergentes naturais): uma única moléculas que contém uma parte polar e outra apolar. Responsável por reduzir a tensão superficial. Exemplo:
· Dipalmitoil fosfatidilcolina (DPPC) – produzido pelos pneumócitos tipo II
· A primeira vez que utilizamos o pulmão é ao nascer; o choro, muito avaliado depois de cortar o cordão umbilical, é um sinal muito importante, já que a emissão de sons só ocorre quando pulsos de ar batem nas cordas vocais 
· Ação dos surfactantes: desorganiza a estrutura antes organizada – sua parte polar se insere na porção polar (água) e a apolar se insere na correspondente (ar) → redução da repulsão na superfície do liquido 
· Os surfactantes, produzidos por pneumócitos tipo II, ficam estocados em vesículas do pneumócitos e são liberados por exocitose. Como é liberado no liquido e possui uma parte polar, a maior probabilidade é que fique no liquido que banha os alvéolos; porém, uma pequena parte pode se inserir na membrana
Obs.: os alvéolos, no seu interior, são banhados por uma fina camada de água, íons e surfactante
Para que ocorra a ventilação, ou seja, para que o ar entra e saia de maneira adequada, é necessário produzir surfactantes; a produção dessa substância é uma das ultimas etapas na formação dos pulmões 
· Os pneumócitos tipo II passam a produzir surfactantes mediante altas concentrações de cortisol, o que ocorre quando o bebê sofre uma situação de stress (final da gestação – feto muito grande, recebendo menos aporte de sangue que gostaria)
· Bebês prematuros: sem stress fetal característico do final da gestação → sem produção de surfactantes → maior tensão superficial → redução da complacência → incapacidade de expandir o pulmão 
a) Papel do surfactante na expansão dos alvéolos 
· O pulmão é elástico – a força elástica tende a fazer o pulmão colabar; isso não ocorre porque o alvéolo contem um liquido com surfactante. A presença dessa substância reduz a atração das moléculas de agua entre si e consequentemente, diminui a tensão superficial. Ou seja, há menor resistência à complacência pulmonar
b) Influencia do raio de um alvéolo na pressão de colabamento· Existem alvéolos de variados tamanhos; a diferença entre eles é o raio (pode variar até 4x)Pcol= 2.TS
 r
· Alvéolos grandes no ápice do pulmão X alvéolos pequenos na base do pulmão 
· Todos ligados entre si, já que através das ramificações, há conexões entre o fluxo de um e de outro
· Pressão de colabamento (Pcol) é diretamente proporcional a 2 vezes a tensão superficial (TS) e inversamente proporcional ao raio (r)
· Considerando apenas o raio alveolar, a tendência seria, na insuflação, do ar se deslocar apenas nos alvéolos maiores (menor força de colabamento). Desse modo, os alvéolos menores estariam sempre colabados. Isso não ocorre pois essa situação é compensada pelo dobro da tensão superficial
Obs.: pressão de colabamento = pressão para fechar o alvéolo maior, no qual o surfactante está mais diluído 
Como um maior raio está associado a uma menor pressão de colabamento?
Quando o raio aumenta muito, o volume pela qual o surfactante se dissipa é maior – diluição do surfactante ("menos surfactante por volume”) → aumento da tensão superficial → aumento da pressão de colabamento no alvéolo maior
· Ou seja, o alvéolo tem força de colabamento menor pelo raio, porém maior pela tensão superficial – equilíbrio entre os dois fatores
· Desse modo, a tendência do raio menor ir para o maior é invertida pela tensão superficial – equilíbrio entre os alvéolos de raios menores e maiores. O fluxo, portanto, é direcionado aos dois tamanhos de alvéolos.
Considerando só o raio, apenas alvéolos maiores estariam inflados X considerando só o surfactante (tensão superficial), apenas alvéolos maiores estariam inflados 
Alteração na Tensão Superficial
Volume x Pressão Transpulmonar
Pt = Palv - Pip
Experimento: retirada de todo o surfactante dos alvéolos e substituição por solução salina
Preenchimento do pulmão com salina = zerar a tensão superficial (sem superfície água-ar, tudo repleto de solução salina)
· Aumento da complacência pulmonar (frente a uma pequena diferença de pressão, o pulmão variou muito o volume; atinge muito mais rapidamente o volume máximo)
· Necessidade de Pt muito menor para as curvas de insuflação e dessuflação 
Conclusão: a tensão superficial reduz muito a complacência – necessidade de maior Pt para expandir o mesmo volume (dificuldade na expansão alveolar)
Importância da produção de surfactantes – reduz um pouco a tensão superficial
· Portanto, parte da capacidade do pulmão se expandir depende da produção de surfactante
Fatores que Interferem na Estabilidade Alveolar
· Interdependência alveolar; presença de alvéolos maiores e menores, com comunicações entre si – pelas ramificações, o ar pode ir de um para o outro
· Tamanho do raio contrabalanceado pela tensão superficial (distribuição de surfactante) – equilíbrio (os alvéolos de variados tamanhos recebem fluxo de ar)
· Tecido fibroso
· Lesão das fibras (ex.: poluição)
· Macrófagos – produção de elastase → menos tecido elástico 
Obs.: fibrose cística - aumento a produção de tecido fibroso
· Surfactante pulmonar
Alterações na Complacência em algumas Pneumopatias
Capacidade Vital = máximo de ar que conseguimos trocar com o meio (esvaziar o pulmão ao máximo e, em seguida, inspirar até onde for possível)
Gráfico: variando a pressão transpulmonar, qual é o máximo de volume que o pulmão consegue trocar
· Pulmão normal: volume corrente = 0,5L; Pt = 4 mmHg
· Fibrose: resiste mais à expansão – precisa de maior Pt para atingir o mesmo volume; além disso, seu volume máximo é menor (frente a uma diferença de pressão, há menor expansão). Menor complacência 
· Enfisema pulmonar: doença crônica comum em fumantes, nas quais há degradação das fibras elásticas (devido a inflação causada pela queima incompleta do alcatrão). Com a inflamação, o número de macrófagos aumenta → maior produção de elastase → degradação da elastina → perda da força elástica 
Sem força resistiva à expansão, há maior aumento de volume frente a uma pequena diferença de pressão. Maior complacência 
Obs.: muitos defendem que o primeiro mês de fumo pode melhorar a respiração (destruição inicial da elastina → maior entrada de ar → melhora da troca gasosa)
Problema: com o passar do tempo, no momento de dessuflar, devido à perda da força elástica, não é possível eliminar todo o ar que estava dentro do pulmão. Ou seja, permanece ar com mais CO2 (dificuldade na expiração)
RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS 
Gráfico: o quanto as vias aéreas resistem à passagem de ar ao longo de todas as divisões anatômicas 
Queda enorme da resistência = área total das divisões supera em muito a área de cada um dos tubos de condução que deram origem a essas divisões (X quando a traqueia se divide em 2 brônquios, esse ainda NÃO perfazem a área total da traqueia – pequeno aumento da resistência)
Zona de Respiração: zona de baixíssima resistência ao ar (quase 0) – importante para as trocas gasosas.
ESPIROMETRIA
Função: avaliar a função pulmonar - análise de volume de ar trocado com o meio
Funcionamento: o individuo respira somente pela boca, através de um bocal; o último desemboca em uma campânula móvel, que sobe e desce dependendo do volume de ar no espirômetro. A campânula, através de uma roldana, está acoplada a uma caneta marcadora, que marca o volume. O registro pode ser feito em um papel ou computador
· Expiração: ar entra no espirômetro, deslocando a campânula para cima; ao subir, através da roldana, a caneta registradora desce
· Inspiração: ar sai do espirômetro, deslocando a campânula para baixo; ao descer, através da roldana, a caneta registradora sobe
Obs.: VEF1 (volume expiratório forçado em 1segundo) é o volume que o individuo conseguiu expirar em 1 segundo após uma inspiração forçada máxima (pede-se para o individuo inspirar o máximo que conseguir e, em seguida, para forçar o máximo de ar para fora rapidamente)
VOLUMES PULMONARES
VT (“tidal volume” - volume corrente): volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo respiratório normal (~ 0,5L). Ou seja, a cada ciclo, apenas 500ml da capacidade residual funcional é renovado
VRI (volume de reserva inspiratória): volume de ar inspirado, em uma inspiração forçada máxima, além do volume corrente (~ 3L). Pode ser usado quando é necessário mais ar nos alvéolos, por exemplo
VRE (volume de reserva expiratória): volume de ar expirado, em uma expiração forçada máxima, além do volume corrente (~ 1,1L). Geralmente está no nosso alvéolo (não é comum um indivíduo ficar expirando forçadamente)
VR (volume residual): volume de ar que continua nos pulmões mesmo após a mais vigorosa das expirações (~ 1,2L)
· Mesmo com a máxima expiração, os alvéolos não colabam, ou seja, resta ar no seu interior. Além disso, há o “espaço morto” – ar que preenche as vias de condução rígidas, incapazes de serem esvaziadas (traqueia, brônquios )
· Não é medido pela espirometria. Se for necessário avaliar esse parâmetro, dá-se ao individuo hélio para inspirar – depois que a concentração desse gás se equilibrar com o ar, mede-se a [He] final. 
Cálculo: [He] x V inicial = [He] x V final (?)
Obs.: atividade física – aumento do volume corrente às custas de aumento do VRI
CAPACIDADES PULMONARES
São combinações de volumes pulmonares.
CI (capacidade inspiratória): VT + VRI
Quantidade de ar que uma pessoa pode inspirar partindo no nível expiratório basal e enchendo ao máximo os pulmões; o quanto o individuo consegue inspirar a partir de uma respiração normal (~ 3,5L)
CRF (capacidade residual funcional): VRE + VR
Quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração normal; é o ar presente no pulmão o tempo todo, ou seja, responsável pela troca gasosa (~ 2,6L)
· “Funcional”: ar que tem função de troca gasosa
CV (capacidade vital): VT + VRI + VRE
Maior quantidade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após tê-los enchido ao máximo; máximo de ar que um individuo consegue trocar com o meio – entre uma inspiração e uma expiração forçada (~ 4,6L)
· O VEF1 de um individuo normal deve estar entre 75 e 80% da capacidade vital
CPT (capacidade pulmonar total): VT + VRI + VRE + VR
Maiorvolume que os pulmões podem alcançar ao final do maior esforço inspiratório possível (~ 5,8L)
No espirômetro ê possível medir CI e CV (as outras capacidades envolvem VR, que não pode ser medido nesse exame)
O volume alveolar basal costuma ser o volume residual (ar que permanece mesmo após uma expiração forçada) somado ao volume de reserva expiratória (é incomum que indivíduos – em condições normais - realizem ciclos com expirações forçadas; desse modo, o VRE permanece nos alvéolos)
O que varia, em ciclos normais, é o volume corrente (volume de ar inspirado e expirado a cada ciclo, renovando a capacidade residual funcional)Volume Alveolar = Volume Corrente – Volume do Espaço Morto
Ou seja, o volume corrente é utilizado para renovar parte do ar alveolar (2/3 do VT basal) e parte do ar proveniente do espaço morto (1/3 do VT basal) Volume total pulmonar = Volume Alveolar + Volume Corrente + Volume do “Espaço Morto” (para cada alvéolo)
· Nem todo volume corrente alcança os alvéolos
Conceitos Importantes
Volume Corrente Minuto (VCM): Volume Corrente x Frequência Respiratória 
· Cada ventilação é repetida em ciclos
· Fornece dados sobre o quanto de ar por minuto está ventilando os pulmões 
Volume Alveolar Minuto (VAM): 2/3 Volume Corrente x Frequência Respiratória
· O quanto de ar foi renovado nos alvéolos 
· Nem todo ar que entra chega aos alvéolos, apenas 2/3
Eupnéia: respiração basal/normal e ventilação pulmonar basal/normal
Hiperpnéia: aumento da ventilação pulmonar (em situações de necessidade)
Hiperventilação: ventilação que excede os requerimentos metabólicos (individuo que está ventilando mais que o necessário)
· Maior perda de CO2 → alcalose ventilatória → tontura
Hipoventilação: ventilação inferior aos requerimentos metabólicos (individuo que está ventilando menos que o necessário – ex.: trauma cranioencefálico que atingiu o centro respiratório )
· Acúmulo de CO2 → acidose ventilatória 
Taquipneia: aumento da frequência respiratória
Bradpneia: redução da frequência respiratória
Apneia: ausência de respiração

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