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9 1-Estética Corporal Métodos e Técnicas

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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
A imagem corporal é muito importante nestes tempos. Homens e mulheres recorrem 
a técnicas de estética corporal visando melhorar sua aparência, não apenas para se 
aproximarem do ideal da beleza estabelecido, mas também por questões de saúde. 
Por estética corporal entendemos a conjunção de metodologias voltadas ao 
aprimoramento de alterações da aparência física de uma pessoa, variando de 
tratamentos cosméticos e terapias manuais à incorporação de equipamentos 
especializados. Deve-se notar que não é uma ciência mágica. Apesar de oferecer 
excelentes soluções, a estética corporal não deve ser entendida como um meio para 
se alcançar o corpo perfeito geralmente idealizado pelos pacientes. Por esta razão, 
é importante não vender ilusões e agir de forma responsável enquanto profissional 
da área, buscando sempre enfatizar para a pessoa que busca atendimento sobre os 
limites dessas intervenções estéticas e até onde elas são capazes de melhorar o 
problema apresentado, expondo que, muitas vezes, haverá necessidade de 
trabalhar em conjunto com outros profissionais, como um nutricionista, um 
endocrinologista ou um profissional da educação física. 
 
Palavras-chave: Estética; corporal; beleza. 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTOS DE EMBELEZAMENTO CORPORAL ...................5 
1.1 EMBELEZAMENTO CORPORAL NO ÂMBITO DA ESTÉTICA E DA 
COSMETOLOGIA ....................................................................................................................5 
1.2 ASPECTOS ESSENCIAIS DA BELEZA............................................................. 12 
CAPÍTULO 2 - PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS, CORRETIVOS E 
PREVENTIVOS UTILIZADOS NO CORPO ..................................................................... 19 
2.1 FUNDAMENTOS DE PROCEDIMENTOS CORRETIVOS UTILIZADOS NA 
ESTÉTICA CORPORAL ...................................................................................................... 19 
2.2 COENZIMA Q10 ..................................................................................................... 19 
2.3 A APLICAÇÃO DA COENZIMA Q10 .................................................................. 21 
2.4 MANTEIGA DE KARITÉ ....................................................................................... 22 
2.5 VITAMINA E ............................................................................................................ 24 
2.6 PEPTÍDEOS............................................................................................................ 25 
2.7 ÁCIDO HIALURÔNICO ......................................................................................... 26 
2.8 ROSA MOSQUETA ............................................................................................... 27 
2.9 CAFEÍNA ................................................................................................................. 30 
2.10 JOJOBA ................................................................................................................... 30 
2.11 PANTENOL ............................................................................................................. 32 
2.12 QUERATINA ........................................................................................................... 34 
CAPÍTULO 3 - PROCEDIMENTOS INJETÁVEIS, PERFUROCORTANTES, 
ESCARIFICANTES E MINIMAMENTE INVASIVOS ...................................................... 35 
3.1 CARBOXITERAPIA E A INTRADERMOTERAPIA ........................................... 35 
3.2 O USO DA ANESTESIA EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS .................... 39 
3.3 LIPOCAVITAÇÃO .................................................................................................. 41 
3.4 O USO DO ULTRASSOM E A LIPOCAVITAÇÃO............................................ 43 
3.5 EFEITOS COLATERAIS DA CAVITAÇÃO ........................................................ 43 
3.6 DRENAGEM LINFÁTICA ...................................................................................... 44 
3.7 CRIOLIPÓLISE ....................................................................................................... 46 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 50 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Atualmente, as terapias e tratamentos estéticos disponíveis são inumeráveis, 
assim como a contribuição da cosmetologia e da eletroterapia. Nenhum deles é 
completamente eficaz se não for aplicado corretamente e em um trabalho conjunto, 
pois deve existir compromisso do paciente, já que ele deve fazer sua parte para 
obter uma melhora. 
O ser humano é um todo indivisível entre mente, corpo e espírito. Se um 
desses aspectos é afetado, afeta indiscutivelmente os outros dois. Enfrentar esse 
problema deve ser uma questão holística. Quando no campo da estética trata-se de 
um problema físico que altera a aparência, devemos considerar o fator psicológico 
do paciente para que sua resolução também promova o bem-estar mental. 
Por isso, o profissional deve agir com extrema responsabilidade e nunca 
esquecer que está cuidando de um ser humano e o objetivo principal que se procu ra 
é a melhoria de sua qualidade de vida. Para discorrer sobre os principais 
tratamentos que são realizados sobre a estética do corpo, é necessário saber a 
respeito dos desequilíbrios estéticos mais comuns e estruturas anatômicas. Veja a 
situação da conhecida celulite ou casca de laranja. Esta condição envolve o sistema 
linfático, a derme, a circulação e o sistema glandular endócrino, está relacionada à 
escassez de colágeno e elastina, bem como à falta de tônus nas fibras musculares. 
Destaca-se, ainda, que a flacidez da pele e da musculatura ou ambas podem ocorrer 
ao mesmo tempo. 
Desde os tempos antigos, já existia uma preocupação acentuada, sobretudo 
por parte das mulheres, com relação à estética, de maneira que as mulheres 
egípcias faziam maquiagem várias vezes ao dia, usando um creme de propriedades 
detergentes e desengatadas. Parece que os médicos e físicos egípcios escreveram 
longos tratados sobre beleza e maquiagem. 
Com as conquistas de Alexandre, o Grande, na Grécia, começou a indústria de 
produtos cosméticos e beleza. Nas mulheres gregas, onde os rostos passaram a ser 
coloridos, polvilhados com ouro, as sobrancelhas foram tingidas com cores brancas 
e vermelhas, os cílios foram alongados e passaram marcar a fronteira de seus olhos 
 
 
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e, por fim, os cabelos foram tingidos para que fosse possível definir até certo ponto, 
a personalidade. 
Além disso, as mulheres romanas seguiram os mesmos cuidados de beleza, 
suavizando a pele, utilizando extratos de limão, rosa e jasmim, e endureceram seus 
seios com vinagre, argila e casca de carvalho marinado em limão, polindo seus 
dentes com os cosméticos que havia na época. 
A estética estuda as histórias mais amplas do conhecimento elisabetano, assim 
como as diferentes formas de arte. A estética, assim definida, é o campo da filosofia 
que estuda a arte e suas qualidades, como a beleza, a eminência, a fealdade ou a 
dissonância. 
Logo, esta é o ramo da filosofia que estuda a origem do sen timento puro e sua 
manifestação, que é a arte, pode-se dizer que é a ciência cujo propósito primordial é 
refletir sobre os problemas da arte, a estética analisa filosoficamente os valores que 
nela estão inseridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTOS DE EMBELEZAMENTO CORPORAL 
 
1.1 EMBELEZAMENTO CORPORAL NO ÂMBITO DA ESTÉTICA E DA 
COSMETOLOGIA 
 
No século XIX, essa ideia de feminilidade ligada à beleza, fragilidade e 
delicadeza dos corpos das mulheres foi fortalecida. Com esse olhar do século XIX, 
historiadores e outros estudiosos recuperaram o "passado da humanidade" de 
maneira eurocêntrica e androcêntrica, buscando no passado os valores estéticos 
predominantes em suas sociedades. Foi um momento no desenvolvimento da 
humanidade em que a civilização ocidental, inexoravelmente, impôs modelos de 
beleza às mulheres, seu tempo e outros tempos, sua cultura e outras culturas que 
permanecem até hoje. (VANCOUVER, 2007). 
Por exemplo, a rainha egípcia Nefertiti, que era "uma mulher determinada e 
enérgica, cuja beleza foi elogiada", foi considerada a detentora do "perfil mais belo 
da história". Ela sempre foi obcecada por sua beleza, cuidando dela continuamente 
com xampus e cremes. No seu busto que se conserva, nota-se um autêntico 
"pescoço de cisne", um nariz de "rara harmonia" e uma boca de lábios carnudos 
perfeitamente desenhados. Na descrição de suas características faciais, podemos 
ver o olhar eurocêntrico do homem que catalogou a rainha egípcia, apontando 
qualidades que para os ocidentais eram suas referências estéticas. 
Nas sociedades contemporâneas caracterizadas por uma crescente demanda 
por corpos perfeitos, bonitos e saudáveis, uma série de modelos de beleza foi 
adotada e produzida para homens e mulheres, na qual qualquer tipo de diferença é 
desconhecido e excluído. Tais padrões promovem a discriminação racial daqueles 
que não cumprem com as características de beleza que são atribuídas à pele 
branca, cabelos loiros, olhos claros, nariz fino, estatura e a magreza extrema. 
É o caso da imposição em uma sociedade heterogênea, como é o caso do 
Brasil, de elementos de beleza padronizados, que se espalham e excluem as 
diferenças raciais inerentes a uma sociedade diversificada. Alcançar esses padrões 
de beleza e transformar corpos em "corpos perfeitos" é um dos objetivos 
 
 
 
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fundamentais da existência dos sujeitos que estão conectados aos padrões de 
beleza. 
As margens da normalidade são tão estreitas que, comparadas à imagem 
corporal criada, aceita e promovida a partir dos diferentes discursos, os corpos 
anômalos aumentam. Agora devemos lutar contra a obesidade e a gordura, manter 
a pele firme, rosto liso e sem rugas, cabelos pintados e não os deixar grisalhos, 
cumprir os parâmetros das formas bem definidas, enfim, deve ser corrigido o que 
não está de acordo com o modelo. 
Assim, as práticas de cirurgia estética são cada vez mais comuns em todos os 
setores sociais, causando vários tipos de efeitos, sendo os mais significativos 
aqueles relacionados à autopercepção dos sujeitos, desde as modificações 
corporais, como a "correção" de características faciais (nariz, maçãs do rosto, olhos, 
lábios, queixo), alterações na massa corporal (lipoaspiração, implantes), até a 
mudança de sexo. Todas essas alterações têm implicações na definição da 
identidade e em processos de subjetivação. São reconhecidas, por exemplo, as 
chamadas etnocirurgias que ocupam o primeiro lugar na finalidade de clareamento 
da pele, ampliação dos olhos ou modificação do nariz. (VANCOUVER, 2007). 
 
FIQUE LIGADO 
A imagem corporal é muito importante nestes tempos. Homens e mulheres recorrem 
a técnicas estéticas corporais que buscam melhorar sua aparência, não apenas para 
se sentirem mais próximos do ideal de beleza estabelecido, mas também por razões 
de saúde. 
 
Sabe-se que a classe média tem sido, tradicionalmente, o grupo social com um 
crescimento econômico exponencial e com grande acesso à informação e à mídia 
de massa e, por isso, se mostra como grande consumidora com claro objetivo de 
seguir os ditames da moda. 
Pessoas de baixa renda, no entanto, recorrem a lugares clandestinos onde os 
praticantes são improvisados ou, ainda, aprendizes, causando, em muitos casos, 
sequelas permanentes, e em outros, levando à morte de pacientes desavisados, o 
que torna esse fenômeno um problema de saúde pública. 
 
 
 
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Neste capítulo, interessa-nos mostrar a importância da perspectiva feminista na 
análise e na crítica das concepções sobre a beleza, que caracterizam as sociedades 
contemporâneas, bem como o conjunto de práticas que materializam os corpos das 
mulheres, em termos de padrões de perfeição exigida, particularmente na cirurgia 
estética como um dispositivo de controle para mulheres. 
Nesse sentido, considera-se fundamental que os feministas discutam essas 
questões contemporâneas, não só porque o feminismo e a análise de gênero têm se 
concentrado no desmantelamento da diferença sexual como a preestabelecida, a 
biológica e a corporal, mas porque a crítica minou a noção de feminilidade em que a 
beleza é um imperativo para as mulheres. 
Assim, dedicamos uma parte deste texto à reflexão sobre a visão feminista do 
mito da feminilidade. Noutra parte será exposto o modo pelo qual as práticas 
corporais de beleza, como a cirurgia estética, assumem um caráter performativo e 
materializador dos sujeitos de gênero. 
Quase ao mesmo tempo em que apareceu o filme The Stepford Wives, no 
contexto do feminismo dos anos 70, veio o importante trabalho publicado por 
Coletivos Boston - Nossos corpos das mulheres, que foi traduzido para várias 
línguas e tem viajado o mundo inteiro. Este livro pioneiro foi lan çado em 1973 e 
reuniu as discussões que as mulheres tiveram em uma oficina chamada Mulheres e 
seus corpos, no âmbitode uma das primeiras conferências feministas realizadas em 
Boston. Muitas dessas mulheres eram ativistas contra a Guerra do Vietnã e, para 
algumas delas, esse encontro foi o primeiro encontro com o feminismo. 
As mulheres falaram sobre sua sexualidade, sobre o aborto, sobre suas 
experiências com gravidez, maternidade e infância; e suas frustrações com cuidados 
de saúde por médicos e especialistas no campo. Esse grupo, que mais tarde se 
tornaria o coletivo de livros sobre saúde das mulheres de Boston, começou a se 
reunir regularmente, seus membros reuniam informações sobre questões de saúde 
e escreviam textos que discutiam em reuniões com a participação de mais e mais 
mulheres. Um ano após as discussões, o grupo decidiu agrupar esses trabalhos e 
publicar a qual seria a primeira versão desse livro cativante, que foi publicado por 
uma editora marginal e vendida a um preço de 75 centavos. 
 
 
 
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As discussões sobre a descriminalização do aborto, a violência contra as 
mulheres e as críticas ao dessensualizado corpo feminino e para reprodução, 
moldou a queixa contra a disposição dos corpos e forma a principal demanda do 
feminismo da segunda onda: o direito de decidir sobre o corpo de tais controvérsias, 
e, por isso, o feminismo levantou uma guerra frontal com a objetificação da mulher. 
(VANCOUVER, 2007). 
Essas noções hegemônicas de feminilidade fizeram com que o feminismo dos 
anos 60, em quase todo o mundo ocidental, trouxesse à discussão o corpo das 
mulheres que tocavam outras questões de saúde. O feminismo questionou o 
"império das imagens", pois se referiu à influência da mídia na definição da 
corporalidade das mulheres e se manifestou contra concursos de beleza, cosméticos 
e "beleza ideal" como requisito para ser mulher. Basta recordar a queima de sutiãs 
no cemitério de Arlington com esse slogan que levantou mulheres em 1968: "Irá 
cobrir as feridas da nossa opressão?" 
Além disso, o corpo foi submetido a exame sob os debates que o feminismo 
em si levantou sobre a natureza e cultura da própria relação com a visão ocidental 
que estabeleceu a diferença entre sexo e gênero e considerou o corpo como matriz 
biológica, passando a compreender a construção do gênero na definição de 
feminilidade. Finalmente, as discussões têm abundado nas maneiras em que as 
diferenças são constituídas ao longo das linhas traçadas pela classe social, raça, 
etnia, nacionalidade, sexualidade, capacidades corporais e muito mais. 
Sendo assim, os ideais de magreza, beleza, flexibilidade, agilidade para o 
trabalho e para o prazer são os objetivos individuais de quem prioriza o corpo e, por 
isso, decidir sobre seu corpo passou a ser uma maneira de arbitrar suas próprias 
vidas. 
Deste modo, nos anos 80 é inaugurada a noção do corpo como uma confecção 
de si mesmo, tornando-se um dos objetivos pessoais mais relevantes nas 
sociedades pós-industriais. Num contexto de crise e incerteza, os corpos dos 
sujeitos passaram a representar mais do que suas capacidades físicas, pois 
adquiriam um significado importante para sua própria existência, tendo a 
possibilidade de se construírem da maneira que gostariam de ser. 
 
 
 
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Sem dúvidas, as preocupações com o corpo e sua propriedade significariam 
um avanço, considerando a identidade como um projeto, enquanto a evidente 
presença do corpo como uma parte de fundação da subjetividade sublinha o produto 
social e o seu perfil, mas, no entanto, como metáfora cultural, o corpo representa o 
paradoxo das sociedades atuais à medida que observamos maior controle sobre os 
indivíduos e seus corpos, bem como um desprezo pela carnalidade dos sujeitos. 
Foi a partir dos anos 80 que a preocupação com o corpo se tornou exacerbada, 
visto que as mulheres passaram a considerar seus corpos como a única verdade de 
seu ser e, com isso, um espaço muito pessoal de decisão e ação. As práticas atuais 
voltadas para a ciência têm permitido discutir assuntos que representam mais do 
que apenas suas capacidades físicas para a aquisição de um significado importan te 
para a autogestão da sua existência, mas ser capaz de ser construído para atender 
aos seus desejos. (VANCOUVER, 2007). 
Na concepção atual do sujeito, o corpo passou a ser mais uma criação do 
empreendimento pessoal, visto que a sociedade começou a preparar e encorajar os 
indivíduos a procurar um corpo que mostre juventude, magreza e sensualidade e, 
consequentemente, passou-se a rejeitar o corpo decadente, envelhecido ou 
incapacitado. 
As experiências corporais das mulheres, em relação à sua aparência, foram 
exploradas a partir de práticas cotidianas de beleza, tratamentos de emagrecimento 
e modas, de maneira que acabou por surgir uma "epidemia" de transtorn os 
alimentares (bulimia e anorexia) e, ainda, de cirurgias estéticas. Estudos culturais, a 
partir de uma perspectiva feminista, promoveram pesquisas sobre a representação 
do corpo feminino no cinema e na televisão, mostrando a maneira pela qual a mídia 
"normaliza" as mulheres, apresentando imagens do corpo feminino como 
glamourosamente opulentas. 
Em nossas sociedades atuais, a busca pela beleza e perfeição tem mostrado 
uma das indústrias mais bem-sucedidas. De maneira que o uso de cosméticos, 
tratamentos, clínicas e salões de beleza, assim como, modificações faciais e 
corporais, são constitutivos do dispositivo da corporalidade. Por um lado, podemos 
considerar como alegorias da reapropriação de corpos e formas de expressão de 
 
 
 
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autocriação da identidade usual e, por outro, como mecanismos disciplinares no 
processo de controle de corpos. 
É inegável a popularidade dessas práticas e os consumidores crescentes 
destes serviços, no entanto, a partir da proliferação de intervenções cirúrgicas para 
modificar os corpos de mulheres e homens em busca da perfeição e beleza surgem 
algumas questões sobre como limitar o impacto das práticas estéticas na vida das 
pessoas. 
 
FIQUE ATENTO 
Nesse sentido, considera-se fundamental que os feministas discutam essas 
questões contemporâneas, não só porque o feminismo e a análise de gênero têm se 
concentrado no desmantelamento da diferença sexual, mas também nos aspectos 
biológicos e corporais, porque a crítica minou a noção de feminilidade em que a 
beleza é um imperativo para as mulheres. 
 
Sem dúvida, em termos de modernidade, a alteração do corpo que envolve o 
desafio é um triunfo da ciência. No entanto, eles também revelam o paradoxo de 
apelar para a cultura de normalidades estabelecidas, justificada por uma fala natu ral 
e biológica, ou seja, alterações de corporalidade que são processos difíceis de 
naturalização do sexo, isso pode ser confirmado observando que as operações 
realizadas nos corpos das mulheres regularmente tendem a enfatizar, em primeiro 
momento, os traços do feminino, ou seja, aumentaro tamanho dos seios, nádegas e 
características faciais que são refinadas e, no caso dos homens, os bíceps são 
aumentados, os enxertos são aplicados ao cabelo ou , ainda, aplicam-se próteses ao 
pênis, uma contradição que se torna evidente no caso de operações de 
redesignação sexual que respondem ao argumento daqueles que praticam esse tipo 
de intervenção de nascer "no corpo errado". (VANCOUVER, 2007). 
Práticas de beleza como a cirurgia estética, em seu caráter normalizador, 
também traçaram a interconexão entre racismo e corpo, mostrando como os 
modelos de beleza têm sido centrais nos processos de exclusão e discriminação. No 
início do século XIX, os cientistas justificaram a expansão colonial com argumentos 
biológicos sobre a superioridade dos tipos raciais europeus. As diferenças raciais 
 
 
 
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têm desvendado a definição de "alteridade", poder e hierarquias também entre as 
mulheres. Por exemplo, a pele branca luminosa. A base do ideal feminino da beleza 
ocidental é uma aspiração de mulheres com pele escura, nariz largo e cabelos 
cacheados. 
A "representação" de mulheres inclui todas as mulheres brancas ocidentais, 
mulheres negras e mulheres de países não ocidentais, indígenas, mestiças, mulatas 
e asiáticas. Entender a diferença do sexo biológico e/ou "raça" legitima as 
desigualdades sociais que se estabelecem como imutáveis porque se baseiam na 
"natureza" e andam de mãos dadas com o essencialismo e a homogeneização. 
(STREHLAU, 2015). 
Vivemos em um tempo em que a beleza do corpo feminino é tão importante 
quanto a beleza do rosto, e nenhuma mulher pode hoje se dar ao luxo de não se 
importar com sua linha. No entanto, existem outras razões que justificam essa 
preocupação que, a princípio, pode parecer infantil ou simplesmente ser rotulada de 
narcisista. As mulheres são agora obrigadas a proteger e manter sua linha por várias 
razões: por si mesma, por dignidade, por seu marido que, pressionado pelo símbolo 
feminino imposto em média, força-o a estabelecer comparações inevitáveis e a seus 
filhos que, quando crescerem, também serão "condicionados" pela pressão do 
ambiente, mas é acima de tudo, o compromisso que a mulher adquiriu com a vida 
ativa que a força a observar sua linha. 
A beleza é como um conjunto de conceitos, representações, discursos e 
práticas, cuja importância reside em sua capacidade performativa na materialização 
dos corpos sexuados e a definição de gênero. Sabemos que até hoje, a beleza é 
considerada uma característica da feminilidade, tanto como concebida no século 
XIX, e foi pensada como uma obrigação às mulheres para serem bonitas. 
Infelizmente, a beleza que faz parte do sexo feminino é normalmente imposta sobre 
o corpo das mulheres através de práticas identificadoras sujeitas a regimes 
regulamentares. 
 
 
 
 
 
 
 
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IMPORTANTE 
Por estética corporal, entendemos a conjunção de metodologias focadas na 
melhoria de alterações da aparência física de uma pessoa. Elas vão desde 
tratamentos cosmetológicos e terapias manuais até a incorporação de aparelhos 
especializados. 
 
1.2 ASPECTOS ESSENCIAIS DA BELEZA 
 
Falar de beleza é a um só tempo tratar de alguma coisa muito real, que 
desperta sentimentos intensos e inspira ações que vão da contemplação reverencial 
e silenciosa a ousadias de ordem conceitual e/ou material para desfrutá-la e/ou 
produzi-la, mas que também se furta a uma definição objetiva. As concepções que 
abrem este enunciado, como verdadeiros axiomas, dispensam demonstração. Já a 
que o fecha encontra suporte nas definições que lhes dão dois consagrados 
dicionários: o brasileiro Aurélio e o francês Larousse. Respectivamente, eles 
registram beleza como "coisa bela, muito agradável, ou muito gostosa" e "harmonia 
física, moral ou artística, que inspira admiração e encantamento". Resulta evidente 
de tais registros que não só os cinco sentidos, mas, também outros elementos, 
como cânones estéticos, códigos morais e políticos e mesmo idiossincrasias, atuam 
como filtros através dos quais se percebe a presença ou a ausência de beleza em 
pessoas, animais, coisas e fatos. (TEIXEIRA, 2001). 
Podemos dizer que a beleza é histórica, levanta diferenças em seus códigos, 
assim como nas maneiras de afirmar e olhar para ela. A beleza é social e seus 
critérios estéticos diretamente experimentados na atração e no gosto, são expressos 
em gestos e palavras cotidianas. Implica também a beleza expressa pelos atores, 
observada por eles; suas regras, seus perfis e o embelezamento de mídia ou a 
conservação da beleza que dão sentido aos cuidados, as pomadas, os cosméticos, 
o segredo. 
A beleza faz alusão ao que você gosta ou não, no corpo, em cada cultura e 
dado tempo para aparições que são valorizadas, os contornos são enfatizados ou 
negligenciados. Ao redor dele, imaginários são constituídos, os quais emergem à 
superfície dos corpos, inclui o aspecto e as maneiras e, por fim, passa a envolver o 
 
 
 
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temos dos sentidos, onde surge aquela sensação de não conseguir atingir a 
perfeição. 
Em uma análise de beleza, modelos e identidades de gênero não podem ser 
ignorados, de maneira que, esquemas de dominação sobre as mulheres têm a sua 
correspondência com o universo estético, por exemplo, a exigência tradicional de 
uma beleza sempre "pudica", virginal, guardada, que ganhou repercussões sobre as 
formas e perfis, movimentos mais bem aceitos, com mais sorrisos e corpos mais 
soltos e descobertos. 
Muito se refletiu sobre a preeminência do indivíduo sobre o coletivo nas 
sociedades contemporâneas, em particular, no que diz respeito à importância do 
corpo como parte do projeto pessoal. No entanto, a tensão entre a busca de uma 
identidade pessoal ideal e os padrões de tendências de beleza vigentes nessas 
sociedades da modernidade tardia torna-se evidentes com a ascensão da cirurgia 
estética. 
É necessário destacar a importância das práticas performativas e discursos 
que tornam realidade o que eles chamam de "o apelo à data", papel que, neste caso, 
satisfaz os padrões estéticos dominantes. Os processos de identificação não 
ocorrem como uma atividade imitativa, através da qual uma imagem seja consciente 
e é a semelhança de outro moldado, pelo contrário, é um processo de autoavaliação 
a partir da identificação de padrões estéticos almejados. 
A beleza é considerada como um atributo da feminilidade que participa dos 
esquemas reguladores que tornam os corpos das mulheres inteligíveis, apenas se 
estiverem em conformidade com as exigências de certos modelos de beleza aceitos 
e promovidos. Então, as práticas e discursos de beleza fazem parte do processo de 
materialização de sujeitos femininos, incluindo a cirurgia estética, para participar da 
materialização de corpos sexuados, regidos por normas regulatórias que 
determinam que um corpoé viável. A beleza contribui também para a criação e 
recriação de representações da feminilidade, produzindo diferenças de gênero. 
A incapacidade de teorizar sobre performatividade de gênero fora da prática de 
reguladores de regimes sexuais forçados e repetitivos é baseada em um corpo de 
mulher e corpo de um homem. Nesses regimes de discurso, o poder não concorre 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
com a possibilidade de harmonizar com voluntarismo ou individualismo ou a 
existência de um sujeito que escolhe. (STREHLAU, 2015). 
Em vigor na cultura de gênero, práticas corporais como a cirurgia estética são 
destinadas a modelar o sexo da materialização dos regulamentos impostos pela 
hegemonia heterossexual que, por sua vez, requer a identificação de normas e, 
finalmente, considera a materialização dos órgãos sociais da produção de corpos 
que importam. 
 
FIQUE LIGADO 
Beleza é um conjunto de conceitos, representações, discursos e práticas, cuja 
importância reside na sua capacidade performativa na materialização dos corpos 
sexuados e a definição de gênero. Sabemos que até hoje a beleza é considerada 
uma característica da feminilidade, tanto como concebida no século XIX, e foi 
pensada como uma obrigação às mulheres para serem bonitas. 
 
É possível ver clínicas de publicidade de beleza que anunciam os métodos 
mais eficazes e seguros de cirurgia estética, em que a promessa é a "correção" das 
características faciais ou de partes do corpo com as quais as pessoas não se 
sentem à vontade. 
As imagens de atores e atrizes famosos, modelos paradigmáticos ou rainhas 
de beleza aparecem em outdoors, circulam na web e são mostrados em capas de 
revistas, revelando as últimas mudanças em seus corpos e em seus rostos, onde 
eles exibem o cabelo de uma perfeição quimérica lisa e brilhante, produto não só de 
cirurgias cosméticas a que foram submetidos, mas também de modificações virtuais 
através de Photoshop, que se torna uma maneira de interpretar seu próprio corpo, 
em uma pedagogia perceptual. 
Esta perfeição é o milagre esperado para ser alcançado através de várias 
estratégias de práticas de beleza, do exercício, dietas, roupas para realçar qualquer 
parte da figura, para estilizar a silhueta, maquiagem, coloração capilar e 
fundamentalmente, a cirurgia estética como o remédio definitivo para resolver os 
"defeitos" do nascimento. 
 
 
 
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Nesse sentido, é o caso de próteses de mama ou implantes de nádegas, que 
são oferecidos em medições padronizadas e, nesta busca pela perfeição 
padronizada, a diferença é perdida e a noção de autonomia passa a ficar em risco. A 
cultura e o modelo social, a forma e os movimentos do rosto e a maneira como ele é 
oferecido ao mundo é um compromisso entre as orientações coletivas e o modo que 
cada ator se encaixa nelas. 
 
ATENÇÃO 
Por exemplo, a estética corporal que não é uma ciência mágica, oferece excelentes 
soluções, mas não é um fabricante de corpo perfeito que os pacientes idealizam 
muitas vezes. 
 
Na era da cirurgia estética, o sujeito ou ator, como é chamado, perde sua 
singularidade em virtude das transformações que ocorrem nos rostos para atingir a 
beleza. As mulheres passaram a assumir o dever de proporcionar beleza às novas 
gerações, enquanto os homens se tornaram responsáveis por transmitir inteligência, 
serenidade e formalidade. 
Uma vez que estas exigências às mulheres é fundamental para cultivar a 
aparência e, enquanto os padrões de beleza mudaram ao longo do tempo e em 
cada sociedade, a modernidade impôs padrões de beleza apresentados como 
inatingíveis à maioria das mulheres, diante de diferenças fenotípicas, de classe ou 
idade, mesmo que constituam uma aspiração constante que se torna uma obsessão. 
As noções de beleza pertencem ao campo das mentalidades, cujos processos de 
construção, consolidação e permanência são de muito longa duração. 
Até hoje mantemos uma concepção cartesiana sobre os corpos, de que nós 
temos um, pertence a nós e nós podemos mudá-lo ou corrigi-lo, no entanto, os 
ideais estéticos que caracterizam as épocas e lugares diferentes no mundo ocidental 
permaneceram em algumas orientações para que pudéssemos qualificar como 
jocoso, se não fosse o pessimismo que o caracterizava. A partir de seus 
argumentos, é possível recuperar alguns aspectos que estão no centro desses 
ideais e ainda são válidos no modelo da feminilidade hegemônica contemporânea. 
 
 
 
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Sendo assim, as pessoas passam a se utilizar de vários procedimentos para 
esconder os sinais de envelhecimento, como é o caso das injeções de bactéria 
botulínica, conhecida como "botox", que com o seu o efeito paralisante, minimiza 
não apenas as rugas, mas também reorganiza a expressão facial. Além do botox, 
ainda podem ser identificados os "aparelhos chineses" que literalmente "puxam" a 
pele, produzindo efeitos de suavização das linhas de expressão e ainda, o lifting que 
é um procedimento responsável por reacomodar a pele, suavizando as linhas de 
expressão. 
Além dos procedimentos estéticos faciais, ainda é possível identificar os 
procedimentos estéticos corporais que tornam possível aplicar para estender a 
cintura, através de cortes pequenos e realizar a lipoaspiração em partes do corpo 
que mostram gordura acumulada e, por fim, acabam por remover as camadas de 
tecido adiposo por uma operação que culmina em uma sutura, retirando a pele que 
sobra (STREHLAU, 2015). 
 
FIQUE ATENTO 
É importante não vender ilusões e agir com responsabilidade, destacando para a 
pessoa quais são os limites do seu trabalho, até que ponto ele é capaz de melhorar 
seu problema e que, muitas vezes, é necessário realizar um trabalho conjunto com a 
contribuição de outros profissionais, como um nutricionista, um endocrinologista ou 
um educador físico. 
 
A história da cirurgia plástica estética está imbricada com a da cirurgia plástica 
reconstrutiva, já que as técnicas são semelhantes, porém, durante muitos anos, a 
cirurgia para fins meramente estéticos era considerada uma imoralidade pelos 
próprios cirurgiões plásticos regulares. 
Nos Estados Unidos da América (EUA), a Cirurgia Plástica Estética passa de 
uma prática marginal, sem espaço para divulgação, antes da década de 1950, para 
uma especialidade reconhecida, regulamentada e cada vez mais procurada pelos 
médicos. Há vários aspectos que se relacionam a essa mudança de percepção 
sobre a cirurgia estética. Um deles é que a aparência física passa a ter outra 
conotação na sociedade ocidental nesse período, que é a da Beleza do Consumo, 
 
 
 
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em que os ideais de beleza são determinados pelo interesse econômico. (POLI 
NETO; CAPONI, 2007). 
O acesso do olhar médico ao interior do corpo doente não é a continuação de 
um movimento de aproximação que teria se desenvolvido, mais ou menos 
regularmente, a partir do dia em que o olhar, que começava a ser científico, do 
primeiro médico se dirigiu, de longe, ao corpo do primeiro paciente; é o resultado de 
uma reformulação ao nível próprio do saber e não ao nível dos conhecimentos 
acumulados, afinados, aprofundados, ajustados. (FOUCAULT, 2003). 
Essa beleza instrumental, a nosso ver, tem um caráter primordialmente 
sexualizado. Conforme se vincula um ideal de estética corporal ao erotismo ou a 
uma maior eficácia na conquista ou oferta de prazer sexual, produz-se uma fusão de 
duas dimensões distintas de relacionamento do indivíduo com o objeto corpo. Há a 
dimensão da experiência estética, em que a forma é o fundamento; e a dimensão da 
experiência prática, em que a função e a utilidade dos objetos é que legitimam seu 
valor. Dessa forma, ao fundir experiência estética e a beleza à experiência prática e 
eficácia sexual, oferece-se um estímulo imediato ao mercado. (SAMPAIO; 
FERREIRA, 2009). 
 
IMPORTANTE 
A beleza não pode ser entendida sem levar em conta o gênero e o poder, por isso 
focar na análise feminista sobre as práticas de beleza, tais como dieta, exercício e, 
em particular, a cirurgia estética torna-se importante. 
 
O corpo feminino, nesse sentido, expressa precisamente esses efeitos de 
práticas e discursos sobre a feminilidade como o que sustenta a propaganda em 
torno da cirurgia estética. 
As várias maneiras pelas quais as mulheres devem adornar ou alterar seus 
corpos trabalham para apagar as diferenças entre elas, produzindo uma 
homogeneização como efeito contraditório à singularidade desejada. A supressão de 
significados específicos rouba as práticas de beleza de seu significado político e as 
torna ideais para a normalização da feminilidade em todas as suas formas. 
 
 
 
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As práticas voltadas à manutenção e melhoria do corpo são percebidas como 
os meios para realizar o projeto pessoal, bem como o modo de derrotar a 
decadência individual do corpo. As práticas de beleza, principalmente a cirurgia 
estética, reforçaram a ideia da instrumentalidade do corpo; a noção do corpo 
mecânico modificável e reparável é nutrida com a convicção de que essas práticas 
provam a tomada do corpo pelas próprias mãos. 
A partir dessa perspectiva, podemos compreender que uma das principais 
discussões geradas a partir da popularização da cirurgia estética, demanda do 
feminismo pelo direito das mulheres de decidir sobre seu próprio corpo. 
Vale destacar sobre a importância de considerar a historicidade das práticas de 
beleza para ligar individualidade para uma gama mais ampla de poder e de gênero 
em hierarquias desse contexto, mas analisando os complexos e contraditórios 
discursos de trabalho sobre o corpo, controle e feminilidade que mostram porque as 
mulheres são especialmente suscetíveis às iscas do sistema de beleza. 
 
FIQUE LIGADO 
Atualmente, as terapias e tratamentos estéticos disponíveis são inúmeros, assim 
como a contribuição da cosmetologia e dos aparelhos. Mas nenhum deles é 
completamente eficaz se não for aplicado adequadamente e em um trabalho 
conjunto e comprometido com o paciente, pois isso cada um deve fazer sua parte 
para alcançar uma melhoria. 
 
A análise das práticas culturais e discursos sobre a beleza fornece significados 
inestimáveis para compreender não apenas os processos pelos quais a 
materialização dos corpos se dá, mas também nos permite conhecer as razões 
pelas quais as mulheres persistem em melhorar ou alterar seus corpos, apesar dos 
perigos e desvantagens da maioria das práticas de beleza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 - PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS, CORRETIVOS E PREVENTIVOS 
UTILIZADOS NO CORPO 
 
2.1 FUNDAMENTOS DE PROCEDIMENTOS CORRETIVOS UTILIZADOS NA 
ESTÉTICA CORPORAL 
 
O corpo é revestido por um delicado manto protetor chamado pele. Ela é o 
maior órgão humano, sua extensão corresponde a uma área de dois metros 
quadrados. Constitui o mais pesado órgão vital, sendo o reflexo da alma e da saúde 
(GOOSENS, 2004). É formada por tecidos de origem ectodérmica e mesodérmica 
que se dividem em três camadas distintas: a epiderme, a derme e a hipoderme 
(SOUSA; VARGAS, 2004). 
Os procedimentos corretivos podem ser de duas categorias, nomeadamente: 
invasivos e não invasivos. Os avanços tecnológicos dos referidos tratamentos 
corporais oferecem às pessoas uma opção de cuidados da imagem, o que resulta 
em um aumento da segurança e autoestima (MAUAD, 2003). 
 
2.2 COENZIMA Q10 
 
A ubidecarenona (coenzima Q10) teve registro sanitário no Brasil como 
medicamento até 2016, quando venceu o registro da única apresentação 
farmacêutica ainda disponível (website da Anvisa – consulta em 03/08/2019). 
Atualmente, o registro sanitário prevê que esse é um suplemento alimentar. A 
indicação aprovada quando o registro ainda previa sua utilização como 
medicamento eram, situações que envolvessem estresse oxidativo, sem menção 
aos efeitos adversos. 
A coenzima Q10 é uma provitamina lipossolúvel sintetizada endogenamente e 
naturalmente encontrada em alimentos como a carne vermelha, peixes, cereais, 
brócolis e espinafre. É comercializada como suplemento alimentar e utilizada em 
formulações cosméticas. Localiza-se na membrana de organelas celulares como 
retículo endoplasmático, vesículas e membrana interna da mitocôndria, onde atua 
como um cofator essencial na cadeia respiratória. Apresenta propriedades 
 
 
 
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antioxidantes e potencial no tratamento de doenças neurodegenerativas e 
neuromusculares. (MACHADO, 2011). 
Como se observa, a coenzima Q10 é um poderoso antioxidante que impede a 
oxidação dos lipídios da pele, protegendo contra a radiação UV e os radicais livres. 
Sua função é antienvelhecimento, pois previne a degradação do colágeno e a 
formação e profundidade das rugas, além de restaurar a barreira lipídica da pele. A 
coenzima Q10 ocorre naturalmente no corpo, mas à medida que en velhecemos e 
nossas deficiências nutricionais aumentam, é reduzida em nosso corpo. 
 Como antioxidante, a coenzima ajuda a proteger a pele contra os danos dos 
radicais livres, além de desempenhar um papel fundamental na produção de energia 
celular, por isso, este antioxidante se torna essencial para o funcionamento de 
quase todas as células, pois a oxidação é um processo que ocorre continuamente 
no corpo e propicia o surgimento de doenças. Podendo aparecer tanto na digestão 
dos alimentos que ingerimos, como do exercício, de radiação, poluição, intoxicação 
por álcool ou metaispesados, infecções etc. Nesse sentido, observa-se que: 
 
“O interesse pela CoQ10 tem aumentado nos últimos anos, principalmente 
devido à capacidade de transferir elétrons e atuar como antioxidante. Na 
sua forma reduzida, a CoQ10 é um poderoso antioxidante que previne os 
danos oxidativos causados pelos radicais livres, incluindo a oxidação de 
lipídios na membrana mitocondrial. Sua atuação como antioxidante também 
ocorre por meio da ativação e aumento da expressão de proteínas 
mitocondriais desacopladas (“mitochondrial uncoupling proteins”- UCP),um 
efeito antiapoptótico que resulta na redução de geração de radicais livres”. 
(MACHADO, 2011 p.06) 
 
Estudos recentes demonstraram a importância da CoQ10 na resistência do 
DNA aos danos oxidativos. Os linfócitos do sangue periférico de indivíduos 
portadores de doenças mitocondriais apresentaram uma redução significativa das 
quebras de fita simples e duplas do DNA, após o tratamento por duas semanas com 
a CoQ10 (MIGLIORE et al., 2004). 
A redução dos danos oxidativos pela CoQ10 também foi observada em 
fibroblastos periosteal humano e osteosarcoma MG63 (FIGUERO et al., 2006), em 
células da mucosa nasal humana (REITER et al., 2009) e em células ganglionares 
da retina, tanto in vitro, linhagem RGC-5, como in vivo, em ratos (NAKAJIMA et al., 
2008). 
 
 
 
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Para os atletas, a coenzima Q10 é uma grande aliada, uma vez que, como 
poderoso antioxidante, ajuda a reduzir o estresse oxidativo do exercício e do 
treinamento, além de desempenhar um papel importante na produção de energia 
celular. 
Há milhões de pessoas que sofrem de esgotamento deste composto, o que 
pode levar a muitos problemas de saúde. Nesse sentido, tem havido muitos estudos 
sobre os possíveis benefícios médicos da coenzima Q10, mostrando que pessoas 
com doenças graves como câncer, diabetes, distrofia muscular e doença de 
Parkinson têm níveis mais baixos dessa coenzima do que indivíduos normais. 
Nesse sentido, dentre os benefícios que podem ser observados a partir da 
coenzima Q10, observa-se os seguintes: 
1.Aumento do uso de oxigênio pelo nosso corpo, favorecendo todos os tipos de 
exercícios físicos aeróbicos que necessitam de respiração; 
2.Perda de peso, estimulando o metabolismo do corpo; 
3.Melhoria dos sintomas em pacientes com insuficiência cardíaca e 
insuficiência cardíaca congestiva; 
4.Melhoria significativa da função imunológica, aumentando a capacidade do 
sistema imunológico de combater doenças; 
5.Detentora de propriedades antienvelhecimento devido a sua atividade 
antioxidante; 
6.Supressão da inflamação gengival através das gomas saudáveis; 
7.Promoção da fertilidade masculina, melhorando a mobilidade dos 
espermatozoides. 
8.Potencializador das atividade de vitaminas como vitamina C e E. 
 
2.3 A APLICAÇÃO DA COENZIMA Q10 
 
A aplicação tópica na pele do Q10 é muito comum em todos os tipos de cremes 
faciais. As grandes marcas comerciais sabem do potencial que a coenzima tem em 
nossa pele e utilizam em muitos de seus produtos e cremes de beleza, que ao 
serem aplicados na pele, permitem a penetração do Q10 nas camadas das células 
vivas da pele, atenuando a profundidade das rugas e a rotação das células epiteliais. 
 
 
 
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Depois de começar a tomar o suplemento, especialmente, se for em altas 
doses, pode ocorrer algumas alterações no sistema biológico, como é o caso de 
erupções cutâneas, náuseas, vômitos, diarreia ou, mais frequentemente, dor de 
estômago. Nesse sentido, os efeitos colaterias mais frequentes a partir da 
aministração da coenzima Q10 são: 
Estômago agitado, que se caracteriza por má digestão e ainda a sensação de 
queimação na área do peito. 
A Diarreia é uma das queixas mais comuns e represen ta a indicação de 
problemas digestivos. 
A coenzima Q10 reduz os níveis de açúcar no sangue e, com isso, ocorrem 
tonturas ou apenas uma sensação de tontura. Por isso, o presente composto não é 
indicado para pessoas que sofrem com hipoglicemia. 
Náusea é uma sensação, bastante desagradável, que gera a vontade de 
vomitar; não existe um padrão de ocorrência e vai depender, exatamente, da 
intensidade do processo. 
Pode provocar insônia, que é a dificuldade de manter o sono ou ainda, de 
iniciá-lo. Sugere-se que o indivíduo que apresente este tipo de reação, busque um 
profissional para que não haja dano à sua saúde. 
A reação alérgica ocorre através de erupções cutâneas na pele em diferentes 
partes do corpo. Destaca-se que outros efeitos alérgicos adversos da coenzima Q10 
podem incluir falta de ar e inchaço inexplicável na boca e face. 
De acordo com o observado por Saccomandi (2012), os desconfortos 
apresentados poderiam ser evitados com a diminuição das doses. Isso facilitaria 
bastante a eficácia do produto. 
 
2.4 MANTEIGA DE KARITÉ 
 
A manteiga é extraída de nozes de carité, fruto de uma árvore que cresce nas 
savanas da África Ocidental. Embora seja um produto comestível, é principalmente 
conhecida pelas suas propriedades cosméticas, hidratantes, regeneradoras e 
suavizantes para a pele. É rica em ácidos graxos, vitaminas A, D, E e F, mas 
 
 
 
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também em látex e lipídios insaponificáveis (que não são diluídos com água). Este 
produto de beleza é uma espécie de panaceia para a pele e também para o cabelo. 
Esse princípio ativo é o melhor amigo da pele seca e desidratada e também 
serve para peles sensíveis. É um produto concentrado com grande poder de 
regeneração, o que o torna perfeito para produtos destinados ao corpo, rosto ou 
lábios, que não possuem sua própria barreira protetora. 
Existem verdadeiros fãs desse ingrediente que é chamado de "manteiga de 
karité" de maneira que, muitas linhas de cosméticos estão incorporando-o em 
diferentes versões: manteigas de corpo, batons, óleos de massagem, combinados 
com argan ou coco para cabelos, por isso, é um ingrediente cada vez mais comum 
em cremes para mãos, unhas, pés etc. 
A manteiga de karité possui múltiplas indicações cosméticas, pois contém 
inúmeras propriedades reparadoras, além de suavizar a pele, proporciona 
flexibilidade e hidratação profunda. O uso continuado de manteiga de karité tem 
efeitos preventivos contra o envelhecimento da pele, visto que a manteiga de karité 
funciona cobrindo a pele com um filme invisível que evita a desidratação e a protege 
de agressões externas como sol, vento ou mudanças súbitas de temperatura. É 
muito eficiente na regeneração de tecidos e acalma a pele irritada. 
Ademais, a manteiga de karité ajuda também a manter a elasticidade e 
flexibilidade da pele, estimulando a produção de colágeno, graças aos seus ácidos 
graxos e à vitamina F, e ainda reduz e atrasa a aparência das rugas. 
O uso da manteiga de Karité é mais indicado nas seguintes situações: 
• Na gravidez e lactação, pois o uso durante a gravidez impede o 
aparecimentoe formação de estrias. Já durante a amamentação evita a 
formação de fissuras no peito e protege o bebê da vermelhidão da pele 
pelo atrito das fraldas. 
• Nos lábios, nariz e corpo, pois é muito útil para tratar os lábios secos por 
causa do frio, para o qual proporciona um brilho natural, também para o 
nariz irritado por alergias ou resfriados. Pode ser usada para dar à nossa 
pele um efeito acetinado, suave, hidratado e macio. 
 
 
 
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• No cabelo, serve para proteger dos danos causados pelo sol, 
exercendo seu efeito protetor e regenerador, restaurando a estrutura 
capilar, proporcionando brilho, maciez e volume. 
• Em peles muito delicadas funciona como instrumento importante para 
manter a pele hidratada e com uma boa elasticidade. 
• Pele avermelhada ou alérgica, serve como anti-irritante, sendo indicado 
para peles com tendência alérgica e prevenção do aparecimento de 
feridas. 
Embora não tenha efeitos adversos, a aplicação sob condições que vão além 
do uso cosmético usual (secura, prevenção) deve ser indicada por um profissional 
que tenha feito o diagnóstico do estado da pele e seu tratamento correspondente. 
Isto é especialmente importante em casos de alergias, rosácea ou durante a 
gravidez e lactação. (SACCOMANDI, 2012). 
 
2.5 VITAMINA E 
 
A vitamina E é a principal vitamina lipossolúvel presente no plasma e na 
partícula de LDL, podendo se apresentar em quatro isoformas: alfa, beta, gama e 
delta-toco ferol, e destas o alfa-tocoferol é a forma biologicamente mais ativa e a 
mais estudada até o momento. 
Os tocoferóis convertem radicais livres em espécies mais estáveis por meio da 
doação de um átomo de hidrogênio, gerando produtos eletricamente estáveis ou 
menos reativos. É importante notar que, ao proteger os lipídeos da oxidação, a 
vitamina E se converte em um radical tocoferil, precisando ser regenerada para 
recuperar seu potencial antioxidante. 
Do sistema de regeneração da vitamina E, participam o ácido ascórbico, a 
enzima glutationa-reduzida e a coenzima Q10. Sugeriu-se que a ação desse sistema 
deve ser estudada em conjunto com a ação da vitamina E para resultados mais 
consistentes sobre o potencial antioxidante do plasma. (CATANIA et al, 2009). 
A ação da vitamina E é antioxidante, rejuvenescedora e protetora contra 
agressões externas e radicais livres que podem causar envelhecimento prematuro 
da pele. Sua ação é contra rugas e toxinas ambientais, mas também é boa para a 
 
 
 
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regeneração de tecidos. Ajuda a reduzir as bolsas e atenuar as olheiras. (CATANIA 
et al, 2009). 
O funcionamento da vitamina E ocorre através da interação das células e a 
vitamina E, com o objetivo de desenvolver atividades importantes. São necessárias 
pesquisas no sentido de descobrir se a vitamina E pode prevenir câncer, doenças 
cardíacas, demência, doença hepática e derrame. Entretanto, algumas pesquisas 
sobre o uso da Vitamina E apontaram certo benefício nas seguintes questões: 
• Doença de Alzheimer: de acordo com algumas pesquisas, altas doses 
de vitamina E podem atrasar a progressão da doença de Alzheimer em 
pessoas diagnosticadas com esta doença de leve a moderada. Outros 
estudos não mostraram esse benefício. Suplementos de vitamina E 
parecem não ter efeito sobre o fato de que, no caso de pessoas com 
comprometimento cognitivo leve, essa condição evolui para se tornar a 
doença de Alzheimer. 
• Doenças do fígado: estudos mostram que a vitamina E pode melhorar os 
sintomas da doença pelo fígado gordo não alcoólico. No entanto, algumas 
evidências sugerem que tomar vitamina E por via oral para esses fins por 
dois anos está relacionado à resistência à insulina. 
• Pré-eclâmpsia: não foi provado que o aumento do consumo de vitamina 
E previna esta condição da gravidez que afeta a pressão sanguínea. 
• Câncer de próstata: pesquisas mostram que os suplementos de vitamina 
E e selênio não impedem o câncer de próstata. Também é uma 
preocupação que o uso de suplementos de vitamina E pode aumentar o 
risco de câncer de próstata. 
 
2.6 PEPTÍDEOS 
 
Peptídeos são moléculas cuja função é detectar anormalidades na pele e 
contribuir para a sua reparação. Com a idade, essas moléculas diminuem sua 
atividade e é por isso que alguns produtos de beleza incluem peptídeos artificiais. 
No que se refere aos benefícios da aplicação dos peptídeos na pele, podemos 
identificar os seguintes: 
 
 
 
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• Redução da perda natural do colágeno; 
• Facilita a introdução de moléculas benéficas para a pele; 
• Redução de rugas e linhas de expressão; 
• Ação antioxidante; 
• Reparação de tecidos danificados; 
• Hidratação da pele; 
• Clareamento cutâno; 
 
2.7 ÁCIDO HIALURÔNICO 
 
O AH é o glicosaminoglicano mais abundante presente na matriz extracelular 
constituindo a derme, não sulfatado e não ligado covalentemente à proteína, ele é o 
único glicosaminoglicano não limitado a tecidos animais, também encontrado em 
cápsula de certas bactérias. 
No ser humano, este mucopolissacarídeo está presente no líquido sinovial, na 
pele, nos tendões, no humor vítreo e no cordão umbilical. Também é encontrado na 
crista de galo. Na pele, bem como nas cartilagens, a função do AH é ligar-se à água, 
mantendo a tonicidade e a elasticidade desses tecidos. No líquido sinovial, sua 
função básica é a de manter um suporte protetivo e lubrificante para as células das 
articulações. No olho, atua como componente natural dos tecidos oculares, tais 
como córnea, esclera e corpo vítreo. (SANTONI, 2018) 
O principal benefício do ácido hialurônico é sua capacidade de reter milhares 
de vezes seu peso em água. Esta capacidade faz com que seja um aliado perfeito 
para hidratar a pele, protegê-la e aumentar o nível de colágeno. O ácido hialurônico 
é encontrado especialmente na cartilagem, articulações, humor vítreo e na pele. Sua 
concentração em cada 35 quilos de peso corresponde a 7,5 gramas 
aproximadamente. (SANTONI, 2018). 
São muitas as propriedades biológicas do AH, tais como a capacidade de 
retenção de água e o comportamento visco-elástico, que lhe confere um perfil 
peculiar tornando-o apropriado para diversas técnicas e diferentes finalidades de 
aplicações médicas e farmacêuticas. (SANCHES et al, 2017). 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Em estética, o AH é aplicado com o objetivo de rejuvenescimento, em forma de 
preenchimento da boca, em olheiras profundas, em sulcos e rugas. Caso a pessoa 
não sinta a necessidade de usá-lo como preenchimento, o AH pode ser adquiridoa 
partir de alguns cremes dermatológicos. Cabe ressaltar que o objetivo do creme é 
diferente das outras aplicações mencionadas, pois ele apenas recruta mais água 
aos tecidos que se tornam desvitalizados com o envelhecimento. (SANCHES et al, 
2017). 
Ao devolver o AH nas camadas internas da pele se restabelece o equilíbrio 
hídrico, filtra-se e regula-se a distribuição de proteínas nos tecidos e compõe-se um 
ambiente físico no qual ocorre o movimento das células, contribuindo para melhora 
na estrutura e elasticidade da pele, removendo rugas, realçando e restaurando o 
volume facial, criando volume labial, suavizando as linhas de expressão e 
proporcionando o rejuvenescimento facial (FRASER, et al., 2007). 
Nesse sentido, entre as principais funções do AH, destacam-se as seguintes: 
• Capacidade de atrair e reter água. Ele consegue imobilizar as partículas 
de água dando turgor e hidratação às células; 
• Participa da regeneração celular, portanto, sua aplicação estimula esse 
processo. Contribui para a regeneração da epiderme, tecidos conjuntivos 
e tecidos articulares; 
• Participa da formação estrutural da cartilagem, contribuindo para a sua 
recuperação. 
O AH não deve ser utilizado em indivíduos com hipersensibilidade conhecida, 
em mulheres grávidas ou no período de amamentação, não deve ser injetado em 
uma área onde um implante permanente tenha sido colocado, nem ser aplicado 
dentro ou próximas de áreas em que haja doença ativa de pele, inflamações ou 
feridas. (SANCHES et al, 2017 p. 557). 
 
2.8 ROSA MOSQUETA 
 
A Rosa Mosqueta (Rosa aff. rubiginosa) pertence ao gênero Rosa, da família 
Rosaceae, e possui aproximadamente 70 espécies diferentes em todo o mundo. 
Originária da área do Mediterrâneo e da Europa Central, foi trazida para a América 
 
 
 
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do Sul pelos colonizadores espanhóis, e cresce na região sul e central do Chile 
como uma planta selvagem, em solos secos de baixo valor agrícola. É também 
conhecida como rosa selvagem, rosa silvestre, rosa canina, rosa primitiva, hunds 
rose (alemão), rosa canina (espanhol), é glantine (francês), wild rose (inglês), rosa 
selvatica (italiano), rosae (latim). (SANTOS et al, 2009). 
O alto valor nutritivo encontrado nos frutos da Rosa Mosqueta torna seu 
consumo favorável para uma dieta saudável. Esses estudos comprovam que seus 
frutos possuem elevadas concentrações de vitamina C e carotenóides (licopeno, 
beta-caroteno e rubixantina), as quais têm relação direta com a espécie, o genótipo 
e o local onde é cultivada, o que a torna um produto muito utilizado na indústria 
alimentícia para processamento de marmeladas, geleias e sucos. (SANTOS et al, 
2009). 
Nesse sentido, observa-se que o óleo de rosa mosqueta é um potente 
regenerador da pele, pois atua como umectante, melhorando sua hidratação, ajuda 
na cicatrização, reduz a perda de água na epiderme, reduz a visibilidade das 
cicatrizes e previne as estrias. 
A rosa mosqueta também é usada para preparar infusões e enquanto o óleo é 
extraído da semente, passa a ser usado em propriedades terapêuticas e ainda, para 
o uso cosmético na pele. 
Há muitas propriedades e benefícios que o óleo de rosa mosqueta pode 
proporcionar à pele, nomeadamente: 
• Vermelhidão e irritação: graças ao ácido linoléico, pode ajudar a reduzir 
a inflamação e curar qualquer capilar danificado que cause algum tipo de 
vermelhidão na pele. Em caso de rosácea e acne, recomenda-se o uso de 
óleo de mosqueta como um bom tratamento para combater o problema. 
• Secura crônica: o óleo tem a capacidade de hidratar profundamente, 
pois, penetra em todas as camadas da pele, protegendo-a da secura e 
mantendo-a macia e suave. 
• Unhas fortes: o óleo de rosa mosqueta pode melhorar o tom da pele e, 
ao mesmo tempo, fortalecer as unhas; só deve ser aplicado nessas áreas 
regularmente para garantir que elas absorvam as propriedades do óleo. 
 
 
 
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• Os radicais livres: radiação UV e toxinas que são normalmente 
encontradas em todo o ambiente podem causar grandes problemas de 
pele. Ao usar o óleo mosqueta cria-se um tipo de proteção, sendo assim, 
ele tem potencial como agente na prevenção até mesmo do câncer de 
pele. Também tem a capacidade de reduzir os danos já causados pelo sol 
na pele, graças às suas propriedades que permitem regenerar a área 
afetada. 
• Artrite reumatoide: consumir regularmente este óleo pode ajudar a 
mobilidade em 25%, reduzindo a dor, rigidez, inflamação e ajudando as 
pessoas que sofrem desta doença para que tenham um humor melhor. 
• Asma: graças às grandes quantidades de vitamina C contidas no óleo de 
rosa mosqueta, vários problemas respiratórios, inclu indo asma, podem ser 
evitados, protegendo o sistema imunológico e, por sua vez, fortalecendo a 
imunidade no corpo. 
• Câncer e doenças cardiovasculares: uma das vantagens do uso do 
óleo de rosa mosqueta é que ele possui uma grande quantidade de 
carotenoides, flavonoides e polifenóis. Todos estes são antioxidantes que 
podem ajudar a prevenir muitas doenças cardiovasculares ou até mesmo 
o aparecimento de câncer em qualquer área do corpo. 
• Diabetes: o óleo de rosa mosqueta regula os níveis de açúcar, o que 
ajuda a torná-los menos propensos a sofrer de diabetes em algum 
momento. 
Diversos estudos demonstraram, in vitro e in vivo, as propriedades anti-
inflamatórias, bacteriostáticas e imunomoduladoras conferidas ao extrato do óleo de 
Rosa Mosqueta. A atividade anti-inflamatória da Rosa Mosqueta, evidenciada nos 
estudos, vem a ser útil mais tardiamente no processo cicatricial, visto que a 
prorrogação da inflamação pode prolongar o tempo de cicatrização. Por outro lado, a 
inibição das células inflamatórias provocada pelo extrato da planta, resultando em 
menor sinalização para proliferação e migração celular, pode bem ser empregada 
em casos de cicatrizes hipertróficas, o que corrobora o uso em pessoas com 
tendência a desenvolver queloides, segundo o costume popular. (SANTOS et al, 
2009). 
 
 
 
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2.9 CAFEÍNA 
 
A cafeína é uma substância conhecida por estar presente no café, em alguns 
chás e em alguns refrigerantes. As propriedades mais conhecidas são seu alto 
poder de estimular nosso sistema nervoso, além de ser um grande aliado diante da 
sonolência. 
Entretanto, a cafeína tem múltiplas propriedades cosméticas e, dependendo do 
produto em que está presente, pode ter diferentes funções. Por exemplo, na 
anticelulite, combate a pele de laranja acelerando o suprimento de sangue. É um 
poderoso antioxidante que retarda o ritmo de envelhecimento da pele e é também 
uma propriedade descongestionante e ideal para o tratamento de olheiras e bolsas 
nos olhos. 
Dentre as funções que podem ser identificadas a partir da ação do café da 
pele, destacam-se: 
• Ação antioxidante que pode atacar os radicais livres e que são 
responsáveispelo envelhecimento da nossa pele; 
• O efeito descongestionante ajuda na redução das bolsas que se formam 
sob os olhos; 
• Ativação da circulação através do combate às varizes; 
• Suavizar a dureza ou calos nos pés; 
• Eliminação das impurezas em decorrência do efeito hidratante e 
esfoliante; 
• Suaviza a fibra capilar, concedendo um brilho natural. 
 
2.10 JOJOBA 
 
A árvore arbustiva ainda cresce selvagem nos Estados Unidos, principalmente 
nas regiões áridas dos estados do sudoeste. A noz de jojoba tem sido usada por 
tribos nativas americanas desde tempos imemoriais, seu nome comum vem de 
Hohowi ', o nome O'odham. Eles usaram uma pasta de nozes para cuidar da pele e 
do cabelo, e nozes inteiras como alimento de sobrevivência em situações de 
emergência. 
 
 
 
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O óleo de jojoba é benéfico para o cabelo e para a pele, devido às suas 
propriedades restauradoras e condicionantes. Na pele, protege as camadas 
superficiais contra as fortes radiações do sol e nos cabelos, proporciona maior brilho 
e maciez. O óleo de jojoba é uma cera líquida extraída da castanha de um arbusto 
nativo americano que leva o nome científico de Simmondsia chinensis. 
O óleo de jojoba é único no mundo, pois, ao contrário da maioria dos outros 
óleos vegetais, é muito semelhante ao sebo, uma substância cerosa produzida pelas 
glândulas da nossa pele, por isso pode agir como um condicionador natural . Por 
conta disso, ele substituiu as gorduras animais na fabricação de loções e cremes. 
Na verdade, esse óleo ganhou popularidade graças à oposição ao óleo de baleia, 
que era a base tradicional de muitos preparados cosméticos. 
O óleo de jojoba tem um ligeiro odor de nozes e uma cor dourada clara na 
parte crua, mas o óleo refinado é completamente inodoro, o que nega a necessidade 
de qualquer agente perfumado quando usado para fins cosméticos e de cura. Além 
disso, é uma boa base para inúmeros óleos essenciais. 
Como a cera de jojoba tem um ponto de fusão muito baixo, ela praticamente 
permanece em estado líquido o tempo todo e pode ser usada diretamente sem diluí-
la. Além disso, sendo uma cera, não tem tanta sensação gordurosa quanto os óleos 
mais tradicionais. 
Os sabonetes naturais e a maioria dos outros agentes de limpeza da pele 
removem o sebo produzido pelas glândulas da pele para lubrificar a pele e protegê-
la da secura.Toda vez que lavamos nossos rostos e mãos, mesmo com água, 
removemos uma camada protetora de sebo juntamente com poeira e sujeira. O ar 
frio e seco no inverno e os interiores aquecidos ressecam nossa pele a um ritmo 
mais rápido do que nossas glândulas de pele reabastecem o suprimento de óleo 
perdido. (SACCOMANDI, 2012). 
Logo, a pele desidratada é vulnerável a irritantes que causam dermatites e 
germes que constantemente procuram pontos de entrada na derme. Manter a pele 
hidratada bloqueando a umidade e protegendo-a dos efeitos de secagem do 
ambiente é um cuidado básico. 
 
 
 
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Nesse sentido, observa-se que o óleo de jojoba reveste-se de uma dupla 
atuação, nomeadamente, pele e cabelo. No que se refere aos benefícios da pele, 
podem ser observados as seguintes questões: 
• Umectante; 
• Cicatrizante; 
• Reposição da oleosidade natural da pele; 
• Ação emoliente. 
No que se refere aos efeitos que podem ser identificados no cabelo, observa-
se as seguintes questões: 
• Ação restauradora; 
• Estimula o crescimento do cabelo; 
• Doador de brilho; 
• Tratamento da caspa. 
 
2.11 PANTENOL 
 
O pantenol é uma pró-vitamina que corresponde a um álcool biologicamente 
ativo, e quando aplicado topicamente é convertido a ácido pantotênico (vitamina B5), 
um constituinte natural do cabelo e importante cofator da coenzima A, a qual está 
envolvida no metabolismo intermediário de proteínas, carboidratos e gorduras. O 
ácido pantotênico pode ser sintetizado por bactérias intestinais, sendo encontrado 
na carne, em grãos integrais, gérmen de trigo, soro do leite, rins, fígado, coração, 
verduras, levedura de cerveja, frutas secas, frango e melaço (CAMARGO JUNIOR, 
2006 pg. 25) 
O pantenol tem sido descrito como agente umectante para pele, cabelos e 
unhas, podendo também apresentar propriedades cicatrizantes e anti -inflamatórias 
sendo, portanto, amplamente empregado em um grande número de preparações 
cosméticas e farmacêuticas, tais como cremes e loções para a face e corpo, 
pomadas labiais e batons, xampus, condicionadores e sprays para os cabelos. 
(CAMARGO JUNIOR, 2006). 
Graças à sua capacidade de penetração e ao seu notável caráter umectante, o 
pantenol pode agir como hidratante da pele, sendo incorporado em produtos como 
 
 
 
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cremes, loções ou tônicos, normalmente em concentrações que variam entre 0,5 e 
5%, a fim de aliviar o ressecamento da pele envelhecida, estimulando a sua 
umectação. Neste processo, o pantenol fornece à pele uma sensação suave, leve 
sem ser gorduroso ou pegajoso (CAMARGO JUNIOR, 2006). 
O pantenol também acelera o processo de regeneração celular da pele, o que 
auxilia na cicatrização de lesões superficiais presentes em queimaduras, fissuras, 
escaras, lesões córneas, dermatoses ulcerativas e piogênicas e dermatites 
alérgicas, resultando em bons resultados estéticos. Além disso, o pantenol eleva a 
resistência a inflamações e alivia coceiras devido a uma possível ação anti -
histamínica. (CAMARGO JUNIOR, 2006). 
 
IMPORTANTE 
Devido às propriedades numerosas e boas de Pantenol, ele é usado em muitos tipos 
de cosméticos, de várias finalidades, como hidratantes de pele, protetores etc. Seja 
sob a forma de cremes e loções faciais ou corporais, cremes faciais 
antienvelhecimento, contornos dos olhos, séruns de regeneração depois de barbear, 
antitranspirantes, produtos solares etc. 
 
O pantenol é especialmente difundido em cosméticos capilares, uma vez que 
serve, entre outras funções, para brilhar o cabelo sem efeitos indesejados, tais como 
excesso de graxa e/ou viscosidade. Uma vez aplicado, permanece no caule do 
mesmo e, após o enxágue, permite que a umidade seja retida, evitando a sensação 
de secura e fragilidade. Proporciona docilidade, flexibilidade e elasticidade dentro do 
cabelo e brilho no exterior. Entre outras propriedades, reduz a formação de pontas 
quebradiças, evita danos devido ao excesso de calor proporcionado durante a 
secagem e regula a função pilossebácea. 
Quando de sua aplicação nas unhas, o Pantenol tem com o objetivo de: 
• Proporcionar flexibilidade para as unhas. 
• Reduzir o risco de se tornarem frágeis. 
• Evitar a quebra. 
 
 
 
 
 
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