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Internet e o direito Da responsabilidade dos provedores e da proteção e garantias dos usuários Exercícios 1. A partir do Marco Civil da Internet, a responsabilidade civil dos provedores é um tema que tem sido recentemente discutido pelo STF, que irá analisar a constitucionalidade do art. 19 da Lei nº 12.965/2014. Sobre o que ainda existe de previsão válida acerca desse assunto: Resposta correta. E - O provedor de aplicação deve manter os registros por 6 (seis) meses. Conforme prevê o art. 13 da Lei nº 12.965/2014, na provisão de conexão à internet, cabe manter os registros de conexão pelo prazo de 1 (um) ano. Por outro lado, aos provedores de aplicação, conforme termos do art. 15, cabe manter os registros de acesso à aplicação da internet pelo prazo de 6 (seis) meses. 2 - Ainda sobre a responsabilidade civil dos provedores, temos que o Marco Civil da Internet prevê que caberá à reparação civil subjetiva. Sobre isso, assinale a alternativa correta. Resposta correta. - D. O YouTube poderá ser responsabilizado se, após notificado, não indisponibilizar o conteúdo considerado ofensivo. Nos termos do art. 19 do Marco Civil da Internet, o provedor de aplicação poderá ser responsabilizado civilmente se, notificado judicialmente para remoção de conteúdo, não o fizer. Por outro lado, conforme o art. 18 do mesmo diploma legal, o provedor de conexão não poderá ser responsabilizado por conteúdo ilícito publicado por terceiros. Por fim, o provedor de aplicação deverá manter os registros por 6 (seis) meses em seu banco de dados, e o provedor de conexão deverá mantê-los por 1 (um) ano, hipóteses em que, ultrapassado o prazo, poderão excluí-los. Assim, não há qualquer previsão na lei que determine a responsabilidade após o pagamento de danos morais. Também não há previsão e sequer seria aplicável a responsabilidade em caso de arquivamento dos logs pelo provedor (como o caso da Tim). Já o Instagram, tratando-se de um provedor de aplicação, deve de fato gravar os dados por 6 (seis) meses, sendo que após essa data poderá eliminá-los sem responsabilidade. Por fim, a Vivo somente seria responsabilizada caso fosse notificada da ilicitude do conteúdo e não o retirasse do ar. 3. O Marco Civil da Internet disciplina, em seu art. 3º, todos os princípios que devem nortear o uso da internet no Brasil. Dito isso, considere a seguinte situação:Um site de notícias faz um acordo com um provedor de conexão para que este trave e degrade a velocidade da internet quando o usuário acessar outro site de notícias que não seja o seu.Nesse caso, haverá uma nítida violação ao princípio da: Resposta correta.C - Garantia da neutralidade de rede. É o princípio da garantia da neutralidade de rede, cuja pretensão é assegurar que o direito de ir e vir do usuário na internet está sendo respeitado. Assim, se há interferência proposital do provedor de conexão para que deixe de utilizar determinados sites de notícia, o princípio da neutralidade está sendo desrespeitado. Logo, não se trata de princípio da proteção de dados, pois nesse caso não há o que se falar em dados especificamente. Ainda, a privacidade também não diz respeito ao acesso de usuários ao site de notícias, uma vez que se trata do direito à intimidade, à vida privada. A natureza participativa da rede, por sua vez, prevê a possibilidade de participação do usuário (bilateralidade), ao contrário da televisão, por exemplo. A liberdade de expressão, por fim, é a garantia de dizer e publicar conteúdos sem censura (desde que respeitosos e dentro dos limites legais). 4. Além dos princípios para uso da internet no Brasil e das responsabilidades acerca dos provedores de internet, a Lei nº 12.965/2014 traz uma série de direitos aos usuários.Assim, assinale um direito que corresponde expressamente ao rol previsto no Marco Civil da Internet. Resposta correta D. Proteção aos dados pessoais. Todos os direitos elencados nas alternativas são, de fato, garantidos aos usuários da internet, aos consumidores e aos empresários. No entanto, grande parte deles se encontra prevista no Código Civil (como direito de indenização) ou no Código de Defesa do Consumidor (direito de arrependimento, devolução em dobro, livre concorrência). Apenas a proteção de dados pessoais é o direito expressamente previsto no Marco Civil da Internet, sendo que o direito à reparação por danos morais e materiais, o direito à devolução em dobro de valores, o direito de arrependimento e o direito à livre concorrência são previstos na legislação consumerista, no Código de Defesa do Consumidor e no Código Civil. 5- Quanto ao uso da web, a garantia da liberdade de expressão é um princípio previsto no Marco Civil da Internet. Sobre esse direito, assinale a alternativa que melhor representa o seu exercício. Resposta correta A- João usa a internet para criticar novas políticas públicas municipais. A liberdade de expressão, para Luís Roberto Barroso (apud LEE, 2014), traduz-se no direito de externar ideias, opiniões e juízos de valor. Assim, ao criticar políticas públicas municipais, João está externando suas ideias e opiniões em tom crítico. No entanto, a liberdade de expressão não é absoluta e tem os seus limites impostos por outras garantias. Assim, utilizar-se da internet com intuito ilícito, como para promover materiais pornográficos, ou incitar a violência, não se trata de exercer um direito à liberdade de expressão, pelo contrário: ultrapassa tal seara. Por outro lado, apenas pesquisar ou utilizar-se da internet como meio de comunicação, como falar com sua família, ou simplesmente para estudar pela web, também não se encaixam no direito de liberdade de expressão, mas tão somente na natureza participativa da rede.
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