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A neutralidade na rede é considerada como núcleo essencial do direito fundamental
ao acesso à internet, imprimindo a ideia de que o provedor de internet não pode
limitar a liberdade de acesso do usuário a determinados conteúdos. Na prática, essa
garantia dificulta que provedores influenciam a oferta de produtos e serviços de
acesso à internet de forma semelhante ao que ocorre com os pacotes de TV a cabo.
Em relação à neutralidade e ao direito fundamental de acesso à internet, indique a
alternativa correta: 
Resposta incorreta.
A. O direito fundamental à internet é considerado um direito formalmente fundamental, uma
vez que recebeu tal qualificação por ordem expressa do legislador-constituinte.
B. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) desconhece a neutralidade de acesso
à internet, permitindo a criação de pagamento de pedágio para o livre acesso à internet.
C. A neutralidade indica que os dados que trafegam na rede precisam receber tratamentos
específicos pelas empresas provedoras, considerando, por exemplo, a origem.
D. A neutralidade é o núcleo essencial do direito fundamental de acesso à internet, e
restrições, limitações ou reduções prejudicam a efetividade do direito de acesso à rede
mundial de computadores.
E. A neutralidade no Brasil se alinha ao entendimento da Organização das Nações Unidas
(ONU) de que, com exceção dos direitos autorais, bloqueios à internet violam o Pacto
Internacional Sobre Direitos Civis e Políticos.
Resposta correta: D
Justificativa: O direito fundamental à internet é considerado um direito materialmente
fundamental, pois sua essência e substância exigiram reconhecimento material por parte da
Constituição Federal do Brasil, naquilo que dispõe o art. 2º, § 5º, da Carta Maior.
A Anatel, agência que regula as telecomunicações no Brasil, diferente do que acontece nos
Estados Unidos com a Federal Communications Comission (FCC), reconhece o princípio de
neutralidade do acesso à internet, de acordo com as previsões constitucionais, combinadas
com o art. 3º, IV, da Lei do Marco Civil da Internet.
Por meio do princípio da neutralidade, com previsão no art. 9º da Lei do Marco Civil da
Internet, todos os dados que trafegam na rede devem receber o mesmo tratamento das
empresas provedoras de acesso, sem distinção de origem, destino, serviço, conteúdo ou
dispositivo.
A neutralidade da internet ou rede é o núcleo essencial do direito à internet, sendo que a
restrição, a limitação ou a redução de seu conteúdo implica em prejuízo de tal direito.
O conceito de neutralidade de rede se alinha à resolução da ONU, que estabelece, por meio
do previsto no § 2º do art. 19º do Pacto Internacional Sobre Direitos Civis e Políticos,
adotado pelo Brasil em 1992, que “toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse
direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias de qualquer
natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito”.
A ONU entende que qualquer restrição ou bloqueio à internet constitui uma violação do art.
19, mesmo por conta de infrações de direitos autorais.

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