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A propagação de notícias falsas destrói a democracia, no sentido de que é
responsável por criar desinformações que bloqueiam o debate. Em 2016, as fake
news passaram a desempenhar papel importante nas discussões eleitorais,
jornalísticas, jurídicas e políticas, em especial porque a temática esteve vinculada
com dois eventos políticos de proporções mundiais: o referendo que decidiu pela
saída do Reino Unido da União Europeia e as eleições presidenciais
norte-americanas. Dessa forma, percebe-se que a divulgação massiva de notícias
inverídicas está intimamente relacionada com a liberdade de expressão.
Sobre liberdade de expressão e fake news, aponte a alternativa correta: 
A. A livre manifestação de pensamento do eleitor é ilimitada, segundo a Resolução nº
23.551/2017.
B. É possível vedar a liberdade de expressão quando esta entrar em colisão com outros
direitos fundamentais.
C. Em 2017, com o objetivo de combater a disseminação de fake news, o STF criou o
Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições.
D. A Lei das Eleições prevê de forma expressa que as eleições são anuláveis caso seja
confirmada a interferência das fake news no pleito.
E. Embora as fake news prejudiquem o acesso à informação, a liberdade de expressão é
um direito humano absoluto, portanto imune à regulação.
Resposta correta: B
Justificativa: Segundo a Resolução nº 23.551/2017, a livre manifestação de pensamento
do eleitor é passível de limitação quando ocorrer ofensa à honra de terceiros ou divulgação
de fatos sabidamente inverídicos.
Em 2017, com o objetivo de combater a disseminação de fake news, o TSE criou o
Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, formado por 14 integrantes, entre eles o
Ministério Público, a Polícia Federal e integrantes da sociedade civil.
Com base no art. 222 do Código Eleitoral, em 2018, o então ministro do TSE, Luiz Fux,
afirmou que as eleições poderiam ser anuladas, caso comprovado o vício da votação por
causa da disseminação de notícias falsas. Porém, não há legislação expressa que preveja
tal possibilidade no ordenamento jurídico pátrio.
A liberdade de expressão, prima facie, não pode ser vedada, uma vez que a Carta Magna
veda expressamente a censura. Porém, é admitido estabelecer restrições legais à liberdade
de expressão quando esta entrar em colisão com outros direitos fundamentais. Isso porque
impossibilitar estabelecer limites à liberdade de expressão, pelo mero fundamento de que a
Constituição veda de forma expressa a censura, significa informar que a censura abarca
todas as possibilidades de restrição à liberdade de expressão, o que transformaria esta em
um direito absoluto.

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